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Prazo de inscrições do Enem é prorrogado por mais uma semana

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Ministério da Educação garante uma semana extra para estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição

Agência Gov | Via MEC
Prazo de inscrições do Enem é prorrogado por mais uma semana

Outras datas que fazem parte do cronograma do exame também foram ajustadas

O Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) prorrogaram em uma semana o período de inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2024. O prazo, que terminaria nesta sexta-feira, 7 de junho, foi ampliado para a próxima sexta, 14 de junho. Neste contexto, outras datas que fazem parte do cronograma do exame também foram ajustadas. As solicitações de atendimento especializado e tratamento por nome social também vão até 14 de junho. O pagamento da taxa de inscrição segue até 19 de junho. O Inep aplicará as provas em 3 e 10 de novembro, nas 27 unidades da Federação.


“Com essa decisão, nós queremos ampliar ainda mais as oportunidades para que os jovens façam o Enem, que é a porta de entrada para a graduação. Estudantes do Rio Grande do Sul e de todo o Brasil agora têm mais uma semana para se inscrever, pela Página do Participante. Quem está concluindo o ensino médio em escola pública não paga taxa de inscrição”, anunciou o Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana


Balanço

Estados como Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe já estão com praticamente todos os concluintes da rede pública de ensino médio inscritos no Enem. Mesmo no Rio Grande do Sul, que enfrenta as dificuldades em função da tragédia climática, já são mais de 70% dos formandos da rede pública inscritos.

Orientações

Para realizar a inscrição, é necessário acessar a Página do Participante com o login único do Gov.br. Quem não lembra a senha da conta pode recuperá-la a partir das orientações da própria plataforma. A aprovação da isenção da taxa ou da justificativa de ausência, na edição de 2023, não significa que a inscrição para o Enem 2024 foi realizada automaticamente. É necessário se inscrever no exame para participar. O portal do Inep conta com uma página em que é possível encontrar as principais orientações para os participantes do Enem. Há também uma seção destinada às perguntas frequentes sobre o exame. Com isso, os interessados podem conferir os questionamentos mais comuns e os respectivos esclarecimentos.

Taxa

Quem não é isento deve pagar a taxa de inscrição, que continua no valor de R$ 85. Ela pode ser paga por boleto (gerado na Página do Participante), Pix, cartão de crédito, débito em conta corrente ou poupança (a depender do banco). Para pagar por Pix, basta acessar o QR code que consta no boleto.

Enem

O Exame Nacional do Ensino Médio avalia o desempenho escolar dos estudantes ao término da educação básica. Ao longo de mais de duas décadas de existência, o Enem se tornou a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e de iniciativas como o Programa Universidade para Todos (Prouni).

Instituições de ensino públicas e privadas utilizam o Enem para selecionar estudantes. Os resultados são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Os resultados individuais do Enem também podem ser aproveitados nos processos seletivos de instituições portuguesas que possuem convênio com o Inep para aceitarem as notas do exame. Os acordos garantem acesso facilitado às notas dos estudantes brasileiros interessados em cursar a educação superior em Portugal.

Link: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2024/junho/enem-2024-inscricoes-prorrogadas-ate-14-de-junho

BNDES e bancos asiáticos assinam acordos de mais R$ 9,1 bi para investimentos sustentáveis

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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), Geraldo Alckmin, que lidera missão internacional brasileira à China, visitou nesta sexta-feira (7/6), em Pequim, o Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) e participou de discussões sobre cooperação e sobre financiamento climático e encontro com empresários.

Na ocasião, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) celebrou contratos e cartas de intenção com o China Development Bank (CDB) e com o Asian Infrastructure Investment Bank (AIIB) no valor total aproximado de R$ 9,1 bilhões, para o financiamento de projetos sustentáveis.

Alckmin se encontrou com o presidente do AIIB, Jin Liqun, quando ambos se comprometeram a aprimorar colaborações e parcerias, particularmente para acelerar e ampliar ações contra as mudanças climáticas.


