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Governo Federal garante leilão de arroz com teto de R$ 4 o quilo ao consumidor

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A Advocacia-Geral da União (AGU) garantiu a realização de leilão (nº 47/2024) para compra de arroz beneficiado polido, agendado para a manhã desta quinta-feira (06) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), após conseguir junto ao Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4ª) a derrubada de liminar da Justiça Federal de Porto Alegre que impedia a realização do certame.

O leilão foi agendado com fundamento na Medida Provisória nº 1217, de 09 de maio de 2024, que autoriza a Conab a importar arroz beneficiado ou em casca para mitigar as consequências sociais e econômicas decorrentes de eventos climáticos extremos no Rio Grande do Sul.

Por meio da Procuradoria-Regional da União da 4ª Região, a AGU alertou que a decisão de primeiro grau, proferida no âmbito de uma ação popular, representava risco de violação à ordem público-administrativa em razão de interferência em atribuição exclusiva do Poder Executivo no que tange à formulação e execução de política pública implementada com objetivo de evitar o desabastecimento e a alta do preço interno do arroz.

Foi destacado, ainda, que no âmbito do Supremo Tribunal Federal (STF) tramita Ação Direta de Inconstitucionalidade (nº 7.664/DF), movida pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) com o mesmo objetivo de impedir a realização do leilão, e que qualquer decisão relacionada ao tema deve aguardar o pronunciamento final da Corte sobre a referida ação. Na quarta-feira (05/06), o relator da ação, ministro André Mendonça, indeferiu pedido de liminar para suspender o certame.

Os argumentos da AGU foram acolhidos pelo presidente do TRF4, desembargador federal Fernando Quadros da Silva. Na decisão em que suspendeu a liminar que impedia o leilão de arroz, o magistrado reconheceu que o procedimento é juridicamente adequado considerando a situação excepcional vivenciada Rio Grande do Sul, responsável pela produção de cerca de 71% do arroz plantado no Brasil.

“Cabe ressaltar que a tragédia climática pela qual está passando o Estado Gaúcho não tem precedentes na história nacional e ainda está sendo vivenciada, sendo que a grande maioria dos municípios foram afetados de alguma maneira, em maior ou menor proporção, conforme vem sendo amplamente divulgado na mídia […]. Ademais, não deve ser olvidado que o processo administrativo tem a tutela constitucional e suas conclusões estão acobertadas pelo vetusto princípio da presunção de validade e legitimidade dos atos do Poder Público”, assinalou trecho da decisão.

Arroz de qualidade e a preço justo

leilão promovido pelo Governo Federal para a compra de arroz importado foi autorizado e aconteceu, nesta quinta-feira (6), por meio de pregão eletrônico na modalidade viva-voz. No total, 263.370 mil toneladas de um dos principais alimentos da dieta da população brasileira foram arrematadas e serão vendidas ao consumidor final pelo valor máximo de R$ 4 o quilo.

Com a exigência de ser um arroz importado de qualidade, safra 2023/2024, com aspecto, cor, odor e sabor característicos de arroz beneficiado polido, longo, fino e do tipo 1, o leilão foi organizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), instituição vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

O arroz será entregue a regiões metropolitanas definidas pela Conab, levando em conta indicadores de insegurança alimentar, até o dia 8 de setembro. O leilão do arroz visa diminuir os negativos impactos sociais e econômicos da tragédia climática que há um mês acometeu o Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional do cereal.

A Conab está autorizada a comprar 1 milhão de toneladas por meio de leilões, de acordo com a necessidade da população brasileira. O Governo Federal garante que arroz de qualidade e a preço justo não faltará no prato das famílias brasileiras.

Texto atualizado às 12h30, após realização do leilão

Link: https://www.gov.br/agu/pt-br/comunicacao/noticias/agu-garante-realizacao-de-leilao-da-conab-para-compra-de-arroz

Auxílio Reconstrução de R$ 5.100 deve chegar a um milhão de pessoas, estima Waldez

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Em entrevista para a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nesta quarta-feira (5/6), o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, disse que o Auxílio Reconstrução de R$ 5.100 deve beneficiar até um milhão de pessoas. O ministro também falou sobre o papel das prefeituras para garantir a fé pública e liberação dos recursos e todas as ações que o Governo Federal está desenvolvendo no Rio Grande do Sul.

O estado foi atingido pela maior tragédia climática da sua história. “Não é aceitável que a gente continue perdendo vida de pessoas. Então, o plano vai nos ajudar a sermos mais mobilizados e criarmos fortemente a cultura de lidar com o risco e lidar também com a resposta de forma mais organizada”, disse.

Nesta quinta-feira (6/6) mais 61,6 mil famílias gaúchas receberam o Auxílio Reconstrução. Com isso, o número de famílias beneficiadas chega perto de 100 mil. Desde o lançamento do auxílio o Governo Federal destinou cerca de R$ 510 milhões para a população gaúcha que tem direito aos R$ 5.100, incluindo os pagamentos desta quinta. Até agora, 138 mil famílias foram aprovadas no Auxílio Reconstrução. As prefeituras têm a responsabilidade pela informação correta, para que o Governo Federal pague às famílias.

