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Censo 2022: metade da população indígena no país tem menos de 25 anos

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  • Destaques

  • Os indígenas apresentam uma idade mediana de 25 anos, 10 anos abaixo da idade mediana da população residente no Brasil. Quando residem dentro de Terras Indígenas, têm uma idade mediana de 19 anos, ou seja, 16 anos abaixo da idade mediana da população residente no Brasil.
  • Acre apresenta a menor idade mediana entre a população indígena (17 anos de idade) seguido por Roraima e Mato Grosso (ambas com 18 anos).
  • Verifica-se que 56,10% dos indígenas têm menos de 30 anos de idade, enquanto a população residente do Brasil tem 42,07% da população nessa faixa. Por outro lado, 10,65% da população indígena tem 60 anos ou mais, enquanto essa faixa de idade representa 15,81% da população residente do país.
  • O maior peso percentual de indígenas concentra-se na faixa de idade entre zero e 14 anos (29,95%). Em Terras Indígenas, essa faixa de idade chega a 40,54%.
  • Considerando os grupos de idade recomendados para frequência nos ciclos educacionais da educação básica, a população indígena até 17 anos de idade é de 606.359 indígenas.
  • Na comparação entre os Censos 2010 e 2022, as Terras Indígenas que apresentaram maior variação positiva absoluta na população de 17 anos de idade ou menos foram a TI Raposa Serra do Sol, em Roraima (mais 4.815 indígenas nessa faixa), a TI Munduruku, no Pará, com variação de 3.134, e a TI São Marcos, RR, com variação absoluta de 2.280 pessoas indígenas com 17 anos ou menos de idade.
  • Região Norte tem menor índice de envelhecimento da população indígena: 19 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 indígenas de até 14 anos de idade
  • Pirâmide etária da população indígena apresenta formato triangular, com base mais larga, mais acentuado dentro das Terras Indígenas
  • Razão de sexo da população residente é de 94,25, ou seja, 94 homens para 100 mulheres. Entre indígenas era 97,07, indicando que para cada 97 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres indígenas.
População indígena apresenta perfil mais jovem quando comparada à população total residente no Brasil – Foto: Acervo IBGE

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que a população mais jovem tem um peso mais elevado entre os indígenas em comparação à população residente no Brasil. Verifica-se que 56,10% dos indígenas têm menos de 30 anos de idade, enquanto a população residente do país tem 42,07% da população nessa faixa. Já a idade mediana, que é um indicador que divide um grupo entre os 50% mais jovens e os 50% mais velhos, foi de 25 anos para os indígenas e de 35 para a população do Brasil como um todo.

Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos – Resultados do universo. Os dados são apresentados hoje (03/05), a partir de 10h, em evento realizado na Comunidade Quilombola Campinho da Independência, em Paraty (RJ), transmitido pelo portal do IBGE e pelas redes sociais do Instituto. Os dados completos podem ser pesquisados no Sidra, no Panorama do Censo 2022 e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI). A divulgação traz também informações sobre sexo e idade da população quilombola, tema desta notícia.

“A publicação traz uma atualização do perfil demográfico dessa população em relação ao Censo 2010. Esses dados são importantes para subsidiar as políticas educacionais indígenas, que têm uma política de educação diferenciada, assim como políticas de saúde, como vacinação de crianças, e assistência, que dependem desse recorte de faixa etária e sexo”, explica Marta Antunes, responsável pelo Projeto de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

Indígenas tem idade mediana de 25 anos, 10 anos abaixo da idade mediana da população residente no país

Os indígenas apresentam uma idade mediana de 25 anos, que é 10 anos abaixo da idade mediana da população residente no Brasil. Quando residem dentro de Terras Indígenas, têm uma idade mediana de 19 anos, ou seja, 16 anos abaixo da idade mediana da população residente no Brasil. Por outro lado, as pessoas indígenas residentes fora de Terras Indígenas, têm uma idade mediana de 30 anos.

A menor idade mediana encontra-se na região Norte, com 21 anos de idade, seguida da região Centro-Oeste com 23 anos de idade, e da Região Sul com 27 anos de idade. As idades medianas mais elevadas foram contabilizadas nas regiões Nordeste e Sudeste com, respectivamente, 32 e 36 anos. Para o total da população residente, a região Norte também apresenta a menor idade mediana (29 anos). Mas é seguida pelas regiões Nordeste e Centro-Oeste, ambas com 33 anos de idade, pela região Sul, com 36 anos de idade, e Sudeste, com 37 anos de idade.

Verifica-se que a idade mediana dos indígenas varia bastante, de acordo com a Unidade da Federação de residência, e que nem sempre acompanha a variação de idade mediana da população residente na UF. Por exemplo, Acre apresenta a menor idade mediana de sua população indígena, com 17 anos de idade, seguido por Roraima e Mato Grosso (ambas com 18 anos). Já a população residente acreana como um todo tem idade mediana de 27 anos.

Já a Unidade da Federação com maior idade mediana entre sua população indígena residente é o Rio de Janeiro, com 42 anos, seguida de Goiás, com 39, Distrito Federal, com 38 anos, e Sergipe e Bahia, ambas com 37 anos de idade mediana de sua população indígena.

A maior diferença entre idade mediana encontra-se no Mato Grosso, onde a idade mediana da população residente é de 32 anos de idade e da população indígena é de 18 anos de idade. A segunda maior diferença foi encontrada no Rio Grande do Sul, com 12 anos de diferença.

