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Vereadora Irene Alves e ex-prefeito Baiano agradecem senador Confúcio Moura por destinar emenda de R$ 800 mil para construção do centro de fisioterapia de Pimenteiras

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Esse tipo de iniciativa mostra como a articulação entre vereadores e parlamentares pode resultar em políticas públicas concretas e inclusivas.

A vereadora do município de Pimenteiras do Oeste/RO; Irene Alves Almeida (MDB) e o ex-prefeito Valdelito da Rocha Silva, popular “Baiano”, agradeceram ao senador Confúcio Moura (MDB), por destinar uma emenda no valor de R$ 800 mil, para a construção do Centro de fisioterapia municipal, para um investimento no setor da saúde dos munícipes pimenteirenses.

O recurso liberado será destinado para a construção do centro de fisioterapia do município. O senador Confúcio Moura, explicou que a emenda foi apresentada pelo ex-prefeito Baiano em conjunto com a vereadora Irene Alves.

A emenda foi anunciada pelo próprio senador Confúcio Moura, realizada recentemente, que também apresentaram demandas ao senador solicitando apoio principalmente na destinação de mais recursos para o município.

Para a vereadora Irene Alves e o ex-prefeito Baiano, a ação do senador Confúcio Moura é importante porque vai atender um setor que necessita de muitos investimentos para proporcionar à população atendimento de qualidade e mais humanizado.

 

 

 

 

Redação do Hoje Rondônia

AROM Auxilia Cabixi em demandas de Saúde, Educação e Infraestrutura

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Equipe da Associação atende a pedido do prefeito para auxílio na elaboração de projetos e consultoria em convênios

Com o objetivo de promover melhorias na infraestrutura urbana e institucional, a equipe da Associação Rondoniense de Municípios (AROM) realizou uma visita técnica ao município de Cabixi. A pedido do prefeito Silvano de Almeida, a equipe esteve no município entre 25 e 30 de agosto para executar os trabalhos solicitados.

A equipe foi composta pela gerente de Convênios, Irisleide, pelo gerente de Comunicação, Daniel Gomes, e pelo arquiteto Hildeberto Thiago. Eles realizaram levantamentos e consultorias sobre convênios, além da captação de imagens de obras já executadas no município que tiveram projetos desenvolvidos pela AROM.

Durante a visita, a equipe da AROM se dedicou a uma série de projetos para as áreas de saúde, infraestrutura e educação:

  • Saúde: Foram realizados levantamentos para a reforma da fachada, elaboração de um projeto de acessibilidade e projeto de proteção contra incêndio e pânico para o Hospital Municipal.
  • Educação: Projetos de acessibilidade e proteção contra incêndio e pânico para a Creche Cebolinha e a Escola Chico Soldado. Nesta última, também serão realizadas a reforma do muro e da calçada.
  • Infraestrutura Urbana: Estudos para a construção de um portal para a Vila do Guaporé, um letreiro e uma praça.
  • Gestão Institucional: Para melhor desempenho dos servidores, a AROM fará a elaboração de um novo layout interno da prefeitura, proporcionando um ambiente de trabalho funcional, confortável e agradável. Também será elaborado o projeto de acessibilidade para o prédio municipal.

O prefeito Silvano de Almeida agradeceu a disponibilidade da equipe e destacou a importância do suporte oferecido. “Poder contar com a AROM para auxiliar na elaboração de projetos e no treinamento de servidores sobre convênios é fundamental. Isso aumenta a possibilidade de melhorias para a população do nosso município”, afirmou.

Cumprindo seu papel institucional de fortalecer o movimento municipalista, a AROM reitera sua dedicação e disposição em atender os municípios de Rondônia. Por meio de consultorias e assessorias, a Associação auxilia no desenvolvimento de projetos que se transformam em realidade para a população.