“Gostaria de enfatizar o quão importante é ter acesso a financiamento como aqueles facilitados pelo AIIB para o enfrentamento das mudanças climáticas. Antes, a infraestrutura de energia eólica e solar era cara. Hoje, ambas são as fontes de energia mais baratas no Brasil. Precisamos aumentar o financiamento para tornar soluções atualmente caras mais viáveis e competitivas, ajudando assim o planeta”, ressaltou o vice-presidente


“Expresso nosso entusiasmo por uma parceria mais profunda entre o Brasil e o AIIB. Assim como a notável abundância de recursos de energia renovável que alimentam o Brasil, há muito mais potencial de crescimento entre nós. Tanto o Brasil quanto o AIIB estão unidos em nossa visão de desenvolvimento sustentável”, afirmou o presidente do banco chinês.

Acordos

Nesse contexto, BNDES e AIIB assinaram carta de intenções que permitirá o aprofundamento da cooperação entre as duas instituições, com o potencial de investimentos da ordem de US$ 250 milhões (aproximadamente R$ 1,3 bilhão) em energias renováveis, logística e mobilidade urbana sustentável, entre outros.

Já o CDB, o BNDES assinou um contrato de empréstimo de longo prazo, no valor de até US$ 800 milhões (aproximadamente R$ 4,2 bilhões), com prazo de dez anos, e três de carência, para financiar projetos de infraestrutura e indústria no Brasil, nas áreas de energia elétrica, manufatura, agricultura, mineração, água, mudança climática e desenvolvimento verde. O Banco também assinou um termo de compromisso com o CDB para avaliação de linha de crédito de curto prazo, no valor de até RMB 5 bilhões (moeda chinesa), o equivalente a R$ 3,6 bilhões, com prazo de três anos e como apoio às ações de investimentos da instituição brasileira.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, também celebrou os resultados. “O Brasil retornou à posição de protagonista do mundo com o governo do presidente Lula e hoje lidera o debate sobre a importância da transição para uma economia verde. A partir da parceria com as instituições de desenvolvimento da China e da Ásia, vamos avançar ainda mais nesse segmento.”

Para o diretor de Planejamento e Relações Institucionais do Banco, Nelson Barbosa, que representou a instituição em Pequim, para assinatura dos documentos, a parceria com o AIIB será importante para a troca de conhecimento e a ampliação das oportunidades que vão ajudar o Brasil e o mundo a terem economia mais verde. “Além disso, a parceria com o CDB fortalece a capacidade de financiamento do Banco para projetos que beneficiarão a população brasileira”, disse ele.

Infraestrutura e auxílio ao Rio Grande do Sul

Em uma discussão em painel com representantes dos governos, da AIIB e parceiros do setor privado, o presidente da AIIB e Alckmin destacaram a forte alinhamento entre a visão do Brasil e o foco estratégico do AIIB na natureza como infraestrutura. Eles destacaram planos de médio prazo para expandir o financiamento e o apoio técnico do AIIB para a infraestrutura física, social e digital do Brasil.

Jin e Alckmin também testemunharam a assinatura de um memorando de entendimento indicando a intenção do AIIB de apoiar os esforços de recuperação do Brasil após as inundações que afetaram o estado do Rio Grande do Sul.

 

Agência Gov | Via Secom

Associação Diversidade Amazônica foi selecionada como Pontão de Cultura de Rondônia em Edital do Ministério da Cultura

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Sediada em Vilhena, a organização se dedica a projetos culturais que valorizam e celebram a diversidade cultural em Rondônia

A ACEMDA oferece cursos e oficinas culturais gratuitos, capacitando pessoas e promovendo a criatividade em Rondônia

A Associação Cultural, Educação, Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável Diversidade Amazônica (ACEMDA), com sede no município de Vilhena, foi selecionada como Pontão de Cultura de Rondônia no Edital de Seleção Cultura Viva – Fomento à Pontões de Cultura, promovido pelo Ministério da Cultura (MinC). Esta conquista é um marco importante para a entidade e para a promoção da diversidade cultural em Rondônia.