Grandes Regiões e Unidades da Federação População residente
Total Pessoas indígenas
Total Localização em Terras Indígenas
Dentro de Terras Indígenas Fora de Terras Indígenas
Brasil 35 25 19 30
Norte 29 21 17 24
Rondônia 32 23 19 31
Acre 27 17 15 19
Amazonas 27 22 17 24
Roraima 26 18 16 24
Pará 29 21 17 27
Amapá 27 20 18 25
Tocantins 31 20 17 31
Nordeste 33 32 22 35
Maranhão 30 19 16 29
Piauí 34 35 27 35
Ceará 33 31 26 33
Rio Grande do Norte 34 33 33
Paraíba 34 30 27 35
Pernambuco 34 29 26 31
Alagoas 32 29 24 31
Sergipe 33 37 31 38
Bahia 35 37 23 38
Sudeste 37 36 21 39
Minas Gerais 36 32 21 39
Espírito Santo 36 35 23 41
Rio de Janeiro 37 42 16 43
São Paulo 36 36 19 37
Sul 36 27 22 33
Paraná 35 27 21 34
Santa Catarina 35 27 22 34
Rio Grande do Sul 38 26 22 31
Centro-Oeste 33 23 19 32
Mato Grosso do Sul 33 24 20 30
Mato Grosso 32 18 17 26
Goiás 34 39 24 39
Distrito Federal 34 38 38
Fonte: Censo Demográfico 2022.
Nota: Idade mediana é a medida separatriz que utiliza o critério de idade para dividir a população em duas partes iguais, ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população.

Cerca de três a cada dez indígenas pertencem ao grupo de zero a 14 anos

O Censo mostra que 10,65% da população indígena tem 60 anos ou mais, enquanto essa faixa de idade representa 15,81% da população residente do país. O maior peso percentual concentra-se na faixa de idade entre zero e 14 anos, que representa 29,95% da população indígena, seguida da faixa entre 15 e 29 anos, com 26,15%, e 30 a 44 anos, que representa 19,63% da população indígena no Brasil.

Essa característica acentua-se entre a população indígena que reside em Terras Indígenas, onde a faixa mais jovem (zero a 14 anos) chega a 40,54%. O grupo de idade entre 15 e 29 anos de idade corresponde a 28,37% da população indígena que reside nesses territórios, seguido do grupo de 30 a 44 anos (16,49%), 45 a 59 anos (8,71%) e 60 anos ou mais (5,89%).

“Na população indígena que reside em Terras Indígenas, percebe-se que há uma estrutura etária mais jovem e uma redução do peso da população idosa indígena tanto quando comparado com o total da população indígena quanto com a população total do país”, ressalta Marta.

Nos municípios e Terras Indígenas, Censo 2022 revela número de crianças e jovens até 17 anos e ajuda a traçar políticas educacionais

Considerando os grupos de idade recomendados para frequência nos ciclos educacionais da educação básica, a população indígena até 17 anos de idade é de 606.359 indígenas. Os indígenas com idade abaixo de quatro anos, que são 138.152, distribuem-se entre 51,93% residindo dentro de Terras Indígenas e 48,07% residindo fora de TI.

Entre aqueles com quatro e cinco anos (68.515), 50,74% residem dentro e 49,26% residem fora dessas terras; entre aqueles com idade de seis a 10 anos (170.201), 49,51% residem dentro e 50,49% residem fora; aqueles com idade entre 11 e 14 anos (130.722), distribuem-se entre 47,23% residindo dentro e 52,77% residindo fora de terras indígenas; e no grupo entre 15 e 17 anos de idade, um total de 98.769 indígenas, são 44,61% residindo dentro e 55,39% fora de Terras Indígenas.

“Um dos destaques dessa publicação é uma divisão da população indígena abaixo de 17 anos, organizada pelas idades recomendas de frequência à escola. Com isso conseguimos, a nível de municípios e de Terras Indígenas, trazer essa informação para subsidiar os gestores públicos na avaliação de adequação no número de escolas e professores, se os alunos indígenas correspondem a esse quantitativo que deveria estar na escola nessas faixas etárias. São informações interessantes do ponto de vista de estudos educacionais e de subsídios às políticas de educação”, enfatiza a pesquisadora.

O crescimento da população indígena com 17 anos ou menos de idade, na comparação entre os Censos 2010 e 2022, ocorreu notadamente nas Terras Indígenas Raposa Serra do Sol (mais 4.815 indígenas nessa faixa), em Roraima, Munduruku (mais 3.134), no Pará, e São Marcos (mais 2.280 pessoas indígenas), também em Roraima.

Região Norte tem menor índice de envelhecimento da população indígena: 19 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 de até 14 anos de idade

A população indígena como um todo apresentou um índice de envelhecimento de 35,55, o que indica que há 35 indígenas de 60 anos ou mais para cada 100 pessoas indígenas de idade até 14 anos no país, enquanto para o total da população é 80,03.

O menor índice de envelhecimento da população indígena foi encontrado na região Norte (19,9), indicando que há 19 pessoas com 60 anos ou mais para cada 100 pessoas até 14 anos de idade, seguida da Centro-Oeste (29,2), Sul (41,39), Nordeste (61,49) e Sudeste (98,23). verifica-se que o Sudeste é a única grande região onde o índice de envelhecimento da população indígena (98,23) é superior ao da população total (97,95).

A região Sul é aquela que apresenta índices de envelhecimento mais distantes entre a população indígena (41,39) e a população total residente (95,4), indicando que para cada grupo de 100 pessoas mais jovens, existem menos 54 idosos na população indígena comparativamente à população total.