O que é o Auxílio Reconstrução e quantas famílias foram beneficiadas?

É um trabalho diário, 24 horas por dia, por determinação do presidente Lula, para amenizar o sofrimento das pessoas que foram desabrigadas ou desalojadas e que sofreram com os deslizamentos pelas enchentes e tiveram perdas e que estão nas áreas, nas manchas, na poligonal dessas áreas, para que possam, com 5,1 mil reais, possam comprar muitos objetos que tiveram prejuízo total, uma cama, uma geladeira, um fogão. Fica a critério da família. Ela avalia as suas necessidades.

O presidente Lula não amarrou pra que seria, deixou a critério e necessidade de cada família. Processamos e aprovamos, até agora, 137 mil famílias com direito de receber o auxílio. Dessas 137 mil, 107 mil estamos em processo de pagamento. Milhares receberam e, agora, nesse momento, tem gente recebendo porque está caindo direto na conta, para quem tinha conta na Caixa, e quem não tinha a Caixa está pagando. A expectativa é que chegue a mais de 240 mil famílias, em torno de um milhão de pessoas que receberão esses recursos.


“Já pensou pagar o benefício para quem não foi diretamente atingido e não pagar para quem foi? Então, a prefeitura tem a responsabilidade de encaminhar os cadastros com essa informação das pessoas, das famílias que foram atingidas”


O que as prefeituras precisam fazer para garantir a liberação desses recursos?

A parte da prefeitura, o cidadão mora no bairro, na comunidade, na rua, mora no município. Então, o responsável pela fé pública, pela informação correta para que o Governo Federal pague a quem realmente foi atingido pelo desastre é da prefeitura. Já pensou pagar o benefício para quem não foi diretamente atingido e não pagar para quem foi? Então, não pode ter, logicamente, um problema desse. Então, a prefeitura tem a responsabilidade de encaminhar os cadastros com essa informação das pessoas, das famílias que foram atingidas.

Qual é a rua, qual é a região e as informações da família. Então, eles colocam isso no site gov.br, auxílio reconstrução, e nós fazemos aqui os cruzamentos com as informações gerais que o Governo Federal tem, com as manchas também que o governo do estado trabalha, para que a gente tenha a assertiva de ser justo, pagar a quem verdadeiramente foi atingido. Então, esse é o trabalho das prefeituras. Eles precisam levantar as informações, eles conhecem os municípios, conhecem as famílias, a prefeitura está ali pertinho da comunidade. Então, ela é a maior responsável de trazer para o Governo Federal as informações corretas das famílias atingidas e que têm o direito de receber o auxílio de R$ 5.100.


“Na área do ministério aqui, o que for de ajuda humanitária, de restabelecimento, de reconstrução daquelas questões que dizem respeito à ação do município ou do Estado, a gente tem dado apoio. Aprovamos 500 planos de trabalho para as prefeituras do Rio Grande do Sul e Governo do Estado. Estamos com mais de 60 planos agora, neste momento, sendo analisados, porque requer ali um aferimento melhor dos preços, das tabelas, das propostas. Não é projeto, é plano”


Além do Auxílio Reconstrução, o trabalho do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional envolve uma série de outras ações. O que o senhor poderia falar em relação a essas ações neste momento? Que balanço das ações do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional para ajudar o Rio Grande do Sul, além do Auxílio Reconstrução?

O ato, talvez, o principal ato para que dê condições de todo o Governo Federal atuar como tem atuado na resposta, seja na saúde, na educação, na segurança, no salvar vidas, no assistir às pessoas nos abrigos, na reconstrução, na limpeza pública, no esgotamento da água, na alimentação, na água, nos materiais de higiene pessoal. Enfim, todos os tipos de respostas que o Governo Federal está dando começa exatamente pelo reconhecimento da emergência ou de calamidade. Então, quem faz aqui é o Ministério da Integração, via Defesa Civil Nacional, e isso dá a retaguarda legal para que todas as políticas públicas possam ser executadas.

Cabe ao MIDR, a execução também de determinadas ações dessas do governo do presidente ente Lula. Estão muito relacionadas à ajuda humanitária, ao restabelecimento e à reconstrução. A ajuda humanitária, como eu já falei, a gente recebe das prefeituras a necessidade, pelo número de pessoas desabrigadas, desalojadas, que precisam de água, que precisam de comida, que precisam de material de higiene pessoal, de banheiro químico, às vezes, de combustível para usar no transporte. Então, isso nós chamamos de ajuda humanitária. Restabelecimento é a limpeza pública, é o esgotamento da água que está dentro de Porto Alegre, que está dentro de Canoas, que está dentro de São Leopoldo, só para citar alguns exemplos. Então, isso é restabelecer, tirar o entulho das cidades, obstruir ruas, restabelecer energia, restabelecer água, restabelecer conectividade. Tudo isso está no serviço de restabelecimento. A gente apoia mais diretamente aqueles que são de responsabilidade das prefeituras e que não tendo recurso, o Governo Federal coloca o recurso. A reconstrução, aí ela acontece em várias vertentes.

