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Julho terá bandeira verde, sem custos extras nas tarifas de energia

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Condições favoráveis de geração hidrelétrica estão mantidas desde abril do ano passado

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) definiu na última sexta-feira (30/6) que a bandeira tarifária do mês de julho será verde. A sinalização demonstra que não haverá cobrança complementar na conta de energia elétrica em julho para todos os consumidores de energia elétrica conectados ao Sistema Interligado Nacional (SIN).

A manutenção da bandeira verde é um alento para o cidadão, que cada vez mais está alerta para o consumo consciente de energia. Toda a sociedade é beneficiada com as condições de geração favoráveis”

Sandoval Feitosa, diretor geral da ANEEL 

“A manutenção da bandeira verde é um alento para o cidadão, que cada vez mais está alerta para o consumo consciente de energia. Toda a sociedade é beneficiada com as condições de geração favoráveis”, disse o diretor geral da ANEEL, Sandoval Feitosa.

A bandeira verde está vigorando desde abril de 2022 em decorrência das condições favoráveis de geração de energia no país. A ANEEL mantém o posicionamento de que é provável que haja bandeira verde em todo o ano de 2023, a julgar pelos dados disponíveis que permitem a atualização permanente de projeções de acionamento das bandeiras tarifárias.

O SIN é a malha de linhas de transmissão de energia elétrica que conecta as usinas aos consumidores. A bandeira verde indica a melhoria dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas. O mecanismo das bandeiras tarifárias, criado em 2015, tem o objetivo de propiciar transparência ao custo real da energia.

Fonte: Agência Nacional de Energia Elétrica

Com foco em atendimento humanizado e cuidado integral, Ministério da Saúde fortalece assistência para saúde mental no SUS

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O Ministério da Saúde amplia o orçamento da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) com investimento de mais de R$200 milhões em 2023. A iniciativa tem o objetivo de aumentar a assistência na rede de saúde mental no SUS em todo Brasil. Ao todo, o recurso destinado para todos os estados e Distrito Federal será de R$414 milhões no período de um ano. Com os novos valores, o aumento do orçamento da rede chega a 27%. O fortalecimento da política de saúde mental, focada em assegurar dignidade, cuidado integral e humanizado em liberdade, além de reinserção psicossocial e garantia dos direitos humanos, está entre as ações prioritárias do Ministério da Saúde.

Para a ministra Nísia Trindade, a pauta da saúde mental não está referida apenas ao efeito da pandemia. “Ela também tem muito a ver com a solidão que as pessoas vivem, com o individualismo crescente, que muitas vezes se manifesta na dificuldade de interação social. Nesse contexto, assino a portaria que é central para o fortalecimento da Rede de Atenção Psicossocial, criada e muito bem cuidada durante o primeiro governo do Presidente Lula. Desde 2016 não havia nenhum reforço de custeio, então estamos dedicando recursos para a rede e para as residências terapêuticas”, explicou.

“Essa portaria é parte de um processo muito maior. Sem esse reforço, não poderemos fazer a diferença na saúde mental, com uma abordagem humanizada, que considera a cada um dos usuários do SUS como cidadãos e cidadãs. Há muito tempo abandonamos a visão de tutela pela visão do cuidado e da participação”, acrescentou a ministra da Saúde.

O anúncio das novas ações para o fortalecimento da rede foi feito nesta segunda-feira (3), durante a 17º Conferência Nacional de Saúde (CNS), que acontece até o dia 5, em Brasília (DF). O evento reúne representantes da sociedade civil, entidades e movimentos sociais de todo Brasil para debates de temas importantes para o sistema público de saúde, como a saúde mental.

O repasse será direcionado para os 2.855 Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) existentes no país e para os 870 Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT). Ambos terão recomposição do financiamento e os recursos serão incorporados ao limite financeiro de média e alta complexidade de estados, do Distrito Federal e dos municípios com unidades habilitadas.

Além do investimento, o Ministério da Saúde habilitou novos serviços para expansão da rede em todo país. Desde março, foram 27 novos CAPS, 55 SRT, 4 Unidades de Acolhimento e 159 leitos em hospitais gerais – a maioria nos estados do Nordeste. Os novos serviços foram habilitados em Alagoas, Bahia, Maranhão, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Acre, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Para o custeio desses novos serviços serão investidos R$32.389.256,00 ao ano.

