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Aprovadas no Senado, novas leis oferecem mais proteção e saúde para mulheres

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O Brasil está entre os líderes de um triste ranking: segundo dados da ONU, o país ainda é um dos países que mais agridem e matam mulheres em todo o mundo, figurando em quinto lugar em casos de feminicídio. De acordo com o Anuário Brasileiro de Segurança Pública mais recente, 21,4 milhões de brasileiras sofreram algum tipo de violência enre 2022 e 2023, sendo 1,2 milhão só de violência doméstica.

O persistente aumento de agressões, de feminicídio e a desigualdade de gênero no país fizeram com que o Senado avançasse, no primeiro semestre de 2025, em pautas com foco na proteção, inclusão e valorização das mulheres. Propostas legislativas viraram leis com potencial para transformar essa realidade, como a que agrava pena em crime de violência contra a mulher com uso de inteligência artificial (IA) e a que permite monitoramento eletrônico de agressores de mulheres. 

Monitoramento 

No país ainda são frequentes os casos de mulheres assassinadas ou que sofrem violência recorrente mesmo após conseguirem medidas protetivas contra ex-companheiros. Só em 2024, a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher da Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou 96 prisões por descumprimento de medidas protetivas.

Nesse sentido, um dos avanços mais significativos no primeiro semestre de 2025 foi relacionado ao aprimoramento de medidas protetivas de combate mais amplo à violência doméstica. 

A Lei 15.125, que permite o monitoramento de agressores de mulheres por meio de tornozeleiras eletrônicas, por exemplo, veio como mais uma medida para reforçar a proteção às mulheres que estão nessa situação. Ela teve origem no projeto de lei (PL 5.427/2023) do deputado federal Gutemberg Reis (MDB-RJ) e, no Senado, foi relatado pelos senadores Paulo Paim (PT-RS) e pela senadora Leila Barros (PDT-DF), que liderou a Bancada Feminina até o início de julho deste ano. 

A Lei Maria da Penha já previa medidas como o afastamento do agressor do lar e a proibição de contato com a vítima, além da participação em programas de reeducação. Agora, com a nova lei, passa a incluir também o monitoramento eletrônico entre as possibilidades de proteção imediata.

Essas medidas são fundamentais para proteger a mulher em situação de violência que está sob ameaça ou que foi agredida, ou sofreu violência psicológica ou moral. E nova lei veio para aprimorar esses instrumentos. 

Violência com IA

Em outra frente, o Congresso aprovou e o presidente da República sancionou a lei que agrava a pena para o crime de violência psicológica contra a mulher praticado com o uso de inteligência artificial (IA) ou de qualquer outra tecnologia que altere imagem ou voz da vítima. 

Uma das formas mais atuais desse tipo de crime utiliza deepfakes: vídeos ou imagens falsificadas por IA envolvendo mulheres reais. Essas produções geralmente incluem a divulgação de conteúdos pornográficos falsos simulando nudez e, muitas vezes, são usadas como forma de ameaça, constrangimento, humilhação e chantagem.

A Lei 15.123, de 2025, oriunda do PL 370/2024, aumenta pela metade a pena por dano emocional à mulher nos crimes com alteração da imagem ou som da mulher com uso de tecnologia. Assim, o criminoso pode ser condenado a até três anos de reclusão, além de multa. A iniciativa foi da deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e, no Senado, relatada pela senadora Daniella Ribeiro (PP-PB), 

Bolsas de estudo

Também virou lei em 2025 a proposta que proíbe práticas discriminatórias em processos seletivos para concessão ou renovação de bolsas de estudo e pesquisa. A Lei 15.124 impede que estudantes ou pesquisadores sejam prejudicados por motivos como gestação, parto, adoção ou guarda judicial. O texto foi originado no PL 475/2024, da deputada Erika Hilton (PSOL-SP).

A nova norma determina ainda que perguntas sobre planejamento familiar sejam vedadas durante entrevistas, salvo por iniciativa do candidato. Em caso de licença-maternidade, o tempo de avaliação da produtividade científica será estendido em dois anos. No Senado, o projeto contou com parecer da senadora Leila Barros. 

Reconstrução de mama

Já no âmbito da assistência à saúde e resgate da autoestima feminina, foi sancionada a lei que amplia o direito das mulheres de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar a cirurgia plástica reparadora de mama. Agora isso também será possível em caso de mutilação total ou parcial do órgão, independentemente da causa. A lei também assegura, no âmbito do SUS, o direito ao acompanhamento psicológico e multidisciplinar especializado para as mulheres com mutilação de mama por causa de técnica cirúrgica.

Até então, a legislação só previa essas operações no âmbito do SUS em casos relacionados a tratamento de câncer.

A nova norma, teve origem no PL 2.291/2023, da senadora senadora Margareth Buzetti (PSD-MT). Como o texto foi sancionado no último dia 17 de julho, seus efeitos entrarão em vigor em novembro, quatro meses a partir dessa data.

Reconstrução dentária pelo SUS

Nos casos de agressões, as lesões na região da cabeça e pescoço são comuns, afetando a mastigação, a fala e a saúde emocional. 

Pensando na assistência a essas mulheres, o Senado aprovou em março a criação do Programa de Reconstrução Dentária para Mulheres Vítimas de Violência Doméstica. A matéria foi convertida na Lei 15.116, de 2025 e garante atendimento odontológico especializado pelo SUS, com foco na recuperação da saúde bucal de mulheres que sofreram lesões físicas decorrentes de agressões.

O programa, que teve origem no PL 4.440/2024, da deputada Simone Marquetto (MDB-SP), relatado pela senadora Dra. Eudócia (PL-AL), prevê a realização de procedimentos como reconstruções dentárias, próteses, tratamentos estéticos e ortodônticos.

Outros avanços 

Outras matérias avançaram no Senado e aguardam decisão final na Câmara dos Deputados. É o caso do PL 2.083/2022, denominado “Lei Bárbara Penna”, que proíbe condenados por violência doméstica de se aproximarem da residência ou do local de trabalho da vítima e de seus familiares. O texto, da senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS), também classifica ameaças e agressões no contexto domiciliar como crime de tortura.

