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Importação de fertilizantes cresce 9% e colheita do milho pressiona preços

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O Brasil importou 19,41 milhões de toneladas de fertilizantes, volume 9,29% maior que no mesmo período de 2024. A maior entrada foi registrada no porto de Paranaguá (5,14 milhões de toneladas), seguido pelos terminais do Arco Norte e de Santos. Amovimentação reflete a preparação dos produtores para a próxima safra, mesmo com a instabilidade do mercado internacional. Os dados constam do Boletim Logístico da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado nesta quarta-feira (23.07).

Além do crescimento nas importações de insumos, a colheita da segunda safra de milho avança nas principais regiões produtoras e intensifica a demanda por transporte. O aumento da oferta de grãos pressiona a logística e influencia os preços do frete rodoviário, que registraram variações em diferentes estados. De acordo com a Conab, houve elevação nas cotações em Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Maranhão e no Distrito Federal, reflexo da maior procura por caminhões para o escoamento da safra atual e da soja ainda estocada.

Em contrapartida, estados como Bahia e Paraná registraram queda nos preços praticados, influenciados pela maior disponibilidade de transportadores e pela redução momentânea na intensidade das saídas. Minas Gerais e Piauí mantiveram estabilidade, com oscilações pontuais ligadas ao tipo de carga e às distâncias percorridas.

Nas exportações, o Brasil embarcou 13,42 milhões de toneladas de soja em junho, desempenho ligeiramente inferior ao do mês anterior. Os principais portos utilizados foram os do Arco Norte (38,5% dos embarques) e Santos (36,9%). As cargas partiram, em sua maioria, de Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais. No caso do milho, as exportações somaram 6,4 milhões de toneladas, com destaque para os estados de Mato Grosso, Paraná, Goiás e Rio Grande do Sul. Santos lidera na movimentação, seguido por São Francisco do Sul, Arco Norte, Paranaguá e Rio Grande.

A produção de farelo de soja também se mantém em alta, impulsionada pelo aumento do esmagamento do grão. A estimativa é de 43,78 milhões de toneladas em 2025. De janeiro a junho, as exportações do produto somaram 11,5 milhões de toneladas, com maior movimentação pelos portos de Santos, Paranaguá, Rio Grande e Salvador.

O Boletim Logístico da Conab é publicado mensalmente e reúne informações sobre a dinâmica da safra, o comportamento dos preços de frete, os fluxos de exportação e as principais rotas logísticas utilizadas no país. A edição de julho já está disponível no site da Companhia.
Pensar Agro

Ferrovia do Arco Norte terá 933 km, 65 pontes e evitará área indígena

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Imagem: reprodução

Um projeto atualizado da Ferrogrão, ferrovia de 933 km entre Sinop (MT) e Miritituba (PA), com um novo traçado, passando por fora de terras indígenas e do Parque Nacional do Jamanxim, prevê a construção de 65 pontes ferroviárias e pode ser concluído em até 10 anos, se os prazos forem cumpridos. A informação foi confirmada nesta terça-feira (23.07) em Sinop, durante apresentação feita pelo empresário Guilherme Quintela, presidente da empresa Estação da Luz, idealizadora do projeto.

Segundo Quintela, o Ministério dos Transportes já articula a emissão da licença ambiental, última etapa antes da publicação do edital de concessão pelo governo federal. A previsão é que a licitação ocorra até março de 2026, e as obras comecem no mesmo ano, com expectativa de entrega em 2035.

O novo estudo de viabilidade técnica, detalhado em evento com empresários e autoridades locais, aponta que a Ferrogrão seguirá ao longo da BR-163, sem túneis ou necessidade de realocação de comunidades. Além das 65 pontes (que somam 81 km), estão previstos ainda 4 viadutos ferroviários (493 metros), 10 viadutos rodoviários e 48 pátios de cruzamento. A maior ponte será no rio Peixoto, entre Matupá e Peixoto de Azevedo, com 250 metros de extensão.

O levantamento reforça que “60% da faixa de domínio já está desmatada” e que a ferrovia ocupará apenas 0,1% da área original do Jamanxim. Para compensação ambiental, será feito o plantio de 2 mil hectares de vegetação nativa. O novo traçado foi redesenhado justamente para contornar os impasses judiciais, como a ação movida pelo PSOL no STF, que paralisou o projeto por anos alegando impactos ambientais em áreas protegidas.

Além disso, o estudo destaca os benefícios logísticos: a ferrovia tem potencial para reduzir em até 20% o custo do frete agrícola, o que representa uma economia anual de R$ 8 bilhões para os produtores. Com capacidade para movimentar até 69 milhões de toneladas por ano até 2095, cada trem da Ferrogrão — com 16,9 mil toneladas — substituirá cerca de 422 caminhões no percurso até Miritituba.

A mudança na matriz logística deve provocar uma queda de 40% nas emissões de CO₂, com redução anual estimada de 3,4 milhões de toneladas de gases poluentes.

O projeto também prevê terminais em Sinop e Miritituba, além de quatro novos portos nos rios da região Norte, nos municípios de Santarém, Barcarena, Itacoatiara e Santana (AP), reforçando a conexão ferroviária com o modal hidroviário do Arco Norte.

Segundo Quintela, o modelo de transporte não elimina o trabalho dos caminhoneiros, mas redistribui rotas. “O caminhão continua essencial para ligar as fazendas aos terminais ferroviários. Em vez de fazer longas distâncias, ele fará rotas mais curtas, como ocorre em todo o mundo”, completou.
Pensar Agro

Receita Federal libera consulta ao terceiro lote de restituição do IR

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O lote é formado por 7.219.048 restituições que serão destinadas aos contribuintes, entre prioritários e não prioritários. O valor total do crédito é de R$ 10 bilhões.