MEC anuncia R$ 9 mi para credenciar IFs como Unidades Embrapii

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Institutos Federais de todo o país podem enviar projetos para se credenciarem como novas Unidades Embrapii e receber recursos não-reembolsáveis para executar projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação
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Foto: Divulgação/IFG

OMinistério da Educação (MEC) e a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) anunciaram, na terça-feira, 2 de setembro, durante abertura da Reunião dos Dirigentes das Instituições Federais de Educação Profissional e Científica (Reditec), em Bonito (MS), chamada exclusiva para o credenciamento de até três Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs) como Unidades Embrapii. As propostas devem ser submetidas à Embrapii até 19 de setembro.

Os grupos credenciados estarão habilitados a receber recursos financeiros para prospecção e execução de projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I), em parceria com empresas do setor industrial. O investimento do MEC na iniciativa é de R$ 9 milhões. Os recursos serão investidos em um plano de ação de até quatro anos, podendo ser renovado. O resultado será divulgado no dia 20 de março de 2026.

A iniciativa tem como objetivo potencializar a capacidade de inovação dos IFs, conectando suas competências científicas e tecnológicas às demandas da indústria nacional. A chamada foi desenhada para ampliar a capilaridade e o impacto da Embrapii no país, seguindo diretrizes específicas definidas pelo MEC.

O secretário de Educação Profissional e Tecnológica do MEC, Marcelo Bregagnoli, destacou a importância da ação para fortalecer o ecossistema de inovação e a pesquisa aplicada na educação profissional e tecnológica (EPT) brasileira.

Para o diretor-presidente da Embrapii, Alvaro Prata, esse modelo de parceria tem se mostrado exitoso. “As entidades de ensino e pesquisa que atuam como Unidade Embrapii têm apresentado menos evasão escolar, pois são mais atrativas para os estudantes e oferecem mais oportunidades de inserção no mercado de trabalho”, explicou.

Critérios de avaliação – Os IFs que já contam com um grupo de pesquisa credenciado junto à Embrapii não serão elegíveis nesta oportunidade, com o objetivo de priorizar a entrada de novas instituições e, assim, expandir a rede de inovação. Cada instituição poderá submeter apenas uma candidatura, que estará aberta a propostas de qualquer área tecnológica, reconhecendo a diversidade e a especialização dos IFs em diferentes setores.

Cada entidade deve definir uma área de competência tecnológica e comprovar infraestrutura de PD&I para atuação, além de atestar capacidade técnica da equipe. Também será exigida comprovação de experiência no desenvolvimento de projetos com empresas industriais.

No dia 9 de setembro, às 15h (horário de Brasília), será realizado webinário para detalhamento da chamada e esclarecimentos no canal da Embrapii no YouTube.

Rede – Das 91 unidades credenciadas, os IFs e as universidades federais representam 47% da rede de inovação da Embrapii, sendo 14% formada pelos IFs e 33% pelas federais. Até o momento, os IFs contam com 469 projetos contratados, 422 empresas atendidas e R$ 364 milhões mobilizados em inovação (valor corrigido pelo IPCA, Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). As universidades federais contam com 1.111 projetos, 776 empresas atendidas e R$ 2,16 bilhões alavancados em inovação (valor corrigido pelo IPCA).

Somando as instituições federais de ensino, a rede Embrapii conta com 1.580 projetos, 1.172 empresas atendidas e R$ 2,53 bilhões mobilizados para inovação. Em 12 anos de atuação, a Embrapii já investiu R$ 6,59 bilhões em pesquisas para promover a inovação na indústria brasileira, com 3.450 projetos contratados e 2.345 empresas atendidas.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica (Setec/MEC) e da Embrapii

Educação e Pesquisa

PM recupera moto furtada

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Motocicleta furtada é recuperada horas depois em área de mata na zona rural. Na tarde da segunda-feira, 1º de setembro de 2025, por volta das 17horas, uma ação rápida e precisa da equipe Choque 01, do Batalhão de Polícia de Choque resultou na recuperação de uma motocicleta furtada na região central de Porto Velho e na prisão em flagrante do autor do crime.

O furto ocorreu por volta das 9horas do mesmo dia. A vítima, ao notar a subtração de sua Honda 125 Fan KS, utilizou o dispositivo de rastreamento instalado no veículo e forneceu à Polícia Militar a localização exata do objeto: uma área de mata na região da ponte sobre o Rio Madeira, sentido Humaitá, em uma estrada vicinal conhecida como Estrada Maravilha.