Inspirada na história de Bárbara Penna, vítima de tentativa de feminicídio em Porto Alegre, a proposta inclui mudanças na Lei de Execução Penal, estabelecendo punições mais rigorosas para presos que descumprirem medidas de distanciamento, inclusive com a aplicação de regime disciplinar diferenciado (RDD) e transferência compulsória para presídios em outros estados.

Outra proposta aprovada no Senado é o PL 5.881/2023 que determina a publicação, a cada dois anos, de um relatório com dados do Registro Unificado de Violência contra as Mulheres. O projeto é de autoria da senadora Damares Alves (Republicanos-DF) e busca aprimorar a produção de dados para subsidiar políticas públicas.

Já o PL 435/2023, do senador Jader Barbalho (MDB-PA), assegura gratuidade automática e prioridade nas ações cíveis relativas a mulheres vítimas de violência, além de estender esses benefícios a familiares da vítima em caso de morte. O texto que seguiu para análise dos deputados é um substitutivo apresentado pelo senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) e busca eliminar barreiras burocráticas que dificultam o acesso à Justiça.

Os senadores também aprovaram o PL 4.842/2023, que obriga clubes de futebol a exibirem campanhas de conscientização sobre violência contra a mulher durante eventos esportivos com mais de 10 mil pessoas. A medida se aplica a clubes que recebem verbas públicas de loterias federais e exige que as campanhas sejam veiculadas nos telões, sonorização e sistemas de mídia dos estádios. O projeto é da senadora Augusta Brito (PT-CE). 

Representatividade eleitoral

Além de avançar em propostas de proteção e de promoção da saúde às brasileiras, há um tema que deve ganhar atenção especial da bancada feminina no segundo semestre: a garantia da representatividade da mulher no espaço político, com a defesa de alterações no novo Código Eleitoral. O Projeto de Lei Complementar (PLP) 112/2021 está em tramitação na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), chegou a ser debatido em várias reuniões do colegiado, mas está longe do consenso entre os senadores. Se for aprovado, o texto seguirá para a análise do Plenário.

Relatado pelo senador Marcelo Castro (MDB-PI), o PLP consolida a legislação eleitoral e partidária em uma única norma, com 877 artigos, mas há questões que continuam a gerar controvérsias entre os parlamentares, como as regras para reserva de candidaturas, financiamento e vagas para mulheres no Legislativo. 

A proposta, já aprovada na Câmara, foi classificada pelas senadoras como um “retrocesso” ao retirar as sanções a partidos e federações que não destinarem, no mínimo, 30% das candidaturas e do financiamento eleitoral para mulheres, como é hoje. O relatório do senador Marcelo Castro traz uma alternativa prevendo a reserva de 20% das cadeiras no Legislativo para mulheres durante 20 anos. 

Na avaliação da senadora Zenaide Maia (PSD-RN), a medida mantém a desigualdade de gênero na política e enfraquece uma conquista obtida por decisão do Poder Judiciário.

— Durante 20 anos, duas décadas, vamos continuar com 80% de homens aqui e 20% de mulheres. Isso a gente não pode negociar [obrigatoriedade de 30%]. A gente conquistou isso aqui no dia a dia, com muita luta, com muito respeito. E eu digo sempre, não estamos pedindo privilégios; estamos querendo direitos — afirmou durante pronunciamento no Plenário. 

Outra senadora que também saiu em defesa da manutenção dos incentivos para ampliar a representação feminina no legislativo foi a senadora Leila Barros. Na opinião dela, o texto precisa assegurar justiça e equidade no processo político.

— Defendemos, com firmeza, a manutenção e ampliação dos mecanismos de incentivo à participação feminina na política: cotas de candidaturas e vagas, distribuição proporcional de recursos e combate à violência política de gênero. O novo marco legal precisa refletir o compromisso da democracia com a inclusão.

A líder da Bancada Feminina, senadora Professora Dorinha (União-TO), afirmou que o relatório do senador Marcelo Castro “tenta avançar” ao estabelecer a cota mínima de cadeiras na Câmara dos Deputados, nas Assembleias Legislativas e nas Câmaras Municipais para mulheres. No entanto, ela também defende que não se deve abrir mão da cota de 30% de candidaturas diante da baixa representatividade feminina nesses espaços. 

— Eu só não concordo que, nesse processo de aprendizagem e de fortalecimento da cota, enquanto ainda temos uma desigualdade tão grande, em que o Brasil tem uma sub-representação de mulheres, porque nós perdemos até para países em que as mulheres usam burca, eu não entendo que a gente possa abrir mão dos 30% de candidaturas (…). Tanto é que os números mostram que, mesmo continuando as atuais regras, a partir de 2032 a gente já teria alcançado os 20% das cadeiras. Isso não sou eu que estou falando. Tem pesquisas e dados estatísticos que mostram isso — disse a senadora durante a discussão da matéria na CCJ, em 9 de julho. 

Gabinete da liderança

Foi também no primeiro semestre de 2025 que o Senado registrou um marco histórico: inaugurou o gabinete da liderança da Bancada Feminina. O espaço fica na Ala Senador Dinarte Mariz e agora garante às senadoras uma estrutura semelhante às das lideranças partidárias, facilitando a realização de reuniões e atividades necessárias ao funcionamento da bancada.

O gabinete foi proposto pelo ex-presidente do Senado Rodrigo Pacheco e concretizado pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A inauguração ocorreu no período em que a senadora Leila Barros (PDT-DF) ainda estava à frente da bancada. O cargo foi assumido pela senadora Professora Dorinha no início de julho. 

As senadoras avaliaram que o gabinete, mais que um espaço físico, representa um espaço político e institucional e o marco de uma grande luta. 

— Este gabinete é um instrumento de trabalho, de luta e de construção coletiva. Temos agora o nosso cantinho. Mas não podemos parar; o caminho é longo e o desafio é constante. Precisamos seguir lutando — afirmou Leila durante a inauguração do espaço. 