Essa iniciativa faz parte da reconstrução da política de saúde mental e da retomada do fortalecimento da rede. Nos últimos seis anos, a RAPS teve um dos mais baixos crescimentos na série histórica desde 2001, com queda nos repasses para custeio e novas habilitações. Em todo mundo e no Brasil, a saúde mental passou a ser uma demanda cada vez maior para os sistemas de saúde, principalmente após a pandemia da Covid-19. Tratar o tema como eixo central e estratégico para o SUS é prioridade do Ministério da Saúde, que está alinhado com as diretrizes da reforma psiquiátrica brasileira.

Assim, fundamentada na garantia da dignidade humana, base da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Política Nacional de Saúde Mental, Álcool e outras Drogas do Ministério da Saúde reassume os princípios da desinstitucionalização e da atenção psicossocial para a promoção do cuidado em liberdade e preservação da cidadania das pessoas que usam os serviços da rede. 

Departamento de Saúde Mental (DESME) 

Diante da importância da saúde mental para todos os brasileiros, o Ministério da Saúde criou o Departamento de Saúde Mental – DESME. Em caráter imediato, o departamento retomou a habilitação de novos serviços de saúde mental, bem como iniciou estudos para a recomposição do custeio dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT).

O Brasil tem hoje uma das maiores redes de saúde mental do mundo internacionalmente reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS). Vários estudos acadêmicos reiteram que a ampliação da oferta de serviços comunitários em saúde mental, diminui a demanda por hospitalização, assegurando mais qualidade de vida para a população.

Sobre o CAPS e SRT 

Os Centros de Atenção Psicossocial – Caps são serviços de saúde de caráter aberto e comunitário voltados aos atendimentos de pessoas com sofrimento psíquico ou transtorno mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool, drogas e outras substâncias, que se encontram em situações de crise ou em processos de reabilitação psicossocial.

Nos estabelecimentos atuam equipes multiprofissionais, que empregam diferentes intervenções e estratégias de acolhimento, como psicoterapia, seguimento clínico em psiquiatria, terapia ocupacional, reabilitação neuropsicológica, oficinas terapêuticas, medicação assistida, atendimentos familiares e domiciliares, entre outros.

O Serviço Residencial Terapêutico (SRT) são casas localizadas no espaço urbano, constituídas para responder às necessidades de moradia de pessoas portadoras de transtornos mentais graves.

17ª Conferência Nacional de Saúde 

As conferências de saúde são espaços de participação popular e diálogo entre gestores e sociedade. Realiza-se a cada quatro anos, desde 1986, para definição e construção conjunta das políticas públicas do SUS. Gestores, fóruns regionais, organizações da sociedade civil, movimentos sociais e muitos outros atores se reúnem neste evento organizado pelo Conselho Nacional de Saúde (CNS) e o Ministério da Saúde.

A edição deste ano tem o lema “Garantir Direitos e Defender o SUS, a Vida e a Democracia – Amanhã vai ser outro dia”. Mais de 2 milhões de pessoas participaram das etapas preparatórias e cerca de 6 mil são esperadas durante os dias de evento em Brasília. Serão debatidas 1 diretrizes e 329 propostas que devem auxiliar a nortear as decisões do Governo Federal para o SUS nos próximos anos.

“Ontem, no primeiro dia do evento, nos sentimos como fênix, renascendo das cinzas. Esse é o nosso sentimento. É uma reunião de várias gerações, com especial destaque para os jovens, que participam dessa conferência. Esse é um momento histórico, num país onde há o maior índice de homicídios de lideranças de movimentos sociais na cidade e no campo. Apesar do clima de alegria desse evento, não posso deixar de reforçar a importância de retomar a democracia com a forte participação social. E a saúde mental é um tema central nessa agenda”, concluiu a ministra Nísia Trindade.

Ministério da Saúde

Política de cotas nas universidades é debatida na Câmara

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O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão (Secadi), participou de audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados sobre o Projeto de Lei nº 5.384/2020, em 29 de junho. Esse Projeto de Lei torna permanente a política de reserva de vagas nas universidades federais para pretos, pardos, indígenas, pessoas com deficiência e estudantes de escolas públicas.  

O motivo do debate se deu porque a Lei das Cotas nas Universidades (Lei nº 12.711/2012) previa uma revisão dez anos depois de sua publicação, o que não ocorreu em 2022. O objetivo do Projeto de Lei em debate é evitar o retrocesso em uma possível revisão da Lei. A reunião foi solicitada pela deputada Dandara Tonantzin Silva Castro (PT-MG). 