O Governo Federal reconstrói, o ministro Renan (Filho, ministro dos Transportes) está reconstruindo pontes, estradas, o ministro das Minas e Energia restabelecendo e reconstruindo também linhas que caíram, o de conectividade também, na área de comunicação, sistema de água. No caso aqui do ministério, tudo que tiver relacionado à prefeitura e ao Governo do Estado, por exemplo, o governador Eduardo Leite levanta a situação de estradas, tem várias fontes que caíram, ele vai apresentar o plano de trabalho, como tem apresentado. O MIDR apoia com recurso federal para reconstrução daquelas fontes. Governo municipal, do mesmo jeito, o município faz o plano de trabalho de pontes que foram danificadas ou destruídas, de bueiros, parte de estrada da habitação, faz para o ministro Jardim.

Assim, na área do ministério aqui, o que for de ajuda humanitária, de restabelecimento, de reconstrução daquelas questões que dizem respeito à ação do município ou do Estado, a gente tem dado apoio. Aprovamos 500 planos de trabalho para as prefeituras do Rio Grande do Sul e Governo do Estado. Estamos com mais de 60 planos agora, neste momento, sendo analisados, porque requer ali um aferimento melhor dos preços, das tabelas, das propostas. Não é projeto, é plano. A carga maior agora vai continuar ainda na limpeza pública, mas principalmente na reconstrução.

O Ministério vem desenvolvendo e elaborando o Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. Quais são as principais diretrizes desse plano, ministro? E quando ele estará pronto e será anunciado? Ou seja, é um projeto que precisa passar ainda pelo Congresso Nacional. Eu queria que o senhor falasse um pouco mais sobre isso, pensando no futuro, em prevenção, mitigação e evitar futuras tragédias como essa do Rio Grande do Sul.

Essa foi uma primeira recomendação que o presidente Lula me fez, quando me convidou para ser ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, que tenho aqui a responsabilidade também com a Defesa Civil, para que eu contratasse a elaboração do Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil. A política é de 2012, passaram-se 10 anos, não foi feito o plano, então ele me recomendou. Ainda em fevereiro de 2023, nós contratamos a PUC-Rio, com interveniência do Pnud, para elaborar durante um ano este plano.

Ele tornou-se um pouco mais longe, aliás, mais demorado, uns dois ou três meses para concluir, até por orientação mínima. Nós estamos lidando com um país de dimensão continental, as coisas se avolumaram em termos de eventos e de intensidade do evento já em 2023 e se confirma em 2024, e nós, portanto, precisaríamos de um plano que retratasse melhor essa dimensão continental, agora com muita extremidade de seca e de muita água, ou seja, de excesso e de falta de água nas diferentes regiões, e a gente alongou um pouco mais esse tempo para interagir mais com a sociedade, com o poder público, com os municípios que vêm sofrendo, estados que vêm sofrendo, com a academia que tem participado de Norte a Sul desse país, e o plano, portanto, a versão final do plano, para análise da nossa equipe técnica e apresentação ao presidente Lula, deve ficar pronto agora no final de junho.

Então, será o primeiro Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil, que é importante. Entre todos os produtos, eu destaco cinco produtos importantes desse plano. Ele tem muito claramente ali a necessidade e os apontamentos referentes à prevenção, à mitigação, quer dizer, você previne, mesmo com a prevenção feita, você pode diminuir o risco, criar a cultura de risco, que é mitigar aquelas situações que estão em evidência para sofrer num desastre, você fazer a preparação, porque se o desastre acontecer, você tem que estar preparado, é um outro produto, você fazer a resposta, que é o que nós estamos fazendo agora no Rio Grande do Sul, e depois a reconstrução.

Então, prevenção, mitigação, preparação para o desastre, acontecendo o desastre, resposta a esse desastre, depois reconstrução. Esses cinco produtos, eles vêm muito bem apontados no plano, e será o primeiro plano, e com isso a gente organiza melhor o sistema federal, estadual e municipal, para que a sociedade brasileira possa estar muito conectada com essa nova realidade que nós estamos vivendo, e as etapas que precisam ser incorporadas enquanto cultura de lidar com o risco, lidar com a contingência para a resposta ao desastre, se mais precisa a gente evitar perder vidas. Patrimônio é muito difícil, se a gente não vai diminuir os desastres devido às mudanças climáticas, certamente as perdas materiais, de habitação, de ruas, de equipamentos públicos, de produção, com desastre vão continuar acontecendo.

Agora, não é aceitável que a gente continue perdendo vida de pessoas. Então, o plano, ele vai nos ajudar a sermos mais mobilizados e criarmos fortemente a cultura de lidar com o risco e lidar também com a resposta de forma mais organizada.


Tudo sobre as ações do Governo Federal no RS em uma única página. Acesse aqui


Link: https://www.gov.br/mdr/pt-br/noticias/cerca-de-um-milhao-de-pessoas-receberao-o-auxilio-reconstrucao

Governo Federal reforça posição contrária à PEC de privatização de praias

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Saiba os principais pontos sobre a importância de o Governo Federal permanecer como gestor dessas áreas, garantindo que elas sejam usadas de forma justa e sustentável

Nas últimas semanas, intensificou-se o debate público sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 3/2022, que visa modificar a Constituição Federal, estabelecendo novas diretrizes para a propriedade e gestão dos terrenos de marinha. O debate começou com uma audiência pública no Senado para debater a PEC, em que a Secretaria de Patrimônio da União do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos se posicionou contra a proposta.