Ao chegarem ao ponto indicado, os policiais encontraram a motocicleta oculta entre a vegetação e, nas proximidades, abordaram um homem que tentava deixar o local em outra moto, acompanhado de uma mulher. Durante a verificação, foi constatado que o indivíduo estava sob monitoramento eletrônico do sistema penitenciário, o que permitiu cruzar seu trajeto com a rota percorrida pelo veículo furtado.

Diante das evidências, o suspeito confessou o crime, revelando que havia retornado ao local para verificar se a moto ainda estava escondida. Sua companheira confirmou os fatos e afirmou que o furto foi realizado com o uso de chave mixa.

A prisão foi realizada em flagrante, com base no artigo 155 do Código Penal (furto de veículo automotor). O uso de algemas foi necessário para garantir a segurança da guarnição e de terceiros, em conformidade com a Súmula Vinculante nº 11 do STF.

O criminoso foi conduzido à Delegacia de Polícia para as providências legais, enquanto a motocicleta foi recolhida e entregue à proprietária.

A ação demonstra a eficácia da tecnologia aliada ao trabalho policial, garantindo resposta rápida ao crime e devolução do bem ao cidadão.

Imagens e texto: P5 do 1° BPM
Fonte: Polícia Militar

PF deflagra Operação Pertence contra o tráfico de drogas em Rondônia

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Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva em Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Candeias do Jamari

A Polícia Federal deflagra nesta terça-feira (2/9) a Operação Pertence, com objetivo de desarticular organização criminosa voltada ao tráfico de drogas, associação para o tráfico e lavagem de dinheiro.

Foram cumpridos seis mandados de busca e apreensão e cinco mandados de prisão preventiva, expedidos pela 7ª Vara Federal da Seção Judiciária de Rondônia, nas cidades de Guajará-Mirim, Nova Mamoré e Candeias do Jamari/RO.

Investigação preliminar reuniu elementos que indicam a atuação estruturada de um grupo dedicado ao transporte de drogas na região de fronteira, utilizando-se de ramificações em diferentes municípios de Rondônia.

O material apreendido será submetido à perícia e os presos serão encaminhados à sede da Polícia Federal em Rondônia, onde permanecerão à disposição da Justiça.

As investigações prosseguem com a análise dos documentos e equipamentos apreendidos. Os investigados poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, associação criminosa e lavagem de dinheiro.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

Inscrições para o 14º Prêmio MPRO de Jornalismo começam na próxima semana, no dia 9 de setembro

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A contagem regressiva já começou! Faltam poucos dias para o início das inscrições do 14º Prêmio MPRO de Jornalismo, promovido pelo Ministério Público de Rondônia. O prazo se inicia em 9 de setembro e se estende até 14 de outubro.

Estão credenciados a participar do concurso profissionais com reconhecida atuação em veículos de comunicação e, ainda, acadêmicos do curso de graduação de Comunicação Social – habilitação em Jornalismo.

O 14º Prêmio MPRO de Jornalismo traz como tema central “Ministério Público de Rondônia em defesa dos direitos da sociedade na Amazônia”. Embora o tema seja inspirador para reflexão e aprofundamento, não será obrigatório que os conteúdos se restrinjam exclusivamente a ele. A proposta é incentivar uma diversidade de abordagens e perspectivas, desde que os trabalhos estejam relacionados à atuação do MPRO — seja em suas áreas finalísticas (judicial e extrajudicial) ou na esfera de gestão institucional.

Assim, os trabalhos inscritos poderão explorar livremente a atuação do MPRO em diversas frentes, como Consumidor, Criminal e Tribunal do Júri, Direitos Humanos, Educação, Eleitoral, Execução Penal, Habitação e Urbanismo, Idoso, Infância e Juventude, Meio Ambiente, Ordem Tributária, Patrimônio Público, Pessoa com Deficiência, Saúde, Segurança Pública, Violência Doméstica e Feminicídio.