Pirâmide etária da população indígena apresenta formato triangular, mais acentuado dentro das Terras Indígenas

A pirâmide etária da população indígena residente no Brasil apresenta um formato triangular, típico de uma população mais jovem, caracterizando-se por uma base mais larga do que a da população total até o grupo de 20 a 24 anos de idade.

Contudo, a base da pirâmide aponta para um possível processo de redução da fecundidade, considerando que a diferença entre os grupos mais jovens, em termos de pontos percentuais, não é tão acentuada quanto, por exemplo, é a pirâmide etária da população indígena residente dentro de Terras Indígenas.

Analisando as pirâmides etárias da população indígena residente dentro de Terras Indígenas, é possível observar uma estrutura etária mais jovem e um perfil mais masculino até os 74 anos de idade, quando comparado com a população indígena residindo fora desses territórios, que assume um perfil mais feminino a partir dos 15 anos de idade.

“Verificamos que existe uma diferença do perfil da população indígena dependendo da localização no território. Quando falamos da população residente dentro das Terras Indígenas, temos uma pirâmide bem triangular, com uma base mais ampla. Isso nos mostra que dentro das terras nós temos uma população extremamente jovem, com alta fecundidade, o que mostra uma capacidade de reposição e crescimento desse grupo”, destaca Marta.

Razão de sexo da população indígena é de 97 homens para cada 100 mulheres

No Brasil, a razão de sexo da população residente é de 94,25, ou seja, 94 homens para 100 mulheres. No caso específico da população indígena, identificou-se que a razão de sexo desse grupo tradicional específico era 97,07, indicando que para cada 97 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres indígenas no Censo Demográfico 2022.

Essa razão de sexo traduz uma diferença de 25.204 mulheres indígenas a mais do que o total de homens indígenas no país, que são, respectivamente 860.020 e 834.816.

A razão de sexo mais elevada é a da região Norte (101,11), seguida da região Sul (98,66), Centro-Oeste (96,67), Nordeste (92,93), com a menor razão de sexo no Sudeste (90,71), onde para cada 90 homens indígenas foram identificadas 100 mulheres indígenas.

Mais sobre a pesquisa

O Censo Demográfico é a principal fonte de referência sobre as condições de vida da população em todos os municípios do país e em seus recortes territoriais internos. Dos treze recenseamentos realizados pelo IBGE, seis investigaram a cor da população e a partir de 1991 o quesito passou a se denominar “cor ou raça”, devido à inclusão da investigação da população indígena nesse quesito, assim como a compreensão de que a classificação nas categorias da pergunta ia muito além da cor da pele e do fenótipo, envolvendo múltiplos critérios de pertencimento identitário.

Em 1991, então, foi acrescentada a categoria indígena às categorias branca, preta, amarela e parda. Inovação que se manteve nos censos de 2000, 2010 e 2022. Em 2010, o IBGE inovou ao levar o quesito sobre “cor ou raça” para o Questionário Básico, aplicado a todo o Universo da pesquisa, ou seja, a toda a população residente no Brasil, o que se manteve no Censo 2022, permitindo comparações entre as décadas, com maior precisão e desagregação espacial. A grande inovação no bloco de identificação étnico-racial, de 2022, foi a inclusão do quesito de pertencimento étnico-quilombola.

 

IBGE

Censo 2022: População quilombola é mais jovem do que população total do país

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  • Pela primeira vez na história do país, o Censo 2022 investigou a população quilombola e suas características demográficas, geográficas e socioeconômicas, obtendo informações fundamentais para aprofundar o conhecimento e orientar políticas públicas.
  • Em 2022, a idade mediana dos quilombolas era de 31 anos, abaixo da população total residente no Brasil, de 35 anos;
  • A menor idade mediana dos quilombolas se encontra no Norte (26 anos), seguido pelo Nordeste (31 anos). Esta última concentra 68,1% da população quilombola residente.
  • O percentual de quilombolas com até 29 anos em territórios oficialmente delimitados é 52,6%, enquanto os idosos com 60 anos ou mais participam com 11,9%.
  • Já a razão de sexo do grupo quilombola foi 100,08, o que significa 100 homens para 100 mulheres, enquanto na população total, eram 94,2 homens para cada 100 mulheres;
  • Pouco menos da metade (48,44%) da população quilombola tinha até 29 anos de idade, com o maior percentual no grupo de 15 a 29 anos de idade (24,75%), seguido do grupo de zero a 14 anos de idade (23,69%) e do grupo de 30 a 44 anos de idade (21,92%);
  • O percentual de idosos (60 anos ou mais) era 13,03%, abaixo dos 15,81% da população total residente.
Resultados do Censo 2022 apresentam uma população quilombola jovem – Foto: Acervo IBGE

Das 1,3 milhão de pessoas quilombolas no Brasil, cerca de 24,7% tinham de 15 a 29 anos de idade, grupo de idade predominante nessa população. Para efeitos de comparação, na população total residente no Brasil, predominavam as pessoas de 30 e 44 anos, com 23,5%. Ainda entre os quilombolas, o segundo grupo com maior peso era o de zero a 14 anos de idade (23,7%), seguido pelo de 30 a 44 anos (21,9%). Ao todo, quase metade (48,4%) dos quilombolas tinham até 29 anos de idade em 2022. Já a idade mediana dos quilombolas foi de 31 anos de idade, abaixo da idade mediana da população total residente no Brasil, de 35 anos de idade

No recorte de sexo, houve uma diferença mínima de 520 homens: 665,3 mil contra 664,8 mil mulheres. Dessa forma, a razão de sexo da população quilombola foi de 100,08, ou seja, em 2022, havia 100 homens para cada 100 mulheres. No total para o país, a razão era de 94,2 homens para cada 100 mulheres.