Fonte: Agência Senado

Crianças e adolescentes foram foco da atenção do Senado no 1º semestre

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O Senado aprovou vários projetos em favor das crianças brasileiras no primeiro semestre de 2025. São ações que buscam garantir, por exemplo, a proteção alimentar para autistas, o acesso a programas de saúde mental e medidas para prevenir o afogamento em piscinas.

Algumas dessas propostas já foram sancionadas e se tornaram leis, outras avançaram em sua tramitação nas comissões do Senado e há as que seguiram para análise na Câmara dos Deputados.

Transtorno do Espectro Autista

Uma dessas iniciativas entrou em vigor com a sanção da Lei 15.131, de 29 de abril de 2025. Seu objetivo é combater os desafios alimentares enfrentados por pessoas com Transtorno do Espectro Autista, como a seletividade alimentar — comportamento que limita a variedade nutricional da dieta e pode resultar em desnutrição ou obesidade, além de outros problemas de saúde.

A Política Nacional de Proteção dos Direitos da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista, instituída por uma lei de 2012, já previa “a nutrição adequada e a terapia nutricional” entre os direitos dessas pessoas, mas não entrava em detalhes sobre tal direito.

A nova lei acrescenta um parágrafo a essa política para especificar que “a nutrição adequada e a terapia nutricional (…) compreendem todas as ações de promoção e de proteção da pessoa com transtorno do espectro autista sob o ponto de vista nutricional, realizadas por profissional de saúde legalmente habilitado, observados os protocolos clínicos e as diretrizes terapêuticas publicadas pela autoridade competente”.

Segundo o governo, “a expectativa é que o texto contribua para aperfeiçoar os protocolos de atendimento nos serviços públicos de saúde, educação e assistência social”.

Essa lei teve origem no PL 4.262/2020, projeto de autoria da ex-deputada federal Aline Gurgel (AP). No Senado, o texto recebeu parecer favorável da Comissão de Assuntos Sociais (CAS), onde esteve sob a relatoria do senador Flávio Arns (PSB-PR).

Arns destacou que entre 40% e 80% das crianças autistas apresentam uma dieta restrita, com baixo valor nutricional e alta densidade energética, o que justifica a importância da medida.

Famílias em luto

Foi sancionada em maio a Lei 15.139, que cria a Política Nacional de Humanização do Luto Materno e Parental. Essa lei prevê cuidados humanizados e apoio psicossocial a mulheres e familiares que enfrentam a perda de bebê durante a gestação, no parto ou logo após o nascimento.

O objetivo é garantir acolhimento digno e assistência integral às famílias em luto gestacional (morte do feto até a 20ª semana de gravidez), óbito fetal (após a 20ª semana) ou óbito neonatal (nos primeiros 28 dias de vida).

A lei prevê, entre outros pontos, o direito a apoio psicológico especializado; exames que investiguem as causas das perdas; acompanhamento da saúde mental durante gestações posteriores; o direito ao sepultamento ou à cremação do feto ou recém-nascido (com participação dos pais na definição do ritual). Também será obrigatória a capacitação de profissionais de saúde para lidar com situações de luto parental.

Além disso, o texto prevê a garantia de alas separadas em maternidades para mães enlutadas, o direito à presença de acompanhante durante o parto de natimorto e o acesso a assistência social para os trâmites legais.

A norma ainda estabelece outubro como o Mês do Luto Gestacional, Neonatal e Infantil, com foco na conscientização e na valorização da dignidade humana.

Essa lei teve origem no PL 1.640/2022, projeto de lei de autoria da deputada federal Geovânia de Sá (PSDB-SC). No Senado, a matéria esteve sob a relatoria da senadora Augusta Brito (PT-CE), que considerou a perda de um filho durante a gestação ou o parto uma “dor enorme que requer uma abordagem específica nos serviços públicos de saúde”.

Saúde mental no SUS

A atenção dos senadores à saúde mental de crianças e adolescentes levou a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) a aprovar em março, por unanimidade e em decisão terminativa, um projeto de lei que assegura o acesso desse segmento da população aos programas de saúde mental promovidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Esse projeto (PL 4.928/2023), apresentado pela senadora Damares Alves (Republicanos-DF), recebeu parecer favorável do senador Flávio Arns e, em seguida, foi enviado para análise na Câmara dos Deputados.

Segundo a proposta, os programas de saúde mental do SUS dirigidos a crianças e adolescentes devem promover a atenção psicossocial básica e especializada, o atendimento de urgência e emergência e a atenção hospitalar.

O texto também determina que os profissionais envolvidos devem receber formação específica para a detecção de sinais de risco e o acompanhamento dos pacientes.

Além disso, o projeto prevê que crianças e adolescentes beneficiários de programas sociais e inscritos no Cadastro Único em tratamento de agravos de saúde mental terão assegurados todos os medicamentos prescritos, de forma gratuita ou subsidiada.

Damares ressaltou que estudos vêm demonstrado um aumento nas taxas de agravos de saúde mental e comportamental em crianças e adolescentes, bem como um crescimento preocupante das taxas de suicídio entre jovens.

Já Flávio Arns considera urgente a proteção à saúde mental de crianças e adolescentes. Ele afirma que, apesar de o Brasil ter taxa de suicídios inferior à média global, “as estatísticas nacionais indicam uma tendência de aumento desses eventos nessa faixa etária nos últimos 20 anos”.

Ao apoiar a iniciativa, a senadora Zenaide Maia (PSD-RN), que é médica, defendeu também a ampliação dos Centro de Atenção Psicossocial, ainda ausentes na maioria das cidades de pequeno e médio porte.

Afogamento

Também em março, a Comissão de Fiscalização e Controle (CTFC) aprovou o projeto de lei que exige medidas de segurança para a prevenção do afogamento de crianças em piscinas, inclusive nas de uso doméstico.

Esse projeto (PL 1.944/2022) seguiu para a Câmara, onde tramita atualmente.