Inscrições

A inscrição deverá ser realizada no hotsite do Prêmio de Jornalismo , que foi inteiramente reformulado, oferecendo um visual moderno e navegação intuitiva ao usuário. Para participar, basta que seja feito o preenchimento de dados essenciais e inserção o trabalho, por meio de links ou uploads de arquivos em MP4, a depender da categoria.

A entrega de documentos obrigatórios será exigida apenas dos autores de reportagens finalistas, na última etapa do concurso.

Outra novidade é a “Área do Participante”, em que cada usuário poderá acompanhar o status de suas inscrições e ter uma visão geral de sua participação na iniciativa.

Regulamento

O regulamento completo está disponível no hotsite, incluindo os critérios de avaliação para cada categoria, definidos pela Comissão de Julgamento.

O edital também reforça que os trabalhos devem ser inteiramente autorais, permitindo apenas o uso pontual de recursos visuais de terceiros, desde que devidamente creditados.

Categorias e premiação

O prêmio contempla quatro categorias: Telejornalismo, Webjornalismo, Cinegrafia e Destaque Acadêmico.

O valor da premiação é de R$12 mil para o 1º lugar, R$7 mil para o 2º lugar e de R$5 mil para o 3º colocado. A categoria Destaque Acadêmico terá premiação única, no valor de R$ 3 mil.

Atenção aos prazos!

Serão aceitos trabalhos jornalísticos publicados entre 14 de outubro de 2024 e 14 de outubro de 2025.

As inscrições serão feitas através do hotsite do concurso, criado especialmente para o certame, que pode ser acessado pelo portal do MPRO, na aba “Comunicação”.

Em caso de dúvida, o candidato inscrito deve fazer contato com os organizadores, pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (69) 3216-3755.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Chuvas abaixo da média devem atrasar safra 2025/26

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O início da safra 2025/26 em Mato Grosso deve ser marcado por atraso. As chuvas registradas na primeira semana de setembro chegaram em volumes muito abaixo da média histórica e não repuseram a umidade do solo, condição essencial para a semeadura da soja. O estado, maior produtor da oleaginosa no país, deve plantar 13 milhões de hectares, avanço de 1,7% sobre o ciclo anterior, mas a produção é estimada em 48,5 milhões de toneladas, queda próxima de 5% frente à safra passada.

A cautela é maior neste ano em razão do custo elevado de insumos. Muitos produtores tendem a adiar a largada até que as precipitações se consolidem, já que erros no plantio podem comprometer a rentabilidade. O calendário preocupa porque, se as chuvas demorarem além do previsto, haverá concentração das operações, o que aumenta a exposição a riscos climáticos.

O milho de segunda safra, dependente da soja, também pode ser impactado. O Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária projeta 7,4 milhões de hectares cultivados em 2025, alta de 1,8% sobre o ciclo anterior. A colheita, porém, deve recuar para 51,7 milhões de toneladas, 6,7% abaixo do recorde do último ano. A concentração da semeadura pode reduzir a janela de plantio do milho e afetar a oferta para as usinas de etanol, que ganharam peso crescente no estado.

Apesar da neutralidade climática prevista para este ciclo, condição que tende a favorecer melhor distribuição das chuvas no Centro-Oeste, os modelos indicam precipitação abaixo da média até a primeira quinzena de setembro. Caso o padrão se repita ao observado no ano passado, quando a regularização só veio no fim do mês, a safra poderá começar mais tarde e avançar sob risco maior.

Pensar Agro

FPA pressiona governo por investigação sobre dumping do leite

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A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) voltou a cobrar do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) uma condução mais rigorosa da investigação sobre práticas de dumping nas importações de leite. A pressão aumentou após a Secretaria de Comércio Exterior ter negado, de forma preliminar, em agosto, a aplicação de tarifas antidumping sobre o leite em pó da Argentina e do Uruguai.