Essas e outras informações fazem parte da divulgação “Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos – Resultados do universo”, que contempla informações referentes à estrutura etária e perfil de sexo da população quilombola e da população indígena, apresentadas hoje (03/05), a partir de 10h, em evento realizado na Comunidade Quilombola Campinho da Independência, em Paraty (RJ), e transmitido pelo IBGE digital. A pesquisa completa pode ser acessada no portal do IBGE e em plataformas como o SIDRA, além do Panorama do Censo e da Plataforma Geográfica Interativa (PGI), onde também poderão ser visualizados por meio de mapas interativos.

Os resultados para a população indígena podem ser acessados clicando neste link.

Pela primeira vez na história do país, o Censo 2022 investigou a população quilombola e suas características demográficas, geográficas e socioeconômicas, obtendo informações fundamentais para aprofundar o conhecimento e orientar políticas públicas. “Essa divulgação inaugura toda uma linha de dados e informações inéditas sobre a população quilombola, abrindo uma série de possibilidades no campo da Demografia, da Antropologia e da própria Geografia.  É uma publicação importantíssima para políticas públicas de direitos humanos básicos, pois permite conhecer uma realidade que, até agora, era totalmente desconhecida sobre a população quilombola”, destaca Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais.

Marta afirma que perfil etário mais jovem do que o total da população era uma hipótese que já existia entre os pesquisadores e as organizações quilombolas, mas ressalta que a informação oficial em âmbito nacional inexistia.

As pessoas com 60 anos ou mais eram 13,0% da população quilombola, um percentual menor do que esse grupo no total de pessoas residentes no Brasil, que era de 15,8%.

População quilombola tem perfil etário ainda mais jovem dentro de territórios oficialmente delimitados

Outro resultado importante diz respeito à idade da população quilombola quando considerada a localização de domicílio dentro de territórios com alguma delimitação formal. “Esse recorte permite identificar um peso ainda maior dos grupos de idade mais jovens dentro dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados e uma redução da participação da população idosa residente nesses territórios quando comparada ao conjunto da população quilombola de 60 anos ou mais”, explica Marta. Ao todo, o percentual de quilombolas com até 29 anos em territórios é 52,5%, enquanto os idosos com 60 anos ou mais participam com 11,8%.

“É uma população jovem muito significativa e em crescimento, com necessidades específicas de saúde, educação e de projetos para o futuro em seus territórios. Estamos fornecendo informações que podem orientar os gestores, a sociedade civil e as organizações quilombolas na elaboração de políticas públicas, além de possibilitar o avanço do debate demográfico entre os pesquisadores”, complementa Fernando Damasco, gerente de Territórios Tradicionais e Áreas Protegidas do IBGE.

Cabe ressaltar que apenas 12,6% da população quilombola reside em Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, enquanto o demais (87,4%) estão fora desses territórios.

Já em relação à população quilombola residente fora dos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, o resultado é mais próximo da distribuição relativa da população quilombola total. “Isso é explicado pelo fato de que os quilombolas fora dos territórios são a imensa maioria da população quilombola no país”, justifica a pesquisadora.

Idade mediana da população quilombola é de 31 anos; dentro dos territórios, cai para 28 anos

Outro indicador importante para avaliar as características etárias da população é a idade mediana, medida separatriz que utiliza a idade para dividir a população em duas partes iguais. Ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população.

Na população quilombola, a idade mediana apurada no Censo 2022 é de 31 anos, quatro anos abaixo da idade mediana da população total residente no Brasil, que foi de 35 anos. Considerando os quilombolas que residem dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, a idade mediana cai ainda mais, para 28 anos. Já os quilombolas que não residem nesses territórios mantem a idade mediana de 31 anos.

Quando se olha por Grandes Regiões, a menor idade mediana dos quilombolas se encontra no Norte (26 anos), seguido pelo Nordeste (31 anos). Esta última concentra 68,1% da população quilombola residente. A idade mediana da população quilombola residente em territórios quilombolas tem no Norte a menor idade mediana (24 anos) e a maior no Sul (34 anos).

Entre as Unidades da Federação, as menores idades medianas da população quilombola foram no Amazonas (21 anos), Amapá (25 anos) e Pará (26 anos). Já as maiores foram no Rio Grande do Sul, no Mato Grosso do Sul e no Mato Grosso, todas com 35 anos de idade mediana, seguidas de Minas Gerais, Espírito Santo e São Paulo, todas com 34 anos de idade.

Idade mediana da população residente, total e quilombola, por localização em Territórios
Quilombolas, segundo as Grandes Regiões e Unidades da Federação – Brasil – 2022
Grandes Regiões e Unidades da Federação População residente
Total Pessoas quilombolas
Total Localização em Territórios Quilombolas oficialmente delimitados
Dentro de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados Fora de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados
Brasil 35 31 28 31
Norte 29 26 24 27
Nordeste 33 31 29 31
Sudeste 37 34 31 34
Sul 36 34 34 33
Centro-Oeste 33 33 30 34
Fonte: Censo Demográfico 2022.
Nota: Idade mediana é a medida separatriz que utiliza o critério de idade para dividir a população em duas partes iguais, ou seja, é a idade que separa a metade mais jovem da metade mais velha da população.

