Projeto abraço recebe visita de psicólogos e assistentes sociais das comarcas

A ideia é alinhar os trabalhos entre capital e interior

A foto mostra os profissionais do Nups da capital e de Colorado do oeste numa roda da conversa.

A equipe do Núcleo Psicossocial de Colorado do Oeste fez uma visita técnica ao projeto Abraço, referência nacional como grupo reflexivo para homens que cometeram violência doméstica. Psicólogos e assistentes sociais da comarca acompanharam uma das dinâmicas semanais aplicadas ao grupo, que teve pena substituída por reuniões de cunho reflexivo, no sentido de conscientizar a não reincidir em práticas machistas e sexistas que levam a episódios de violência contra a mulher.

“O abraço é um projeto consolidado, pioneiro no país, nos tribunais de Justiça, por isso já temos uma base uma fundamentação que pode proporcionar a extensão desse trabalho para todo estado, sobretudo porque tem baixo índice de reincidência”, contou Alline Sarges, anfitriã e coordenadora do NUPs de Violência Doméstica da capital.

A visita dá continuidade à uma formação que foi aplicada em julho a todos os NUPs do estado, realizada pela Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Rondônia, por meio da Emeron, no sentido de promover as intervenções grupais ou individuais voltadas a homens autores de violência contra as mulheres, bem como outras temáticas correlatas, como relações familiares, saúde do homem, relações entre violências e masculinidades no âmbito institucional, escolar e do desenvolvimento, que possam se valer da compreensão e atuação frente à problemática das masculinidades em sua relação com os fenômenos de violência

A foto mostra os profissionais do Nups da capital e de Colorado do oeste numa roda da convers, com banner e a logo do projeto ao fundo,Intitulado “Criação, Facilitação e Coordenação de Grupos Reflexivos e Responsabilizantes para Homens Autores de Violência contra as mulheres”, o curso busca levar o programa para todas as comarcas. “Está sendo fantástico este aprimoramento, o processo de psicoeducação e autorreflexão também. Estamos saindo daqui transformados, sensibilizados com a forma que nossos colegas conduzem o trabalho, o que podemos também aplicar em nossas comarcas”, opinou Luana Patrícia, psicóloga da Colorado do Oeste.

Práticas Premiadas

Recentemente a comarca foi reconhecida pelo prêmio Viviane do Amaral, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) pela boa prática “Por elas, por nós: processos dialógicos com comunidades inteiras”, coordenado pela juíza Míria Nascimento. O projeto propõe quatro ações estruturantes: a responsabilização de autores de violência doméstica e familiar contra a mulher, e grupos reflexivos para a mulher em situação de violência doméstica e familiar; realização de simpósios de reflexão e formação com representantes religiosos e doutrinários; palestras psicoeducativas nas redes escolares municipais e estaduais, tanto nas áreas urbanas quanto nas escolas rurais; e a participação nas rádios comunitárias de comunicação.

O próprio coordenador da Coordenadoria da Mulher, desembargador Álvaro Kalix Ferro, esteve na comarca, em uma das ações de conscientização e constatou que o alinhamento está se consolidando. “Precisamos trabalhar em todas as vias para mudar a mentalidade da sociedade com relação ao comportamento que subalterniza e objetifica a mulher”, disse o desembargador.

Para a psicóloga Aline Dantas, da Coordenadoria da Mulher, o mais importante desses encontros entre capital e interior é a partilha de experiências. “Quando se está na comarca e passa por angústias que são muito particulares para quem trabalha com as questões de sofrimento humanos, nós nos questionamos se o que estamos fazendo é o mais adequado, se em outros locais também acontecem. E aqui percebemos que sim, e que existem caminhos já traçados, os quais podemos adotar”, refletiu.

Assessoria de Comunicação Institucional

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