A partir das 10 horas desta quinta-feira (24), o terceiro lote de restituição do IRPF 2025 estará disponível para consulta. Esse lote contempla também restituições residuais de exercícios anteriores.

crédito bancário das 7.219.048 restituições será realizado ao longo do dia 31 de julho, no valor total de R$ 10 bilhões. Desse total, R$ 557.779.060,71 serão destinados a contribuintes que possuem prioridade legal, o que corresponde a 15.988 restituições para idosos acima de 80 anos, 83.575 restituições para contribuintes entre 60 e 79 anos, 11.298 restituições para contribuintes com alguma deficiência física ou mental ou moléstia grave e 35.315 restituições para contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério. Além disso, 6.316.894 restituições serão destinadas a contribuintes que não possuem prioridade legal, mas que receberam prioridade por terem utilizado a Declaração pré-preenchida e/ou optado por receber a restituição via PIX. Foram contempladas ainda 755.978 restituições destinadas a contribuintes não prioritários.

Para saber se a restituição está disponível, basta clicar aqui. A página “Meu Imposto de Renda” apresenta orientações e os canais de prestação do serviço, permitindo uma consulta simplificada ou uma consulta completa da situação da declaração, por meio do extrato de processamento, acessado no e-CAC. Se identificar alguma pendência na declaração, o contribuinte pode retificar a declaração, corrigindo as informações que porventura estejam equivocadas.

A Receita disponibiliza, ainda, aplicativo para tablets e smartphones que possibilita consultar diretamente nas bases da Receita Federal informações sobre liberação das restituições do IRPF e a situação cadastral de uma inscrição no CPF.

A Receita Federal do Brasil (RFB) assume o compromisso de realizar pagamento de restituições apenas em conta bancária de titularidade do contribuinte. Dessa forma, as rotinas de segurança impedem o pagamento caso ocorra erro nos dados bancários informados ou algum problema na conta destino.

Para não haver prejuízo ao contribuinte, a RFB oferece o serviço de reagendamento disponibilizado pelo agente financeiro Banco do Brasil (BB) pelo prazo de até 1 (um) ano da primeira tentativa de crédito. Assim, o contribuinte poderá corrigir os dados bancários para uma conta de sua titularidade. Neste caso, o cidadão poderá reagendar o crédito dos valores de forma simples e rápida pelo Portal BB, acessando o endereço: https://www.bb.com.br/irpf, ou ligando para a Central de Relacionamento BB por meio dos telefones 4004-0001 (capitais), 0800-729-0001 (demais localidades) e 0800-729-0088 (telefone especial exclusivo para deficientes auditivos). Ao utilizar esse serviço o contribuinte deve informar o valor da restituição e o número do recibo da declaração. Após isso, deve-se aguardar nova tentativa de crédito.

Caso o contribuinte não resgate o valor de sua restituição no prazo de 1 (um) ano, deverá requerê-lo pelo Portal e-CAC, acessando o menu Declarações e Demonstrativos > Meu Imposto de Renda e clicando em “Solicitar restituição não resgatada na rede bancária”.

 

Receita Federal

Enem 2025: Rondônia contabiliza mais de 46 mil inscritos

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Nesta edição, 83,37% dos 21.927 concluintes do ensino médio da rede pública confirmaram a participação. Exame registrou 4,8 milhões de inscritos no país, um aumento de mais de 38% em relação a 2022
Publicado em 23/07/2025 16h27 Atualizado em 23/07/2025 16h43

O estado de Rondônia contabilizou 46.801 inscritos confirmados para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2025. Uma novidade dessa edição foi a inscrição pré-preenchida de 21.927 estudantes concluintes do ensino médio da rede pública, dos quais 18.280 confirmaram a participação (83,37%). Do total de inscritos no estado, 31.577 são isentos e 15.224, pagantes.

Os números correspondem ao balanço, divulgado nesta quarta-feira, 23 de julho, pelo Ministério da Educação (MEC), por meio do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Brasil – De acordo com o levantamento, o exame registrou 4,8 milhões de inscritos no país, um aumento de 38% em relação a 2022 e de 11,22% em comparação com 2024.

Certificação – A certificação para conclusão do ensino médio ou a proficiência parcial de estudantes maiores de 18 anos será utilizada por 98.558 inscritos nessa edição. Os participantes que desejem utilizar o exame para esses fins devem indicar a opção no ato da inscrição. Para obter a certificação, é necessário atingir o mínimo de 450 pontos em cada uma das áreas de conhecimento e o mínimo de 500 pontos na redação.

Entre os estados que registraram o maior número de inscritos no Enem 2025 estão: São Paulo (751.648), Minas Gerais (464.994) e Bahia (428.019).

Confira o número de inscritos por UF:

UF

Inscritos

Acre

28.962

Alagoas

96.488

Amapá

33.193

Amazonas

110.842

Bahia

428.019

Ceará

275.937

Distrito Federal

82.975

Espírito Santo

85.920

Goiás

166.761

Maranhão

211.383

Mato Grosso

80.429

Mato Grosso do Sul

57.941

Minas Gerais

464.994

Pará

289.392

Paraíba

142.050

Paraná

195.870

Pernambuco

272.299

Piauí

120.040

Rio de Janeiro

329.001

Rio Grande do Norte

113.229

Rio Grande do Sul

186.541

Rondônia

46.801

Roraima

14.162

Santa Catarina

110.465

São Paulo

751.648

Sergipe

78.344

Tocantins

37.652

Provas – O MEC, por meio do Inep, aplicará as provas em 9 e 16 de novembro, nas 27 unidades da Federação.

Pará – De forma excepcional, o Enem será aplicado em 30 de novembro e 7 de dezembro, nas seguintes cidades do Pará: Belém, Ananindeua e Marituba. A medida visa atender aos públicos desses municípios, em virtude da realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que ocorrerá na capital paraense no período da aplicação regular do exame.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do Inep

Isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil é prioridade no segundo semestre, diz Hugo Motta

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Presidente faz balanço positivo das votações no primeiro semestre, citando a PEC da Segurança Pública e a discussão do PNE, entre outras propostas

Acervo Câmara dos Deputados

Hugo motta concede entrevista à TV Câmara
Motta: Congresso está atento para defender os interesses nacionais

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que a prioridade da Casa no segundo semestre de 2025 será a votação do projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda para quem recebe até R$ 5 mil por mês (PL 1087/25). Segundo ele, a medida representa “justiça tributária” e terá impacto direto no orçamento de milhões de brasileiros.