Índice de envelhecimento dos quilombolas é de 54,98 contra 80,03 da população total

Os resultados do Censo 2022 divulgados hoje para a população quilombola também revelaram o índice de envelhecimento, um indicador que relaciona dois grupos de idade extremas e pode ser construído com diferentes recortes etários. Nesse caso, o recorte utilizado foi o número de pessoas com 60 anos ou mais em relação a um grupo de 100 pessoas de até 14 anos.

O total da população do país tem índice de envelhecimento de 80,03 – ou seja, há 80 pessoas de 60 anos ou mais para cada 100 pessoas até 14 anos. Já a população quilombola tem um índice de envelhecimento de 54,98. Dessa forma, há 54 quilombolas de 60 anos ou mais para cada 100 pessoas quilombolas de idade até 14 anos.

Quilombolas: predominância do sexo masculino no grupo etário até os 24 anos 

Outro resultado da divulgação do Censo 2022 é a predominância masculina até os 24 anos e feminina a partir dos 30 anos, quando se analisa o recorte por sexo e grupo etário. “Os estudos demográficos indicam que essa maior incidência de homens nas primeiras idades pode ser uma consequência do maior nascimento de crianças do sexo masculino em relação àquelas do sexo feminino.

No Brasil, em geral, o contingente de homens tende a diminuir com a idade dada a sobremortalidade masculina, fenômeno identificado na população residente no Brasil – nesse caso a partir dos 19 anos – como relacionado às mortes por causas externas. No caso da população quilombola, essa diminuição ocorre mais tardiamente, a partir dos 24 anos”, detalha Marta Antunes. “Contudo, critérios diferenciados de acionamento do pertencimento étnico-quilombola podem, também, influenciar essas tendências”, complementa Marta Antunes.

A pirâmide etária da população quilombola apresenta uma base mais larga do que a da população total até o grupo de idade de 20 a 24 anos.  Do ponto de vista da estrutura etária da população quilombola, há um peso mais elevado dos grupos mais jovens (até 24 anos de idade) quando comparado com a população total, com diferenças maiores no grupo de idade de 15 a 19 anos, onde os homens quilombolas desse grupo têm proporção de 4,6% e os homens desse grupo de idade na população total de 3,6%. Já as mulheres quilombolas desse grupo têm uma proporção de 4,4% e as mulheres desse grupo de idade na população total de 3,5%.

As diferenças menos elevadas, entre os grupos mais jovens, encontram-se no grupo de idade de 20 a 24 anos, com 0,4 pontos percentuais (p.p.) de diferença entre proporção dos homens quilombolas na população quilombola com a proporção dos homens desse grupo de idade na população total, e as mulheres quilombolas com 0,3 p.p. de diferença. “O estreitamento gradual dos grupos abaixo de 14 anos aponta para um processo de envelhecimento da população quilombola em curso e para uma possível queda gradual na fecundidade”, afirma a pesquisadora.

Para Marta Antunes, os resultados do Censo 2022 para esses recortes de sexo e idade, de alguma forma, fornecem elementos iniciais para a compreensão da dinâmica demográfica quilombola, que aponta para uma população majoritariamente jovem e em crescimento: “Os dados demonstram que essas populações estão crescendo, seja por um incremento vegetativo, seja por recuperação de perdas populacionais anteriores, o que pode vir a suscitar necessidades específicas para as futuras gerações”, argumenta a pesquisadora. “Esses territórios são vivos, habitados por populações que pensam seus territórios para gerações futuras”, complementa.

Os dados fornecidos no recorte de Territórios Quilombolas oficialmente delimitados, por sua vez, destacam o quanto essas áreas concentram uma população ainda mais jovem. “A estrutura etária verificada nos Territórios Quilombolas oficialmente delimitados reforça que essas áreas não são resquícios de um passado distante, mas abrigam uma população jovem expressiva. Agora, temos um panorama dessa população pelas faixas de idade, inclusive sua distribuição geográfica, o que nos fornece elementos para identificar as transformações esperadas nesses territórios nos próximos anos”, conclui Fernando Damasco.

Mais sobre a pesquisa

O “Censo Demográfico 2022: Quilombolas e Indígenas, por sexo e idade, segundo recortes territoriais específicos: Resultados do universo” traz informações referentes à estrutura etária e perfil de sexo da população quilombola e da população indígena. A divulgação conta com o apoio do Ministério da Igualdade Racial.

Os dados são disponibilizados para Brasil, Grandes Regiões, Estados, Municípios, Amazônia Legal, Amazônia Legal por Unidade da Federação, Território Quilombola oficialmente delimitado, Território Quilombola oficialmente delimitado por Unidade da Federação, Terra Indígena e Terra Indígena por Unidade da Federação.

Os primeiros resultados do Censo Demográfico 2022 para quilombolas foram divulgados em julho de 2023 e podem ser consultados na Agência IBGE Notícias.

Rádio escolar promove cidadania e estimula leitura e integração entre estudantes

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projeto “Rádio Falante”  rádio escolar da EEEFM Professor Orlando Freire, localizada no Bairro Lagoa, zona Leste de Porto Velho, foi pioneiro com a proposta no Estado de Rondônia. O projeto que estimula a leitura dos estudantes e promove cidadania, comemorou 14 anos de funcionamento ininterruptos, no mês de abril.