Leia abaixo os principais pontos para entender o que está em debate e a importância de o Governo Federal permanecer como gestor dessas áreas, garantindo que elas sejam usadas de forma justa e sustentável , em benefício da população.

O que são terrenos de marinha?

Os terreno s de marinha fazem parte dos bens da União , que são patrimônio do povo brasileiro. Esses bens são administrados pelo Governo Federal, por meio da Secretaria do Patrimônio da União do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI ). A demarcação e administração desses terrenos pelo Governo Federal são fundamentais para a proteção ambiental dessas áreas e para garantir a segurança jurídica e uma gestão adequada dos bens da União .

Os terrenos de marinha são faixas de terra ao longo da costa e de algumas áreas próximas a rios e lagos.  Essa faixa tem 33 metros contados a partir do mar em direção ao continente ou ao interior das ilhas costeiras com sede de município. Além das áreas ao longo da costa, também são demarcadas as margens de rios e lagoas que sofrem influência de marés. A referência para essa demarcação não é a configuração do mar como se encontra hoje, mas sim a Linha do Preamar Média (LPM), que considera as marés máximas do ano de 1831 , conforme determina o Decreto-Lei nº 9.760, de 1946. Saiba mais: https://www.gov.br/gestao/pt-br/assuntos/patrimonio-da-uniao/bens-da-uniao/terrenos-de-marinha .

Por que essas áreas são geridas pelo Governo Federal?

O domínio da União sobre a costa marítima é estratégico para garantir os objetivos de desenvolvimento econômico, social e ambiental do país. Na faixa costeira localizam-se ecossistemas de alta relevância ambiental (áreas de manguezal, restinga, apicum, por exemplo) , que são fundamentais para a prevenção de riscos e medidas de adaptação às mudanças climáticas. Além disso, há nesses locais povos e comunidades tradicionais que dependem desse ecossistema para subsistências.

Nessas áreas, desenvolvem-se também atividades como os portos públicos e privados, usinas eólicas (geração de energia) , indústrias de petróleo e gás, pesca industrial e artesanal, infraestruturas críticas e estratégicas (cabeamento de internet, por exemplo) , empreendimentos imobiliários e complexos turísticos. Desse modo, a gestão dos terrenos de marinha pela União é essencial para a soberania nacional , pois é o domínio do Governo Federal que garante a proteção estratégica desse conjunto de áreas que s ã o essenciais para a defesa e para o desenvolvimento econômico no Brasil .

Por que o Governo Federal é contrário à PEC 3?

O Governo Federal se posiciona contrário à PEC 3 , pois caso aprovada, ela revogaria um trecho da Constituição, que prevê a propriedade exclusiva dos terrenos de Marinha para a União. A PEC autorizaria a transferência dessas áreas para Estados , municípios e particulares ( dependendo de sua utilização e ocupação prévia ). Essa medida impactaria diretamente a proteção das áreas costeiras e a forma como estas são ocupadas pela população. A aprovação da PEC da forma que está traria diversos riscos, como especulação imobiliária, impactos ambientais descontrolados, perda de receitas para a União e insegurança jurídica. Também haveria consequências negativas para as comunidades locais .

Além disso, a proposta pode gerar uma dificuldade de acesso da população às praias, já que ela favorece a especulação imobiliária e o interesse de um conjunto de empreendimentos costeiros que podem se estender sobre essas áreas . As comunidades pesqueiras também podem ser afetadas, pois precisam desses acessos para a sua produção, para a sua subsistência, fora os impactos que isso vai ter para os ecossistemas locais.

Outro ponto negativo da PEC é que ela extingue esse conceito da faixa de segurança e permite a alienação, a transferência do domínio pleno nessas áreas em que é importante para o Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro que sejam mantidas. Isso acaba favorecendo essa ocupação desordenada, ameaçando os ecossistemas brasileiros, tornando esses territórios mais vulneráveis aos eventos climáticos extemos.

A aprovação da PEC poderia intensificar a construção de imóveis nas margens e praias de rios, áreas já visadas pela construção civil e pelo turismo. Isso facilitaria negociações desiguais entre megaempresários e comunidades tradicionais, exacerbando conflitos fundiários. A transferência de ocupações não cadastradas pela União também traria insegurança jurídica , gerando conflitos de propriedade.

A gestão dos terrenos de marinha tem papel fundamental na prevenção de riscos, na manutenção do equilíbrio do meio ambiente e da questão climática. Desproteger essas áreas, como sugerido na PEC, que retira a gestão dessas áreas do Governo Federal, seria ir na contramão do que vários países têm feito de proteger essas regiões, de limitar o uso, de exercer soberania.

Por Ministério da Gestão

TRANSPOSIÇÃO: Ata nº 17 de 2024 é publicada pela CEEXT

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A Comissão Especial dos Ex-Territórios Federais de Rondônia, do Amapá e de Roraima (CEEXT) publicou a Ata nº 17 de 2024. Para julgamento foi apresentado um total de 113 processos.

