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PEC 66 de autoria da CNM é aprovada em Comissão Especial e vai à votação no Plenário da Câmara

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Com gestores municipais mobilizados, a Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023 aprovou o texto principal na manhã desta terça-feira, 15 de julho. A Confederação Nacional de Municípios (CNM) celebra o avanço da medida que foi construída pela entidade e debatido ao longo dos últimos dois anos. Agora, o acordo com a Casa é a votação ainda hoje da proposta no Plenário, em dois turnos.

O texto – de iniciativa da CNM – reúne medidas estruturantes para os Municípios, com impacto estimado em até R$ 800 bilhões. “Vamos ao Plenário em busca de um último pleito, pois todos os demais que apresentamos foram acolhidos no relatório aprovado pela Comissão. É resultado de um esforço contínuo, passamos os últimos dois anos em busca dessa conquista”, celebrou o presidente da Confederação, Paulo Ziulkoski.

Autora da proposta que foi amplamente debatida nas duas últimas edições da Marcha a Brasília em Defesa dos Municípios e em reuniões com o Congresso e o governo federal desde agosto de 2023, a CNM apresentou emendas na Comissão Especial para ajustar alterações que ocorreram no Senado. Todos os pontos reivindicados pela entidade foram acolhidos no relatório do deputado Baleia Rossi (MDB-SP) com exceção de apenas um, relativo à emenda 5, protocolada com o apoio do deputado Gilson Daniel (Podemos-ES). O destaque trata da adoção por parte dos Municípios que possuem regimes próprios de previdência de regras semelhantes às aplicadas pela União com a Reforma da Previdência no regime geral.

Para viabilizar uma votação mais rápida, os deputados da Comissão acordaram votar os destaques ao texto apenas no Plenário da Casa. O parlamentar concordou, mas pediu coragem aos colegas. “Podemos avançar no Plenário. O Senado teve coragem e precisamos ter essa mesma coragem em apoio aos Municípios, todos sabem a dificuldade que tem de aprovar uma reforma previdenciária lá [nas câmaras municipais]”, apontou Gilson Daniel. Ex-prefeito, ele e diversos outros parlamentares ressaltaram a importância da atuação da Confederação em defesa das demandas locais e especialmente ao propor o texto. “Quero fazer justiça à CNM e ao Paulo Ziulkoski que iniciou essa discussão tão importante para os Municípios brasileiros […]. Essa é realmente a PEC da Sustentabilidade.”

A CNM entende que a equiparação das regras na previdência é uma questão de isonomia e justiça entre os servidores de todo o país. Hoje, o principal motivo do déficit fiscal dos Municípios é a necessidade de cobertura do déficit atuarial dos seus RPPS com alíquotas ou aportes financeiros suplementares.

As demais emendas – estas já acolhidas no texto aprovado – foram construídas pela CNM e protocoladas pelos deputados federais Hildo Rocha (MDB-MA) e Valdir Cobalchini (MDB-SC). Os outros pontos da proposta da CNM contemplados no texto incluem:

– parcelamento das dívidas dos Municípios, incluindo as previdenciárias (RGPS e RPPS) e fundadas com a União;

-novo modelo de quitação de precatórios pelos Municípios;

– programa de Regularização Previdenciária;

– desvinculação de receitas; e

– não incidência do Pasep em recursos do RPPS.

Antes de a votação ser aberta, o relator da PEC 66/2023 na Comissão destacou a atuação da Confederação e o peso dessa proposta para o país. “Nada disso seria possível sem apoio, como o da CNM que sugeriu essa PEC ao senador Jader Barbalho (MDB-PA)”, pontuou Baleia Rossi. “Vamos entregar para os Municípios a capacidade de cuidar das pessoas. Essa é a pauta legislativa municipalista mais importante desta legislatura”, completou.

Histórico
Como mencionado pelo parlamentar, a PEC 66/23 é fruto de uma sugestão da CNM ao senador Jader Barbalho (MDB-PA). Após os esforços do movimento municipalista, a coleta de assinaturas para apoiamento da proposta foi concluída em novembro de 2023 e o parlamentar protocolou a medida.

Assim que o Congresso retomou os trabalhos em 2024, a Confederação iniciou as mobilizações municipalistas para debater o assunto e reunir apoio ao texto. Ziulkoski iniciou as reuniões com o então relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ), e outros parlamentares.