Dumping é a prática de vender um produto por um preço artificialmente baixo, inferior ao praticado internamente ou até ao custo de produção, para ganhar mercado de forma desleal. No leite, isso ocorre quando indústrias da Argentina e do Uruguai exportam leite em pó para o Brasil por valores reduzidos, muitas vezes sustentados por subsídios, o que derruba os preços internos e prejudica os produtores nacionais. No caso do leite, Argentina e Uruguai colocam no Brasil leite em pó por um preço tão baixo que fica impossível para o produtor brasileiro competir, já que aqui o custo de produção é maior.

Representantes da FPA se reuniram com técnicos do ministério para reforçar a preocupação do setor com os rumos do processo. O presidente da bancada, deputado Pedro Lupion, afirmou que a decisão pode abrir um precedente grave para o campo. Segundo ele, se a investigação for encerrada nos termos atuais, o Brasil fechará as portas para qualquer contestação futura de práticas desleais de comércio. “Fizemos um apelo para que haja entendimento claro sobre o prejuízo à produção de leite nacional, a concorrência desleal e a inviabilidade que ela gera para manter a atividade”, disse.

A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), que também participou da reunião, reforçou argumentos técnicos já apresentados em manifestações anteriores. A entidade insiste que leite fluído e leite em pó são produtos similares, posição historicamente adotada pelo governo brasileiro em processos de defesa comercial desde 1999. O vice-presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da CNA, Jônadan Ma, afirmou que não se trata de barrar importações, mas de impedir práticas predatórias condenadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).

A controvérsia começou em agosto de 2024, quando a CNA protocolou um pedido formal para investigar o leite em pó importado da Argentina e do Uruguai. Em dezembro, o MDIC abriu a investigação. Já em março deste ano, a entidade solicitou medidas provisórias, diante da continuidade das importações em volumes elevados. No entanto, em 12 de agosto, a secretaria rejeitou o pleito, adotando um novo entendimento: o leite in natura não seria similar ao leite em pó, e a análise deveria se restringir ao produto processado.

A mudança foi recebida com críticas de entidades do setor e de parlamentares, que a classificaram como um retrocesso em relação a mais de duas décadas de prática na política de defesa comercial do país. Para o assessor técnico da CNA, Guilherme Souza Dias, a interpretação não faz sentido, já que parte da indústria nacional utiliza leite em pó importado como insumo.

O secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, reconheceu a complexidade do tema e afirmou que o pedido de reconsideração apresentado pela CNA é consistente. O prazo para envio de manifestações adicionais termina na próxima segunda-feira, 8 de setembro, e a decisão final do ministério deve ser anunciada até o dia 30.

Também participaram do encontro representantes do Instituto Pensar Agropecuária (IPA), da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), além dos deputados Zé Vitor (PL-MG) e Rafael Simões (União-MG).

Fonte/Pensaragro

Agronegócio brasileiro é massacrado em audiência nos EUA sobre práticas comerciais

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Foi um verdadeiro massacre a audiência pública realizada ontem (03.09), em Washington, no âmbito da Seção 301 da Lei de Comércio dos Estados Unidos. O que deveria ser um palco de negociações amistosas entre parceiros comerciais, se transformou em um palco de duras críticas (a maioria infundadas e até absurdas) contra o agronegócio brasileiro.

Associações de produtores rurais americanos acusaram o Brasil de práticas desleais, protecionismo e descumprimento de regras internacionais, enquanto pediram ao governo norte-americano a adoção de sanções. Conduzido pelo USTR (Representante Comercial dos EUA), o processo pode resultar em retaliações unilaterais, ampliando as tensões entre as duas maiores potências agrícolas do continente.

Acusações contra o Brasil

Diversas associações de produtores rurais norte-americanos protocolaram documentos atacando diretamente o modelo de produção agrícola brasileiro:

  • Carne suína: o National Pork Producers Council (NPPC) acusou o Brasil de manter uma “proibição de fato” contra a carne suína americana, sob alegações sanitárias “sem respaldo científico”. O grupo pediu ao governo Trump a remoção imediata dessas barreiras.