Entre as ações previstas estão a instalação de barreiras físicas para separar as piscinas infantis das piscinas de adultos; a divulgação de avisos que desestimulem o uso de celulares, a leitura de livros e qualquer atividade que facilite a distração da pessoa em torno da piscina; e a afixação de quadros ou cartazes com informações sobre prevenção e socorro em caso de afogamento.

O texto também determina que o poder público terá o dever de apoiar e estimular aulas de natação para crianças com até 5 anos e promover campanhas sobre medidas de segurança e sobrevivência aquáticas.

O autor dessa proposta é o senador Eduardo Gomes (PL-TO). Na CTFC, a matéria contou com o parecer favorável da senadora Damares Alves.

Esportes

Ampliar os incentivos para crianças e adolescentes que frequentam centros de formação esportiva. Esse é um dos objetivos do projeto de lei que aumenta o limite de dedução no Imposto de Renda para o incentivo à prática desportiva (PLP 234/2024).

O texto foi aprovado pelos senadores neste mês e aguarda a sanção do presidente da República.

Esse projeto atualiza e torna permanente a Lei de Incentivo ao Esporte, que permite deduções no imposto de renda a partir de doações ou patrocínios para o setor esportivo.

Uma das medidas previstas pela proposta determina que, a partir de 2028, a dedução para pessoas jurídicas passará de 2% para 3%. Os projetos com foco em inclusão social continuarão com possibilidade de 4% de dedução.

O autor do projeto é o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE). A matéria contou com o parecer favorável da senadora Leila Barros (PDT-DF), que é a presidente da Comissão de Esporte (CEsp) do Senado.

Leila ressaltou a capacidade do esporte de mudar vidas e declarou que essa proposta é um reconhecimento a um setor que merece mais investimentos. Além dela, outros senadores defenderam a iniciativa, como Romário (PL-RJ), que é ex-jogador de futebol. Para ele, a transformação da Lei de Incentivo ao Esporte em política permanente será um marco histórico.

Cadastro de creches

Em junho, a Comissão de Educação (CE) do Senado aprovou um projeto de lei que prevê a criação de um cadastro nacional de creches. Atualmente, essa proposta aguarda votação na Câmara dos Deputados.

Esse texto teve origem no PL 1.533/2024, do senador Jader Barbalho (MDB-PA). Originalmente, essa proposta previa apenas a relação de estabelecimentos da primeira infância. Mas o relator da matéria, senador Flávio Arns, ampliou as informações a serem cadastradas.

De acordo com o texto aprovado na CE, que altera o Marco Legal da Primeira Infância (Lei 13.257, de 2016), o sistema vai integrar bancos de dados das áreas de saúde, educação e assistência social, além de contar com informações detalhadas sobre creches e demais instituições de atendimento à primeira infância.

Jader Barbalho destaca que as creches desempenham um papel crucial no desenvolvimento das crianças nos aspectos cognitivo, emocional, social e físico, mas enfrentam o duplo desafio de atender a demanda e garantir um serviço de qualidade. Ele cita dados do IBGE segundo os quais mais de 2 milhões de crianças de até 3 anos de idade, no Brasil, não frequentam creches por alguma dificuldade de acesso ao serviço.

Já Flávio Arns afirma que o objetivo da iniciativa é criar um sistema que permita ao poder público e às famílias verificar a qualidade das creches. Ele lembrou que, embora a responsabilidade das creches seja dos municípios, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) estabelece que a União tem a atribuição de estabelecer diretrizes para a educação infantil — bem como coletar, analisar e disseminar informações sobre a educação.

Alfabetização

O Plenário do Senado aprovou em março o projeto que prevê ações para que todas as crianças do país sejam alfabetizadas até o final do 2º ano do Ensino Fundamental. Esse projeto de lei (PL 4.937/2024) foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde está em tramitação atualmente.

O texto consolida as regras que tratam do Compromisso Nacional Criança Alfabetizada, que foi lançado em 2023 por meio de um decreto presidencial. De acordo com o governo federal, esse compromisso está “baseado na colaboração entre os entes federativos para garantir a alfabetização de todas as crianças do Brasil até o final do 2º ano do ensino fundamental, além de recuperar aprendizagens de alunos do 3º, 4º e 5º ano afetadas pela pandemia”.

O PL 4.937/2024 teve origem nos trabalhos da Subcomissão Permanente da Alfabetização na Idade Certa — vinculada à Comissão de Educação (CE) do Senado. O relator do projeto foi o senador Cid Gomes (PSB-CE).

De acordo com a proposta, a União será responsável pela coordenação estratégica da política nacional de alfabetização, oferecendo assistência técnica e financeira a estados e municípios para capacitação de professores, melhoria da infraestrutura escolar e aplicação de avaliações diagnósticas.

Segundo o texto, estados e municípios que aderirem ao compromisso deverão elaborar políticas próprias de alfabetização, alinhadas às diretrizes da União. A assistência financeira federal será condicionada a critérios como o percentual de crianças não alfabetizadas e a presença de grupos historicamente desfavorecidos, como comunidades indígenas, quilombolas e alunos da educação especial.

O projeto também cria o Selo Nacional Compromisso com a Alfabetização, que deverá reconhecer boas práticas pedagógicas. A concessão desse selo deverá levar em conta a evolução do percentual de crianças alfabetizadas — e proíbe a criação de novas despesas para essa certificação.

Além disso, o texto também prevê a criação do Fórum Nacional do Compromisso, um espaço permanente de articulação entre União, estados e municípios para coordenar a implementação das políticas de alfabetização.

Vacinação

Para permitir que pais ou responsáveis possam acompanhar a vacinação de seus filhos ou dependentes menores, a Comissão de Assuntos Sociais (CAS) do Senado aprovou neste mês o PL 570/2024. Esse projeto de lei altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e o Regime Jurídico Único (que regulamenta a atividade dos servidores públicos) para prever essa possibilidade.

