Lili Luo tinha uma vida de dar inveja a muita gente. Mas, se por fora era muito rica, por dentro vivia numa imensa escuridão
Antes dessa tragédia, Lili que se referia a si mesma como “mãe solteira”, ostentava uma vida de luxo nas redes sociais com fotos de viagens exuberantes, idas à restaurantes famosos e com retratos de encontros com celebridades. Há registros dela com a ex-secretária de estado norte-americana Hillary Clinton e com a cantora Rita Ora, por exemplo.
Quanto dinheiro é necessário para ser feliz?
O caso está sendo investigado, mas me trouxe uma reflexão sobre o poder destrutivo e ilusório que o dinheiro pode ter.
Não há problema algum em ser rico, pelo contrário. Mas, há quem, por conta das ilusões que uma vida farta pode trazer, deixe de se atentar para outras questões importantes, como uma depressão, por exemplo.
Você já deve ter ouvido falar que o “deus” deste mundo é o dinheiro. Isso porque, por meio dele, é possível realizar conquistas materiais, adquirir planos de saúde, pagar boas escolas e universidades, morar em uma linda mansão, ter o carro do ano e por aí vai. Só que ao fazer desse pedaço de papel o centro de sua vida muitas pessoas se perdem e deixam de cuidar do seu interior.
Lili postava fotos nas redes sociais com celebridades, como a cantora Rita Ora
REPRODUÇÃO / INSTAGRAM
Com certeza, muitas pessoas que acessavam as redes sociais de Lili Luo sonhavam em ter uma vida como a dela, repleta de viagens, passeios, encontros com famosos, mas sequer imaginavam os conflitos emocionais que a socialite vivenciava.
Me recordei de uma fala do cantor Eduardo Costa, em entrevista ao apresentador Geraldo Luís, da Record TV. “Eu achava que o dia que eu tivesse uma condição financeira melhor eu seria muito feliz. Eu consegui e hoje eu posso dizer que não é isso. Você luta a vida inteira para construir certas coisas e depois você descobre que é tão pobre que a única coisa que você tem é dinheiro”, desabafou o cantor.
Eduardo Costa afirmou que acreditava que seria muito feliz quando alcançasse o sucesso financeiro
REPRODUÇÃO
A felicidade não pode depender de coisas ou pessoas
Assim como o cantor Eduardo Costa fazia, a maioria das pessoas associa felicidade à riqueza e acredita que só será feliz e realizada quando usufruir de todo o luxo que o dinheiro proporciona.
Contudo, é preciso se questionar: será que isso é mesmo garantia de felicidade? A resposta é não. Se fosse, não haveria tantas pessoas bem-sucedidas financeiramente, donas de riquezas incalculáveis, que atingiram o auge da fama e, no entanto, são infelizes e depressivas.
Porque, embora tenham bens materiais, elas não alcançaram a verdadeira prosperidade. A prosperidade é muito mais do que ter dinheiro, bens e riquezas. Ela abrange o sucesso em todas as áreas da vida (amorosa, profissional, pessoal, espiritual etc).
Se verificarmos no dicionário Michaelis da Língua Portuguesa, por exemplo, o significado da palavra felicidade não está associado a ter ou não alguma coisa, diz respeito a um estado de espírito, alegria, satisfação plena.
Infelizmente, as pessoas tendem a buscar a felicidade em coisas e pessoas e, por isso, inevitavalmente, acabam frustradas. O caminho para mudar essa realidade é entender que é preciso olhar de dentro para fora, cuidar do interior para que o exterior colha os frutos da verdadeira felicidade.
REFLETINDO SOBRE A NOTÍCIA POR ANA CAROLINA CURY | Do R7