O MEC foi representado pela secretária da Secadi, Zara Fiqueiredo, que considerou o momento do debate histórico. Também pontuou que o primeiro entendimento do MEC sobre o prazo de revisão da Lei das Cotas não pode ser confundido com vigência. “Para nós, isso é o passo inicial, é o passo mais importante. Não temos que discutir se a cota vai exceder a vigência ou não, essa discussão está superada no Ministério da Educação”, ponderou.  

Zara Figueiredo esclareceu que o compromisso do governo do presidente Lula, bem como da gestão do Ministro de Estado da Educação, Camilo Santana, é que as cotas raciais, étnico-raciais, não sejam apenas um instrumento que representa o acesso à universidade.  

De acordo com a secretária da Secadi, o Tribunal de Contas da União (TCU) publicou o Acordão nº 2.376/2022, no qual são apresentados quatro pontos que ainda precisam ser melhorados na política para estudantes negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência. Os pontos foram: revisão no quesito distorção de renda, prevenção a fraudes, melhoria do Programa Bolsa Permanência e do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) para negros, quilombolas, indígenas e pessoas com deficiência 

Diante disso, o MEC encomendou quatro estudos para analisar o pedido do TCU e que serão apresentados ao Tribunal de Contas da União. “Esse é o compromisso deste governo. O Brasil voltou, o MEC voltou e as cotas permanecem. E se tem qualquer questão em relação às cotas, é importante dizer que elas permanecem e, se houver algo que nós tenhamos que mexer, será apenas para deixá-las ainda mais potentes”, finalizou Zara Figueiredo.  

 

Assessoria de Comunicação do MEC, com informações da Agência Câmara de Notícias 

Mapa divulga Anuário da Cerveja 2022

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O Brasil é o terceiro maior produtor de cerveja do mundo, atrás da China e dos Estados Unidos e deve alcançar, em 2023, o volume de vendas de 16,1 bilhões de litros, um crescimento de 4,5% em relação a 2022, de acordo com dados da empresa de mercado Euromonitor International, para o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja – Sindicerv. Em 2022, as cervejarias brasileiras registraram crescimento de 11,6%, em relação a 2021.

Os dados são do Anuário da Cerveja 2022, publicação do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), que apresenta os números relativos ao registro de estabelecimentos e produtos junto ao órgão.

Em parceria com o Mapa, o Sindicato Nacional da Indústria da Cerveja, entidade que representa a indústria nacional de cerveja e suas cadeias produtivas, promove na quarta-feira (5/7), a partir das 19h, no Espaço Renata La Porta, em Brasília, o evento “Confraria Sindicerv: Números do Setor” para divulgar os principais resultados da publicação.

Serviço: Confraria Sindicerv – Anuário da cerveja 2022
Data: Quarta-feira, 5 de julho de 2023
Local: Espaço Renata La Porta, no Setor de Habitações Individuais Sul EQI 9/11 Bloco D – Lago Sul, em Brasília.
Horário: 19h – 00h

Credenciamento: Profissionais de imprensa interessados em fazer a cobertura do evento devem confirmar presença até o dia 3/7 pelos e-mails [email protected]; [email protected] e [email protected]

Agricultura e Pecuária

Idaron publica instrução normativa com critérios para entrada, trânsito, processamento e comercialização de cítricos em RO

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Orange garden in sunlight with ripe orange fruits on the sunny trees and fresh green leaves. Mediterranean natural agricultural background

Uma das novidades do texto é a obrigatoriedade de cadastro na Idaron, dos comércios que trabalham com cítricos.

 

Já está em vigor a Instrução Normativa nº 11, de 14 de junho de 2023, que foi editada pela Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril do Estado – Idaron para estabelecer critérios e procedimentos à entrada, trânsito, processamento e comercialização de frutos cítricos em Rondônia. O objetivo da IN é prevenir a contaminação das lavouras pelo cancro cítrico (Xanthomonas citri subsp. Citri), prevenindo perdas de produção e econômicas aos produtores rurais.

A medida é adotada em atenção à Instrução Normativa nº 21, de 25 de abril de 2018, do Ministério da Agricultura e Pecuária – Mapa, que institui em todo o território nacional os critérios e procedimentos para o estabelecimento e manutenção do status fitossanitário relativo ao cancro cítrico.