Além da pauta tributária, Hugo Motta destacou que a Câmara seguirá discutindo temas relevantes como segurança pública, educação, inteligência artificial e renegociação de dívidas previdenciárias de estados e municípios. Ele reforçou que comissões especiais já foram criadas ou instaladas para tratar dessas questões e que há compromisso em aprovar medidas de impacto social e econômico.

A entrevista foi concedida para uma edição especial do programa A Voz do Brasil, que completou 90 anos ontem.

Balanço do primeiro semestre
No balanço do primeiro semestre legislativo, Motta destacou a intensa agenda de votações, sessões e audiências públicas realizadas, além da instalação de comissões permanentes e especiais. Entre os principais avanços, citou a aprovação da PEC da Segurança Pública na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a criação da Comissão Especial do novo Plano Nacional de Educação e da Comissão sobre Inteligência Artificial.

Outro destaque foi a aprovação da PEC 66/23, que trata da renegociação das dívidas previdenciárias de estados e municípios e da reestruturação no pagamento de precatórios. Essa medida permite mais folga orçamentária para investimentos em áreas essenciais, como saúde e educação.

O presidente também mencionou a aprovação da chamada “Lei da Reciprocidade”, um instrumento legal para o Brasil reagir à imposição de tarifas comerciais de outros países, como os Estados Unidos. A medida foi aprovada após o governo norte-americano adotar barreiras contra produtos brasileiros.

Relação com os EUA e papel do Congresso
Sobre a tensão comercial com os Estados Unidos, Hugo Motta afirmou que o Parlamento está pronto para atuar, inclusive com convocação extraordinária durante o recesso, caso seja necessário apoiar o Poder Executivo nas negociações. Ele reiterou que o diálogo é o melhor caminho, mas o Congresso permanece atento para defender os interesses nacionais.

“O Parlamento estará pronto para agir com eficiência e rapidez. Em primeiro lugar, deve estar o nosso país, em primeiro lugar deve estar o interesse do povo brasileiro”, afirmou.

Compromisso com responsabilidade fiscal
Hugo Motta finalizou a entrevista reforçando o compromisso da Câmara com a responsabilidade fiscal e a busca por um Estado eficiente. Segundo ele, o equilíbrio nas contas públicas é essencial para promover desenvolvimento econômico e transformação social.

“O Brasil precisa cuidar das pessoas que mais precisam, mas sem desperdício”, concluiu.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Senado deve analisar 39 indicações de autoridades em agosto

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No retorno das atividades deliberativas em agosto, as comissões temáticas Senado vão analisar 39 indicações feitas pela Presidência da República e por outros órgãos para cargos em agências reguladoras, tribunais superiores e conselhos nacionais.

O calendário prevê, entre os dias quatro e oito de agosto, a leitura dos relatórios nas comissões responsáveis em analisar cada uma das indicações. Entre os dias 11 e 15 de agosto, será feito um esforço concentrado para a realização das sabatinas dos indicados e a votação dos nomes nas comissões e no Plenário.

A apreciação de autoridades é uma das competências privativas do Senado Federal, conforme estabelece a Constituição.

Após a sabatina, o nome é votado na comissão e, em seguida, submetido ao Plenário. A aprovação depende da aprovação da maioria absoluta dos votos, em votação secreta.

Veja as indicações a serem analisadas nas comissões:

Autoridade Nacional de Segurança Nuclear (ANSN)

  •  Ailton Fernando Dias, para o cargo de diretor de Instalações Nucleares e Salvaguardas;
  •  Alessandro Facure Neves de Salles Soares, para o cargo de diretor-presidente;
  •  Lorena Pozzo, para o cargo de diretora de Instalações Radioativas e Controle;

As indicações serão apreciadas pela Comissão de Infraestrutura (CI).

Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP)

  •  Alexandre Magno Benites de Lacerda;
  •  Auriney Uchôa de Brito;
  •  Clementino Augusto Ruffeil Rodrigues;
  •  Fabiana Costa Oliveira Barreto;
  •  Fernando da Silva Comin;
  •  Greice Fonseca Stocker;
  •  Ivana Lúcia Franco Cei;
  •  José de Lima Ramos Pereira.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT)

  •  Alex Antônio de Azevedo Cruz, para o cargo de diretor;
  •  Guilherme Theo Rodrigues da Rocha Sampaio, para o cargo de diretor-geral.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Infraestrutura (CI).

Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)

  •  Antônio Mathias Nogueira Moreira, para o cargo de diretor;
  •  Rui Chagas Mesquita, para o cargo de diretor;
  •  Tiago Chagas Faierstein, para o cargo de diretor-presidente.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Infraestrutura (CI).

Agência Nacional do Petróleo (ANP)

  •  Artur Watt Neto, para o cargo de diretor-geral;
  •  Pietro Adamo Sampaio Mendes, para o cargo de diretor.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Infraestrutura (CI).

Superior Tribunal de Justiça (STJ)

  •  Carlos Augusto Pires Brandão, para o cargo de ministro;
  •  Maria Marluce Caldas Bezerra, para o cargo de ministra.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Conselho Nacional de Justiça (CNJ)

  •  Carlos Vinícius Alves Ribeiro;
  •  Sílvio Roberto Oliveira de Amorim Júnior.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA)

  •  Cristiane Collet Battiston, para o cargo de diretora;
  •  Larissa Oliveira Rêgo, para o cargo de diretora;
  •  Leonardo Góes Silva, para o cargo de diretor.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Meio Ambiente (CMA)

Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)

  •  Daniela Marreco Cerqueira, para o cargo de diretora;
  •  Leandro Pinheiro Safatle, para o cargo de diretor-presidente;
  •  Thiago Lopes Cardoso Campos, para o cargo de diretor.

As indicações serão apreciadas na Comissão de Assuntos Sociais (CAS)

Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel)

  •  Edson Victor Eugênio de Holanda, para membro do Conselho Diretor;
  •  Octavio Penna Pieranti, para membro do Conselho Diretor.

Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq)

  •  Frederico Carvalho Dias, para o cargo de diretor-geral;
  •  Renata Sousa Cordeiro, para o cargo de ouvidora.

 Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel)

  •  Gentil Nogueira de Sá Júnior, para o cargo de diretor;
  •  Willamy Moreira Frota, para o cargo de diretor.

Agência Nacional de Mineração (ANM)

  •  José Fernando de Mendonça Gomes Júnior, para o cargo de diretor.