  • Carne bovina: a National Cattlemen’s Beef Association afirmou que o Brasil impôs inúmeras restrições não tarifárias que reduziram as exportações americanas a valores considerados “insignificantes” (apenas US$ 424 mil até junho deste ano). A entidade pediu inclusive a suspensão total da importação de carne bovina brasileira até que o país comprove equivalência sanitária. A U.S. Cattlemen’s Association (USCA) — Associação dos Pecuaristas de Gado de Corte dos Estados Unidos acusou nosso país, inclusive, de trabalho infantil nas fazendas.

  • Milho e etanol: a Nebraska Corn Growers Association criticou tarifas brasileiras sobre o etanol e acusou o Brasil de “ameaça perigosa” à competitividade americana, associando a produção nacional ao desmatamento e a emissões de carbono.

  • Algodão: o National Cotton Council destacou que o Brasil estaria praticando preços abaixo do mercado internacional, impulsionado pela expansão de áreas agrícolas sobre vegetação nativa do Cerrado.

  • Questão ambiental: várias entidades insistiram em relacionar a competitividade brasileira ao desmatamento ilegal e ao suposto descumprimento de compromissos internacionais em matéria de meio ambiente e segurança alimentar.

  • Segurança sanitária: o Ranchers-Cattlemen Action Legal Fund foi além e acusou o Brasil de ter “histórico sórdido” em notificações de doenças e em corrupção ligada ao setor frigorífico.

No conjunto, as críticas miram tanto barreiras sanitárias e tributárias impostas pelo Brasil aos produtos americanos quanto a expansão do agro brasileiro em áreas sensíveis, apontada como fator de desequilíbrio no comércio internacional.

A defesa da CNA

Na mesma audiência, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) contestou as acusações. A entidade lembrou que o país segue padrões internacionais rigorosos, citando o Código Florestal como exemplo:

  • Legislação ambiental: segundo a CNA, 66% do território brasileiro permanece coberto por vegetação nativa, sendo metade dentro de propriedades privadas. “O crescimento do agro ocorreu dentro da lei e com preservação ambiental”, afirmou Sueme Mori, diretora de Relações Internacionais.

  • Tarifas e comércio: a CNA destacou que apenas 5,5% das exportações agropecuárias brasileiras se beneficiam de tarifas preferenciais, enquanto mais de 90% das importações seguem o princípio da Nação Mais Favorecida, beneficiando inclusive os EUA.

  • Etanol: em 2024, o Brasil importou dos Estados Unidos 17 vezes mais etanol do que da Índia, reforçando que não há fechamento de mercado.

  • Segurança alimentar: a entidade reiterou que os produtores brasileiros atuam sob normas de conformidade, garantindo qualidade e transparência aos consumidores internacionais.

  • Parceria econômica: o discurso enfatizou que o agro brasileiro não é adversário, mas parceiro. Em 2024, o Brasil importou mais de US$ 1,1 bilhão em fertilizantes, máquinas agrícolas e sementes dos EUA.

O que está em jogo

A Seção 301 é um mecanismo forte: permite ao governo norte-americano aplicar sanções comerciais de forma unilateral, sem esperar uma decisão da OMC. Por isso, as acusações americanas contra o Brasil ganham peso político.

Para o agro brasileiro, a preocupação é dupla: de um lado, a possibilidade de novas barreiras comerciais; de outro, os reflexos na imagem do setor em debates internacionais, especialmente nos temas ambientais.

A CNA aposta em reforçar a narrativa de que a competitividade do país resulta de condições naturais, tecnologia e inovação, e não de práticas desleais. O desafio, agora, é manter o diálogo aberto para evitar que as divergências se transformem em sanções que prejudiquem produtores e exportadores dos dois lados.

Pensar Agro

Ministério da Saúde realiza diagnóstico nacional para otimizar serviços de laboratórios públicos

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Coordenada pela Pasta com foco na regionalização do Sistema Único de Saúde, Rede atua com olhar atento às necessidades específicas de cada território atendido
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Foto: divulgação/MS

OMinistério da Saúde (MS) atua em ações diversas para o fortalecimento da Rede de Laboratórios de Saúde Pública do Brasil, com atenção dedicada aos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (LACEN) e Laboratórios de Fronteira (LAFRON), para atender à regionalização – um dos princípios do Sistema Único de Saúde (SUS). As localidades são avaliadas em suas necessidades específicas no que diz respeito à segurança, prevenção e ao combate a doenças.