A presidente da ACEMDA, Andréia Machado, informou que a entidade foi selecionada na categoria Estadual com o projeto “Raízes Amazônicas: Celebrando a Diversidade Cultural”. Este projeto visa promover a valorização e o fortalecimento da cultura e identidade de comunidades tradicionais quilombolas, indígenas e ribeirinhas em Rondônia.

Segundo Andréia, o Pontão Raízes Amazônicas tem como objetivo atender a um público variado, abrangendo essas comunidades tradicionais, e inclui atividades culturais gratuitas e inclusivas para todas as idades, garantindo o acesso de crianças, adolescentes, jovens e idosos a experiências culturais. Além disso, a comunidade em geral poderá participar de eventos culturais, como feiras e festivais, para vivenciar e celebrar a diversidade cultural da Amazônia.

“Estamos muito felizes em ser selecionados neste importante edital que vai desenvolver, articular e dar continuidade a ações culturais das redes de Pontos de Cultura, relevantes para a diversidade cultural brasileira e para o fortalecimento da Política Nacional de Cultura Viva (PNCV)”, declarou Andréia Machado.

A atuação dos Pontões de Cultura ocorrerá com a participação de Agentes Cultura Viva e de um Comitê Gestor, a ser formado pelas entidades culturais selecionadas.

De acordo com Andréia Machado, o Comitê Gestor do Pontão Raízes Amazônicas contará com a participação de vários Pontos de Cultura de Rondônia, incluindo o Ponto de Cultura, Memória e Mídia Livre Serpentário Produções de Vilhena, a Associação de Ensino PREPARARTE Musical e Artístico e o Espaço Ecológico e Recreativo Gaia Amiga (EERGA) de Rolim de Moura, a Associação Jiparanaense de Apoio e Desenvolvimento da Arte Capoeira Abada – A.J-DACÁ de Ji-Paraná, e a Associação Folclórica Cultural do Boi Bumbá “Malhadinho” de Guajará-Mirim, que junto com a ACEMDA desenvolverão várias ações culturais em Rondônia.

Sobre os Pontões de Cultura

Os Pontos de Cultura são grupos culturais da sociedade civil que promovem o acesso da população aos bens e serviços culturais nos locais onde atuam. Já os Pontões são entidades que desenvolvem, acompanham e articulam atividades culturais em parceria com redes regionais e temáticas de Pontos de Cultura e outras redes.

Sobre a ACEMDA

Com 9 anos de atuação, a ACEMDA tem como objetivo realizar projetos culturais, educacionais, ambientais e sociais no estado de Rondônia, na Amazônia Legal. A entidade já recebeu vários prêmios por sua atuação. Desde a sua fundação, foram realizados diversos projetos culturais para valorizar a cultura regional, com o objetivo de divulgar, preservar e resgatar a história e lendas dos ribeirinhos, quilombolas, sertanejos e pioneiros que, através de seus esforços, fizeram a história da Região Amazônica e que, aos poucos, têm suas histórias de vida esquecidas no tempo. Além disso, a ACEMDA trabalha para democratizar a comunicação, contribuindo para a garantia do direito coletivo à liberdade de expressão, por meio da promoção do direito à comunicação.

A ACEMDA produz vídeos documentários, revistas impressas, sites, cartilhas educativas, oficinas de fotografia, grafite, artesanato e dança, mostras de cinema, e festivais de música de forma livre, independente e colaborativa, retratando as manifestações culturais presentes no estado de Rondônia. É importante salientar que todas as ações e produtos, bem como os eventos produzidos, são oferecidos gratuitamente para a população.