De acordo com o texto, pessoas físicas ou jurídicas, que mantém alguma relação com a produção com fins comerciais ou com a comercialização de cítricos, devem ser cadastradas na Idaron. “Ou seja, qualquer pessoa que tiver produção de citros e tiver a pretensão de vender, tem que ter cadastro na Agência”, explica o Gerente de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira.

O prazo para adequação às normas da resolução é de 120 dias, a partir da publicação da IN, o que aconteceu no último dia 15 de junho (Na página 206 do Diário Oficial do Estado). “O cadastro, tanto da pessoa física quanto jurídica, pode ser feito em qualquer unidade da Agência Idaron”, salienta Jessé.

Dentre os documentos exigidos, deve ser apresentado termo de compromisso com responsável técnico habilitado para emitir Certificado Fitossanitário de Origem, para pragas cítricas. “O regramento visa proteger a produção agrícola do Estado, portanto, tanto o produtor quanto o comerciante devem estar atentos ao que é exigido”, explica o presidente da Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.

Objetivo é evitar a introdução da praga na produção de citros em Rondônia.

“Há muitos pontos a serem observados e algumas adequações a serem feitas a fim de mitigar o risco da introdução da praga em Rondônia, um deles, por exemplo, é que os estabelecimentos deverão ter equipamento e instalações adequadas para separação dos lotes, processamento e higienização dos frutos cítricos e também para desinfestação ou expurgo de caixarias, materiais de colheita, veículos e outros materiais ou objetos suscetíveis de disseminar praga”, destaca Julio Peres, citando algumas das medidas que devem ser adotadas pelo comércio.

Para o Governador do Estado, Coronel Marcos Rocha, qualquer medida que venha a contribuir com o bom desenvolvimento da produção e da economia é bem vinda. “Nenhuma instrução normativa é editada pelo Governo do Estado com fins de prejudicar o produtor ou o empresário. Nosso esforço é pela pujança do setor agrícola, e manter nossos pomares livres de qualquer praga é uma de nossas prioridades”, acentua Marcos Rocha.

ATUAÇÃO DA IDARON

Anualmente a Agência Idaron realiza levantamento de pragas na citricultura. Durante a ação, em maio deste ano, foi detectada ocorrência de cancro cítrico no município de Novo Horizonte do Oeste. O foco foi confirmado por meio de análise laboratorial. Após a confirmação, o controle foi realizado no início deste mês, com erradicação das plantas contaminadas. “O objetivo é evitar a disseminação da praga para novas áreas e proteger a citricultura da região, conforme previsto na Instrução Normativa Nº 21 de 25 de abril de 2018 do Ministério da Agricultura”, salienta João Paulo de Souza Quaresma, responsável pelo Programa de Controle de Pragas da Idaron.

Antes do corte das árvores doentes, servidores de diversos municípios estiveram na propriedade, em atividade de educação sanitária, para conhecer os sintomas e danos causados pela praga.

Após o controle do foco, os trabalhos continuaram durante o mês de junho, com levantamento em todas as propriedades no raio de um quilômetro em torno da propriedade foco, sendo realizada inspeção em todas as plantas cítricas. “Não foram constatadas novas ocorrências da praga”, enfatizou João Paulo.

CANCRO CÍTRICO

O cancro cítrico é causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri e constitui-se em uma das principais ameaças à citricultura, afetando todas as espécies e variedades de citros de importância comercial. A praga é originária da Ásia e, no Brasil, foi constatada pela primeira vez no ano de 1957, nos estados de São Paulo e Paraná.

A bactéria causadora da doença é disseminada principalmente por mudas, sendo que mudas cítricas provenientes de outros Estados são a principal causa da entrada dessa praga no Estado de Rondônia. A doença também pode ser disseminada por meio de frutos, sacarias, caixas de transporte e ferramentas contaminadas.

A ocorrência da doença causa prejuízos à economia, sendo proibida a comercialização de frutos de mesa com lesões de cancro cítrico para outros Estados da Federação, além de causar prejuízos diretos à produção.

Para evitar a instalação da doença em Rondônia, é importante que a população notifique a Agência Idaron sobre possíveis casos de ocorrência de cancro cítrico.

Fux defende que juiz das garantias seja compatibilizado com outros princípios constitucionais

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Pedido de vista do ministro Dias Toffoli suspendeu, nesta quarta-feira (28), a análise do Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) das regras que instituem o juiz das garantias. Ao concluir seu voto, iniciado na semana passada, o ministro Luiz Fux (relator) considerou as ações parcialmente procedentes no sentido de que alguns dispositivos sejam interpretados com base na Constituição Federal. O julgamento prosseguirá no dia 9 de agosto, data designada pela presidente da Corte, ministra Rosa Weber.