A próxima etapa na tramitação dessa matéria é a sua análise em outro colegiado do Senado: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

A proposta permite aos trabalhadores que se enquadram na CLT ou no Regime Jurídico Único faltar meio período de trabalho para acompanhar a vacinação, desde que a ausência seja devidamente comprovada.

De autoria do senador Weverton (PDT-MA), o texto recebeu na CAS parecer favorável da senadora Ana Paula Lobato (PDT-MA).

Ana Paula observou que houve redução da cobertura vacinal no Brasil. E ressaltou que, de acordo com os dados do Ministério da Saúde, menos de 59% da população estava imunizada em 2021, enquanto, em 2019, essa porcentagem era de 79%.

Crimes sexuais

Outro projeto de lei aprovado pelo Senado neste mês é o PL 2.810/2025, que reforça o combate a crimes sexuais cometidos contra pessoas vulneráveis. Essa proposta, de autoria da senadora Margareth Buzetti (PSD-MT), seguiu para análise na Câmara dos Deputados.

Entre as principais medidas que o texto propõe estão: aumento das penas para estupro de vulnerável (que poderia chegar a até 40 anos de reclusão em caso de morte da vítima); concessão de medidas protetivas logo no início da respectiva investigação; e exigência de monitoramento eletrônico de condenados por crimes sexuais durante saídas temporárias.

O projeto também determina que condenados por crimes sexuais só terão direito a benefícios como progressão de regime ou saídas da prisão se um exame criminológico comprovar baixa probabilidade de reincidência do delito.

Além disso, o texto prevê que profissionais acusados de violência sexual poderão ser afastados de funções que envolvam contato com crianças ou pessoas com deficiência já durante a investigação.

“Quero chamar muita atenção para esse projeto, nem tanto pelo aumento da pena, mas porque nós vamos impedir que um pedófilo ataque outras crianças. E isso só acontece de duas formas: fazendo com que ele cumpra a pena dentro de um presídio e depois proibindo a circulação dele no meio de crianças, em lugares como creches, escolas, clubes ou qualquer outro lugar que tenha crianças”, declarou Margareth Buzetti durante a votação da matéria na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado.

Proteção contra drogas

Para proteger crianças e jovens de drogas e bebidas alcoólicas, o PL 942/2024 aumenta a punição para quem fornecer esses produtos a menores, ainda que de maneira gratuita, e houver o consumo. A autora da proposta é a deputada federal Laura Carneiro (PSD-RJ).

O Estatuto da Criança e do Adolescente já prevê uma punição de dois a quatro anos de prisão, além de multa, quando há o fornecimento dessas substâncias a menores. A novidade do projeto é o aumento dessa pena em um terço até à metade quando a criança ou adolescente efetivamente consumir o produto.

A proposta recebeu em julho parecer favorável na Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado, elaborado por Damares Alves. Agora o texto será analisado em outro colegiado do Senado: a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ).

Damares diz que a mudança prevista no projeto é necessária porque a legislação atual não diferencia os casos em que a substância é apenas entregue dos casos em que o produto é entregue e consumido.

“O bom senso obriga a concluir que, se daquela entrega resultar o consumo do produto, a pena deve ser maior, pois a consequência, que foi o consumo da substância pela criança, é mais gravosa que quando a criança ignora a substância e não a consome”, argumenta a senadora em seu parecer.

Licenças

Uma matéria especial da Agência Senado traz informações sobre projetos de lei aprovados no primeiro semestre de 2025 que ampliam o tempo da licença-maternidade e da licença-paternidade e adaptam regras para diferentes contextos familiares. São proposições que reconhecem a importância do cuidado parental nos primeiros meses de vida de uma criança e buscam reduzir desigualdades de gênero.

Algumas dessas propostas atendem a uma determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), de dezembro de 2023, para que o Congresso Nacional regulamente o direito à licença-paternidade no prazo de 18 meses — que terminou em julho. Como o prazo acabou, a própria Suprema Corte pode definir um novo período de licença-paternidade até que o Congresso aprove a regulamentação.

Por enquanto, está valendo a regra transitória da Constituição de 1988, de apenas cinco dias de afastamento. Empresas que aderirem ao Programa Empresa Cidadã podem estender a licença para até 20 dias.

Fonte: Agência Senado

5ᵃ Conferência Municipal de Saúde de Chupinguaia reúne profissionais da área e debate direitos

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Debates e reflexões sobre a saúde do trabalhador, durante a etapa da Conferência municipal

Nesta segunda-feira (21/07), aconteceu a 5ᵃ Conferência Municipal de Saúde, fortalecimento do SUS Municipal, com o tema Humanização, Valorização e Participação na Saúde, reunindo profissionais, autoridades e representantes da comunidade para discutir políticas públicas voltadas à saúde no ambiente de trabalho, no plenário da Câmara de Vereadores do Município. Foi um importante espaço de diálogo e construção coletiva, onde todos puderam compartilhar experiências e propor melhorias para a saúde dos trabalhadores. A Prefeitura por sua parte reafirmou seu compromisso com a promoção de direitos e a valorização do trabalho em nossa cidade. Uma iniciativa que demonstra o comprometimento da administração municipal com a saúde e o bem-estar de todos os cidadãos chupinguaense.

Na abertura do evento, o prefeito Dr. Wesley Araújo (PP) destacou a importância da conferência como um espaço essencial para o fortalecimento das políticas de proteção à saúde do trabalhador. “Precisamos garantir que cada profissional tenha condições dignas e seguras para exercer sua função, promovendo a qualidade de vida de quem faz nossa cidade acontecer.”, destacou o prefeito.

A programação contou ainda com a palestra, que abordou o tema “Humanização, Valorização e Participação na Saúde”, reforçando a necessidade de ações que garantam condições justas e saudáveis para todos.

A conferência foi um momento de troca e construção coletiva, reforçando o compromisso da Prefeitura com a valorização e proteção dos trabalhadores.

Presentes ao evento o prefeito municipal Dr. Wesley Araújo, vice-prefeito Eliezer Paraíso, secretários municipais e servidores da saúde.