A Comissão solicitou 79 requerimentos foram indeferidos e um está com a declaração de PERDA DE OBJETO.

 

Fonte: Secretária de Imprensa e Divulgação – SID

Abate de bovinos atinge recorde enquanto frangos e suínos têm queda no 1º trimestre

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O abate de bovinos chegou a 9,30 milhões de cabeças no 1º trimestre de 2024, alta de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, e 1,6% superior em comparação ao 4º trimestre de 2023. Com isso, o abate de bovinos bateu o recorde da série histórica, iniciada em 1997. Já o abate de 1,59 bilhão de cabeças de frangos teve queda de 1,2% em relação ao 1º trimestre de 2023 e aumento de 4,0% na comparação com o 4º trimestre de 2023.

Os dados são das Estatísticas da Produção Pecuária, divulgadas hoje (06) pelo IBGE. Os números mostram também que o abate de 13,95 milhões de cabeças de suínos teve queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,4% na comparação com o 4° trimestre de 2023.

O supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, explica as razões do recorde no abate de bovinos. “Estamos num período de ampla oferta de animais para o abate, esses animais são provenientes de um ciclo de maior retenção de fêmeas observado entre 2019 e 2022, quando o preço dos bezerros estava em alta e a atividade reprodutiva das fêmeas tornou-se atrativa para os pecuaristas. A partir de meados de 2022 observamos o ciclo inverso, o preço dos bezerros caiu e as fêmeas passaram a ser destinadas ao abate com maior intensidade, além dos animais criados no ciclo anterior de alta que chegaram à idade de abate neste ano”, analisa Viscardi.

Em relação ao mesmo período de 2023, foram 1,84 milhão de cabeças de bovinos a mais no 1º trimestre de 2024, com aumentos em 23 das 27 unidades da federação (UFs). os incrementos mais significativos ocorreram em: Mato Grosso (+420,07 mil cabeças), Goiás (+263,41 mil cabeças), São Paulo (+219,41 mil cabeças), Minas Gerais (+206,49 mil cabeças), Pará (+180,04 mil cabeças), Rondônia (+155,75 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (+110,36 mil cabeças), Bahia (+58,08 mil cabeças) e Paraná (+46,73 mil cabeças). Em contrapartida, a variação negativa mais expressiva ocorreu no Rio Grande do Sul (-34,41 mil cabeças).

Abate de frangos tem queda em comparação anual e produção de ovos atinge recorde na série histórica

O abate de 1,59 bilhão de cabeças de frangos, no 1º trimestre de 2024, representa queda de 1,2% em relação ao mesmo período de 2023 e aumento de 4,0% na comparação com o 4° trimestre desse ano. Este resultado é o segundo maior na série histórica da pesquisa, superado apenas pelo resultado alcançado no 1° trimestre de 2023. Contribuiu para o resultado o abate recorde no mês de fevereiro. Em contrapartida, em março, o número de cabeças abatidas ficou abaixo de fevereiro pela primeira vez, considerando toda a série histórica.

A queda no abate de frangos é provavelmente ocasionada por uma regulação na oferta de carne pelo setor. A carne bovina, proteína substituta ao frango, desvalorizou bastante nos últimos meses, o que dificulta o repasse de custos da cadeia produtiva da avicultura de corte ao consumidor final”, diz Viscardi.

O total de 19,15 milhões de cabeças de frangos a menos no 1º trimestre de 2024, em relação a igual período do ano anterior, foi determinado pela queda no abate em 13 das 25 UFs que fazem parte da pesquisa. Entre aquelas com participação acima de 1,0%, ocorreram quedas em: Rio Grande do Sul (-21,52 milhões de cabeças), Minas Gerais (-3,83 milhões de cabeças), Goiás (-2,92 milhões de cabeças), Bahia (-2,80 milhões de cabeças) e Mato Grosso (-631,25 mil cabeças).

Já a produção de ovos de galinha atingiu 1,10 bilhão de dúzias, o que equivale a um aumento de 6,1% em relação à quantidade apurada no mesmo trimestre em 2023 e de 2,6% em comparação à registrada no 4º trimestre do ano passado. Essa foi a maior produção já estimada na pesquisa, alcançando novo recorde na série histórica, superando o 3º trimestre de 2023.

“A produção de ovos se encontra estimulada, especialmente em relação aos ovos para consumo. Trata-se de uma proteína de custo mais acessível que as carnes e de alto valor nutricional”, diz Viscardi.

Abate de suínos tem queda de 1,6% em relação ao 1º trimestre de 2023

No 1º trimestre de 2024, foram abatidas 13,95 milhões de cabeças de suínos, com queda de 1,6% em relação ao mesmo período de 2023 e de 1,4% na comparação com o 4° trimestre de 2023. Foi o período com os melhores meses de janeiro e fevereiro, mas somente o quarto melhor resultado para um mês de março (4,53 milhões de cabeças).

“A desvalorização da carne bovina também afeta o escoamento da carne suína no mercado interno”, explica Viscardi.