Outros países

Relator das Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 6298, 6299, 6300 e 6305), o ministro Luiz Fux observou que a experiência de outros países com o juiz das garantias não é a mesma prevista na lei brasileira. Entre as diferenças, observou que, em alguns países, o juiz atua como delegado de polícia, integra a carreira do Ministério Público e pode decretar, de ofício, quaisquer medidas.

Falta de infraestrutura

O relator salientou que tribunais estaduais e federais se manifestaram, de forma inequívoca, no sentido de que as novas regras violam o princípio da razoável duração do processo e da reserva do possível. Essas cortes sustentam que a implementação do juiz das garantias elevará custos em R$ 12 milhões por ano e que a atual falta de infraestrutura impediria o bom andamento dos processos criminais, aumentando o tempo de tramitação e gerando a prescrição.

Usina de nulidade

Para Fux, alguns dispositivos devem ser interpretados de modo a torná-los compatíveis com outros direitos e princípios protegidos pela Constituição. A seu ver, o Plenário do STF tem a responsabilidade de enfrentar todas as nuances e sutilezas questionadas, a fim de evitar que o instituto seja “gerador de uma usina de nulidades”.

Videoconferência

Em relação à possibilidade da realização de audiência de custódia por videoconferência, Fux a considerou um meio apto para verificar a integridade do preso e garantir seus direitos e ressaltou que seu uso é fomentado pela legislação brasileira há tempos e agiliza a tramitação dos processos. Para ele, não aceitar essa modalidade de audiência é um retrocesso.

Audiências

Já a exigência de audiência pública e oral para a prorrogação de medidas cautelares e de nova audiência para decidir sobre produção antecipada de provas foi considerada inadequada pelo relator. “Isso inviabiliza por completo a efetividade da investigação. Se levarmos em conta o número de inquéritos e todas essas medidas, os processos penais não chegarão a tempo de evitar a impunidade e a prescrição”, disse.

Liberação automática do preso

Outra questão examinada foi a liberação automática do preso se a investigação não for concluída após a prorrogação de 15 dias. No entendimento do relator, é necessário haver prazos mais amplos para o oferecimento da denúncia e não é razoável que a prisão seja relaxada automaticamente nessas situações.

Rodízio

Por invasão de competência em matéria de organização judiciária, Fux também votou pela inconstitucionalidade da regra que estabelece um sistema de rodízio de magistrados nas comarcas em que houver apenas um juiz. O relator entendeu, ainda, que cabe aos tribunais decidir sobre a oportunidade e o modo de instalação das varas do juiz das garantias sem previsão de impedimento, sob pena de violação ao princípio do juiz natural.

Arquivamento

Em relação à alteração do procedimento de arquivamento de inquérito policial, o relator considerou inconstitucional a criação de nova competência institucional do MP para revisar todos os arquivamentos de inquéritos policiais e procedimentos investigatórios criminais. Na visão do ministro, o Congresso Nacional desconsiderou os impactos sistêmicos e financeiros da nova regra.

EC/CR//CF

Aprovada autorização para mudança de taxa de juros em empréstimos externos

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A nova resolução abrange os contratos externos de que trata a Resolução do Senado Federal 50, de 1993, que dispõe sobre as operações de financiamento externo com recursos orçamentários da União. O projeto autoriza o Poder Executivo a realizar aditamentos para mudança da taxa de juros de contratos externos de financiamento, renegociação ou rolagem de dívida, que estejam baseados na London InterBank Offered Rate (Libor) ou na European Interbank Offered Rate (Euribor). As novas taxas poderão ser as que vierem substituí-las no mercado internacional. O relatório salienta que a medida buscará a manutenção da situação financeira da União nos referidos contratos.

A votação do projeto foi antecedida pela análise do pedido de urgência para a análise do projeto, aprovado também em votação simbólica.

Fonte: Agência Senado

PF deflagra operação para combater desvios de recursos públicos em RO

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Foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão em oito municípios do estado; estima-se que o dano causado ultrapasse os R$ 5 milhões

A Polícia Federal deflagrou a Operação Gold Plating, nesta terça-feira, 27/6, com atividade simultânea nos municípios rondonienses de Ji-paraná, Cacoal, Presidente Médici, Urupá, Nova Mamoré, Buritis, Guajará-Mirim e Porto Velho, a fim de combater desvios de recursos públicos cometidos por associação criminosa.