 

Assessoria/Acemda Ong

Sílvia Cristina apresenta projeto para incluir a prematuridade no registro de nascimento

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Matéria foi apresentada nesta semana e aguarda definição nas Comissões da Câmara dos Deputados

A deputada federal Sílvia Cristina apresentou nesta semana, na Câmara dos Deputados, o Projeto de Lei 2180/2024, que prevê a obrigatoriedade de constar a informação sobre o nascimento prematuro no registro de nascimento de todas as crianças que nascem no Brasil.

“A matéria visa assegurar que dados críticos sobre o nascimento das crianças sejam formalmente registrados, oferecendo benefícios amplos tanto para o acompanhamento médico da criança, quanto para políticas públicas de saúde”, justifica a parlamentar, em seu projeto.

A prematuridade, definida como o nascimento antes das 37 semanas de gestação, é um fator de risco importante para diversas condições de saúde. Segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU), a prematuridade é a principal causa de morte infantil no mundo inteiro. No Brasil, aproximadamente 12% dos bebês nascem com menos de 37 semanas de gestação.

“O registro oficial dessa condição no assento de nascimento permite que profissionais de saúde acessem informações essenciais para oferecer cuidados personalizados e de qualidade desde os primeiros dias de vida da criança. Além dos benefícios clínicos, a inclusão da prematuridade no registro de nascimento tem implicações significativas para a pesquisa e a formulação de políticas públicas”, defende a deputada.

Outro aspecto positivo da medida é a conscientização e o apoio às famílias. Ter o registro de que a criança nasceu prematura pode facilitar o acesso a serviços de apoio e a benefícios específicos, como acompanhamento pediátrico especializado e programas de intervenção precoce. O Projeto agora aguarda a designação das Comissões pela Mesa Diretora.

 

Assessoria

Juíza aposentada é recebida no Tribunal de Contas

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O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) recebeu, nesta quarta-feira (5), a visita institucional da juíza aposentada Euma Tourinho.

Ela foi recebida pelo presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra.

Realizado no Gabinete da Presidência, o encontro tratou de assuntos institucionais e de interesse da população de Rondônia.

Relatório revela ausência de bibliotecas em mais da metade das escolas públicas brasileiras

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Segundo o relatório “Bibliotecas nas Escolas Públicas do Brasil: Dados do Censo Escolar 2023”, elaborado pela Associação dos Membros dos Tribunais de Contas do Brasil (Atricon), aproximadamente 52% das escolas públicas não possuem bibliotecas ou salas de leitura.

Ao analisar a região Norte, a porcentagem é ainda maior, cerca de 71% das escolas públicas estão desprovidas desses espaços fundamentais para o desenvolvimento educacional.

O objetivo do estudo foi fornecer dados a respeito da infraestrutura das bibliotecas e salas de leitura nas escolas públicas brasileiras, considerando diferentes etapas da rede de ensino e localização das instituições.

Para o Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), o relatório representa um instrumento crucial para a orientação e fiscalização das políticas públicas educacionais no estado.

O relatório completo está disponível para consulta através do link: Relatório das Bibliotecas ou Salas de Leitura_2023.

Estados, DF e municípios podem alterar ordem de fases de licitações, decide STF

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O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por maioria, que estados, Distrito Federal e municípios têm competência para editar normas que alterem a ordem de fases das licitações, desde que observados as regras constitucionais sobre licitações e contratos e os princípios da administração pública.

A matéria foi objeto do Recurso Extraordinário (RE) 1188352, com repercussão geral (Tema 1.036), julgado na sessão virtual encerrada em 24/5. O governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, questionava acórdão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) que assentou a inconstitucionalidade da Lei Distrital 5.345/2014, que dispõe sobre as fases do procedimento de licitação realizado por órgão ou entidade do Distrito Federal.

Alteração procedimental

O Tribunal acompanhou o voto do ministro Luiz Fux (relator) no sentido de que a inversão da ordem das fases de licitação não usurpa a competência privativa da União para legislar sobre normas gerais de licitação e contratação, por consistir em mera alteração procedimental, não afetando as modalidades licitatórias ou fases existentes.