O abate de 229,81 mil cabeças de suínos a menos no 1º trimestre de 2024, em relação ao mesmo período do ano anterior, foi impulsionado por quedas em 15 das 24 unidades da federação participantes da pesquisa. Entre os estados com participação de ao menos 1,0%, ocorreram quedas em: Minas Gerais (-179,32 mil cabeças), Rio Grande do Sul (-85,35 mil cabeças), Santa Catarina (-83,07 mil cabeças), Mato Grosso do Sul (-42,80 mil cabeças), Mato Grosso (-40,48 mil cabeças) e Goiás (-9,04 mil cabeças).

Aquisição de leite tem aumento de 3,3% em comparação com o 1º trimestre de 2023

No 1º trimestre de 2024, a aquisição de 6,21 bilhões de litros de leite cru feita pelos estabelecimentos sob algum tipo de inspeção sanitária (Federal, Estadual ou Municipal) representou um aumento de 3,3% em relação ao 1° trimestre de 2023, e decréscimo de 4,4% em comparação com o trimestre imediatamente anterior.

“A queda em relação ao último trimestre do ano anterior é cíclica, pois temos um declínio sazonal de produção em algumas bacias leiteiras importantes entre esses períodos. Com relação ao primeiro trimestre de 2023, tivemos um barateamento dos custos de produção em relação ao ano passado, além da valorização do produto ao longo do período e regularização das chuvas entre janeiro e março. Apesar da retração dos preços pagos ao produtor em comparação ao mesmo trimestre do ano anterior, o setor apresentou aumento de produção nesta comparação”, esclarece o supervisor da pesquisa.

Foram 198,90 milhões de litros de leite a mais captados em nível nacional, por causa de aumentos registrados em 21 das 26 UFs participantes da Pesquisa Trimestral do Leite. As variações positivas mais significativas ocorreram em: Minas Gerais (+116,11 milhões de litros), Paraná (+27,33 milhões de litros), Goiás (+24,29 milhões de litros), Rondônia (+18,81 milhões de litros), Rio de Janeiro (+5,73 milhões de litros) e Sergipe (+5,63 milhões de litros). Em compensação, os decréscimos mais relevantes ocorreram no Rio Grande do Sul (-41,78 milhões de litros), São Paulo (-37,05 milhões de litros) e Pernambuco (-5,96 milhões de litros).

Mais sobre a pesquisa

A pesquisa fornece informações sobre o total de cabeças abatidas e o peso total das carcaças para as espécies de bovinos (bois, vacas, novilhos e novilhas), suínos e frangos, tendo como unidade de coleta o estabelecimento que efetua o abate sob fiscalização sanitária federal, estadual ou municipal. A periodicidade da pesquisa é trimestral, sendo que, para cada trimestre do ano civil, os dados são discriminados mês a mês.

A partir do primeiro trimestre de 2018, atendendo solicitações de usuários para acesso mais rápido às informações da conjuntura da pecuária, passaram a ser divulgados os “Primeiros Resultados” da Pesquisa Trimestral do Abate de Animais para o nível Brasil, em caráter provisório. Eles estão disponíveis cerca de um mês antes da divulgação dos “Resultados Completos”. Os dados podem ser consultados no Sidra. A próxima divulgação dos primeiros resultados, relativos ao 2º trimestre de 2024, será em 13 de agosto, e os resultados completos, no dia 5 de setembro.

Quadrilha “A Roça é Nossa” evidencia a tradição e leva ao Flor do Maracujá homenagem a São João

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Há mais de três décadas a Quadrilha “A Roça é Nossa” encanta o público com suas apresentações. Fundada em 1993 por Seu Fernando Rocha e Dona Liri, a agremiação nasceu da fusão das quadrilhas Sapezal e Flor da Bananeira, com o objetivo de competir no Arraial Flor do Maracujá. A agremiação do Bairro Esperança da Comunidade,  localizada na zona Leste de Porto Velho, se reúne de segunda a sexta-feira na Escola Municipal Darcy Ribeiro. A apresentação do grupo está marcada para quinta-feira (27), às 23h, na Arena da 40ª edição do Arraial Flor do Maracujá.

Presidente da agremiação Amanda Rocha

Em 2023, um dos pontos altos da apresentação foi a homenagem ao seu criador, Fernando Rocha, falecido em 2022. Sob o tema “Saudade: Meu Remédio é Cantar”, a apresentação foi um tributo à memória daquele que plantou as sementes dessa tradição. Para este ano, o tema escolhido “Tu Se Alembra”, é uma homenagem a São João de tempos passados, quando as ruas se enchiam de enfeites e as famílias se reuniam ao redor das fogueiras para celebrar.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha destacou que, a quadrilha “A Roça é Nossa” tem mantido viva a tradição por mais de três décadas. Essa dedicação reflete o espírito comunitário e cultural de nossa gente”.

A presidente da agremiação, Amanda Rocha, filha dos fundadores, compartilha a promessa feita para seus pais de manter viva a chama da quadrilha. “Minha mãe, antes de partir, pediu para que não deixássemos acabar com a festividade. Agora, com o falecimento de papai, também prometemos que a tradição continuará”, destacou.