A ação, realizada em conjunto com Controladoria Geral da União (CGU), Tribunal de Contas do Estado de Rondônia, Receita Federal do Brasil e GAECO/Ministério Público do Estado de Rondônia, mobilizou cerca de 60 policiais federais.

Foram cumpridas buscas nas prefeituras de Ji-Paraná, Cacoal, Presidente Médice, Urupá, Nova Mamoré, Buritis, além da Sede do Consórcio Intermunicipal da região Centro Leste de Rondônia (Cimcero) – associação pública, situada em Ji-Paraná, e, ainda, dois escritórios de contabilidade, uma empresa situada em Guajará-Mirim e cinco residências em Porto Velho e Ji-Paraná.

Os investigados responderão pelos crimes de associação criminosa, peculato, frustração ao caráter competitivo do certame, superfaturamento de preços, direcionamento de licitação, reequilíbrio econômico fraudulento, formação de cartel, sonegação fiscal, cujas penas somadas podem chegar a 36 anos de prisão.

Estima-se que o dano causado ultrapasse os R$ 5 milhões, valor que poderá ser ainda maior, após as análises dos materiais apreendidos.

A investigação se iniciou a partir da elaboração da nota técnica conjunta da CGU e TCE/RO que detectou a associação, direcionamento, sobrepreço na contratação de Tubos corrugados PEAD fornecidos pelas empresas Implemaq e N.V. parafusos, por meio de adesão a atas de registro de preços instituídas pelo Cimcero.

Apurou-se uma adesão suspeita de vários municípios rondonienses às atas do Cimcero, embora as contrações fossem desvantajosas aos entes públicos. Foi constatada a participação exclusiva de um mesmo grupo empresarial em certames milionários, para aquisição de bens comuns, que em regra atraem inúmeros interessados. Há indícios da participação de funcionários públicos que facilitaram o esquema criminoso.

O nome da operação significa “banhado a ouro” em referência ao superfaturamento no preço dos tubos PEAD fornecido pelas empresas dos alvos, adquiridos pelas prefeituras dos municípios rondonienses por meio de caronas de ata.

 

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

Assembleia aprova projeto para compra de merenda escolar de agroindústrias

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Aquisição exige selos de inspeção municipal, estadual e federal.
A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aprovou o Projeto de Lei 13/2023, que dispõe sobre a compra de pescados utilizados no cardápio da merenda escolar da rede pública estadual de ensino, diretamente das agroindústrias, com selos de inspeção municipal, estadual e federal. A votação aconteceu durante as sessões desta quarta-feira (28).

O Projeto de Lei 13/2023, de autoria do deputado estadual Alex Redano (Republicanos), determina que o pescado seja comprado diretamente das agroindústrias. A exigência de selos de inspeção municipal, estadual e federal tem a finalidade de assegurar a qualidade e segurança alimentar.

Os parlamentares também aprovaram, nas sessões desta quarta-feira, o Projeto de Lei 33/2023, de autoria do deputado Alan Queiroz (Podemos), que dispõe sobre o repasse do incentivo estadual aos Agentes Comunitários de Saúde, Agentes de Controle de Endemias, Agentes de Saúde Indígena, Agentes de Saúde Pública, Agentes de Vigilância Epidemiológica e aos Guardas de Endemias.

Ambas as proposições foram aprovadas por todos os deputados presentes e seguem para a sanção do Poder Executivo. Nas sessões da última terça-feira (27), os deputados aprovaram requerimentos, projetos de decreto legislativo, projetos de lei, de resolução, e ainda discutiram sobre veto do Poder Executivo. Veja as proposições aprovadas nas duas sessões.

Projetos de Lei aprovadas:

– 39/2023, de autoria do deputado Cássio Gois (PSD) – dá nova redação ao artigo 6° da Lei n° 853, de 30 de novembro de 1999, que “dispõe sobre a taxa de fiscalização e utilização efetiva ou potencial de serviços do Corpo de Bombeiros militar do estado de Rondônia ou posto à disposição do contribuinte”.

– 1657/2022, de autoria do deputado Ismael Crispin (PSB) – dispõe sobre a proibição do aumento do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) que for reduzido em ano eleitoral.

– 42/23, de autoria do deputado Ismael Crispin – dispõe sobre a divulgação através de cartazes fixados nas farmácias e drogarias do estado de Rondônia, com indicação dos hospitais, emergências e postos de saúde mais próximos.