 

 

 

Imprensa-PMCH

Chácara Cia Nova Era organiza Festa do Arraiá neste sábado 26 na área rural linha 11, 5Km, em Pimenteiras

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A Festa junina do Arraiá começa no sábado 26/07, a partir de 19:00 horas, na Chácara Cia Nova Era na linha 11, 5Km, área rural do município

A organização do Arraiá da Festa junina do Município Pimenteiras do Oeste, está sendo organizado pela família Cia Nova Era, que tem como matriarca a prefeita do município a professora Valéria Garcia (UB) e seu esposo o Secretário Municipal de Agricultura, Sérgio Mauricio de Souza Alves, e seu filho Bruno Garcia.

A família Cia Nova Era, incluem atividades típicas como a festa junina como parte de suas programações, aproveitando a época festiva para atrair um público maior e celebrar a cultura popular.

As festas juninas são eventos tradicionais no Brasil, celebrados com muita festa, comidas típicas e danças. A Cia Nova Era, buscando ampliar o alcance de seus eventos e fortalecer a identidade cultural, frequentemente incorporam elementos de festa junina em suas programações. Isso pode incluir: A combinação de rodeio e festa junina cria uma atmosfera festiva e familiar, atraindo pessoas de diferentes idades e interesses.

Comidas típicas em barraquinhas decoradas, muita animação, bandeirolas coloridas, mesas ao ar livre, dança da tradicional quadrilha e show sertanejo com o Show ao vivo do cantor Keuvi Farias. Cardápio perfeito para se divertir com a família, não é mesmo?

Com todos esses ‘ingredientes’, por assim dizer, a família Cia Nova Era, resgatou tradições das festas juninas desta época do ano com a realização do “Arraiá Cia Nova Era” nas dependências da Chácara da família, na noite deste sábado 26/07.

“Desde o começo do ano estávamos pensando em novas ações para fomentar o comércio local, que é o nosso principal objetivo. Dentre essas ações, surgiu essa vontade de fazermos o ‘Arraiá’ uma vez que sabemos que festas juninas são bastante tradicionais na nossa região. E, por isso, nos preparamos no decorrer dos últimos dias para que a comunidade pimenteirense pudesse desfrutar mais um momento de alegria conosco”, afirmou a prefeita Valéria Garcia.

 

 

 

Hoje Rondônia

Prefeitura mantém ações diárias em abrigo provisório de animais em Vilhena

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Mais de 200 animais seguem acolhidos com alimentação regular, medicação e cuidados diários garantidos pela Vigilância Sanitária

A Prefeitura de Vilhena, por meio do setor de Vigilância Sanitária da Secretaria Municipal de Saúde (Semus), continua atuando diariamente no abrigo provisório onde estão acolhidos os cerca de 230 animais, após a intervenção realizada no espaço anteriormente gerido pela Associação Patinha Feliz.

Entre as ações contínuas, a equipe da Semus realizou na nesta terça-feira, 22, a roçagem completa do terreno e, nesta quarta-feira, 23, foi feita a dedetização do local, garantindo mais segurança e higiene para os animais e para os servidores que atuam na área.

Além disso, o processo de aquisição de ração e demais itens também está em andamento. Atualmente, são retirados semanalmente cerca de 420 quilos de ração, para adultos e filhotes, garantindo a alimentação dos animais duas vezes ao dia. A Vigilância Sanitária reitera ainda que já foram solicitados diversos insumos essenciais, como vacinas, vermífugos, vasilhas para alimentação, cobertores, máquina de alta pressão para higienização e shampoos para banho. Os materiais estão sendo encaminhados ao abrigo conforme disponibilidade e processo de entrega.

Segundo explicou a coordenação da Vigilância, diariamente, dois servidores do setor acompanham as atividades no abrigo, monitorando a limpeza, alimentação e eventuais necessidades. Além deles, dois funcionários da própria associação também seguem atuando no local, com salários mantidos pela Prefeitura.

Para fortalecer ainda mais os cuidados com os animais, o município está conduzindo um processo de chamamento público para a contratação de uma veterinária, que ficará responsável pela parte clínica e atendimento dos animais acolhidos.

Apesar do suporte institucional, a Prefeitura reforça que a população pode colaborar com a causa. A Associação Patinha Feliz ainda enfrenta dívidas anteriores à intervenção, que precisam ser quitadas. A comunidade também pode contribuir por meio da adoção responsável. Interessados em adotar algum dos animais devem procurar a Vigilância Sanitária para obter mais informações.

É importante lembrar que o local atual é provisório, mas a Prefeitura já está providenciando a estruturação de um novo abrigo, localizado em área rural, com condições adequadas e infraestrutura completa para garantir o bem-estar dos animais.

Ezequiel Neiva destina R$ 1 milhão para recuperação das estradas vicinais em Vale do Anari

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O deputado estadual Ezequiel Neiva (União Brasil) anunciou a destinação de R$ 1 milhão para a recuperação das estradas vicinais do município de Vale do Anari. O recurso foi direcionado após solicitação do vereador Romildo Lemos de Meira, presidente da Câmara Municipal, e visa melhorar a infraestrutura de acesso na zona rural da cidade.

Segundo o parlamentar, o montante será utilizado principalmente na execução de serviços de cascalhamento e patrolamento das estradas. “Assegurei mais uma ajuda para o município de Vale do Anari, garantindo R$ 1 milhão para que o prefeito possa cascalhar e patrolar as estradas, atendendo às necessidades da nossa Secretaria Municipal de Obras”, declarou Ezequiel Neiva.

Para o prefeito de Vale do Anari, Cleone Lima, o investimento é essencial para a manutenção e melhoria da malha viária local. “O deputado veio anunciar o recurso para a recuperação das estradas vicinais, onde serão beneficiados os trechos das linhas C-50, C-54 e C-58 nos lados direito e esquerdo além da C-62. Agradeço por mais esse investimento que fará grande diferença para o nosso município”, destacou Cleone.