As indicações para as quatro agências reguladoras serão apreciadas na Comissão de Infraestrutura.

Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD)

  •  Lorena Giuberti Coutinho, para o cargo de diretora do Conselho Diretor.

A indicação será apreciada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Agência Nacional do Cinema (Ancine)

  •  Patrícia Barcelos, para o cargo de diretora.

A indicação será apreciada na Comissão de Educação (CE).

Superior Tribunal Militar (STM)

  •  Verônica Abdalla Sterman, para o cargo de ministra.

A indicação será apreciada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

 Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS)

  •  Wadih Nemer Damous Filho, para o cargo de diretor-presidente.

A indicação será apreciada na Comissão de Assuntos Sociais (CAS).

Fonte: Agência Senado

Aprovadas no Senado, novas leis oferecem mais proteção e saúde para mulheres

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O Brasil está entre os líderes de um triste ranking: segundo dados da ONU, o país ainda é um dos países que mais agridem e matam mulheres em todo o mundo, figurando em quinto lugar em casos de feminicídio. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mais recente, 21,4 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de violência enre 2022 e 2023, sendo 1,2 milhão só de violência doméstica.

O persistente aumento de agressões, de feminicídio e a desigualdade de gênero no país fizeram com que o Senado avançasse, no primeiro semestre de 2025, em pautas com foco na proteção, inclusão e valorização das mulheres. Propostas legislativas viraram leis com potencial para transformar essa realidade, como a que agrava pena em crime de violência contra a mulher com uso de inteligência artificial (IA) e a que permite monitoramento eletrônico de agressores de mulheres. 

Monitoramento 

No país ainda são frequentes os casos de mulheres assassinadas ou que sofrem violência recorrente mesmo após conseguirem medidas protetivas contra ex-companheiros. Só em 2024, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou 96 prisões por descumprimento de medidas protetivas.

Nesse sentido, um dos avanços mais significativos no primeiro semestre de 2025 foi relacionado ao aprimoramento de medidas protetivas de combate mais amplo à violência doméstica. 

A Lei 15.125, que permite o monitoramento de agressores de mulheres por meio de tornozeleiras eletrônicas, por exemplo, veio como mais uma medida para reforçar a proteção às mulheres que estão nessa situação. Ela teve origem no projeto de lei (PL 5.427/2023) do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e, no Senado, foi relatado pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que liderou a Bancada Feminina até o início de julho deste ano. 

A Lei Maria da Penha já previa medidas como o afastamento do agressor do lar e a proibição de contato com a vítima, além da participação em programas de reeducação. Agora, com a nova lei, passa a incluir também o monitoramento eletrônico entre as possibilidades de proteção imediata.

Essas medidas são fundamentais para proteger a mulher em situação de violência que está sob ameaça ou que foi agredida, ou sofreu violência psicológica ou moral. E nova lei veio para aprimorar esses instrumentos. 

Violência com IA

Em outra frente, o Congresso aprovou e o presidente da República sancionou a lei que agrava a pena para o crime de violência psicológica contra a mulher praticado com o uso de inteligência artificial (IA) ou de qualquer outra tecnologia que altere imagem ou voz da vítima. 

Uma das formas mais atuais desse tipo de crime utiliza deepfakes: vídeos ou imagens falsificadas por IA envolvendo mulheres reais. Essas produções geralmente incluem a divulgação de conteúdos pornográficos falsos simulando nudez e, muitas vezes, são usadas como forma de ameaça, constrangimento, humilhação e chantagem.

A Lei 15.123, de 2025, oriunda do PL 370/2024, aumenta pela metade a pena por dano emocional à mulher nos crimes com alteração da imagem ou som da mulher com uso de tecnologia. Assim, o criminoso pode ser condenado a até três anos de reclusão, além de multa. A iniciativa foi da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e, no Senado, relatada pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), 

Bolsas de estudo

Também virou lei em 2025 a proposta que proíbe práticas discriminatórias em processos seletivos para concessão ou renovação de bolsas de estudo e pesquisa. A Lei 15.124 impede que estudantes ou pesquisadores sejam prejudicados por motivos como gestação, parto, adoção ou guarda judicial. O texto foi originado no PL 475/2024, da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

A nova norma determina ainda que perguntas sobre planejamento familiar sejam vedadas durante entrevistas, salvo por iniciativa do candidato. Em caso de licença-maternidade, o tempo de avaliação da produtividade científica será estendido em dois anos. No Senado, o projeto contou com parecer da senadora Leila Barros. 

Reconstrução de mama

Já no âmbito da assistência à saúde e resgate da autoestima feminina, foi sancionada a lei que amplia o direito das mulheres de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia plástica reparadora de mama. Agora isso também será possível em caso de mutilação total ou parcial do órgão, independentemente da causa. A lei também assegura, no âmbito do SUS, o direito ao acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado para as mulheres com mutilação de mama por causa de técnica cirúrgica.

Até então, a legislação só previa essas operações no âmbito do SUS em casos relacionados a tratamento de câncer.

A nova norma, teve origem no PL 2.291/2023, da senadora senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). Como o texto foi sancionado no último dia 17 de julho, seus efeitos entrarão em vigor em novembro, quatro meses a partir dessa data.

Reconstrução dentária pelo SUS

Nos casos de agressões, as lesões na região da cabeça e pescoço são comuns, afetando a mastigação, a fala e a saúde emocional. 

Pensando na assistência a essas mulheres, o Senado aprovou em março a criação do Programa de Reconstrução Dentária para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. A matéria foi convertida na Lei 15.116, de 2025 e garante atendimento odontológico especializado pelo SUS, com foco na recuperação da saúde bucal de mulheres que sofreram lesões físicas decorrentes de agressões.

O programa, que teve origem no PL 4.440/2024, da deputada Simone Marquetto (MDB-SP), relatado pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL), prevê a realização de procedimentos como reconstruções dentárias, próteses, tratamentos estéticos e ortodônticos.

Outros avanços 

Outras matérias avançaram no Senado e aguardam decisão final na Câmara dos Deputados. É o caso do PL 2.083/2022, denominado “Lei Bárbara Penna”, que proíbe condenados por violência doméstica de se aproximarem da residência ou do local de trabalho da vítima e de seus familiares. O texto, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), também classifica ameaças e agressões no contexto domiciliar como crime de tortura.