– 79/2023, autoria do deputado Ismael Crispin – dispõe sobre a instalação de princípios, métodos e técnicas da “Justiça Restaurativa” para a solução de conflitos no ambiente escolar na rede estadual de ensino.

– 49/2023, autoria do deputado Edevaldo Neves (Patriota) – institui o “Dia Estadual do Motorista por Aplicativo” no calendário oficial do estado, a ser comemorado no dia 17 de maio de cada ano.

– 50/2023, autoria da deputada Ieda Chaves (União Brasil) – dispõe sobre a incorporação da nomenclatura Pessoa com Deficiência (PcD) por empresas e estabelecimentos privados, no âmbito do estado de Rondônia.

– 104/2023, de autoria do deputado Delegado Camargo (Republicanos) – reconhece a Língua Brasileira dos Sinais (Libras) oficialmente, no âmbito do estado de Rondônia.

– 96/2023, de autoria do deputado Delegado Camargo – dispõe sobre a concessão de prioridade na travessia por balsas ou similaridades no âmbito do estado de Rondônia.

– 97/2023, de autoria do deputado Luís do Hospital (MDB) – autoriza lojas e estabelecimentos comerciais a oferecer, por meio digital, o acesso ao Código de Defesa do Consumidor aos clientes, no âmbito do estado de Rondônia.

– 100/2023, de autoria do deputado Alan Queiroz (Podemos) – dispõe sobre a realização permanente de campanhas nas escolas públicas e particulares do ensino fundamental e médio do estado de Rondônia, de valorização e respeito ao trabalho do professor.

– 103/2023, de autoria do deputado Luís do Hospital – institui o Dia do Profissional de Defesa Sanitária Agropecuária no estado de Rondônia.

– 99/2023, de autoria do deputado Delegado Lucas (PP) – dispõe sobre a obrigatoriedade de empresas, que prestam serviço público de transporte intermunicipal, no âmbito do estado de Rondônia, a disponibilizarem assentos das crianças ou adolescentes, próximos a de seus responsáveis, e dá outras providências.

– 80/2023, de autoria do deputado Laerte Gomes (PSD) – as escolas pertencentes à rede pública estadual de ensino ficam obrigadas a efetivar a disponibilização das quadras esportivas e demais dependências do estabelecimento de ensino, nos finais de semana, feriados e períodos de recesso letivo, para atender à comunidade em seu entorno.

– 86/2023, de autoria do deputado Affonso Cândido (PL) – institui no calendário oficial do estado de Rondônia, do Dia do(a) Representante Comercial a ser celebrado, anualmente, no dia 4 de março e dá outras providências.

– 55/2023, de autoria do deputado Alan Queiroz – institui, no calendário oficial do estado de Rondônia, o Dia do Metodista Wesleyano(a) e dá outras providências.

– 106/2023, de autoria do deputado Delegado Lucas – altera a redação do inciso II do artigo 37 da Lei 3.686, de 8 de dezembro de 2015, que “dispõe sobre o Sistema de Licenciamento Ambiental do estado de Rondônia e dá outras providências.

– 41/2023, de autoria do deputado Cirone Deiró (União Brasil) – institui, no calendário oficial do estado de Rondônia, a “Semana Estadual de Conscientização sobre a Fibromialgia”.

– 76/2023, de autoria da deputada Rosângela Donadon (União Brasil) – garante direito prioritário com identificação visual na pulseira colorida de classificação aos usuários com Transtorno do Espectro Autista (TEA) da rede pública de saúde do estado de Rondônia.

– 102/2023, de autoria da deputada Cláudia de Jesus (PT) – institui o Dia Estadual da Mulher Camponesa, no âmbito do estado de Rondônia, a ser celebrado anualmente no dia 14 de julho.

– 98/2023, de autoria do deputado Cirone Deiró – altera e acrescenta dispositivos à Lei estadual nº 1.307, de 15 de janeiro de 2004, e revoga o art. 10, inciso VI, §1º, do Decreto nº 26.294, de 6 de agosto de 2021, em conformidade com a Portaria Federal nº 1.579, de 25 de novembro de 2022, que prevê o prazo de 5 anos para renovação do Passe Livre, no âmbito do estado de Rondônia.