DESAFIOS

A agremiação se reúne de segunda a sexta-feira na Escola Municipal Darcy Ribeiro

Nos bastidores, a dedicação  de Maquele Cunha, costureira da agremiação desde 2014 e integrante da quadrilha desde 2007, revela os desafios enfrentados durante os quinze dias que antecedem à apresentação no Arraial Flor do Maracujá. “Chegamos a passar noites aqui no ateliê, só voltando para casa após a apresentação. São dias de total dedicação e amor pela nossa quadrilha”, enfatizou.

O titular da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), Júnior Lopes, ressaltou acerca do evento. “A Sejucel se orgulha de realizar eventos como o Arraial Flor do Maracujá, que celebra nossa história e tradições. Parabenizamos a todos os membros da quadrilha “A Roça é Nossa”.

A ROÇA É NOSSA MIRIM

A Quadrilha Mirim foi fundada em 2007 pelo ex-presidente Fernando Rocha. Muitos pais, que participavam da dança na categoria adulta, pediam para que fosse criada uma versão mirim. Atendendo aos pedidos, foi fundada a Mirim. Desde então, a categoria conquistou diversos títulos; é bicampeã do Arraial Flor do Maracujá (2018 e 2019), possui dois títulos no Flor do Cacto e um título no Arraial Tucumanzal. O grupo conta com a participação de 25 pares.

Manutenção na RO-135 entre Izidolândia e Vila Marcão assegura escoamento da produção do agronegócio e impulsiona turismo

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O governo de Rondônia iniciou os serviços de manutenção e recuperação de 73,8 quilômetros do trecho primário (sem pavimento) da Rodovia-135, entre os Distritos de Izidolândia e Vila Marcão, em Alta Floresta d’Oeste, nesta terça-feira (4). Os serviços estão sendo executados pela equipe da 5ª Regional do Departamento Estadual de Estradas de Rodagem e Transportes de Rondônia (DER-RO).

De acordo com o residente da 5ª Regional do DER-RO, Nilson Oliveira, o trecho está recebendo serviços de limpeza lateral, de descida d’água, patrolamento (conformação de plataforma) e recomposição do revestimento primário (cascalhamento).

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a RO-135 é utilizada pelos produtores rurais para escoar a produção e por turistas, a fim de ir e vir ao Porto Rolim de Moura do Guaporé. “Essa é uma rota do progresso do estado. Diariamente é usada para o transporte de gado, grãos e insumos. Além disso, é utilizada pelos amantes da pesca”, salientou.

Segundo o diretor-geral do DER-RO, Eder Fernandes, os trabalhos de manutenção e recuperação das rodovias primárias são essenciais à trafegabilidade. “O trabalho que o governo de Rondônia vem desenvolvendo por meio do DER é recuperar, manter e melhorar as condições das rodovias estaduais, facilitando assim, o escoamento e a comercialização da produção local, reduzindo o tempo de viagem e garantindo a segurança no tráfego, especialmente aos moradores da região”, ressaltou

Senado aprova projeto que amplia a oferta de voos para a Região Amazônica

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A Comissão de Infraestrutura do Senado aprovou, nesta terça-feira (04/06), um projeto de lei que possibilita que as empresas estrangeiras operem no Brasil com a oferta de voos domésticos, o que deve elevar a oferta de voos para a região.

O principal objetivo do projeto é permitir que empresas estrangeiras que operam voos internacionais ligando o Brasil a outros países possam realizar voos domésticos na Amazônia. Assim, uma companhia aérea poderia fazer a rota Miami-Manaus-Belém-Miami, por exemplo.

Hoje, de acordo com Código Brasileiro de Aeronáutica, apenas empresas constituídas sob as leis brasileiras, com sede e administração no país, podem operar voos domésticos no Brasil. O substitutivo ao PL 4.715/2023 altera esse artigo para permitir que empresas estrangeiras possam operar trechos que tenham como origem ou destino aeroportos localizados na Amazônia Legal.

Na avaliação do senador Marcos Rogério, a proposta deve ampliar a oferta de voos para os nove estados da Região Amazônica, que enfrentam escassez de voos desde a pandemia da Covid-19.

“O problema, hoje, é que três empresas concentram quase a totalidade do mercado de voos domésticos no país, o que leva a alta nos preços, além de uma baixa oferta de voos regionais. A procura é grande, mas a oferta, infelizmente, é insuficiente”, destacou Marcos Rogério.

O projeto é de autoria do senador Sérgio Petecão (PSD-AC) e foi relatado pelo senador Jaime Bagattoli (PL-RO).

Com informações da Agência Senado

Conheça o novo Monumento Natural Cavernas de São Desidério

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Declarada Unidade de Conservação por decreto do presidente Lula nesta quarta (5), área no oeste baiano valoriza ciência, biodiversidade e comunidades locais

Nesta quarta-feira (5), Dia Mundial do Meio Ambiente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto de criação do Monumento Natural (MONA) Cavernas de São Desidério. A nova unidade de conservação abrange 16.619 hectares de Cerrado no município baiano de São Desidério. O território abriga um complexo de cavernas de extrema relevância para a ciência, conservação da biodiversidade e comunidades locais.