Segundo o idealizador e coordenador do projeto, professor Reinaldo Ramos a Rádio Falante começou oferecendo música e informes, e depois evoluiu para uma programação mais elaborada, em formato jornalístico, com audiência garantida na comunidade escolar.

“A programação inicia com o Hino de Rondônia e informações jornalísticas, para começar o dia bem informado, das 7h15 até 7h30, horário de entrada dos alunos e retorna durante o intervalo. A rádio conta ainda, com sugestões de livros e canções da música popular brasileira. A programação é toda discutida durante as reuniões de pauta diárias com a equipe, composta por estudantes. Toda semana entrevistamos uma personalidade diferente, por aqui já passaram escritores, médicos, advogados, jornalistas, entre outros”, explicou Reinaldo Ramos.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, iniciativas simples podem transformar o ambiente escolar. “A Rádio Falante já transformou a vida de muitos alunos que passaram por lá, e principalmente, o cotidiano da escola, que muitas vezes, enfrentava o desafio de lidar com o comportamento de estudantes que frequentavam pouco as salas de aula e lotavam os corredores. o projeto contribuiu para isso”, ressaltou.

PARA PARTICIPAR 

Escola Orlando Freire foi pioneira com o projeto de Rádio Escolar

Conforme o coordenador do projeto Rádio Falante, para participar, o aluno precisa obedecer ao critério principal, gostar de ler. “A primeira pergunta que eu faço ao estudante é: qual foi o último livro que você leu? A leitura é primordial para uma boa dicção. Além disso, um comunicador precisa estar antenado com as informações do cotidiano. A Rádio Falante fomentou a pesquisa na escola e procura na biblioteca, os alunos estão buscando ler mais devido às sugestões de leitura”, ressaltou.

NOTÍCIA NACIONAL

O sucesso da Rádio Falante ultrapassou fronteiras e já foi notícia em jornais de veiculação nacional, ganhou voto de louvor da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALE-RO) e foi premiada pelo Instituto da Cidadania do Brasil. O projeto, também foi objeto de estudo de Trabalho de Conclusão de Curso em quatro faculdades particulares, e tema de artigo da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

TV PAREDÃO

Dentro do estúdio da Rádio Falante foi instalada ainda, uma câmera, possibilitando aos alunos acompanharem a atuação dos colegas na programação, através de monitor que fica no corredor da escola, chamado de TV Paredão.

Estudante Júlio Cesar, 13 anos, é locutor e sonoplasta no período da manhã, na Rádio Falante

De acordo com a secretária de Estado da Educação (Seduc), Ana Lucia Pacini, projetos como este, estimulam a leitura e integração entre os estudantes e possibilita inúmeras aberturas ao mercado de trabalho. “O aluno tem a oportunidade de aprender sonoplastia, locução e apresentação. O jovem sai praticamente pronto para atuar em qualquer rádio ou  área voltada para comunicação”, disse.

DESENVOLTURA

O estudante Júlio Cesar, de 13 anos, que é locutor e sonoplasta, no período da manhã, na Rádio Falante, evidenciou sua trajetória, o quanto era tímido antes de iniciar no projeto e do projetos para o futuro. “Nunca me imaginei fazendo isso, mas quando ouvi a primeira vez, já quis saber como poderia participar, e me interessei em conhecer e aprender sobre tudo. Falei com o professor Reinaldo e comecei na Rádio. No início, gaguejava e era tímido, mas com a prática diária, fui melhorando, e hoje, me considero mais sociável e comunicativo. Não tenho dúvidas; quero ser um comunicador, vou continuar estudando e me tornar um jornalista”, salientou.

Presidente do STF anuncia edital para financiamento de bolsas de estudos para ingresso na magistratura

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Foi publicado, na última terça-feira (30/4), edital de convocação da iniciativa privada para o financiamento de bolsas de estudo para candidatos negros e indígenas que queiram ingressar na carreira da magistratura. O anúncio foi feito pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, no início da sessão plenária desta quinta-feira (2).

A ação afirmativa busca impulsionar a preparação de pessoas negras e indígenas que queiram ingressar na magistratura nacional, assegurando condições mais igualitárias nos concursos públicos para a carreira. O edital busca financiadores para o programa, que é uma iniciativa do CNJ em parceria com a Fundação Getúlio Vargas.

De acordo com o ministro Luís Roberto Barroso, a ideia é fazer com que esses candidatos possam disputar com melhor competitividade as vagas nos concursos “e fazer com que a demografia do Poder Judiciário fique mais parecida com a demografia brasileira”.

Segundo o ministro, o programa conta atualmente com 750 bolsas, concedidas por cursos preparatórios de escolas de magistratura e também por cursos privados, e o objetivo é alcançar o maior número possível. O programa é voltado, prioritariamente, para pessoas negras e indígenas aprovadas no Exame Nacional da Magistratura, um processo seletivo nacional e unificado que funciona como pré-requisito para os candidatos que queiram prestar concursos para os tribunais do país.

“Quero renovar a convocação a toda iniciativa privada para contribuir para esse programa, que será transformador no Judiciário Brasileiro”, enfatizou o presidente.

Doações

As pessoas jurídicas interessadas em doar para o programa devem manifestar interesse de 1º de maio até às 19h do dia 31 de maio de 2024. Dúvidas ou esclarecimentos podem ser enviadas pelos e-mails: [email protected], com cópia para [email protected].

Clique aqui para acessar o edital.