Projetos de Resolução:

– 7/2023, de autoria do deputado Delegado Lucas – altera e acrescenta dispositivos à Resolução nº 386, de 8 de novembro de 2017, que “cria no âmbito da Assembleia Legislativa do estado de Rondônia, a Biblioteca Deputada Lúcia Tereza Rodrigues dos Santos” e dá outras providências.

– 33/2023, de autoria do deputado Delegado Camargo – acrescenta o artigo 151-A no Regimento Interno da Assembleia Legislativa do estado de Rondônia, que dispõe sobre a contagem processual dos prazos das comissões e das sessões plenárias.

– 34/2023, de autoria da Mesa Diretora – transfere temporariamente a sede do Poder Legislativo para o Teatro Estadual Palácio das Artes no dia 12 de julho de 2023 para a realização de sessão solene legislativa extraordinária.

– 35/2023, de autoria da Mesa Diretora – institui o Sistema Eletrônico de Informações (SEI) como o sistema de processo eletrônico administrativo, no âmbito do Poder Legislativo do estado de Rondônia e dá outras providências.

Veto mantido:  

– VT 26/23 – Veto total ao Projeto de Lei nº 21/2023, de autoria do Deputado Delegado Camargo, que “dispõe sobre a cessão de armamento das polícias civil e militar às guardas municipais, no âmbito do estado de Rondônia.”

A população pode acompanhar as sessões presencialmente, ou pelo canal da TV Assembleia, 7.2, ou ainda pelo canal no YouTube. As sessões ordinárias acontecem às terças-feiras, às 15h, e às quartas-feiras, às 9h. Mais informações acerca dos projetos podem ser encontradas no Sistema de Apoio ao Processo Legislativo (Sapl

Política de alfabetização já teve adesão de 3.740 municípios

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O Compromisso Nacional Criança Alfabetizada já teve a adesão de 3.740 dos 5.570 municípios brasileiros, o que representa 67%. Além disso, a adesão à nova política de alfabetização do Governo Federal já foi formalizada por 22 estados mais o Distrito Federal. A adesão ocorre por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), em que municípios e estados realizam a adesão voluntária à política desenvolvida pelo Ministério da Educação (MEC) para garantir a alfabetização de 100% das crianças brasileiras ao final do segundo ano do ensino fundamental. 

Instituído pelo Decreto 11.556/2023, o Compromisso foi lançado em 12 de junho, pelo Governo Federal e o MEC, em Brasília (DF). O objetivo é subsidiar ações concretas dos entes federativos, para a promoção da alfabetização de todas as crianças do país. A nova política de alfabetização terá um investimento de cerca de 1 bilhão, em 2023, e mais R$ 2 bilhões durante os próximos três anos. 

Adesão – de acordo com o Decreto, a vinculação do município, estado ou Distrito Federal ocorrerá por meio de adesão voluntária, mediante decisão do chefe do Executivo do ente federado ou de seu representante.    

Cada estado, em colaboração com os municípios, elaborará a sua política territorial, de maneira a dar conta de suas especificidades. Nessa rede, cabe à União apoiar, técnica e financeiramente, os entes federados na medida das suas necessidades e também reconhecer e valorizar os esforços gigantes que esses entes já têm mobilizado no sentido de alfabetizar todas as crianças.    

Para a destinação do apoio, alguns critérios serão observados, como a proporção de crianças não alfabetizadas; as características socioeconômicas, étnico-raciais e de gênero; e a presença de crianças que compõem o público-alvo da educação especial inclusiva.  

A adesão de cada ente federado implica a responsabilidade de promover a melhoria da qualidade do processo e dos resultados de alfabetização, com atenção à redução das desigualdades de aprendizagem entre estudantes em sua esfera de competência. 

Passo a passo – após acessar o Simec, o(a) secretário(a) de educação deve realizar o login com CPF e senha ou acessar pela conta gov.br. Depois disso, é necessário clicar na aba “PAR 4” e selecionar o estado ou município.  

Após essa etapa, é preciso acessar no canto inferior direito da tela o botão vermelho e selecionar “Programas do MEC”. Em seguida, clicar no banner do Compromisso Nacional, ler as informações da apresentação e clicar em avançar. Por fim, basta ler o termo de adesão e clicar em aderir.  

Confira, a seguir, o passo a passo: 

 

Conheça a cartilha com principais informações sobre a nova política de alfabetização
Saiba mais sobre o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada
Planilha de Adesão Estados | 26/6/2023 
Planilha de Adesão Municípios | 26/6/2023 

Assessoria de Comunicação Social do Ministério da Educação (MEC), com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB)