Início Site Página 616

Caixa e Ministério da Cidadania detalham pagamento do PIS/PASEP 2022

0
Caixa Econômica Federal inicia hoje (13) a liberação do saque de até R$ 500 em contas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O ministro do Trabalho e Previdência, Onyx Lorenzoni, e o presidente da Caixa, Pedro Guimarães, falam hoje (10) sobre o calendário e início de pagamento do abono salarial PIS/PASEP 2022.

Assista ao vivo:

Outros destaques:

Barômetros Globais sinalizam melhora no início de 2022

O Barômetro Econômico Global Coincidente subiu 0,4 ponto em janeiro, para 108,7 pontos enquanto o Barômetro Econômico Global Antecedente avançou 3,6 pontos, para 100,9 pontos.
» Leia mais

Mercado financeiro volta a diminuir previsão de crescimento em 2022

O mercado financeiro diminuiu mais uma vez a previsão para o crescimento da economia brasileira neste ano. As projeções constam do segundo boletim Focus de 2022, que aponta um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 0,28%, ante os 0,36% projetado na primeira semana do ano.
»Leia mais

*Matéria em atualização.

 

Agência Brasil

IBGE: encerram-se hoje inscrição para agente de administração e informática

0

Em Rondônia, há 17 vagas para ACAI, com remuneração R$ 1.700,00, e três vagas para CCA, com remuneração de R$ 3.677,27

Nesta segunda-feira (10), encerram-se as inscrições para os cargos de agente censitário de administração e informática (ACAI) e de coordenador censitário de área (CCA). Os aprovados trabalharão no Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

As inscrições custam R$ 44,00 para ACAI e R$ 66,00 para CCA e devem ser feitas no site do Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC). O prazo para pagamento da taxa de inscrição termina amanhã (11).

Em Rondônia, há 17 vagas para ACAI, com remuneração R$ 1.700,00, e três vagas para CCA, com remuneração de R$ 3.677,27. A previsão de duração dos contratos é de cinco meses para ACAI e de sete meses para CCA, podendo ser prorrogados.

Ambas as funções exigem ensino médio completo. Para CCA, é obrigatório também ter Carteira Nacional de Habilitação (CNH) definitiva ou provisória, no mínimo categoria B, no prazo de validade.

Inscrição para recenseador e agente censitário vai até 21 de janeiro

Além dos cargos de ACAI e de CCA, o IBGE irá contratar recenseador, agente censitário supervisor (ACS) e agente censitário municipal (ACM). Para estes cargos, as inscrições vão até 21 de janeiro, por meio do site da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Em Rondônia, serão 1.509 recenseadores, 57 ACS e 167 ACM.

 

Retrospectiva de Prêmios conquistados pelo TJRO em Comunicação e Justiça: Manual Eletrônico Sistema Digital do Segundo Grau

0

Sempre na vanguarda, o Poder Judiciário de Rondônia foi pioneiro em várias iniciativas tecnológicas para facilitar a prestação jurisdicional. É o exemplo do Sistema Digital de Segundo Grau, inovador projeto de virtualização dos processos desenvolvido pelo Tribunal de Justiça de Rondônia para agilizar os julgamentos na segunda instância – câmaras cíveis e especiais – do Judiciário estadual, adotado em 2010 pelo TJRO, bem antes da implantação do PJe, Processo Judicial Eletrônico, hoje o sistema vigente na maioria dos tribunais brasileiros.

Na época da implantação, o tribunal também inovou ao apresentar uma ferramenta de divulgação e comunicação em audiovisual, que acabou depois premiada com o troféu Nacional de Comunicação e Justiça, na edição 2011 do prêmio, na categoria Modernização da Justiça. Trata-se do “Manual Eletrônico do Sistema Digital de Segundo Grau”, um tutorial em vídeo, com linguagem simples e acessível com o roteiro básico de como lidar com o  sistema.

De acordo com o então vice-presidente do TJRO, desembargador Marcos Alaor Diniz Grangeia, que na época coordenava a implantação do SDSG, a utilização do sistema foi programada para ocorrer de forma gradativa, para que a comunidade jurídica se adaptasse à novidade. O tutorial foi uma ferramenta importante para isso.

Qualquer inovação demanda preparação e prazos para as mudanças. Mesmo que a proposta seja facilitar o acesso e agilizar o trâmite, as dificuldades iniciais ocorrem pela adaptação necessária às novidades. Por isso, a comunicação deve ser bem feita, para esclarecer dúvidas, orientar corretamente o público sobre os novos procedimentos e principalmente para traduzir a linguagem técnica em informações acessíveis. Daí a preocupação em desenvolver produtos e meios para preparar o público e evitar, na medida do possível, a resistência natural às mudanças.

O Manual Eletrônico do Sistema Digital de Segundo Grau foi exitoso ao apresentar o Sistema Digital de Segundo Grau como ferramenta inovadora para os operadores de direito, preparando-os para a mudança e estabelecendo prazos para se ajustarem. Também serviu para demonstrar as vantagens e facilidades que o novo sistema representava para a modernização do Judiciário.

A Coordenadoria de Comunicação acompanhou, atentamente, cada novo marco significativo do projeto, a fim de informar e orientar a população sobre o SDSG.

 

Leia mais:

Retrospectiva de Prêmios conquistados pelo TJRO em Comunicação e Justiça: Manual Eletrônico Sistema Digital do Segundo Grau

Retrospectiva de Prêmios conquistados pelo TJRO em Comunicação e Justiça: Documentário Bizarrus

 

Assessoria de Comunicação Institucional

Vara da Infância alerta pais sobre documentos dos filhos em viagens de férias

0

Adolescentes precisam portar documento oficial com foto

É só chegar o período de férias que começam os registros de ocorrências de impedimentos de embarques por falta de documentação adequada em aeroportos e rodoviárias, por isso o Poder Judiciário faz um alerta aos pais, a fim de que providenciem, com antecedência, os documentos conforme a Resolução 295/2019, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), evitando, assim, frustrações e prejuízos financeiros com remarcação de passagens.

“Temos vários casos de famílias que nos procuram na última hora para pedir autorização e nem sempre com tempo hábil, o que traz muitos transtornos”, pontua a juíza Kerley Alcântara, que responde pela Vara de Proteção à Infância e Juventude.

A magistrada faz um apelo aos pais para que se atentem às exigências, criadas para a própria proteção de crianças e adolescentes. O primeiro ponto é relacionado à necessidade de que adolescentes (12 a 18 anos incompletos) só podem viajar com documento oficial com foto.

Exigências

Pelas regras, nas viagens dentro do território nacional, em qualquer hipótese, a criança deve viajar com a certidão de nascimento (original ou cópia autenticada) ou carteira de identidade original ou passaporte. Já o adolescente (12 a 18 anos incompletos), apenas com carteira de identidade, passaporte ou carteira de trabalho.

Para criança ou adolescente menor de 16 anos desacompanhado, não é necessária autorização judicial, basta apresentar autorização expressa do pai ou da mãe ou do responsável legal, com firma reconhecida por semelhança ou autenticidade, e documento da criança ou adolescente.

Não é necessária autorização dos pais e nem judicial para criança ou adolescente que apresentar passaporte válido, onde conste autorização expressa para que viaje desacompanhado ao exterior. Os pais devem ir à Polícia Federal para fazer esse procedimento.

Já para a criança ou adolescente menor de 16 anos acompanhado de parente até o 3º grau (pai, mãe, irmão maior de 18 anos, tios, avós ou bisavós), não é necessária autorização dos pais e nem judicial, basta apresentar o documento da criança ou adolescente, com foto, e do acompanhante para comprovação do parentesco.

Nas viagens com tios, avós ou bisavós, deve ser apresentada a certidão de nascimento da criança, e para o adolescente deve ser apresentada tanto a certidão de nascimento como o documento oficial com foto.

Criança ou adolescente menor de 16 anos acompanhado de pessoa maior de 18 anos, que não seja um dos parentes até o 3º grau acima mencionados, devem apresentar autorização expressa do pai ou da mãe ou do responsável legal, com firma reconhecida por semelhança ou autenticidade junto com o documento da criança ou adolescente e do acompanhante.

Já adolescentes entre 16  e 18 anos incompletos, não têm necessidade de autorização dos pais e nem judicial, bastando apresentar carteira de identidade original.

A autorização judicial somente é necessária se a autorização dos pais não puder ser feita conforme as exigências acima. Nesses casos, os responsáveis devem procurar a Vara da Infância da Juventude, de acordo com o local de sua residência.

Conforme as resoluções da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) nº 400/2016, e da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT) nº 4308/2014, tornaram obrigatória a apresentação de documento oficial de identificação do adolescente com foto para viagens dentro do Brasil: carteira de identidade, passaporte ou carteira de trabalho.

Para o exterior

Para viagens ao exterior, o fundamento legal é a Resolução nº 131/2011- CNJ, onde se prevê que para a criança ou adolescente (de 0 a 18 anos incompletos) acompanhado dos pais, não é necessária autorização judicial.

Já para a criança ou adolescente, em companhia de um dos pais, não é necessária autorização judicial. Basta apresentar autorização expressa do outro genitor, em duas vias, com firma reconhecida em cartório por semelhança ou autenticidade e prazo de validade.

A criança ou adolescente que vá viajar para fora do Brasil, desacompanhado ou acompanhado de pessoa maior, que não seja um dos pais, também não é necessária autorização judicial. Basta apresentar autorização expressa de ambos os genitores ou do responsável legal, em duas vias, com firma reconhecida por semelhança ou autenticidade e prazo de validade.

A criança ou adolescente que vá viajar para fora do Brasil, desacompanhado ou acompanhado de pessoa maior, que não seja um dos pais, também não é necessária autorização judicial. Basta apresentar autorização expressa de ambos os genitores ou do responsável legal, em duas vias, com firma reconhecida por semelhança ou autenticidade e prazo de validade.

A autorização judicial somente é necessária se houver a impossibilidade da concordância dos pais, conforme as exigências acima. Nesses casos, deverão procurar a Defensoria Pública ou profissional da advocacia privada, para o ingresso do pedido judicial, noticiando a necessidade da ordem judicial, fornecendo os documentos comprobatórios da filiação e da viagem pretendida.

No caso de países integrantes do Mercosul, crianças, adolescentes e responsáveis deverão portar, obrigatoriamente, carteira de identidade original ou passaporte original, inclusive nos casos de viagens marítimas e rodoviárias.

Fonte: TJ/RO
Autor: Assessoria

Em Vilhena, projeto social de karatê coordenado pela Associação Champions Club abre inscrições

0
O projeto recebe alunos de 7 a 17 anos

Voltado para alunos de escolas públicas e famílias de baixa renda, com idade entre 07 a 17 anos, o Projeto Social de Karatê Treinando Campeões é uma iniciativa coordenada pela Associação Champions Club, e na próxima semana estará com inscrições abertas para formação de turmas.

O período de inscrição é de 10 a 20 de janeiro de 2022, interessados deverão procurar a Academia Champions Clube no horário de 16h a 18 h munidos de com cópias dos seguintes documentos: aluno — Certidão de nascimento, comprovante de endereço e comprovante do Número de Identificação Social (Nis); pais ou responsável — RG, CPF ou Carteira de Habilitação.

De acordo com os coordenadores, no ato da inscrição é necessária a presença dos pais ou responsável. O projeto Social de Karatê Treinando Campeões conta com o apoio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA), Prefeitura de Vilhena, Grupo Trevo, Eternize fotografia, comunidade, pais e alunos.

Para fazer parte do projeto, seja como aluno ou como apoiador, basta procurar a Associação Champions Club que está localizada na Avenida Melvin Jones, número 1177, Segundo Andar, Bairro Cristo Rei.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Queiteane Rodrigues (Fotos: Academia Champions

Vilhena registra 34 novos casos de Covid-19 no intervalo de 24 horas; número se aproxima dos 16 mil casos da doença

0
O município tem 87 casos ativos da doença e sete pacientes internados

O último boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria Municipal de Saúde de Vilhena confirmou 34 diagnósticos positivos para Covid-19 no intervalo de 24 horas. Desde o início da pandemia do novo coronavírus o município já contabiliza 15.920 casos da doença.

Lamentavelmente, 393 óbitos foram registrados neste período por complicações da doença. Um detalhamento da autoridade de saúde municipal aponta que 275 vítimas moravam em Vilhena, as demais 118 eram de outros municípios rondonienses e até de outros estados.

Nos últimos 14 dias foram somados 101 casos de Covid-19, o que gera uma média móvel diária de 7 casos. Uma queda de 22,90% em comparação com a média registrada 14 dias atrás.

Com os novos casos registrados ontem, houve um aumento o número de casos ativos da doença saltando de 54 no dia anterior para 87 ontem. Um aumento de 61,11% em relação há terça-feira, e de 42,62% em comparação com o número registrado há 14 dias.

O município tem hoje sete pacientes internados, apenas dois são vilhenenses; e cinco são de outros municípios, sendo dois de Cerejeiras e três de Rolim de Moura. Entre os internados, quatro estão na UTI, dois deles são mantidos intubados por apresentarem um quadro mais grave da doença. É de 40% a taxa de ocupação dos leitos de UTI.

Ainda de acordo com o boletim, três pacientes receberam alta, elevando para 15.558 o total de pessoas que se recuperaram da doença. A taxa de cura no maior município do sul rondoniense é de 97,73%, segundo análise dos dados oficiais.

IMUNIZAÇÃO
Conforme a Secretaria de Saúde do Município, a primeira dose da vacina já foi aplicada em 69.690 vilhenenses. O total de vacinados com duas doses ou dose única é de 60.939 pessoas. E 6.819 já tomaram a dose de reforço.

Fonte: Folha do Sul
Autor: Rogério Perucci

Goebel anuncia escola pública que será comandada pelo Corpo de Bombeiros em Vilhena e que havia sido prometida em 2019

0

Cidade é a única no Brasil com três modelos de ensino militarizado

O deputado Luizinho Goebel (PV) divulgou esta semana a lei aprovada na Assembleia Legislativa de Rondônia e sancionada pelo governador Marcos Rocha (UB), que cria duas escolas militares que serão comandadas pelo Corpo de Bombeiros no Estado, e uma delas fica em Vilhena.

Em vídeo gravado em 2019, ao lado do prefeito Eduardo Japonês (PV) e do próprio governador, Goebel anuncia a militarização da Escola Cecília Meireles, que agora se concretiza com a decisão do governador. Apenas duas destas unidades sob o comando dos Bombeiros serão criadas inicialmente – a outra fica em Porto Velho (LEIA AQUI a lei na íntegra).

O deputado luta, desde de 2018, para implementar esta inovação no ensino público de Vilhena. Antes de tomar a inciativa, Goebel conversou com servidores e pais de alunos da Cecília Meireles, cuja militarização está prevista para este ano.

O parlamentar lembrou que Vilhena é única cidade do Brasil com três sistemas de ensino militarizados: além do Colégio Tiradentes e da Escola Cívico-Militar Cristo Rei/Almirante Tamandaré (criada numa parceria entre o município e a Polícia Militar), a nova instituição comandada pelos Bombeiros completa o quadro.

Goebel explicou que, ao tomar a frente deste projeto, atendeu m pedido da população vilhenense, e argumentou: “esse novo modelo é importante porque cria um diferencial na educação, o que por sua vez oferece mais uma opção para quem deseja manter seus filhos em uma escola pública com critérios definidos por uma instituição respeitada, que é o Corpo de Bombeiros”.

CLIQUE ABAIXO e assista o vídeo no qual o deputado anuncia o projeto e o governador promete colocá-lo em prática.

Rosangela Donadon pede bom senso na revisão do IPTU em Vilhena

0

 

Deputada conclama prefeito Eduardo Japonês à ponderação em momento de pandemia

A deputada Rosangela Donadon se manifestou preocupada com a política tributária adotada pelo prefeito Eduardo Japonês, que, na virada do ano instituiu nova tabela do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e Contribuição para o Serviço de Iluminação Pública (Cosip) no Município de Vilhena, com um aumento nominal de mais de dez por cento. “Estamos em um momento delicado, em que todas as famílias ainda se debatem com dificuldades em seu orçamento doméstico em face dos impactos da pandemia”, afirmou a parlamentar.
Segundo Rosangela, não é o momento de se trabalhar com a letra seca da lei, até porque a própria legislação, conforme se percebe em uma leitura, indica elementos de ponderação que devem ser considerados na atualização tributária. No caso do IPTU, a Lei Complementar Nº 259 diz, por exemplo, no seu art. 10, inciso I, que devem ser considerados fatores como a desvalorização dos terrenos e os preços efetivamente praticados nas últimas transações de compra e venda. “Todos sabem que houve uma oferta muito grande, bem maior do que a procura, e isso impactou negativamente o valor dos imóveis”, observou a deputada.
Segundo Rosângela, a população deve ser chamada ao diálogo. “E um diálogo humano, devendo-se evitar tratar de forma mecânica, com recálculos automáticos, algo que afeta tanto o orçamento doméstico e, concomitantemente, a vida das famílias vilhenenses”, enfatizou a deputada. Segundo Rosangela, “não convém tratar de forma político-partidária a uma questão eminentemente técnica, lembrando que os princípios de uma boa gestão pública apontam no sentido de que o diálogo com o povo deve ser permanente e não apenas em período eleitoral”.

 

Assessoria

Covid: Brasil corre risco de nova onda silenciosa com variante ômicron e testes escassos?

0

Por André Biernath, BBC

O físico Wesley Cota, pesquisador da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais, montou um dos sites mais completos para o monitoramento da pandemia de covid-19 no Brasil.

A página, que traz informações sobre casos, hospitalizações, mortes, testagem e vacinação detalhados pelas cidades do país, serve de referência até para o Our World In Data, portal criado na Universidade de Oxford, no Reino Unido, que reúne estatísticas globais sobre a crise sanitária.

O especialista se mostra apreensivo com a atual situação do país. “A gente está no escuro. Vemos os profissionais de saúde relatando aumento de casos de infecções respiratórias, mas não temos a menor ideia se é gripe ou covid”, aponta.

“Também não sabemos se esses casos têm a ver com a variante ômicron e o quanto ela está disseminada por aqui.”

 

Cota não é o único a levantar essa preocupação: ao longo das últimas semanas, diversos especialistas que acompanham a situação da covid-19 no Brasil fizeram uma série de críticas a respeito da disponibilidade de dados capazes de refletir o que realmente está acontecendo por aqui.

O temor deles é que, a exemplo do que ocorre agora em várias partes do mundo, como Reino Unido, França e Estados Unidos, a ômicron esteja se espalhando de forma silenciosa e acelerada pelo país, impulsionada pela maior capacidade de transmissão dessa variante e pelas aglomerações e festas de final e de início de ano.

A principal dificuldade para ver esse aumento claramente, dizem eles, é o fato de que o Brasil nunca teve uma política pública de testagem, isolamento de casos positivos e rastreamento de contatos.

Procura por testes de Covid e gripe no Rio crescem; diagnósticos positivos aumentam 6 vezes

Oportunidade desperdiçada

 

Desde março de 2020, a Organização Mundial da Saúde (OMS) bate na tecla de que testar, isolar e rastrear são atitudes primordiais para lidar com a covid-19.

Num discurso realizado em 16 de março daquele ano, o biólogo etíope Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da entidade, classificou essas três ações como “a espinha dorsal da resposta à pandemia”.

“A forma mais eficaz de prevenir infecções e salvar vidas é quebrar as cadeias de transmissão. Para fazer isso, é preciso testar e isolar”, declarou.

 

“Você não pode combater um incêndio com os olhos vendados. E não podemos parar esta pandemia se não soubermos quem está infectado.”

“Temos uma mensagem muito simples para todos os países: teste, teste e teste”, orientou Ghebreyesus.

A recomendação foi seguida à risca pelos países mais bem-sucedidos no controle do vírus: Austrália, Nova Zelândia, Coreia do Sul e partes da Europa são alguns exemplos de locais que conseguiram lançar um programa de testagem para detectar o aumento de casos positivos e agir rapidamente, antes que a situação saísse do controle.

A bióloga e divulgadora científica Tabata Bohlen, que morou em dois países europeus nos últimos meses, relata como é fácil ter acesso aos exames por lá.

“Além disso, você encontra testes para comprar em supermercados e farmácias, com preços que vão de 1 a 5 euros [6 a 30 reais].”

Esses autotestes, que são comprados por um valor baixo e podem ser feitos em casa, sequer estão disponíveis ou regulamentados no Brasil.

 

“Na Áustria, pelo que vi até agora na cidade de Viena, as pessoas conseguiam retirar sete testes por semana para fazer em casa nas farmácias por semana e o valor era descontado do plano de saúde. Em alguns casos, era necessário enviar um vídeo do momento da testagem, para garantir que a coleta foi feita de forma apropriada.”

“Também há centros de testagem caso você não queira fazer por conta própria”, completa.

Na contramão desses lugares, o nosso país nunca teve uma política de testagem da covid bem definida, de acordo com especialistas ouvidos pela BBC News Brasil.

“Se tem um quesito que o Brasil realmente falhou e continua a falhar nesta pandemia é na testagem. Nunca houve uma disponibilidade de exames ou uma mensagem clara de quando, como e quem deve ser testado“, analisa Lorena Guadalupe Barberia, professora do Departamento de Ciências Políticas da Universidade de São Paulo e integrante do Observatório Covid-19 BR.

“E não basta disponibilizar os kits de exames: o governo deveria ter um programa amplo e coerente. Era preciso deixar claro o que fazer se o resultado fosse positivo, como se isolar adequadamente, além de avisar as pessoas com quem você teve contato nos últimos dias para que elas também fossem testadas“, complementa.

O enfermeiro e epidemiologista Laio Magno, professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), entende que o país tinha tudo para ser um exemplo mundial na testagem da covid, mas perdeu essa oportunidade.

“Poderíamos ter aproveitado nossa imensa rede de atenção básica de saúde. Nós temos equipes de saúde da família, médicos, enfermeiros, agentes comunitários e outros profissionais que estão espalhados por todo o país e fazem esse elo do Sistema Único de Saúde com as comunidades”, avalia o especialista, que também integra a Comissão de Epidemiologia da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco).

“A nossa atenção primária é exemplo e está diretamente relacionada com a diminuição da mortalidade infantil, além de já ter experiência na testagem de outras doenças, como infecção por HIV, sífilis e hepatites B e C”, conclui.

Laboratórios tentam determinar incidência da variante ômicron no Brasil

Onda silenciosa?

 

Sem essa informação dos diagnósticos, fica difícil entender como o vírus está se espalhando e se há alguma região que apresenta aumento nos casos de covid.

Vale lembrar aqui que essa doença costuma demorar alguns dias para apresentar sintomas, e só uma parcela dos infectados vai desenvolver sinais mais graves, que exigem uma avaliação médica e eventualmente até uma internação.

Ou seja: sem testes, os indivíduos com sintomas leves (ou sem incômodo algum) não sabem que estão com o coronavírus e muitas vezes seguem a vida normalmente, passando o patógeno adiante.

 

É justamente isso que cria as cadeias de transmissão viral na comunidade. Após algum tempo, isso pode desembocar em aumento das hospitalizações, escassez de insumos, leitos e profissionais e até o colapso do sistema de saúde.

Agora, quando esse repique é observado com antecedência, logo em sua origem, é possível reforçar as ações preventivas nessa região específica, como o uso de máscaras e distanciamento social, para controlar o problema no local e evitar que ele se espalhe para outros lugares.

Saber dessas estatísticas, aliás, é ainda mais estratégico num momento em que temos uma nova variante com alto potencial de transmissão, como a ômicron, que está por trás de recordes de casos registrados nos últimos dias em várias partes do mundo.

“Estamos vivendo uma onda silenciosa de infecções de ômicron e nem notamos isso, porque não temos uma política de testagem adequada”, observa o epidemiologista Pedro Hallal, professor da Universidade Federal de Pelotas.

Embora essa “onda silenciosa” ainda não apareça nas estatísticas oficiais, ela já começa a despontar em alguns levantamentos feitos por grupos privados.

 

A Dasa, que conta com mais de 900 unidades laboratoriais no país, divulgou que houve um aumento importante na taxa de positividade dos testes de covid-19 nas últimas semanas.

Em 4 de dezembro, 1,3% dos exames realizados traziam resultado positivo. Já no dia 26/12, essa porcentagem subiu para 11,4%.

Já a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma) revelou que essa taxa de positividade dos testes realizados em cerca de 3 mil estabelecimentos saltou de 5% no início de dezembro para 20% após o Natal.

LEIA TAMBÉM:

Falta de referências

 

Os especialistas se queixam da falta de transparência e na forma como os números sobre testagem são disponibilizados pelo Governo Federal, os Estados e os municípios.

Para piorar, algumas dessas bases de dados não são atualizadas desde agosto ou outubro.

Um exemplo dessa falta de referências aparece no site Our World In Data. Por lá, não há informações sobre a taxa de positividade de testes realizados no Brasil, o número de testes feitos para cada positivo ou os detalhes de quais são as políticas de testagem adotadas por aqui.

Esses mesmos dados relativos aos países da América do Norte, da Europa, da Oceania e de partes da Ásia e da América Latina estão facilmente disponíveis na plataforma.

Cota, da UFV, também sente na pele essa dificuldade de encontrar as estatísticas de testagem no Brasil.

“É muito complicado achar o número de testes realizados por dia ou por semana. Desde o início da pandemia, as Secretarias Estaduais de Saúde nunca priorizaram essa informação”, comenta.

O físico diz que, para manter o site, ele colhe as estatísticas sobre testagem de um outro repositório, chamado de Giscard.

“É onde encontrei as informações mais confiáveis até agora”, aponta Cota.

Lá, é possível ver o número de testes realizados por Estado, a porcentagem da população que passou pelo exame e a taxa de positividade.

Mas há um outro problema: os dados disponibilizados por algumas secretarias de Saúde estão muito desatualizados.

 

Em mais de dez Estados, como Pará, Mato Grosso e Rio de Janeiro, a última informação disponível sobre testagem é de 2 de outubro, há três meses.

“Infelizmente, o Brasil nunca foi capaz de trazer informações do tipo ‘ontem foram realizados 100 mil testes e 15% deles foram positivos'”, exemplifica Barberia.

“Até hoje, não foi realizada uma comunicação sobre a importância de as pessoas testarem e se isolarem quando o resultado é positivo”, lamenta.

A especialista em políticas públicas da USP faz uma comparação do que ocorreu com a testagem recentemente em dois locais: um nos Estados Unidos e outro no Brasil.

“Nos últimos setes dias, o Estado de Nova York, que tem 19 milhões de habitantes, realizou 1,5 milhões de testes RT-PCR”, informa.

“Já São Paulo, com 40 milhões de habitantes, sequer traz dados atualizados. Temos que nos nortear pelas estatísticas de novembro, em que foram realizados 300 mil testes RT-PCR durante todo o mês no Estado, sendo que dois terços vêm da rede privada de saúde e têm custo elevado”, compara.

Melhor indicador segue paralisado

 

Para completar o cenário de incertezas, o Boletim Infogripe, divulgado semanalmente por representantes da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), não é publicado há mais de 21 dias.

No início de dezembro, o site e os sistemas de informática do Ministério da Saúde sofreram um ataque hacker que até agora não foi 100% solucionado.

O boletim é considerado uma das principais fontes para entender o estágio da pandemia no país. Ele compila e analisa os números de hospitalizações e mortes por Síndrome Aguda Respiratória Grave (SRAG) e indica as tendências de diminuição ou crescimento de casos.

Por lei, os hospitais são obrigados a notificar todos os pacientes com SRAG ao Ministério da Saúde. Em razão da pandemia e da alta circulação do coronavírus, depreende-se que a maioria desses indivíduos esteja mesmo com covid-19.

“Terceira semana consecutiva sem poder fazer a atualização do Boletim Infogripe por conta de entraves técnicos que seguem fazendo com que o ministério não repasse os dados. Em nome da equipe do Infogripe, pedimos desculpas à rede de vigilância nacional e à população”, escreveu no Twitter o pesquisador Marcelo Gomes, coordenador do relatório na FioCruz.

“Não temos como avaliar como está a situação das internações por infecções respiratórias em todo o território nacional. Na última semana de novembro, publicamos um alerta sobre a possível retomada do crescimento em diversos Estados. Como está hoje? Quais são os vírus que estão dominando em cada local? Quais as faixas etárias mais afetadas? Não sabemos…”

“Com isso, a rede [de vigilância] fica na dependência de sistemas próprios, nem sempre equivalentes entre os Estados, e a população fica desinformada ou com acesso apenas a relatos de unidades de saúde específicas”, lamentou.

Também no Twitter, o físico Roberto Kraenkel, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) classificou a situação como “um escândalo que ainda não recebeu a devida atenção”.

“A Polícia Federal e o Ministério da Saúde não explicam claramente o que está acontecendo, nem porque está demorando tanto para restabelecer as bases de dados num momento em que a ômicron está em expansão iminente”, escreveu.

Magno, da Uneb e da Abrasco, destaca mais uma vez a sensação de estar às cegas num momento tão sensível da pandemia.

“A gente não sabe o que está acontecendo agora. Além da testagem muito aquém do ideal, vivemos esse apagão de dados, em que Estados e municípios apresentam dificuldade para divulgar o pouco que tínhamos à disposição”, critica.

Já Cota, da UFV, não aparenta ter muitas esperanças de que as coisas possam se modificar.

“Estamos praticamente completando o segundo ano de pandemia, não conseguimos evoluir na disponibilidade dos dados e não temos nenhuma expectativa de que isso vá melhorar”, avalia.

“Nos resta torcer para que os sistemas sejam restabelecidos para voltarmos ao que tínhamos antes do ataque hacker”, completa.

O que diz o governo

 

No dia 17 de setembro, o Ministério da Saúde lançou o Plano Nacional de Expansão da Testagem para Covid-19.

Nas palavras do ministro Marcelo Queiroga, o principal objetivo era “ampliar a nossa capacidade de testagem”.

“Todos lembram que no começo da pandemia era difícil realizar os testes, porque a infraestrutura, não só do Brasil, mas do mundo todo, não existia. Hoje, os nossos sistemas foram aprimorados com investimento do Ministério da Saúde para realizar testes. E a tecnologia evoluiu, agora nós temos os testes rápidos de antígenos que em 15 minutos nós dão resultados”, discursou.

A previsão era que fossem realizados até o final de 2021 cerca de 60 milhões de testes de antígeno, que dá o resultado em poucos minutos.

Na visão de Barberia, essa quantidade é insuficiente para o tamanho da população brasileira e não sinaliza o início de uma política efetiva para a detecção de novas ondas da covid em território nacional.

“O governo anuncia compras de 20, 40, 60 milhões de testes, que são muito inferiores à capacidade que precisávamos instalar no país”, comenta a especialista da USP.

“E sem contar que esses números precisam estar alinhados a uma estratégia. Quem vai ser testado? Por que? E o que acontece se o indivíduo for diagnosticado com covid? Onde ele ficará isolado? E o que fazer com as pessoas com quem ele teve contato?”, questiona.

“Da forma como são feitos esses anúncios, nunca entendemos de verdade o que será feito.”

A BBC News Brasil entrou em contato com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde e pediu esclarecimentos sobre quatro questões relacionadas à política de testagem e aos anúncios feitos recentemente, como você confere abaixo:

Até a publicação desta reportagem, não recebemos nenhuma resposta.

Fonte/G1

Por André Biernath, BBC

Soja: quebra de safra na área da Coopavel (PR) deve superar 50%

0

As lavouras de soja na região da Cooperativa Coopavel, que atua em 20 municípios do oeste e sudoeste do Paraná, enfim recebem chuvas benéficas nesta terça-feira (4), após 40 dias sem precipitações. As informações são de fonte da cooperativa, que concedeu entrevista exclusiva à Agência Safras. “Espero que chova o dia interno”, comenta. A última chuva havia sido no dia 24 de novembro.

A quebra de safra na região pode superar 50% por causa da estiagem. “Inicialmente, esperávamos 4.080 quilos por hectare. Agora, o rendimento está estimado em 1.990”, lamenta o entrevistado. Na temporada passada, a produtividade média ficou em torno de 3.750 quilos por hectare.

A colheita já iniciou na região e atinge 0,5% da área. “O tempo seco antecipou o ciclo em quase 30 dias, pois fez uma maturação forçada”, explica a fonte. “Pelo menos, vai ser bom para a safrinha”, acrescenta.

Das lavouras restantes, 11% estão em fase de maturação, 62% em enchimento de grão e 27% em floração. A área está estimada em 412 mil hectares para a temporada 2021/22. Na safra anterior, foram 335 mil hectares.

 

POR AGÊNCIA SAFRAS