Na avaliação do ministro, a alteração das fases “não põe em risco a uniformidade dos parâmetros entre os entes federativos, muito menos constitui circunstância alheia às condições estabelecidas na licitação”.

A ministra Cármen Lúcia ficou vencida. Para ela, o Distrito Federal legislou sobre normas gerais de competência da União ao tratar de tema central do processo licitatório.

Tese

A tese de repercussão geral fixada foi a seguinte: “São constitucionais as leis dos Estados, Distrito Federal e Municípios que, no procedimento licitatório, antecipam a fase da apresentação das propostas à da habilitação dos licitantes, em razão da competência dos demais entes federativos de legislar sobre procedimento administrativo”.

Competência para editar normas sobre a ordem de fases de processo licitatório é tema de repercussão geral

 

 

Supremo Tribunal Federal

Parentes podem ocupar chefia do Legislativo e do Executivo simultaneamente, decide STF

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Para a maioria do colegiado, impedir a prática restringiria direitos políticos fundamentais.

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que políticos que tenham alguma relação familiar entre si – cônjuges, companheiros ou parentes até segundo grau – podem ocupar, ao mesmo tempo, os cargos de chefia dos Poderes Legislativo e Executivo no mesmo município ou estado ou na esfera federal. A decisão foi tomada nesta quarta-feira (5), no julgamento da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 1089.

O parágrafo 7º do artigo 14 da Constituição Federal estabelece a chamada “inelegibilidade por parentesco”. Na ação, o Partido Socialista Brasileiro (PSB) pedia que o dispositivo fosse interpretado de maneira a restringir a eleição de membros do Poder Legislativo à presidência da Casa em razão de seu grau de parentesco com o chefe do Poder Executivo local.

A maioria do colegiado acompanhou o entendimento da ministra Cármen Lúcia (relatora) de que a Constituição Federal não prevê essa hipótese de inelegibilidade. Segundo ela, impedir a prática restringiria direitos políticos fundamentais infringindo, limitaria o exercício do mandato parlamentar e, dessa forma, prejudicaria a independência do Poder Legislativo.

Restrição

Para a relatora, a pretensão do PSB parte do pressuposto de que o parentesco entre agentes políticos compromete, por si só, a função fiscalizadora do Poder Executivo e os princípios republicano, democrático e da separação dos Poderes, sem apresentar elementos concretos que justifiquem essa tese. Nesse sentido, o ministro Cristiano Zanin acrescentou que é possível a atuação do Judiciário para analisar eventuais hipóteses de impedimento quando for demonstrado o comprometimento desses princípios.

Ao acompanhar a relatora, o ministro Alexandre de Moraes ressaltou que a prática não pode ser caracterizada como nepotismo, pois não se trata de nomeação de parente, mas de eleição. Votaram no mesmo sentido os ministros Nunes Marques, Luiz Fux, Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso.

Concentração de poder

O ministro Flávio Dino abriu divergência ao votar pela procedência do pedido. A seu ver, é nítida a determinação da Constituição de que não haja a formação de oligarquias familiares no país. “Essa ideia de concentração de poder, de casta, de poder familiar é incompatível com o conceito de República e de democracia”, disse.

Acompanharam essa corrente os ministros André Mendonça, Edson Fachin e Dias Toffoli.

Saiba mais sobre a decisão aqui.

Supremo Tribunal Federal

Senado aprova incentivo a veículos menos poluentes e ‘taxação das blusinhas’

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O Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o Projeto de Lei 914/24, que institui o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover). O texto traz incentivos financeiros e redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a produção de veículos com menor emissão de gases do efeito estufa. O projeto foi aprovado com a inclusão da taxação de produtos importados até US$ 50, que havia sido incluída na Câmara dos Deputados, para onde o texto voltará, tendo em vista que houve mudanças no conteúdo.

O projeto, do Poder Executivo, replicou o texto da Medida Provisória 1205/2023, que perdeu a vigência em dia 31 de maio sem que fosse votada. A urgência para votar se justificava porque vários investimentos de empresas já haviam sido feitos com base nas regras que estavam em vigor. Em maio, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) anunciou que 69 empresas há haviam se habilitado no programa.

— Agradeço aos senadores e senadoras por terem acolhido a possibilidade de um requerimento de urgência de uma matéria cujo escopo havia sido objeto de uma medida provisória vencida na semana passada, e aí o senso de urgência de todos que compreenderem a importância de aprovarmos direto no Plenário do Senado Federal — disse o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A redução do IPI e habilitação dos projetos das indústrias e montadoras do setor para acessar os incentivos financeiros já foram regulamentados em um decreto presidencial e em uma portaria do MDIC. Os incentivos, segundo o governo, estão orçados em R$ 3,5 bilhões para 2024 e somam R$ 19,3 bilhões em cinco anos. A expectativa é de que o Brasil possa passar a produzir, por exemplo, os componentes de veículos elétricos, hoje importados.

— O Programa Mover, repito, é um programa de estímulo e incentivo à indústria de automóveis sustentáveis, que coloca o Brasil no patamar de um país que busca a descarbonização, que busca a neoindustrialização, que busca investir em pesquisa e desenvolvimento e que busca se tornar um mercado competitivo globalmente, através de um incentivo de quase US$ 20 bilhões nos próximos três ou quatro anos — disse o relator, senador Rodrigo Cunha (Podemos-AL).

O texto que veio para o Senado foi um substitutivo feito pelo relator na Câmara, deputado Átila Lira (PP-PI), aprovado em 28 de maio. No Senado, o projeto recebeu pedido de urgência dos líderes partidários. O relator retirou do projeto pontos considerados “jabutis” (sem relação com o conteúdo original, como a taxação das compras internacionais, chamada de “taxação das blusinhas”), mas os senadores votaram pela manutenção da taxação no projeto.

Programa Mover

O programa incentiva a descarbonização da indústria de veículos, inclui limites mínimos de reciclagem na fabricação e cobra menos imposto de quem polui menos, criando o IPI Verde. Além disso, a intenção é aumentar os investimentos em eficiência energética.

Para que tenham acesso aos incentivos do Mover, as empresas devem ter projetos aprovados pelo MDIC e aplicar percentuais mínimos da receita bruta com bens e serviços automotivos na pesquisa e no desenvolvimento de soluções alinhadas à descarbonização e à incorporação de tecnologias assistivas nos veículos (que tenham como objetivo facilitar o uso para pessoas com deficiência ou com mobilidade reduzida).

De acordo com o relator, o projeto, na prática, cria um sistema no qual as empresas que queiram comercializar veículos novos no país são compelidas a se cadastrar no MDIC e se comprometer com os requisitos obrigatórios. As empresas que não dispuserem do ato de registro de compromissos sofrerão multa compensatória de 20% da receita apurada com a venda dos veículos.

Os percentuais mínimos de investimento para que as empresas contem com os incentivos do Programa Mover para atividades de pesquisa e desenvolvimento e de produção tecnológica, incidentes sobre a receita bruta total de venda de bens e serviços relacionados aos produtos automotivos, estão previstos na Portaria 43/24, do MDIC:

Produto fabricado ou comercializado 2024 2025 2026 2027 2028 2029
Automóveis e comerciais leves 1% 1,2% 1,5% 1,5% 1,8% 1,8%
Caminhões, ônibus e chassis com motor 0,6% 0,75% 0,9% 0,9% 1,00% 1%
Máquinas autopropulsadas e implementos rodoviários 0,6% 0,75% 0,9% 0,9% 1,00% 1%
Autopeças e sistemas ou soluções estratégicas para a mobilidade e logística 0,3% 0,45% 0,6% 0,75% 0,9% 1%

Outros projetos permitidos são os de novos produtos ou modelos de veículos; de serviços de pesquisa e inovação ou engenharia automotiva; de instalação de unidades de reciclagem ou economia circular na cadeia automotiva; de realocação de unidades industriais e linhas de montagem e produção; e de instalação de postos de abastecimento de gás veicular.

Créditos

Pelo texto, empresas do setor que produzem no Brasil poderão obter créditos financeiros para usar como abatimento de tributos administrados pela Receita Federal ou receber como ressarcimento em dinheiro. A habilitação valerá até 31 de janeiro de 2029, e os créditos não serão cumulativos com os do Rota 2030, antecessor do Mover, que foram extintos a partir de abril deste ano.

Os créditos serão equivalentes a 50% do investimento realizado em pesquisa e desenvolvimento, mas limitados a 5% da receita bruta total de venda de bens e serviços do segundo mês anterior àquele em que for calculado. Esse cálculo poderá ser realizado e ajustado em períodos sucessivos, compensando-se investimentos menores em um mês com maiores em outros e vice-versa. Essa compensação valerá dentro de um período de três anos.

Também poderão ser concedidos acréscimos aos créditos financeiros para as empresas com projetos aprovados. Os créditos adicionais variam de acordo com a área de atuação.

O acréscimo será de 20 pontos percentuais a mais no cálculo no caso de empresas já atuantes no Brasil, limitados a 7% da receita bruta total de venda. Esse percentual vale, por exemplo, em projetos de infraestrutura de engenharia ou na diversificação de mercados para produtos já produzidos no país, com integração às cadeias globais de valor. Para a produção de tecnologias de propulsão elétrica, híbrida ou a hidrogênio e dos veículos com essas tecnologias, o crédito adicional será equivalente a 13% ou 16% da receita, conforme o caso. O mesmo vale para sistemas eletrônicos embarcados.

Para projetos de novos produtos automobilísticos e novos modelos de veículos, um segundo tipo de acréscimo permite um crédito adicional igual a 12,5% dos investimentos em ativos fixos e pesquisa e desenvolvimento quando for para a produção de veículos; e de 25% dos investimentos no caso da produção de autopeças e sistemas e soluções estratégicas ligadas a veículos movidos a eletricidade ou hidrogênio e sua tecnologia de carregamento.

O terceiro tipo de acréscimo permitido será para a vinda de fábricas e montadoras ao Brasil. Nessa hipótese, os créditos adicionais equivalem ao total pago de Imposto de Importação sobre os bens da fábrica ou linha de montagem e ao Imposto de Renda e à Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) incidentes sobre o lucro obtido com os veículos e peças exportados por essas unidades de produção.

IPI

Em abril, o Executivo publicou decreto no qual diminuiu em três pontos percentuais o IPI para veículos de passeio híbridos com motor a combustão movido a etanol ou gasolina/etanol (flex). A redução valerá até 31 de dezembro de 2026 e, somada à volta do Imposto de Importação sobre veículos híbridos e elétricos, torna mais caros os elétricos em relação aos híbridos com opção de etanol, inclusive se fabricados no Brasil.

Com esse desconto, as alíquotas para os híbridos variam de 3,77% a 12,05% de IPI, segundo a massa (inclui opcionais, acessórios e combustível) do veículo em marcha e a eficiência energética (quanta energia é necessária para movê-lo um quilômetro). Já os exclusivamente elétricos terão alíquotas de 5,27% a 13,55%.

Conforme avançar o alcance de metas relativas à descarbonização, o IPI poderá variar também em função de critérios que indiquem externalidades positivas ou negativas dos veículos. Assim, para veículos da mesma categoria que atendam e não atendam aos requisitos, o IPI poderá variar em dois pontos percentuais em relação ao requisito de eficiência energética, um ponto percentual em relação ao requisito de desempenho estrutural e tecnologias assistivas à direção; e dois pontos percentuais em relação ao requisito de reciclabilidade, a partir de 1º de janeiro de 2025.

Também poderão ser considerados outros critérios, como o tipo de fonte de energia e tecnologia de propulsão; a potência do veículo; e a pegada de carbono do produto, do berço ao túmulo (que considera desde a extração dos recursos para a fabricação do veículo até o seu descarte), a partir de 2027. Essa diferenciação de alíquotas poderá ser progressiva ao longo do tempo.

Outro critério presente no texto que tinha sido aprovado pela Câmara era a emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) e particulados (resíduos tóxicos da queima de combustíveis). Essa parte do texto foi retirada pelo relator, que acatou emendas dos senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Efraim Filho (União-PB). De acordo com Eduardo Braga, essa restrição afetaria apenas os motores de combustão interna (como é o caso dos presentes em carros movidos a etanol), sem considerar sua capacidade de redução dos gases de efeito de estufa.

Mais alterações

O relator retirou do texto conteúdos estranhos ao tema inicial que haviam sido incluídos pela Câmara. Um deles é o que incluía na lei sobre exploração de petróleo regras para a exigência de uso de conteúdo local na exploração e escoamento de petróleo e gás. Outro trecho excluído pelo relator tratava de incentivos para à produção nacional de bicicletas.

No conteúdo do Mover, o relator acatou emendas dos senadores do Espírito Santo, Fabiano Contarato (PT-ES), Magno Malta (PL-ES) e Marcos do Val (Podemos-ES) para garantir que seja aplicado o mesmo tratamento tributário previsto no projeto à importação de indireta, na qual uma empresa especializada executa as operações necessárias para nacionalização de um determinado bem. De acordo com os senadores, esse tipo de importação é uma das modalidades mais utilizadas pela indústria para a nacionalização de veículos e de suas partes e peças.

Outra alteração acatada foi uma emenda do senador Carlos Portinho (PL-RJ) para incluir a indústria brasileira de pneus no texto. A emenda estabelece, por exemplo, que o Executivo deverá disciplinar por regulamento priorização e conteúdo mínimo nacional verde de pneumáticos. Ao apresentar a emenda, o senador argumentou que a alteração vai evitar que o setor seja fechado pela concorrência desleal dos pneus estrangeiros, que seriam menos sustentáveis.

Senadores de oposição tentaram retirar do texto os artigos que autorizam o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) a criar e gerir o Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT) para captar recursos das empresas beneficiadas com créditos financeiros do Mover a título de investimento em pesquisa e desenvolvimento exigido como contrapartida. O fundo também contará com os recursos das multas pelo descumprimento de metas de eficiência energética. O texto foi mantido.

Para garantir segurança jurídica aos atos praticados durante a vigência da MP 1205/2023, que perdeu a validade, o relator também incluiu no texto uma regra de convalidação desses atos.

Fonte: Agência Senado

PF combate garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

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Como resultado da ação, foram inutilizados combustíveis, motor a diesel e um helicóptero, além de outros maquinários utilizados pelos garimpeiros.

Agência Gov | Via Polícia Federal
PF combate garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami

Foto: Divulgação/PF

A Polícia Federal realizou uma operação em combate ao garimpo ilegal na terra indígena Yanomami, na manhã desta quarta-feira (5/6). A ação teve o objetivo de combater a extração ilegal de ouro e demais crimes ambientais cometidos no estado, bem como localizar e inutilizar os maquinários usados pelos garimpeiros.

Como resultado da ação, foram inutilizados combustíveis, incluído QVA (querosene de aviação), motor a diesel e um helicóptero, além de outros maquinários utilizados pelos garimpeiros.

Os valores estimados de descapitalização, apenas em 2024, já ultrapassam a quantia de R$ 28 milhões.

A ação contou com apoio logístico do Exército Brasileiro e é mais uma ação de combate ao garimpo ilegal nas terras indígenas Yanomami.

Por: Polícia Federal (PF)