Para aperfeiçoar o texto e incluir mais temas de interesse municipalista, a CNM propôs uma emenda de Plenário à PEC, por meio do senador Alessandro Vieira (MDB-SE). Este é o texto que foi, em grande parte, acolhido pelo Senado e modificado na comissão especial da Câmara. A questão da desoneração gradual da folha de pagamento dos Municípios foi um dos pontos retirados.

Na XXV Marcha, em maio de 2024, a CNM debateu as medidas em um painel sobre o tema. Em junho, tratou do tema com o então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi.

Em 14 de agosto, Ziulkoski voltou a se reunir com o governo federal e o Senado em busca de um acordo. No mesmo dia, o Senado aprovou, em Plenário, a PEC 66/2023, acatando boa parte da emenda sugerida pela entidade.

Com as eleições municipais em outubro de 2024, o ritmo de votações no Congresso desacelerou e a CNM seguiu mobilizando os gestores municipais. Em fevereiro de 2025, o líder do movimento municipalista, Paulo Ziulkoski, aproveitou o Encontro de Novos Prefeitos e Prefeitas promovido pela presidência da República para pedir novamente o apoio do governo federal à medida. Na ocasião, o novo presidente da Câmara, Hugo Motta, anunciou que abriria a comissão especial na Casa, após as indicações dos líderes partidários.

Em março, enquanto estava em andamento a indicação de deputados para compor o colegiado, dezenas de parlamentares participaram de reunião do Conselho Político da CNM e manifestaram apoio à PEC da CNM. A Comissão foi instalada em 6 de maio.

relator da PEC 66 na Comissão da Câmara participou do debate sobre o tema na 26ª Marcha da CNM em maio e declarou apoio às emendas da entidade. Em seguida, representantes da CNM participaram de audiências do colegiado para apresentar as demandas municipais e defender os principais pontos. Culminando na aprovação do relatório em 15 de julho na Comissão e no encaminhamento para votação no Plenário da Casa. Depois, o texto, como foi alterado, terá de retornar ao Senado.

Da Agência CNM de Notícias
Foto: Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados e Agência CNM

 

Sem acordo entre governo e Congresso, decisão sobre o IOF fica para o Supremo

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Terminou sem acordo, nesta terça-feira (15), a audiência de conciliação convocada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), para ouvir o governo federal, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal sobre o impasse envolvendo o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

No dia 4 de julho, Moraes concedeu liminar suspendendo os decretos presidenciais 12.466, 12.467 e 12.499, que aumentavam o IOF em 2025 e o decreto legislativo 176, aprovado pelo Congresso Nacional para anular os decretos presidenciais.

Durante a audiência, Moraes questionou os advogados da União, da Câmara e do Senado, que representavam, respectivamente, os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva, Hugo Motta e Davi Alcolumbre sobre a possibilidade de concessões que pudessem resultar na conciliação. Os advogados, no entanto, afirmaram que preferem aguardar uma decisão judicial sobre o assunto, “o melhor caminho para dirimir esse conflito”, segundo a ata da reunião.

Diante da falta de acordo, Moraes deverá decidir se os decretos presidenciais com aumento das alíquotas do IOF são constitucionais ou não. O ministro é o relator das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs) 7.827 e 7.839 e das Ações Declaratórias de Constitucionalidade (ADCs) 96 e 97, que discutem a validade dos decretos presidenciais.

Para Câmara e Senado, os decretos que aumentaram o IOF são inconstitucionais porque utilizam um imposto com finalidade regulatória para ampliar a arrecadação e permitir que o governo feche as contas dentro do novo arcabouço fiscal. Para o Senado, essa utilização do IOF viola a Constituição e o Código Tributário Nacional, que autorizam o Executivo a alterar alíquotas apenas para fins de política monetária, e não para aumentar receita.

Já a Advocacia-Geral da União (AGU) sustenta que os decretos são constitucionais porque fazem do conjunto de atos conferidos pela própria Constituição ao presidente da República, que poderia promover ou não ajustes em tributos. Para a AGU, “embora a criação do IOF dependa de lei, a calibragem das suas alíquotas figura como uma exceção ao princípio da estrita legalidade tributária, podendo ser efetivada por ato normativo infralegal [decreto].”

Fonte: Agência Senado

Grupo de senadores vai aos EUA negociar ‘tarifaço’ de Trump

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O Senado aprovou nesta terça-feira (15) a criação de uma comissão temporária externa para atuar diplomaticamente junto ao Congresso norte-americano. O objetivo é estabelecer canais de diálogo para buscar uma solução para a decisão do presidente Donald Trump de adotar tarifas de 50% sobre produtos brasileiros.