Sistema Faperon, Senar, e parceiros institucionais promovem o 1° Encontro de Promoção e Organização das Cadeias da Ovinocultura e Suinocultura em Rondônia

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O Sistema Faperon, Senar, realizou o 1° Encontro de Promoção e Organização das Cadeias da Ovinocultura e Suinocultura em Rondônia. O evento, que reuniu mais de 60 pessoas, aconteceu na Federação de Agricultura e Pecuária do Estado de Rondônia, atraindo um público interessado no desenvolvimento e organização dessas importantes cadeias produtivas.

A programação, que contou com palestras e debates, abordou temas relevantes para o setor, como o abate e consumo de suínos em Rondônia, a potencialidade para a produção de carne suína no estado, desde a escolha da genética até a comercialização, e o futuro da ovinocultura na região. O evento começou com a abertura do presidente Hélio Dias, que destacou a importância desses encontros para o fomento da produção no estado.

O objetivo dos encontros é fomentar a produção, promover a integração industrial e a cooperação entre os diversos atores do setor, mobilizar grupos privados para a agroindustrialização da produção, incentivar investimentos públicos e privados, compartilhar conhecimentos e melhores práticas, discutir os desafios enfrentados pelos produtores e introduzir novas raças reprodutoras (Dorper, Texel, Santa Inês e Morada Nova) no plantel da ovinocultura de Rondônia.

Após o sucesso do primeiro encontro, o evento continuou em outras cidades. O segundo encontro aconteceu no município de Ariquemes, no auditório do Sebrae com a participação da Prefeitura de Ariquemes na organização do evento.

A programação também incluiu eventos em Ouro Preto do Oeste, no dia 3 de maio, às 9 horas da manhã, no auditório do Sindicato dos Produtores Rurais de Ouro Preto do Oeste, e em Rolim de Moura, no dia 4 de maio, no auditório do Sebrae.

O 1° Encontro de Promoção e Organização das Cadeias da Ovinocultura e Suinocultura em Rondônia foi um passo significativo para a integração e crescimento dessas cadeias produtivas no estado, e representa uma oportunidade para fortalecer a economia local através do incentivo à produção e ao desenvolvimento do setor agropecuário.

Começa contagem regressiva para a 11ª Rondônia Rural Show Internacional

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A partir desta quinta-feira (2), o Governo de Rondônia inicia a contagem regressiva para a realização da feira mais importante do agronegócio realizada na Região Norte do Brasil, a 11ª Rondônia Rural Show Internacional.

O encontro que mostra a grandeza do campo, reúne membros do agronegócio de todo país, inclusive comitivas internacionais, a exemplo de representantes diplomáticos das Embaixadas do Quênia, Costa do Marfim, Bolívia e Peru, além dos Escritórios Comerciais e Câmaras de Comércio Texana (EUA), Business France (escritório comercial francês ligado à embaixada), e Associação de Exportadores do Peru (ADEX).

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a Rondônia Rural Show Internacional é um reflexo do potencial rondoniense, frente ao processo de desenvolvimento brasileiro. “No evento, todos terão oportunidade de ver o quanto o Estado é variado e rico, além de ser capaz de garantir alimento na mesa de vários lugares do mundo. A feira também é uma inspiração para jovens e estudantes que estão em busca de uma carreira, ressaltou”.

O tema desta edição é “Agricultura na Amazônia” e o Estado pretende focar nos altos índices de produtividade registrados no agronegócio rondoniense, conjugando o bom resultado, com a preservação da floresta, repercussão que trouxe à Rondônia o status de Estado-membro da Amazônia Legal Brasileira, com os maiores índices de preservação da floresta nativa.

O evento, que é aberto para toda sociedade, também traz à luz do público em geral, trabalhos que estão sendo desenvolvidos para recuperação de nascentes, estudos científicos para otimização de recursos em propriedades rurais, além dos destaques que vêm do campo, a exemplo da degustação de todas as variedades de café produzidas em Rondônia, doces, bolos, salgados, embutidos e demais artigos para consumo.

Com entrada gratuita, a Rondônia Rural Show Internacional, acontece entre os dias 20 e 25 de maio, no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná.

Cerejeiras recebe investimento de R$ 420 Milhões para implantação de Usina de Etanol

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O município de Cerejeiras está prestes a receber um investimento histórico no valor de R$ 420 milhões para a implantação da Usina de Etanol de Milho. Este empreendimento promete não apenas transformar a economia local, mas também impulsionar o desenvolvimento do estado de Rondônia como um todo.

A usina, que será instalada em Cerejeiras, está programada para entrar em operação em maio de 2026, sendo um projeto pioneiro e inovador fruto do esforço conjunto entre o estado de Rondônia e investidores argentinos.

“Me sinto muito feliz de estar participando de um momento tão importante como esse que é o  lançamento da UER Usina de Etanol de Rondônia que será implantada em Cerejeiras. A instalação desta usina em nosso município representa não apenas um investimento financeiro significativo, mas também a materialização de um sonho coletivo de progresso e prosperidade. Estamos diante de uma oportunidade única de impulsionar nossa economia, gerar empregos e promover o desenvolvimento sustentável da nossa região”, afirmou a Prefeita de Cerejeiras Lisete Marth.

Ao longo dos anos, a usina irá injetar cerca de R$ 2,5 bilhões na economia, gerando empregos diretos e indiretos e promovendo o desenvolvimento sustentável da região. Na primeira fase de implantação, serão processadas 385 mil toneladas de milho, com uma capacidade total de processamento de 525 mil toneladas por ano.