Inspirada na história de Bárbara Penna, vítima de tentativa de feminicídio em Porto Alegre, a proposta inclui mudanças na Lei de Execução Penal, estabelecendo punições mais rigorosas para presos que descumprirem medidas de distanciamento, inclusive com a aplicação de regime disciplinar diferenciado (RDD) e transferência compulsória para presídios em outros estados.

Outra proposta aprovada no Senado é o PL 5.881/2023 que determina a publicação, a cada dois anos, de um relatório com dados do Registro Unificado de Violência contra as Mulheres. O projeto é de autoria da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e busca aprimorar a produção de dados para subsidiar políticas públicas.

Já o PL 435/2023, do senador Jader Barbalho (MDB-PA), assegura gratuidade automática e prioridade nas ações cíveis relativas a mulheres vítimas de violência, além de estender esses benefícios a familiares da vítima em caso de morte. O texto que seguiu para análise dos deputados é um substitutivo apresentado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e busca eliminar barreiras burocráticas que dificultam o acesso à Justiça.

Os senadores também aprovaram o PL 4.842/2023, que obriga clubes de futebol a exibirem campanhas de conscientização sobre violência contra a mulher durante eventos esportivos com mais de 10 mil pessoas. A medida se aplica a clubes que recebem verbas públicas de loterias federais e exige que as campanhas sejam veiculadas nos telões, sonorização e sistemas de mídia dos estádios. O projeto é da senadora Augusta Brito (PT-CE). 

Representatividade eleitoral

Além de avançar em propostas de proteção e de promoção da saúde às brasileiras, há um tema que deve ganhar atenção especial da bancada feminina no segundo semestre: a garantia da representatividade da mulher no espaço político, com a defesa de alterações no novo Código Eleitoral. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 112/2021 está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), chegou a ser debatido em várias reuniões do colegiado, mas está longe do consenso entre os senadores. Se for aprovado, o texto seguirá para a análise do Plenário.

Relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), o PLP consolida a legislação eleitoral e partidária em uma única norma, com 877 artigos, mas há questões que continuam a gerar controvérsias entre os parlamentares, como as regras para reserva de candidaturas, financiamento e vagas para mulheres no Legislativo. 

A proposta, já aprovada na Câmara, foi classificada pelas senadoras como um “retrocesso” ao retirar as sanções a partidos e federações que não destinarem, no mínimo, 30% das candidaturas e do financiamento eleitoral para mulheres, como é hoje. O relatório do senador Marcelo Castro traz uma alternativa prevendo a reserva de 20% das cadeiras no Legislativo para mulheres durante 20 anos. 

Na avaliação da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a medida mantém a desigualdade de gênero na política e enfraquece uma conquista obtida por decisão do Poder Judiciário.

— Durante 20 anos, duas décadas, vamos continuar com 80% de homens aqui e 20% de mulheres. Isso a gente não pode negociar [obrigatoriedade de 30%]. A gente conquistou isso aqui no dia a dia, com muita luta, com muito respeito. E eu digo sempre, não estamos pedindo privilégios; estamos querendo direitos — afirmou durante pronunciamento no Plenário. 

Outra senadora que também saiu em defesa da manutenção dos incentivos para ampliar a representação feminina no legislativo foi a senadora Leila Barros. Na opinião dela, o texto precisa assegurar justiça e equidade no processo político.

— Defendemos, com firmeza, a manutenção e ampliação dos mecanismos de incentivo à participação feminina na política: cotas de candidaturas e vagas, distribuição proporcional de recursos e combate à violência política de gênero. O novo marco legal precisa refletir o compromisso da democracia com a inclusão.

A líder da Bancada Feminina, senadora Professora Dorinha (União-TO), afirmou que o relatório do senador Marcelo Castro “tenta avançar” ao estabelecer a cota mínima de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais para mulheres. No entanto, ela também defende que não se deve abrir mão da cota de 30% de candidaturas diante da baixa representatividade feminina nesses espaços. 

— Eu só não concordo que, nesse processo de aprendizagem e de fortalecimento da cota, enquanto ainda temos uma desigualdade tão grande, em que o Brasil tem uma sub-representação de mulheres, porque nós perdemos até para países em que as mulheres usam burca, eu não entendo que a gente possa abrir mão dos 30% de candidaturas (…). Tanto é que os números mostram que, mesmo continuando as atuais regras, a partir de 2032 a gente já teria alcançado os 20% das cadeiras. Isso não sou eu que estou falando. Tem pesquisas e dados estatísticos que mostram isso — disse a senadora durante a discussão da matéria na CCJ, em 9 de julho. 

Gabinete da liderança

Foi também no primeiro semestre de 2025 que o Senado registrou um marco histórico: inaugurou o gabinete da liderança da Bancada Feminina. O espaço fica na Ala Senador Dinarte Mariz e agora garante às senadoras uma estrutura semelhante às das lideranças partidárias, facilitando a realização de reuniões e atividades necessárias ao funcionamento da bancada.

O gabinete foi proposto pelo ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e concretizado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A inauguração ocorreu no período em que a senadora Leila Barros (PDT-DF) ainda estava à frente da bancada. O cargo foi assumido pela senadora Professora Dorinha no início de julho. 

As senadoras avaliaram que o gabinete, mais que um espaço físico, representa um espaço político e institucional e o marco de uma grande luta. 

— Este gabinete é um instrumento de trabalho, de luta e de construção coletiva. Temos agora o nosso cantinho. Mas não podemos parar; o caminho é longo e o desafio é constante. Precisamos seguir lutando — afirmou Leila durante a inauguração do espaço. 

Fonte: Agência Senado

Crianças e adolescentes foram foco da atenção do Senado no 1º semestre

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O Senado aprovou vários projetos em favor das crianças brasileiras no primeiro semestre de 2025. São ações que buscam garantir, por exemplo, a proteção alimentar para autistas, o acesso a programas de saúde mental e medidas para prevenir o afogamento em piscinas.

Algumas dessas propostas já foram sancionadas e se tornaram leis, outras avançaram em sua tramitação nas comissões do Senado e há as que seguiram para análise na Câmara dos Deputados.

Transtorno do Espectro Autista

Uma dessas iniciativas entrou em vigor com a sanção da Lei 15.131, de 29 de abril de 2025. Seu objetivo é combater os desafios alimentares enfrentados por pessoas com Transtorno do Espectro Autista, como a seletividade alimentar — comportamento que limita a variedade nutricional da dieta e pode resultar em desnutrição ou obesidade, além de outros problemas de saúde.

A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, instituída por uma lei de 2012, já previa “a nutrição adequada e a terapia nutricional” entre os direitos dessas pessoas, mas não entrava em detalhes sobre tal direito.

A nova lei acrescenta um parágrafo a essa política para especificar que “a nutrição adequada e a terapia nutricional (…) compreendem todas as ações de promoção e de proteção da pessoa com transtorno do espectro autista sob o ponto de vista nutricional, realizadas por profissional de saúde legalmente habilitado, observados os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas publicadas pela autoridade competente”.

Segundo o governo, “a expectativa é que o texto contribua para aperfeiçoar os protocolos de atendimento nos serviços públicos de saúde, educação e assistência social”.

Essa lei teve origem no PL 4.262/2020, projeto de autoria da ex-deputada federal Aline Gurgel (AP). No Senado, o texto recebeu parecer favorável da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde esteve sob a relatoria do senador Flávio Arns (PSB-PR).

Arns destacou que entre 40% e 80% das crianças autistas apresentam uma dieta restrita, com baixo valor nutricional e alta densidade energética, o que justifica a importância da medida.

Famílias em luto

Foi sancionada em maio a Lei 15.139, que cria a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. Essa lei prevê cuidados humanizados e apoio psicossocial a mulheres e familiares que enfrentam a perda de bebê durante a gestação, no parto ou logo após o nascimento.

O objetivo é garantir acolhimento digno e assistência integral às famílias em luto gestacional (morte do feto até a 20ª semana de gravidez), óbito fetal (após a 20ª semana) ou óbito neonatal (nos primeiros 28 dias de vida).

A lei prevê, entre outros pontos, o direito a apoio psicológico especializado; exames que investiguem as causas das perdas; acompanhamento da saúde mental durante gestações posteriores; o direito ao sepultamento ou à cremação do feto ou recém-nascido (com participação dos pais na definição do ritual). Também será obrigatória a capacitação de profissionais de saúde para lidar com situações de luto parental.

Além disso, o texto prevê a garantia de alas separadas em maternidades para mães enlutadas, o direito à presença de acompanhante durante o parto de natimorto e o acesso a assistência social para os trâmites legais.

A norma ainda estabelece outubro como o Mês do Luto Gestacional, Neonatal e Infantil, com foco na conscientização e na valorização da dignidade humana.

Essa lei teve origem no PL 1.640/2022, projeto de lei de autoria da deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC). No Senado, a matéria esteve sob a relatoria da senadora Augusta Brito (PT-CE), que considerou a perda de um filho durante a gestação ou o parto uma “dor enorme que requer uma abordagem específica nos serviços públicos de saúde”.

Saúde mental no SUS

A atenção dos senadores à saúde mental de crianças e adolescentes levou a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) a aprovar em março, por unanimidade e em decisão terminativa, um projeto de lei que assegura o acesso desse segmento da população aos programas de saúde mental promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Esse projeto (PL 4.928/2023), apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), recebeu parecer favorável do senador Flávio Arns e, em seguida, foi enviado para análise na Câmara dos Deputados.

Segundo a proposta, os programas de saúde mental do SUS dirigidos a crianças e adolescentes devem promover a atenção psicossocial básica e especializada, o atendimento de urgência e emergência e a atenção hospitalar.

O texto também determina que os profissionais envolvidos devem receber formação específica para a detecção de sinais de risco e o acompanhamento dos pacientes.

Além disso, o projeto prevê que crianças e adolescentes beneficiários de programas sociais e inscritos no Cadastro Único em tratamento de agravos de saúde mental terão assegurados todos os medicamentos prescritos, de forma gratuita ou subsidiada.

Damares ressaltou que estudos vêm demonstrado um aumento nas taxas de agravos de saúde mental e comportamental em crianças e adolescentes, bem como um crescimento preocupante das taxas de suicídio entre jovens.

Já Flávio Arns considera urgente a proteção à saúde mental de crianças e adolescentes. Ele afirma que, apesar de o Brasil ter taxa de suicídios inferior à média global, “as estatísticas nacionais indicam uma tendência de aumento desses eventos nessa faixa etária nos últimos 20 anos”.

Ao apoiar a iniciativa, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é médica, defendeu também a ampliação dos Centro de Atenção Psicossocial, ainda ausentes na maioria das cidades de pequeno e médio porte.

Afogamento

Também em março, a Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou o projeto de lei que exige medidas de segurança para a prevenção do afogamento de crianças em piscinas, inclusive nas de uso doméstico.

Esse projeto (PL 1.944/2022) seguiu para a Câmara, onde tramita atualmente.

Entre as ações previstas estão a instalação de barreiras físicas para separar as piscinas infantis das piscinas de adultos; a divulgação de avisos que desestimulem o uso de celulares, a leitura de livros e qualquer atividade que facilite a distração da pessoa em torno da piscina; e a afixação de quadros ou cartazes com informações sobre prevenção e socorro em caso de afogamento.

O texto também determina que o poder público terá o dever de apoiar e estimular aulas de natação para crianças com até 5 anos e promover campanhas sobre medidas de segurança e sobrevivência aquáticas.

O autor dessa proposta é o senador Eduardo Gomes (PL-TO). Na CTFC, a matéria contou com o parecer favorável da senadora Damares Alves.

Esportes

Ampliar os incentivos para crianças e adolescentes que frequentam centros de formação esportiva. Esse é um dos objetivos do projeto de lei que aumenta o limite de dedução no Imposto de Renda para o incentivo à prática desportiva (PLP 234/2024).

O texto foi aprovado pelos senadores neste mês e aguarda a sanção do presidente da República.

Esse projeto atualiza e torna permanente a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite deduções no imposto de renda a partir de doações ou patrocínios para o setor esportivo.

Uma das medidas previstas pela proposta determina que, a partir de 2028, a dedução para pessoas jurídicas passará de 2% para 3%. Os projetos com foco em inclusão social continuarão com possibilidade de 4% de dedução.

O autor do projeto é o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE). A matéria contou com o parecer favorável da senadora Leila Barros (PDT-DF), que é a presidente da Comissão de Esporte (CEsp) do Senado.

Leila ressaltou a capacidade do esporte de mudar vidas e declarou que essa proposta é um reconhecimento a um setor que merece mais investimentos. Além dela, outros senadores defenderam a iniciativa, como Romário (PL-RJ), que é ex-jogador de futebol. Para ele, a transformação da Lei de Incentivo ao Esporte em política permanente será um marco histórico.

Cadastro de creches

Em junho, a Comissão de Educação (CE) do Senado aprovou um projeto de lei que prevê a criação de um cadastro nacional de creches. Atualmente, essa proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Esse texto teve origem no PL 1.533/2024, do senador Jader Barbalho (MDB-PA). Originalmente, essa proposta previa apenas a relação de estabelecimentos da primeira infância. Mas o relator da matéria, senador Flávio Arns, ampliou as informações a serem cadastradas.

De acordo com o texto aprovado na CE, que altera o Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257, de 2016), o sistema vai integrar bancos de dados das áreas de saúde, educação e assistência social, além de contar com informações detalhadas sobre creches e demais instituições de atendimento à primeira infância.

Jader Barbalho destaca que as creches desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças nos aspectos cognitivo, emocional, social e físico, mas enfrentam o duplo desafio de atender a demanda e garantir um serviço de qualidade. Ele cita dados do IBGE segundo os quais mais de 2 milhões de crianças de até 3 anos de idade, no Brasil, não frequentam creches por alguma dificuldade de acesso ao serviço.

Já Flávio Arns afirma que o objetivo da iniciativa é criar um sistema que permita ao poder público e às famílias verificar a qualidade das creches. Ele lembrou que, embora a responsabilidade das creches seja dos municípios, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece que a União tem a atribuição de estabelecer diretrizes para a educação infantil — bem como coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.

Alfabetização

O Plenário do Senado aprovou em março o projeto que prevê ações para que todas as crianças do país sejam alfabetizadas até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Esse projeto de lei (PL 4.937/2024) foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde está em tramitação atualmente.

O texto consolida as regras que tratam do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que foi lançado em 2023 por meio de um decreto presidencial. De acordo com o governo federal, esse compromisso está “baseado na colaboração entre os entes federativos para garantir a alfabetização de todas as crianças do Brasil até o final do 2º ano do ensino fundamental, além de recuperar aprendizagens de alunos do 3º, 4º e 5º ano afetadas pela pandemia”.

O PL 4.937/2024 teve origem nos trabalhos da Subcomissão Permanente da Alfabetização na Idade Certa — vinculada à Comissão de Educação (CE) do Senado. O relator do projeto foi o senador Cid Gomes (PSB-CE).

De acordo com a proposta, a União será responsável pela coordenação estratégica da política nacional de alfabetização, oferecendo assistência técnica e financeira a estados e municípios para capacitação de professores, melhoria da infraestrutura escolar e aplicação de avaliações diagnósticas.

Segundo o texto, estados e municípios que aderirem ao compromisso deverão elaborar políticas próprias de alfabetização, alinhadas às diretrizes da União. A assistência financeira federal será condicionada a critérios como o percentual de crianças não alfabetizadas e a presença de grupos historicamente desfavorecidos, como comunidades indígenas, quilombolas e alunos da educação especial.

O projeto também cria o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, que deverá reconhecer boas práticas pedagógicas. A concessão desse selo deverá levar em conta a evolução do percentual de crianças alfabetizadas — e proíbe a criação de novas despesas para essa certificação.

Além disso, o texto também prevê a criação do Fórum Nacional do Compromisso, um espaço permanente de articulação entre União, estados e municípios para coordenar a implementação das políticas de alfabetização.

Vacinação

Para permitir que pais ou responsáveis possam acompanhar a vacinação de seus filhos ou dependentes menores, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou neste mês o PL 570/2024. Esse projeto de lei altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Regime Jurídico Único (que regulamenta a atividade dos servidores públicos) para prever essa possibilidade.

A próxima etapa na tramitação dessa matéria é a sua análise em outro colegiado do Senado: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A proposta permite aos trabalhadores que se enquadram na CLT ou no Regime Jurídico Único faltar meio período de trabalho para acompanhar a vacinação, desde que a ausência seja devidamente comprovada.

De autoria do senador Weverton (PDT-MA), o texto recebeu na CAS parecer favorável da senadora Ana Paula Lobato (PDT-MA).

Ana Paula observou que houve redução da cobertura vacinal no Brasil. E ressaltou que, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, menos de 59% da população estava imunizada em 2021, enquanto, em 2019, essa porcentagem era de 79%.

Crimes sexuais

Outro projeto de lei aprovado pelo Senado neste mês é o PL 2.810/2025, que reforça o combate a crimes sexuais cometidos contra pessoas vulneráveis. Essa proposta, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), seguiu para análise na Câmara dos Deputados.

Entre as principais medidas que o texto propõe estão: aumento das penas para estupro de vulnerável (que poderia chegar a até 40 anos de reclusão em caso de morte da vítima); concessão de medidas protetivas logo no início da respectiva investigação; e exigência de monitoramento eletrônico de condenados por crimes sexuais durante saídas temporárias.

O projeto também determina que condenados por crimes sexuais só terão direito a benefícios como progressão de regime ou saídas da prisão se um exame criminológico comprovar baixa probabilidade de reincidência do delito.

Além disso, o texto prevê que profissionais acusados de violência sexual poderão ser afastados de funções que envolvam contato com crianças ou pessoas com deficiência já durante a investigação.

“Quero chamar muita atenção para esse projeto, nem tanto pelo aumento da pena, mas porque nós vamos impedir que um pedófilo ataque outras crianças. E isso só acontece de duas formas: fazendo com que ele cumpra a pena dentro de um presídio e depois proibindo a circulação dele no meio de crianças, em lugares como creches, escolas, clubes ou qualquer outro lugar que tenha crianças”, declarou Margareth Buzetti durante a votação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Proteção contra drogas

Para proteger crianças e jovens de drogas e bebidas alcoólicas, o PL 942/2024 aumenta a punição para quem fornecer esses produtos a menores, ainda que de maneira gratuita, e houver o consumo. A autora da proposta é a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ).

O Estatuto da Criança e do Adolescente já prevê uma punição de dois a quatro anos de prisão, além de multa, quando há o fornecimento dessas substâncias a menores. A novidade do projeto é o aumento dessa pena em um terço até à metade quando a criança ou adolescente efetivamente consumir o produto.

A proposta recebeu em julho parecer favorável na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, elaborado por Damares Alves. Agora o texto será analisado em outro colegiado do Senado: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Damares diz que a mudança prevista no projeto é necessária porque a legislação atual não diferencia os casos em que a substância é apenas entregue dos casos em que o produto é entregue e consumido.

“O bom senso obriga a concluir que, se daquela entrega resultar o consumo do produto, a pena deve ser maior, pois a consequência, que foi o consumo da substância pela criança, é mais gravosa que quando a criança ignora a substância e não a consome”, argumenta a senadora em seu parecer.

Licenças

Uma matéria especial da Agência Senado traz informações sobre projetos de lei aprovados no primeiro semestre de 2025 que ampliam o tempo da licença-maternidade e da licença-paternidade e adaptam regras para diferentes contextos familiares. São proposições que reconhecem a importância do cuidado parental nos primeiros meses de vida de uma criança e buscam reduzir desigualdades de gênero.

Algumas dessas propostas atendem a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), de dezembro de 2023, para que o Congresso Nacional regulamente o direito à licença-paternidade no prazo de 18 meses — que terminou em julho. Como o prazo acabou, a própria Suprema Corte pode definir um novo período de licença-paternidade até que o Congresso aprove a regulamentação.

Por enquanto, está valendo a regra transitória da Constituição de 1988, de apenas cinco dias de afastamento. Empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã podem estender a licença para até 20 dias.

Fonte: Agência Senado

5ᵃ Conferência Municipal de Saúde de Chupinguaia reúne profissionais da área e debate direitos

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Debates e reflexões sobre a saúde do trabalhador, durante a etapa da Conferência municipal

Nesta segunda-feira (21/07), aconteceu a 5ᵃ Conferência Municipal de Saúde, fortalecimento do SUS Municipal, com o tema Humanização, Valorização e Participação na Saúde, reunindo profissionais, autoridades e representantes da comunidade para discutir políticas públicas voltadas à saúde no ambiente de trabalho, no plenário da Câmara de Vereadores do Município. Foi um importante espaço de diálogo e construção coletiva, onde todos puderam compartilhar experiências e propor melhorias para a saúde dos trabalhadores. A Prefeitura por sua parte reafirmou seu compromisso com a promoção de direitos e a valorização do trabalho em nossa cidade. Uma iniciativa que demonstra o comprometimento da administração municipal com a saúde e o bem-estar de todos os cidadãos chupinguaense.

Na abertura do evento, o prefeito Dr. Wesley Araújo (PP) destacou a importância da conferência como um espaço essencial para o fortalecimento das políticas de proteção à saúde do trabalhador. “Precisamos garantir que cada profissional tenha condições dignas e seguras para exercer sua função, promovendo a qualidade de vida de quem faz nossa cidade acontecer.”, destacou o prefeito.

A programação contou ainda com a palestra, que abordou o tema “Humanização, Valorização e Participação na Saúde”, reforçando a necessidade de ações que garantam condições justas e saudáveis para todos.

A conferência foi um momento de troca e construção coletiva, reforçando o compromisso da Prefeitura com a valorização e proteção dos trabalhadores.

Presentes ao evento o prefeito municipal Dr. Wesley Araújo, vice-prefeito Eliezer Paraíso, secretários municipais e servidores da saúde.

 

 

 

Imprensa-PMCH

Chácara Cia Nova Era organiza Festa do Arraiá neste sábado 26 na área rural linha 11, 5Km, em Pimenteiras

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A Festa junina do Arraiá começa no sábado 26/07, a partir de 19:00 horas, na Chácara Cia Nova Era na linha 11, 5Km, área rural do município

A organização do Arraiá da Festa junina do Município Pimenteiras do Oeste, está sendo organizado pela família Cia Nova Era, que tem como matriarca a prefeita do município a professora Valéria Garcia (UB) e seu esposo o Secretário Municipal de Agricultura, Sérgio Mauricio de Souza Alves, e seu filho Bruno Garcia.

A família Cia Nova Era, incluem atividades típicas como a festa junina como parte de suas programações, aproveitando a época festiva para atrair um público maior e celebrar a cultura popular.

As festas juninas são eventos tradicionais no Brasil, celebrados com muita festa, comidas típicas e danças. A Cia Nova Era, buscando ampliar o alcance de seus eventos e fortalecer a identidade cultural, frequentemente incorporam elementos de festa junina em suas programações. Isso pode incluir: A combinação de rodeio e festa junina cria uma atmosfera festiva e familiar, atraindo pessoas de diferentes idades e interesses.

Comidas típicas em barraquinhas decoradas, muita animação, bandeirolas coloridas, mesas ao ar livre, dança da tradicional quadrilha e show sertanejo com o Show ao vivo do cantor Keuvi Farias. Cardápio perfeito para se divertir com a família, não é mesmo?

Com todos esses ‘ingredientes’, por assim dizer, a família Cia Nova Era, resgatou tradições das festas juninas desta época do ano com a realização do “Arraiá Cia Nova Era” nas dependências da Chácara da família, na noite deste sábado 26/07.

“Desde o começo do ano estávamos pensando em novas ações para fomentar o comércio local, que é o nosso principal objetivo. Dentre essas ações, surgiu essa vontade de fazermos o ‘Arraiá’ uma vez que sabemos que festas juninas são bastante tradicionais na nossa região. E, por isso, nos preparamos no decorrer dos últimos dias para que a comunidade pimenteirense pudesse desfrutar mais um momento de alegria conosco”, afirmou a prefeita Valéria Garcia.

 

 

 

Hoje Rondônia