A região possui inúmeros tesouros, especialmente em suas áreas subterrâneas cársticas, onde a ação das águas ácidas ao longo do tempo esculpiu cavernas e outras formações de interesse científico. O patrimônio espeleológico de São Desidério inclui 208 cavernas registradas no Cadastro Nacional de Informações Espeleológicas ( CANIE ), tornando o município o 24º com maior número de cavernas conhecidas no Brasil.

O objetivo da nova unidade é preservar as fitofisionomias do Cerrado, sistemas flúvio-cársticos, aquíferos em rochas calcárias e sítios arqueológicos importantes, além de proteger parte da bacia do Rio João Rodrigues, afluente do Rio São Desidério, que deságua no Rio Grande, contribuinte do Rio São Francisco.

O coordenador do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Cavernas (ICMBio/Cecav), Jocy Cruz, esteve presente na cerimônia e afirmou que a nova UC garantirá a conservação do importante patrimônio espeleológico existente no local e das espécies nele encontradas. “Os ambientes cavernícolas atuam como grandes museus naturais, preservam parte da nossa história e revelam o processo das mudanças climáticas e ambientais, portanto, é fundamental estabelecermos os cuidados especiais que garantam seu uso sustentável e o manejo de seus recursos naturais”, afirmou Jocy.

A criação do Monumento Natural Cavernas de São Desidério representa um marco na luta pela preservação do Cerrado no oeste baiano, uma região que enfrenta alto grau de desmatamento devido à expansão agrícola, e permitirá a proteção de atributos espeleológicos de relevância máxima enquanto concilia a presença das comunidades locais, que poderão manter suas atividades de agricultura familiar e incrementar a renda com o turismo sustentável.

Entre os atrativos do Monumento Natural Cavernas de São Desidério estão:

– Salão Coliseu, o maior salão de caverna conhecido no país, com mais de 25.000 m², localizado na Garganta do Bacupari.

– O maior lago subterrâneo do Brasil, situado no Buraco do Inferno da Lagoa do Cemitério, um hotspot de diversidade da fauna subterrânea.

– O Sumidouro do João Baio, com variação regular do fluxo de água, um fenômeno raro em nível mundial.

– Outros locais de beleza cênica, como o Lago Azul, a Gruta do Catão, o Buraco da Sucupira e o Buraco da Sopradeira.

O que é um Monumento Natural?

O Monumento Natural é uma categoria de unidade de conservação de proteção integral que visa preservar sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cênica. Permite a propriedade particular desde que seu uso não conflite com os objetivos da unidade. No caso do Cavernas de São Desidério, o objetivo é proteger as cavidades naturais, permitindo atividades como criação de animais, agricultura, turismo, visitação e pesquisa.

Existem no Brasil outros cinco Monumentos Naturais federais: o MONA dos Canyons do São Francisco, o MONA dos Pontões Capixabas, o MONA das Ilhas Cagarras, o MONA das Ilhas Trindade e Martin Vaz e do Monte Columbia, e o MONA do Arquipélago de São Pedro e São Paulo. Destes, os três últimos são ilhas marinhas.

 

Agência Gov | via ICMBio

Guajará-Mirim: MPRO emite recomendação à Câmara Municipal

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio da 3ª Promotoria de Justiça de Guajará-Mirim, emitiu uma recomendação à Câmara Municipal de Guajará-Mirim na última quarta-feira (22/5), o instrumento refere-se à concessão de diárias no âmbito da Casa de Leis.

Responsável pelo caso, o Promotor de Justiça Fernando Henrique Berbert Fontes ressaltou que a Administração Pública deve sempre agir para atingir o bem comum, conforme previsto na Constituição Federal. Além disso, a recomendação destaca que a concessão de diárias deve ser vinculada ao exercício da função pública e depende de uma motivação clara, sob pena de incorrer em improbidade administrativa.

A recomendação do MPRO inclui várias orientações para a Câmara Municipal e sua Controladoria Interna. Entre elas, a de que a Câmara Municipal deve se abster de conceder o pagamento de diárias a servidores e vereadores que tenham como única finalidade a entrega ou protocolo de documentos em outros municípios. Além disso, a Câmara Municipal deve autorizar o pagamento de diárias apenas em caso de justificativa clara e precisa acerca do motivo e da necessidade do deslocamento, bem como a demonstração da necessidade de pernoite.

Entre as orientações à Controladoria Interna da Câmara Municipal, por sua vez, a recomendação pontua que não apenas deve ser realizado o devido controle dos procedimentos administrativos de diárias, visando verificar a real necessidade e interesse dos deslocamentos, como também, ser apresentadas, sempre que possível, outras medidas mais eficientes e econômicas para a continuidade dos serviços que substituam a concessão de diárias.

O MPRO concedeu um prazo de 10 dias para que os destinatários da recomendação prestem informações quanto à aquiescência aos seus termos e as providências eventualmente adotadas. O desrespeito aos termos da recomendação poderá ensejar a adoção das medidas legais cabíveis, inclusive o ajuizamento de Ação Civil Pública por ato de improbidade administrativa.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)