O grupo, formado por quatro senadores, viajará para Washington entre os dias 29 e 31 de julho e funcionará por 60 dias.

O requerimento para a criação da comissão (RQS 556/2025) foi apresentado pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Nelsinho Trad (PSD-MS).

Segundo Nelsinho, a ideia é construir uma “ponte de diálogo” com os Estados Unidos num momento em que os canais diplomáticos tradicionais enfrentam dificuldades.

Ele destacou que frigoríficos brasileiros estão avaliando se vão manter as exportações de carne bovina para os Estados Unidos. E apontou que outros setores também estão preocupados com a taxação, que está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

— Empresário precisa de previsibilidade. A gente precisa equacionar esta situação. Vamos buscar esse entendimento, abrir esse diálogo e saber exatamente o que está acontecendo — disse o senador.

Mais cedo, a CRE debateu a crise tarifária com representantes do governo federal e do setor produtivo.

Fonte: Agência Senado

Vilhena busca modelos de gestão inovadores para aprimorar infraestrutura e serviços nas feiras municipais

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Uma comitiva visitou feiras e se reuniu com administradores em três cidades do Mato Grosso

A Prefeitura de Vilhena anunciou recentemente o início de reformas e adequações nas três principais feiras do município, localizadas no Centro, São José e BNH. O objetivo é proporcionar mais conforto e segurança tanto para os feirantes quanto para os clientes.

Com o mesmo objetivo, uma comitiva da Secretaria Municipal de Turismo, Indústria e Comércio (Semtic) realizou visitas técnicas a cidades do Mato Grosso. O grupo foi composto pelo secretário Dirceu Hoffman, secretário-adjunto Eduardo dos Santos e pela coordenadora das feiras municipais, Débora Borile.

As visitas ocorreram entre os dias 9 e 12 de julho, nas cidades de Tangará da Serra, Lucas do Rio Verde e Cuiabá, quando a comitiva teve a oportunidade de conhecer as instalações e os diferentes modelos de envolvimento do poder público na gestão desses espaços.

Durante as visitas, quatro modelos distintos foram observados. Em Tangará da Serra, a gestão é compartilhada: a associação dos feirantes cuida da parte operacional, e a prefeitura se responsabiliza pela manutenção e reformas.

Em Lucas do Rio Verde, a comitiva encontrou dois formatos. Um totalmente privado, onde a associação é responsável pela construção e administração do galpão. E outro que envolve o poder público na construção do barracão, cedido a uma associação que atua em parceria com uma cooperativa. Neste segundo modelo, a associação gerencia a manutenção do espaço, e a cooperativa auxilia na distribuição do excedente de produção por meio de programas de aquisição de alimentos e acesso a grandes varejistas.

As últimas visitas ocorreram em Cuiabá. Na capital mato-grossense, as feiras mantidas pelo poder público operam majoritariamente em ruas, com barracas móveis e organização a cargo dos próprios feirantes, cabendo à prefeitura a coordenação. O único espaço com estrutura física permanente é o mercado do produtor, construído pela prefeitura e cedido aos produtores, com fiscalização da concessão pelo poder público.

De acordo com o secretário adjunto, as visitas permitiram não apenas o conhecimento dos espaços físicos, mas também dos modelos de gestão. “Buscamos conhecer as legislações, como fizeram a cessão, como fazem o cadastramento dos feirantes, se fizeram chamamento, se foi por decreto, se foi concessão direta. Com posse dessas informações, da troca de conhecimentos, e da análise dos documentos, vamos estudar todos os casos e ver qual modelo se adequa melhor à nossa realidade”, afirmou.

Vilhena inaugura Centro de Artes Marciais com investimento de mais de R$ 1 milhão

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Novo espaço será administrado pela Associação Yawara de Judô, que oferece aulas gratuitas e agora amplia atendimento a crianças e adolescentes

A prefeitura de Vilhena por meio da Secretaria Municipal de Esportes (Semes) inaugurou neste sábado, 12, o Centro de Artes Marciais. O novo espaço vai funcionar no complexo do estádio Portal da Amazônia, ao lado do Ginásio da AVV. A cerimônia também marcou a entrega do espaço a Associação Yawara de Judô, que venceu o chamamento público e irá administrar o espaço por uma década. A Associação oferece aulas gratuitas de judô a crianças a adolescentes do município.

Antes, a associação utilizava as dependências do Ginásio da AVV e agora terão o próprio espaço. Os senseis Ana Nasta e Nilson Schmoller comemoram a conquista e já planejam aumentar o número de crianças atendidas. Os dois destacaram a importância do apoio do poder público para o desenvolvimento da modalidade judô, e demais modalidades de artes marciais.

O Centro de Artes Marciais de Vilhena recebeu investimento de mais de R$ 1 milhão, sendo R$ 384 mil oriundos de emenda do então deputado federal Expedito Netto, e o restante de recursos próprios do município.

O prefeito de Vilhena, Flori Cordeiro, lembrou em sua fala que são muitas as medalhas que os atletas das mais diversas artes marciais trazem para a cidade, mas disse em seu discurso que “o município não liga para as medalhas, elas são apenas consequências dos valores que realmente merecem serem lembradas: disciplina, respeito a hierarquia, comprometimento e formação do caráter”.

Além do prefeito, a cerimônia contou com a participação de outras autoridades, como o deputado federal Thiago Flores, e os vereadores do município. Também estiveram presentes secretários municipais, o presidente da Federação Rondoniense de Judô, Antônio Carlos Tenório e o sensei Bunishi Matsubara, pioneiro que trouxe o judô para Rondônia há mais de 40 anos.

PF combate incêndios criminosos em Rondônia

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Na operação, duas pessoas foram presas em flagrante

A Polícia Federal prendeu em flagrante, na última segunda-feira (14/7), duas pessoas por provocarem incêndios em áreas de vegetação, em Rondônia. As ações fazem parte da Operação Sentinelas da Amazônia, que visa combater o uso indiscriminado do fogo e proteger as Florestas Nacionais (FLONAS) do Jamari e de Jacundá.

A primeira prisão ocorreu durante patrulhamento preventivo no município de Cujubim/RO. Os policiais avistaram um incêndio de grandes proporções em uma propriedade rural e, ao abordarem o responsável, ele confessou que realizava a queima para construção de uma casa. Questionado sobre autorização para o uso do fogo, afirmou que não possuía. Diante da situação, foi dada voz de prisão pelo crime de provocar incêndio em floresta ou demais formas de vegetação.

Durante o deslocamento com o primeiro conduzido para Porto Velho, a equipe se deparou com outro foco de incêndio de grandes proporções às margens da BR-364. Após diligências no local, testemunhas relataram ter visto um homem iniciando o fogo em sua propriedade. O suspeito foi localizado e também recebeu voz de prisão.

Os dois detidos foram conduzidos à Superintendência da Polícia Federal em Porto Velho, onde foram lavrados os autos de prisão em flagrante. Eles permanecerão à disposição da Justiça.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

TJRO designa novos diretores para os fóruns de Buritis, Colorado do Oeste e São Miguel

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Com objetivo de aprimoramento organizacional administrativo e da qualidade na prestação jurisdicional de serviço à sociedade, o Tribunal Pleno Administrativo do Tribunal de Justiça de Rondônia, nesta segunda-feira, 14, aprovou a remoção de um desembargador entre câmaras do TJRO, assim como a designação de três juízes para a direção das comarcas de Buritis, Colorado do Oeste e São Miguel do Guaporé.

No Tribunal de Justiça de Rondônia, a partir do dia 21 de julho de 2025, o desembargador Paulo Kiyochi Mori será removido da 2ª Câmara Cível para a 1ª Câmara Cível, onde vai dar continuidade ao julgamento de processos, entre outras atividades jurisdicionais.

Com relação à função de direção de fórum judicial: para a Comarca de Buritis foi designado para o cargo de diretor do fórum o juiz Brenno Roberto Amorim Barcelos; Em Colorado do Oeste assume a direção do fórum o juiz Fabrízio Amorim de Menezes; e, em São Miguel do Guaporé, foi designada para a direção a juíza Sophia Veiga de Assunção.

Conforme informação do Departamento do Conselho da Magistratura, as designações para direções dos fóruns das comarcas de Buritis e Colorado do Oeste devem-se à promoção do juiz Pedro Silas Carvalho e da juíza Miria do Nascimento de Souza, que eram diretores(as), para a 3ª entrância, em Porto Velho.

No que diz respeito à Comarca de São Miguel do Guaporé, esta foi elevada de 1ª para 2ª entrância, conforme as Resoluções 326/2024 e 340/2024 do Tribunal de Justiça de Rondônia. Sobre essa comarca, o Departamento do Conselho da Magistratura informou que a juíza Sophia Veiga de Assunção já desempenha suas funções jurisdicionais em São Miguel do Guaporé, à qual agora tem duas varas judiciais genéricas.

A sessão de julgamento foi presidida pelo desembargador Glodner Pauletto, vice-presidente do TJRO.

Assessoria de Comunicação Institucional

Ministério da Saúde intensifica vacinação em áreas de fronteira para conter avanço do sarampo no Brasil

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Municípios do Acre que fazem divisa com a Bolívia são os primeiros a realizar o Dia D de vacinação
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Foto: divulgação/MS

Diante do aumento expressivo dos casos de sarampo nas Américas, o Ministério da Saúde começou a intensificar a vacinação em cidades brasileiras localizadas na fronteira com países vizinhos, como a Bolívia, que atualmente enfrenta um surto da doença. Como parte dessa estratégia, o Acre é o primeiro estado a realizar o Dia D de vacinação, nesta terça-feira (15), com o objetivo de prevenir a reintrodução do sarampo no Brasil.

Dos 22 municípios acreanos, sete fazem fronteira com a Bolívia: Acrelândia, Assis Brasil, Brasileia, Capixaba, Epitaciolândia, Plácido de Castro e Xapuri. A vacinação contra o sarampo está ativa em todo o país, com todos os estados abastecidos com a vacina tríplice viral. Somente em 2025, mais de 12 milhões de doses já foram distribuídas, e 2,4 milhões aplicadas até o momento.

A mobilização no Acre conta com o apoio das gestões estadual e municipais e é conduzida por três frentes principais. A primeira é a intensificação da vacinação com a tríplice viral, a vacinação de pessoas não vacinadas ou com esquema incompleto, o reforço entre adolescentes e jovens, e a atualização vacinal de brasileiros que estudam na Bolívia e retornam ao Brasil durante as férias.

A segunda estratégia consiste na aplicação de uma dose extra da vacina dupla viral, destinada a crianças de 6 a 11 meses e 29 dias de idade. Essa medida oferece proteção precoce e temporária em locais com grande circulação de pessoas, como as cidades de fronteira. A dose adicional não substitui as vacinas de rotina aplicadas aos 12 e 15 meses, conforme define o calendário de vacinação infantil.

Além da vacinação, o Ministério da Saúde e o estado promovem seminários sobre sarampo focados na prevenção e na resposta rápida a casos. Realizados nesta terça e quarta-feira (15 e 16 de julho) em Rio Branco e Brasiléia, os eventos reúnem profissionais de saúde, autoridades locais e representantes da pasta para capacitar a rede local no manejo clínico de casos suspeitos, vacinação, vigilância nas fronteiras e diagnósticos laboratoriais. Também discutem ações integradas com a Bolívia e o uso de tecnologias para a detecção precoce de casos e rumores.

Além do Acre, a intensificação da vacinação foi recomendada para municípios de outros estados fronteiriços, que terão um Dia D de vacinação contra a doença em 26 de julho: Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Brasil livre do sarampo

Em 2024, o Brasil recebeu a recertificação de país livre do sarampo, resultado do fortalecimento da vigilância e da retomada da vacinação. Em 2016, o país já havia alcançado esse status; no entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. No último ano, a cobertura da vacina tríplice viral ultrapassou a meta nacional de 95%.

Para reverter a queda na cobertura, o Ministério da Saúde investiu na vacinação nas fronteiras e em locais de difícil acesso, além da busca ativa de casos suspeitos, realização do Dia S de mobilização para detecção de casos suspeitos de sarampo, oficinas de resposta rápida frente a esses casos e webinários sobre manejo clínico do sarampo.

Em 2025, como apoio à contenção do surto na Bolívia, o Ministério da Saúde disponibilizou 600 mil doses da vacina contra o sarampo para doação. As vacinas oferecem proteção contra o sarampo, reforçando o compromisso do país com a cooperação internacional em saúde e o enfrentamento das doenças imunopreveníveis na região.

Cenário epidemiológico

Neste ano, o Brasil teve cinco casos isolados registrados, nos estados do Rio de Janeiro (2), São Paulo (1), Rio Grande do Sul (1) e no Distrito Federal (1). Esses casos, por serem importados e isolados, não comprometem a recertificação. A vacinação é segura e eficaz contra o sarampo. Aderir é a principal forma de evitar a reintrodução do vírus no país.

Até 5 de julho, a Organização Mundial da Saúde (OMS) registrou 108 mil casos confirmados de sarampo no mundo. Na região das Américas, a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) confirmou 7.132 casos, com 13 mortes. Os números incluem 34 na Argentina, 34 em Belize, 60 na Bolívia, 5 casos isolados no Brasil, 3.170 no Canadá (com um óbito), 1 na Costa Rica, 1.227 nos Estados Unidos (com três mortes), 2.597 no México (com nove mortes) e 4 no Peru.

Talita de Souza
Ministério da Saúde

Ministério Público de Rondônia participa de evento alusivo ao 8º ano da Patrulha Maria da Penha da PMRO

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO), representado pela promotora de Justiça Flávia Barbosa Shimizu Mazzini, participou nesta segunda-feira (14/7), da cerimônia da Coordenadoria de Atividades Sociais da Polícia Militar de Rondônia (CAS-PMRO), em comemoração ao 8º aniversário da Patrulha Maria da Penha. O evento destacou a importância da colaboração entre instituições para garantir a proteção das mulheres em situação de vulnerabilidade.

Durante a cerimônia, a integrante do MPRO ressaltou a relevância do trabalho policial na proteção das mulheres. “A atuação da Polícia Militar por meio dessa Patrulha Especializada é exemplo de compromisso, sensibilidade e eficácia, valores indispensáveis à garantia de uma vida livre de violência, como assegura a Lei Maria da Penha”, destacou.

A promotora alertou sobre os altos índices de violência contra a mulher em Rondônia e a necessidade de ações concretas e integradas. Também destacou casos em que a Patrulha e o Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero (Nupevid) salvaram vidas de vítimas em situações de emergência, processos que ela própria acompanhou.

Ela também enfatizou a importância de fortalecer a rede de proteção, ampliar a prevenção e garantir um atendimento humanizado. O MPRO reafirmou seu compromisso em colaborar com a Polícia Militar e outras instituições para a transformação social e fortalecimento na proteção às mulheres.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Empresas e pessoas físicas com sede em outros estados, que comercializam sementes para Rondônia, deverão se cadastrar na Idaron

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A Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril de Rondônia (Idaron) estabeleceu novas diretrizes para o comércio de sementes no estado. Com as mudanças no Programa Estadual de Fiscalização do Comércio de Sementes (Profsem), empresas e pessoas físicas, inclusive de outras unidades da Federação, que comercializarem sementes para Rondônia e ou que sejam responsáveis pelas garantias das sementes comercializadas em Rondônia deverão se cadastrar junto à Idaron.

A iniciativa tem como objetivo assegurar a qualidade do material disponibilizado no mercado local e minimizar riscos associados à entrada e disseminação de pragas agrícolas, com potencial impacto econômico, ambiental e social.

“As mudanças são resultados de um trabalho técnico minucioso, que identificou a necessidade de novas estratégias para assegurar a procedência e a qualidade das sementes ofertadas ao produtor rural”, explica o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

Com o novo regulamento, todos os agentes envolvidos no comércio de sementes, ou seja, aqueles que realizam diretamente o comércio ou que são responsáveis pelas garantias das sementes comercializadas em Rondônia, que possuam ou não sede no estado, estarão sujeitos à fiscalização e penalidades previstas nas legislações Federal e Estadual. A fiscalização seguirá sendo realizada em qualquer etapa da comercialização, a partir da emissão da nota fiscal pelo produtor ou reembalador dos lotes de sementes.

Segundo o gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira, as novas regras fazem parte de um conjunto de medidas para coibir as fraudes e mitigar a disseminação de pragas na produção agropecuária em Rondônia, principalmente nas pastagens. “A atuação da Agência é voltada para assegurar que sementes com identidade e qualidade certificada estejam disponíveis no mercado, reduzindo prejuízos à agropecuária estadual”, afirma.

O coordenador do programa, Renê Parmejiani, aponta que, mesmo com os avanços obtidos nos últimos anos, ainda há desafios a enfrentar. “As análises laboratoriais indicam que há um volume considerável de sementes com qualidade inferior aos padrões legais sendo comercializado. Isso reforça a necessidade de intensificar as ações de fiscalização”, avalia.

Grande parte das sementes utilizadas em Rondônia tem origem em outros estados, o que, segundo o governador Marcos Rocha, representa um risco fitossanitário relevante. “O ingresso de sementes sem controle pode facilitar a introdução de pragas, aumentar o uso de defensivos agrícolas, reduzir a qualidade das pastagens e comprometer o desempenho produtivo dos rebanhos”, alerta o chefe do Executivo estadual.