Vice-governador de Rondônia exige saída imediata do chefe da Casa Civil e reforça suspeitas de espionagem política ilegal pelo próprio governo

O vice-governador de Rondônia, Sérgio Gonçalves (União Brasil), defendeu publicamente, durante entrevista concedida nesta sexta-feira (13) ao programa Voz do Povo, comandado pelo radialista Arimar Souza de Sá, a exoneração imediata do chefe da Casa Civil do Estado, Elias Rezende. Gonçalves, que responde interinamente pelo Governo em razão da ausência do governador Marcos Rocha — atualmente fora do país, abrigado em Israel —, não poupou críticas e escancarou um racha interno na cúpula do Executivo estadual.

Durante a entrevista, o vice-governador demonstrou insatisfação com a atual condução da Casa Civil, afirmando que a pasta, em vez de promover articulação política, tem gerado instabilidade e suspeitas de condutas ilegais. “Nós precisamos de gente séria dentro do governo para poder ter paz para trabalhar”, declarou. “Quem está realmente trabalhando, não tem tempo para perseguir ou fazer maldade com a vida dos outros.”

Sérgio Gonçalves alertou para a gravidade das acusações envolvendo supostas ações de espionagem política que estariam sendo coordenadas a partir da Casa Civil, com apoio de servidores públicos e agentes da Polícia Civil. “O governo não pode ser acusado, não pode ter uma conduta suspeita de arapongagem, de investigação de políticos, de possíveis opositores, de forma supostamente ilícita”, afirmou, ao defender uma reformulação total da equipe da Casa Civil.

A entrevista ocorreu poucas horas após o ex-secretário da Casa Civil, Junior Gonçalves, irmão de Sérgio,  reunir a imprensa em um hotel da capital para denunciar a existência de um esquema clandestino de espionagem política. Segundo ele, a estrutura envolveria agentes da Polícia Civil e teria como objetivo beneficiar uma possível candidatura de Marcos Rocha ao Senado. As denúncias foram encaminhadas ao Ministério Público de Rondônia.

Junior Gonçalves também revelou a suposta atuação de um “gabinete do ódio”, composto por blogueiros, influenciadores e donos de sites de notícias que estariam sendo financiados para atacar adversários do governador. Alguns desses comunicadores, segundo ele, estariam lotados na estrutura da Casa Civil ou teriam parentes nomeados em cargos comissionados, com salários de até R$ 10 mil.

Ainda durante a entrevista, o vice-governador reforçou sua preocupação com os rumos do governo estadual e criticou o risco de comprometimento da imagem construída ao longo dos últimos anos. “Um governo como o de Marcos Rocha não pode jogar sua credibilidade no lixo por condutas que hoje vêm sendo empregadas dentro da Casa Civil”, alertou.

 

Fonte/Tudorondonia

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