No contexto da Missão Protect – que tem como finalidade detectar patógenos emergentes e reemergentes por meio de métodos laboratoriais moleculares e sequenciamento genômico – o MS e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) realizaram, no mês de julho, visitas técnicas aos estados contemplados. A missão reúne iniciativas de proteção da saúde para resposta a pandemias e segurança dos pacientes.

A vigilância laboratorial da Missão Protect está alinhada à Política Nacional de Vigilância em Saúde (PNVS), que descreve as ações laboratoriais como transversais e essenciais no processo de trabalho da Vigilância em Saúde. Enquanto os Lacen realizam o diagnóstico oportuno para promover o controle epidemiológico e sanitário, os Lafron são unidades especializadas situadas em regiões de divisa com outros países, para diagnóstico e monitoramento de doenças.

Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, realizar o diagnóstico dos serviços laboratoriais públicos do País é essencial, principalmente após a pandemia da Covid-19. “A pandemia de SARS-CoV-2 expôs várias fragilidades nacionais e internacionais com as quais devemos aprender. Nos move o interesse comum: proteger os brasileiros e brasileiras e, também, as pessoas de fora que são bem-vindas no nosso País. Os gestores, quer seja na esfera municipal, estadual ou federal devem ter um ambiente fortalecido para possibilitar que o Brasil identifique qualquer ameaça à saúde”, enfatizou.

Reunião Nacional

Realizada na manhã desta segunda-feira (1) na sede da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), em Brasília (DF), a “Reunião nacional para avaliação e otimização da Rede de Laboratórios de Saúde Pública no contexto do Projeto Protect” recebeu gestores, médicos, biomédicos, enfermeiros e biólogos que atuam em nas unidades dos Lacen e Lafron nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Mato Grosso, Rondônia, Roraima e Rio Grande do Sul.

O objetivo do encontro, que acontece até terça-feira (2), é apresentar o diagnóstico situacional dos Laboratórios de Saúde Pública, com base nas visitas técnicas realizadas, definir o escopo de análises moleculares a serem implementadas nos laboratórios participantes, além de promover a troca de experiências com os Laboratórios de Fronteira.

Compuseram a mesa de abertura do encontro, a secretária da SVSA/MS, Mariângela Simão; a coordenadora da Iniciativa de Imunização da OPAS no Brasil, Lely Guzman, e o analista técnico do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), Alexandre Chagas. Para Guzman, é primordial contribuir com a formação dos gestores que atuam nos laboratórios: “vocês são nossos parceiros e estão à frente de um trabalho muito desafiador. Promover uma só saúde também depende dos laboratórios, então vocês são a peça-chave, o ‘diagnóstico ouro’ para alcançarmos esse desafio”, explicou.

Projeto Protect

O projeto “Protect – Otimização da Resposta a Pandemias por meio de Comunidades e Territórios Engajados na Bacia Amazônica” é uma iniciativa lançada pela OPAS/OMS com financiamento do Banco Mundial, no qual a rede de laboratórios de saúde pública é desenvolvida sob a abordagem da “Saúde Única”, com foco na interconexão entre a saúde humana, animal e ambiental para a vigilância e alerta precoce de doenças zoonóticas. A preparação e antecipação de problemas contra pandemias é um dos destaques do trabalho. O projeto visa integrar os laboratórios e os esforços em sistemas de alerta eficazes, impulsionando a cooperação e a coordenação entre países e setores para uma resposta mais abrangente e sustentável a ameaças à saúde pública.

Os estados contemplados serão apoiados com capacitações voltadas à gestão de amostras e transporte de material biológico, alinhadas à legislação nacional e padrões internacionais, bem como ao diagnóstico molecular, sequenciamento genômico e análise bioinformática, conforme as demandas locais identificadas.

Por Suellen Siqueira
Ministério da Saúde