Ezequiel Neiva também reforçou seu compromisso com o desenvolvimento de Vale do Anari. “A melhoria da malha viária facilita o escoamento da produção agrícola e o transporte escolar, além de garantir mais segurança para os moradores”, encerrou.

Texto: Alexandre Almeida I Secom ALE/RO
Foto: Gustavo Nobre | Assessoria parlamentar

Justiça de RO nega pedido de advogado que teria usado Inteligência Artificial na petição

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Desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJRO enviaram o caso de falsificação de jurisprudência para OAB-RO

 

Durante o julgamento sobre um caso de roubo, foi detectada a invenção de jurisprudência do TJRO pelo advogado de defesa do réu e foi encaminhado para Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional em Rondônia (OAB-RO) por falta de ética profissional na elaboração da petição (pedido feito em nome do cliente). O advogado teria usado ferramentas de inteligência artificial (IA), na elaboração do texto (razões) do recurso de apelação, pois os números processuais, jurisprudências e magistrados registrados no processo não existem.

A apelação foi julgada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia. Ao apreciar o caso constante de roubo no processo, o relator, desembargador Francisco Borges registrou uma grave impropriedade nos documentos apresentados. “Verifica-se que a defesa (o advogado), ao tentar reforçar seus argumentos, transcreveu trechos de supostas jurisprudências deste Egrégio Tribunal de Justiça de Rondônia, indicando, inclusive, nome de desembargadores fictícios (Fulano de tal, Beltrano de Tal e Cicrano) como relatores de tais julgados”.

Para o relator, a atitude do profissional, além de prejudicar a defesa do seu cliente, a lisura profissional, a integridade do processo penal, caracteriza, em tese, infração disciplinar prevista no artigo 34, inciso XVI, do Estatuto da Advocacia (Lei no 8.906/94), que dispõe ser infração deturpar o teor de dispositivo de lei, de citação doutrinária ou de julgado.

A decisão colegiada dos julgadores da 2º Câmara Criminal mantiveram a condenação do réu à pena de 6 anos, dois meses e 20 dias de reclusão no regime inicial semiaberto.

O julgamento ocorreu durante a sessão eletrônica de julgamento realizada entre os dias 7 e 11 de julho de 2025. O caso também foi pauta nas sessões da 1ª e 2ª câmaras criminais desta terça-feira, 22, devido à gravidade da conduta em prejuízo à defesa do cidadão que buscava seu direito de apelação.

 

Apelação Criminal n. 7061269-89.2024.8.22.0001 – Crime de Roubo.

 

Assessoria de Comunicação Institucional

Serviço de Emplacamento Digital já está disponível no site do Detran-RO

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Já está disponível o novo serviço que vai facilitar o emplacamento de novos veículos em Rondônia. Lançado pelo governo do estado, o Emplacamento Digital permite aos proprietários de veículos novos iniciarem o processo de primeiro emplacamento de forma totalmente online. O Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RO), responsável pela plataforma, disponibiliza o novo recurso tecnológico através da sua Central de Serviços.

O Emplacamento Digital facilita o processo do primeiro emplacamento, possibilitando ao usuário a vantagem de realizar as etapas pela internet, sem a necessidade de ir até uma unidade do Detran-RO. Dentro da plataforma, é possível fazer o envio de documentos, pagamento de taxas e acompanhamento do andamento do processo, até a etapa final de fixação da placa.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a ferramenta é mais uma ação de transformação digital nos atendimentos públicos, tornando os serviços mais acessíveis. “O Emplacamento Digital reduz o tempo de espera e oferece comodidade e eficiência aos cidadãos”, salientou.

De acordo com o diretor-geral do Detran-RO, Sandro Rocha, o novo serviço faz parte do esforço contínuo da gestão para modernizar e digitalizar processos. “O Detran de Rondônia vem passando por uma transformação digital e agora desenvolvemos essa tecnologia que permite fazer o serviço do primeiro emplacamento na hora, resolvendo tudo pelo celular ou computador em questão de minutos. Nós somos o quinto do Brasil a oferecer esse serviço, que traz praticidade e economicidade à população”, afirmou.

O Emplacamento Digital está disponível na Central de Serviços do Detran-RO

COMO UTILIZAR O SISTEMA

O primeiro passo é acessar o site do Detran-RO (www.detran.ro.gov.br) e clicar na opção Central de Serviços. Dentro da parte de “Serviços e Consultas Restritas” procurar por “Veículos” e clicar em “Consulte aqui”.

Caso o usuário não tenha senha de acesso, basta realizar o cadastro através dos dados pessoais. Para quem já é cadastrado, basta entrar com login e senha.

Depois de ter feito o login dentro da Central de Serviços, dentro da área denominada “Home” será necessário clicar na opção “Primeiro Emplacamento”.

É importante ler com atenção as instruções que aparecem na tela antes de clicar em prosseguir. Para dar início ao serviço, será necessário ter digitalizado um documento válido com foto, comprovante de endereço, nota fiscal faturada na concessionária e nota fiscal de fábrica para anexar ao processo.

O próximo passo será informar a numeração da Chave de Acesso da Nota Fiscal Eletrônica emitida pela concessionária e do chassi do veículo, preencher as informações pessoais, gerar as taxas e aguardar a compensação de pagamento, para então levar o veículo até a estampadora e finalizar o emplacamento. No sistema, o usuário ainda tem a opção de escolher a numeração da placa, com um custo diferenciado pelo serviço.

PRAZOS

O prazo para conclusão do processo depende da compensação de pagamento das Taxas de Emplacamento, do Imposto sobre Propriedades de Veículos Automotores (IPVA) e da taxa de Bombeiros no caso de automóveis. Se optar pelo pagamento na modalidade pix, em torno de 15 minutos o processo avança para a fase de Estampagem de Placa Mercosul, em que o proprietário leva o veículo até a estampadora da placa.

Serviço do Emplacamento Digital foi apresentado à imprensa na quinta-feira (17)

VEÍCULOS QUE SE ENQUADRAM

Podem utilizar o serviço do Emplacamento Digital em Rondônia, usuários com novos veículos que se enquadrem nas seguintes situações:

  • Veículos do tipo automóvel, caminhonete, caminhoneta e motocicletas, com Nota Fiscal faturada em até 30 dias;
  • Faturamento realizado em concessionária sediada no Estado de Rondônia;
  • Destinatário Pessoa Física;
  • Categoria Particular.

ATENDIMENTO PRESENCIAL

Veículos enquadrados nos casos abaixo, necessitam do atendimento presencial para o primeiro emplacamento:

  • Faturamento direto de fábrica para o consumidor final;
  • Veículos destinados para Pessoas com Deficiência (PcD);
  • Táxi;
  • Locadoras;
  • Produtor Rural;
  • Test Drive;
  • Veículos acima de 3.500 kg de Peso Bruto Total.

Nesses casos, o proprietário do veículo pode procurar qualquer unidade do Detran-RO.

Programa sanitário voltado a suinocultura contribui para fortalecimento da produção em Rondônia

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Em Rondônia, a suinocultura segue em evolução, mantendo status sanitários importantes, como livre de Peste Suína Clássica e Peste Suína Africana; condição que resulta do esforço conjunto do governo de Rondônia e do produtor rural, que cumpre todas as normas sanitárias e de biosseguridade impostas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa).

Atualmente, o estado possui 24.557 propriedades cadastradas na Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado de Rondônia (Idaron) com criação de suínos, totalizando mais de 181,1 mil animais, entre leitões e reprodutores.

Os municípios que mais se destacam na suinocultura são:

  • Porto Velho, com 1.275 propriedades produtoras e 11.609 suínos;
  • São Miguel do Guaporé, com 855 propriedades e 8.408 suínos; e
  • Cacoal, com pouco mais de 1.200 propriedades e 7.195 suínos.

Segundo o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres, “embora haja um número significativo de produtores, a maior parte deles ainda adota métodos tradicionais de criação de suínos, voltados para a subsistência e não para a produção em larga escala”, destacou.

Apesar de não se destacar como um grande produtor de suínos, concentrando-se principalmente em outras atividades agropecuárias, como a bovinocultura, o estado apresenta características favoráveis à expansão da suinocultura. A disponibilidade de terras, o clima adequado, a vocação agropecuária consolidada e o crescente potencial logístico posicionam Rondônia como uma região promissora para o desenvolvimento dessa cadeia produtiva, com capacidade de agregar valor à produção local e fortalecer a economia regional.

DEFESA AGROPECUÁRIA

O gerente estadual de defesa animal, Fabiano Alexandre, explicou que além da vigilância epidemiológica, a Idaron atua na prevenção, controle e erradicação das principais enfermidades que acometem os suídeos domésticos, como por exemplo: a Peste Suína Clássica, Doença de Aujesky, Salmonelose e Pastereulose Suína, entre outras. “Desta forma, possibilitando a promoção da Sanidade suinícola, contribuindo para saúde pública.”

As ações da Idaron vão desde a fiscalização de estabelecimentos criadores de suínos à vigilância ativa para as principais doenças que atingem a suinocultura. “O controle de trânsito é feito através da exigência da documentação zoosanitária, conforme legislação vigente, bem como, inspeção nos animais em trânsito, a fim de verificar a existência de sintomas de doenças infecto-contagiosas”, informou responsável pelo programa de sanidade suídea em Rondônia, Ney Azevedo.

Todos os estabelecimentos com criação de suínos devem estar cadastrados na Idaron, conforme preconiza o Programa Nacional de Sanidade Suídea (PNSS/Mapa). Periodicamente, durante as campanhas semestrais de declaração de rebanhos, todas as propriedades com suínos têm seus dados atualizados, incluindo informações sobre nascimentos, mortalidade e o quantitativo de animais por faixa etária e sexo.

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Junina Tradição celebra as raízes culturais no Arraial Flor do Maracujá 2025

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Criada em 2017 no Bairro Cidade Nova, em Porto Velho, a Junina Tradição volta ao Arraial Flor do Maracujá com uma homenagem profunda às heranças culturais do Norte e do Nordeste. Com o tema “Raízes”, o grupo promete emocionar o público ao retratar personagens emblemáticos da história popular brasileira, como benzedeiras, garimpeiros, vaqueiros e agricultores. A apresentação faz parte da programação oficial da 41ª edição do Arraial Flor do Maracujá, que acontece de 1º a 10 agosto, no Parque dos Tanques, promovido pelo governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel).

“Vamos retratar nossas raízes centrais, tudo aquilo que compõe a identidade do nosso povo. É uma celebração da nossa história e da riqueza cultural que carregamos”, destacou o presidente da agremiação, Lucas Lima.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o Arraial Flor do Maracujá é uma das maiores celebrações culturais da região, e mostra a força e a beleza das tradições que fazem parte da cultura rondoniense. “Nesse sentido, o governo do estado segue investindo e valorizando a cultura como instrumento de união e desenvolvimento social”, salientou.

JUVENTUDE, UNIÃO E DEDICAÇÃO 

O grupo é composto por 30 pares de brincantes, além de uma diretoria com 10 integrantes

Com um público majoritariamente jovem, a Junina Tradição segue firme como um projeto que une cultura, juventude e comunidade. Este ano, o grupo é composto por 30 pares de brincantes, além de uma diretoria com 10 integrantes e uma coordenação formada por outras 15 pessoas, que atuam de forma voluntária na organização.

Os ensaios são realizados de segunda a sexta-feira, das 22h30 às 00h, na Escola Manoel Aparício, no Bairro Cidade Nova, mesmo local onde a quadrilha nasceu e mantém suas raízes vivas.

O secretário da Sejucel, Paulo Higo, ressaltou que “a Junina Tradição representa com excelência o espírito do Flor do Maracujá,  juventude, inclusão, arte e identidade regional. Ver um grupo tão engajado, que nasceu na comunidade e hoje emociona multidões, é motivo de orgulho para todos nós que acreditamos no poder transformador da cultura popular.”