A Prefeita de Cerejeiras, Lisete Marth, esteve em Porto Velho nesta segunda-feira para participar do lançamento da UER Usina de Etanol de Rondônia, demonstrando o comprometimento e o entusiasmo da gestão municipal com este projeto de grande importância para o município.

Este investimento privado representa um marco para o desenvolvimento econômico de Cerejeiras e de toda a região, fomentando a economia local e estadual, e abrindo portas para novas oportunidades de crescimento e prosperidade.

A Prefeitura de Cerejeiras, através da gestão atual, enaltece a importância deste investimento privado em nosso município e reafirma seu compromisso em apoiar e colaborar com iniciativas que contribuam para o progresso e bem-estar da comunidade.

Com a instalação da Usina de Etanol de Rondônia, Cerejeiras se firma como um polo de desenvolvimento e inovação, evidenciando o potencial da região e consolidando sua posição como um importante centro econômico do estado.

Assessoria AROM

Primeira etapa da campanha de declaração de rebanhos 2024 tem início em Rondônia

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Nesta quarta-feira, 1º de maio, tem início a primeira etapa da campanha de declaração de rebanhos, da Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron). A declaração é obrigatória para criadores de bovinos, bubalinos, ovinos, caprinos e suínos e deve ser feita até dia 31 de maio. Equídeos e aves também podem ser declarados. O produtor rural deve acessar o sistema da Idaron para cadastro de senha, pelo computador ou celular, e a declaração pelo site, pode ser realizada em qualquer dia e horário, inclusive, nos sábados, domingos e feriados.

Para declarar pela internet, basta acessar o site da Agência www.idaron.ro.gov.br. “É uma ação que não demanda muito tempo, é rápido e fácil. O objetivo é manter atualizado o banco de dados relacionado à pecuária de Rondônia. Esse é um dos compromissos assumidos pelo Estado e pelo pecuarista, que integra a política de responsabilidades, compartilhadas para manutenção do status internacional de área livre de Febre Aftosa sem vacinação”, destacou o presidente da Agência , Julio Cesar Rocha Peres.

Vale destacar que, além das informações relacionadas à atualização dos rebanhos, são levantadas informações de produção de peixe/pescados, abelhas e alguns tipos de frutas, com perguntas diretas e simples, para que as informações referentes a essas culturas também possam ser atualizadas.

REBANHO

O presidente da Idaron chama atenção, ainda, para outra questão importante: “A partir do início do período de declaração, a emissão da Guia de Trânsito Animal (GTA) passa a estar vinculada à declaração de rebanhos, ou seja, o produtor só pode emitir a GTA, após regularizar o rebanho junto à Idaron”.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha salientou que, Rondônia alcançou o tão desejado status internacional de área livre de Febre Aftosa sem vacinação, com reconhecimento da Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA). “Agora que temos esse status, temos que manter as ações e fortalecer o setor importante para a economia do Estado. Temos que cumprir todas as orientações da OMSA, e uma delas, é a declaração de rebanhos à Idaron”, enfatiza.

Ao declarar o rebanho, indiretamente, o produtor fortalece a economia, uma vez que, por meio da declaração, certifica ao consumidor a qualidade da produção, fator que tem reflexo direto no volume das exportações.

PF deflagra operação Faroeste Digital para combater fraudes bancárias eletrônicas

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Brasília/DF. A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta terça-feira (30/4), a Operação Faroeste Digital com a finalidade de desmantelar organização criminosa especializada na prática de fraudes bancárias eletrônicas e lavagem de dinheiro.

Policiais federais dão cumprimento a 44 mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão nas cidades de São Paulo/SP, Atibaia/SP, Praia Grande/SP, São Vicente/SP, Joinville/SC, Londrina/PR e Brasília/DF, além de ordens de bloqueio de bens, deferidos pela Justiça.

Durante as investigações, verificou-se a existência de vasta estrutura criminosa que fraudou contas bancárias de duas empresas, em valores que chegam a R$ 2 milhões, bem como participação em diversas outras fraudes bancárias.

A organização criminosa ainda possuía alta capacidade de pulverização dos valores financeiros desviados para uma imensa quantidade de contas bancárias de laranjas, que emprestavam, conscientemente, suas contas bancárias para receber os valores das fraudes e repassá-los para outra camada de laranjas, em diversas etapas sucessivas de transferências financeiras, até que o dinheiro retornasse aos fraudadores, mediante o recebimento de comissões.

A ação é desdobramento da força-tarefa Tentáculos, que envolve a cooperação entre a Polícia Federal e instituições bancárias na repressão de fraudes bancárias eletrônicas.

São investigados os crimes de organização criminosa, invasão de dispositivo informático, furto mediante fraude, falsidade documental e lavagem de dinheiro.

Coordenação-Geral de Comunicação Social

PF reprime crime de moeda falsa em Rondônia

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Porto Velho/RO. Nesta terça-feira, 30/4, a Polícia Federal prendeu em flagrante um homem que realizou a compra de moedas falsas.

A ação teve início após investigações indicarem o envio de moedas falsas para Porto Velho. A negociação, na maioria das vezes, ocorre por meio de aplicativos de mensagens, principalmente em grupos. As notas falsas têm origem em diversas regiões do Brasil.

Policiais federais realizaram a abordagem do destinatário logo após a entrega da encomenda e confirmaram a suspeita de que se tratava de dez notas falsas de R$ 100.

O investigado, que ficou preso, responderá pelo crime contra a fé pública, na modalidade de adquirir moeda falsa.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia