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Renegociação e desoneração podem ser votadas antes do recesso, diz Pacheco

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O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, anunciou nesta terça-feira (25) a concordância do Ministério da Fazenda com propostas que tratam da renegociação das dívidas dos estados, da compensação da desoneração da folha de pagamento de 17 setores da economiaf e de projetos que ampliam a arrecadação do governo. Ele destacou que essas matérias deverão ser votadas no Senado antes do recesso parlamentar, para depois serem enviadas à apreciação da Câmara dos Deputados.

Pacheco falou à imprensa após reunião mantida com o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, e lideranças políticas. O presidente do Senado classificou a reunião, que tratou prioritariamente da dívida dos estados, de “positiva e definidora”, e disse que as sugestões apresentadas para o equilíbrio federativo entre estados endividados e a União serão levadas pelo Ministério da Fazenda ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Todos os estados e o Distrito Federal têm dívidas com a União, somando R$ 764,9 bilhões. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul respondem por 89,4% do total de dívidas (R$ 683,9 bilhões).

— Devemos então agilizar esse projeto já imediatamente com a concordância do Executivo e Legislativo para resolver esse problema. Em linhas gerais, é a possibilidade de entrega de ativos dos estados para amortização e pagamento da dívida com a União. O Ministério da Fazenda e o governo federal anunciam a possiblidade da entrega desses ativos como parte de pagamento e amortização da dívida. Em segundo lugar, a redução do indexador de juros. — afirmou.

Pacheco disse que deverá se reunir com os governadores de vários estados nesta quarta (26) para discutir essas propostas e aprová-las no Senado, antes mesmo do recesso parlamentar — de duas semanas em julho —, e enviá-las em seguida à Câmara dos Deputados.

— Só dependemos de fato da concordância do presidente da República. Havendo essa concordância, é preciso reconhecer o enorme esforço do Poder Executivo e do próprio presidente Lula na solução desse problema federativo dos estados endividados. Nos próximos dias já haverá a apresentação do projeto e espero vê-lo aprovado — afirmou.

Desoneração

Pacheco também apontou um “encaminhamento positivo e definitivo” em relação à questão da desoneração da folha de pagamento dos 17 setores da economia.

— Há um projeto do senador Efraim Filho, relatado pelo senador Jaques Wagner, que é o líder do governo, justamente no sentido de darmos a compensação devida na linha do que é exigido pela decisão do ministro Cristiano Zanin, do STF. Muitas ideias surgiram e vão ser materializadas nesse projeto que envolvem basicamente um programa de repatriação de recursos no exterior, um programa de atualização de ativos, e um programa de equacionamento de multas em agências reguladoras, um programa do tipo Desenrola, para poder regularizar aqueles que têm dívidas nessas agências reguladoras e que possam ter um estímulo para o seu pagamento com redução de juros e multas sobre essas obrigações.

Pacheco ressaltou que, tanto em relação à dívida dos estados quanto em relação ao equacionamento da desoneração da folha de pagamentos, existe agora uma perspectiva concreta de aprovação desses dois temas no Legislativo.

— Esses temos têm que ser retirados do rol das prioridades para possibilitar o avanço em outras pautas propositivas para o Brasil. Tanto a desoneração quanto a dívida têm travado um pouco o debate e exigido energia de todos para vê-los solucionados. Acredito muito na solução nos próximos dias.

Pacheco ressaltou ainda que a taxação das importações, a adoção de um programa de pagamento de multas em agências reguladoras e a repatriação de ativos do exterior vão superar os R$ 17 bilhões necessários para fazer frente à desoneração da folha de pagamento.

Dívida dos estados

Durante a entrevista, o presidente do Senado defendeu também a aprovação de uma solução para a dívida dos estados endividados.

— Em relação à redução da alíquota incidente sobre a dívida dos estados, hoje é IPCA de correção, mais 4%, limitado a Selic. Esses 4% poderiam ser transformados em virtude de prêmio àqueles estados que entregarem ativos como pagamento. Ao invés de se pagar a União esses juros, poder convertê-los em investimentos no próprio estado, tanto em educação, em percentual que haverá de ser considerado, sobretudo educação profissionalizante — afirmou.

Pacheco anunciou a concordância do Poder Executivo de que investimentos possam ser feitos em infraestrutura e em segurança, nesta a título de investimento, e não de custeio.

— Isso é o anuncio inicial de se poder fazer a contrapartida dos juros da dívida com investimentos no próprio estado. Se isso se concretizar, há uma demonstração do governo federal de compromisso com a solução do problema da dívida dos estados, porque hoje há um indexador muito alto, há uma ilusão de que o regime de recuperação fiscal resolve o problema, muito ao contrário, ele adia o problema, sacrifica servidores públicos e ativos do próprio estado, então é uma forma que o governo federal tem de estimular os estados a pagar efetivamente as suas obrigações, e ao mesmo tempo permitindo que esses estados, em vez de pagar juros para a União, possam fazer investimentos em seu próprio território, para sua própria população — disse Pacheco.

STF e drogas para consumo

A respeito do debate no Supremo Tribunal Federal sobre a descriminalização do porte de maconha para uso pessoal, Pacheco disse que a decisão deve ser respeitada, e que eventual discordância deve ser contestada por meio de recurso ou de leis a serem votadas no Congresso Nacional e sem hostilidades a decisões judiciais. O presidente do Senado reiterou que discorda da decisão do STF, e que uma descriminalização só pode se dar pelo processo legislativo, e não por uma decisão judicial.

— Há um critério técnico para se dizer se uma substância deve ser considerada um entorpecente ilícito ou não, e há um rol nesse sentido estipulado pela administração pública através da Anvisa. O Senado fez sua parte em relação a isso. Foi apresentada uma proposta de emenda à Constituição que absolutamente não inova, ela busca disciplinar a política antidrogas no Brasil da forma como está, sem a ruptura de uma descriminalização a partir de uma decisão judicial. A PEC diz que a lei considerará crime o porte de substancia ilícita de entorpecente. A consequência de quem porta para consumo uma substância ilícita [definida pela Anvisa, e não pelo Congresso Nacional ou Poder Judiciário] não pode ser prisão, não pode prender usuário. Mas é preciso ter uma consequência jurídica, porque aquela mesma substância, momentos antes, estava na mão de alguém que pratica um crime hediondo [de tráfico ilícito de entorpecente].

Pacheco ressaltou ainda que “quando se tem uma decisão que descriminaliza uma parte sem descriminalizar a outra, você acaba punindo severamente alguém que repassou, e aquele que detém a mesma substância entorpecente não tem consequência jurídica alguma, porque há uma lacuna legislativa em relação a isso”.

— Não é uma discussão sobre se a maconha faz mal ou não, se deve ser legalizada ou não, essa discussão até pode existir mesmo e é bom que haja essa discussão, eu vou ter até a minha opinião em relação a ela, mas é uma discussão de método e de forma. Quando se descriminaliza uma conduta que é típica e criminalizada pelo Poder Legislativo, e isso se dá por uma decisão judicial, isso gera realmente uma distorção grande no ordenamento jurídico e no próprio combate a esse tipo de crime no Brasil. Ainda que se descriminalize a conduta de quem porta para consumo, a lógica é: aquele que porta para consumo necessariamente, no Brasil, adquiriu de um traficante, que comete crime hediondo porque não há local para comprar. Isso é um defeito que nos vamos er que corrigir em algum momento — esclareceu.

Jogos

Em relação ao projeto de lei que autoriza o funcionamento de cassinos e bingos no Brasil, legaliza o jogo do bicho e permite apostas em corridas de cavalos, Pacheco disse que o tema deverá ser apreciado de forma democrática pelos senadores. O texto já foi aprovado na Comissão de Justiça e Cidadania (CCJ) e agora será votado em Plenário.

— Esse tema já está suficientemente discutido, quem é a favor é a favor, quem é contra é contra, cada qual tem seus argumentos, e é muito importante que democraticamente se submeta ao voto da maioria do Senado, e o que prevalecer na maioria do Senado vai ter que ser respeitado, ou rejeitando o projeto ou mandando à sanção do presidente da República.

Precatórios  

Na entrevista, Pacheco também defendeu a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 66/2023, que estabelece medidas para aliviar as contas dos municípios. Ele destacou que o texto — que reabre o prazo para que as prefeituras parcelem dívidas com a Previdência Social e define limites para o pagamento de precatórios — deverá contar com um consenso entre os Poderes para ser submetido à votação. A proposição do senador Jader Barbalho (MDB-PA) recebeu um substitutivo do relator, senador Carlos Portinho (PL-RJ), e segue para o Plenário. De acordo o autor da matéria, a dívida previdenciária dos municípios totalizava R$ 190,2 bilhões em 2022.

— A PEC é muito importante para os municípios do Brasil. O Ministério da Fazenda está terminando os estudos relativamente ao que concorda o Poder Executivo em relação a essa composição das dívidas previdenciárias dos municípios e da dívida de precatórios. A nossa proposta é que possa haver a partir dessa PEC um programa de parcelamento das dívidas previdenciárias ao longo de um prazo maior que os 60 meses atuais, eventualmente de 120 meses ou mais do que isso, reduzindo o indexador e limitando a parcela a um percentual da receita corrente liquida dos municípios, e um limite do pagamento dos precatórios — concluiu.

Fonte: Agência Senado

FICCO/RO deflagra a Operação Integratis Publicae contra corrupção no sistema penitenciário

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Na ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além do afastamento de dois servidores públicos em Porto Velho
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Porto Velho/RO. A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado de Rondônia (FICCO/RO) deflagrou a Operação Integratis Publicae, nesta terça-feira (25/6), para apurar crimes de corrupção cometidos no sistema penitenciário do estado. Na ação, foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão, além do afastamento de dois servidores públicos em Porto Velho.

De acordo com as investigações, constatou-se que policiais penais estaduais recebiam valores para introdução de objetos no interior de presídios locais. Identificou-se, também, a participação de um advogado no esquema criminoso.

Diante dos fatos, as apurações dos crimes de corrupção ativa e passiva seguirão a fim de identificar outros envolvidos nos delitos

A FICCO/RO é composta pela Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Penal e Secretaria Nacional de Políticas Penais (SENAPPEN), tendo como objetivo a atuação conjunta e integrada no combate ao crime organizado em Rondônia.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia
(69) 3216-6273

PF apura manipulação de resultado em campeonato brasileiro de futebol da série D

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A Polícia Federal deflagrou, nesta quarta-feira (26/6), a Operação Jogo Limpo, para apurar possível manipulação de resultado de partida de futebol, realizada no interior de São Paulo/SP, e válida pelo campeonato brasileiro da série D.

Policiais federais cumprem 11 mandados de busca e apreensão, expedidos pela Justiça do Estado de São Paulo/SP, nas cidades de Patrocínio/MG, São José do Rio Preto/SP, São Paulo/SP, Rio de Janeiro/RJ, Tanguá/RJ e Nova Friburgo/RJ.

A investigação teve início através de ofício da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), encaminhando relatório da Sportradar, o qual reportou que a movimentação das casas de apostas indicou que os apostadores detinham conhecimento prévio de que determinada equipe viria a perder o primeiro tempo da partida por ao menos dois gols. De acordo com a empresa, 99% da tentativa da rotatividade no mercado de “totais de gols do primeiro tempo” nesta partida foi para tal resultado.

Durante a partida, verificou-se que a equipe visitante sofreu três gols ainda no primeiro tempo, sendo um deles contra. São alvos da operação integrantes e ex-integrantes de uma das equipes.

Segundo o apurado, determinada empresa teria firmado parceria com um dos clubes e vários jogadores por ela agenciados foram contratados. A investigação visa apurar a influência de tais pessoas no resultado da partida.

Trata-se, em tese, dos crimes contra a incerteza do resultado esportivo, que encontram as condutas tipificadas na Lei Geral do Esporte, com penas de dois a seis anos de reclusão.

A PF atua no caso, mediante autorização expressa do Ministro da Justiça e Segurança Pública, tendo em vista a repercussão nacional do caso, que exige repressão uniforme.

Ressalta-se que a CBF, por meio da sua Unidade de Integridade, colaborou desde o início com as investigações.

Parceria CBF, Sportradar e Polícia Federal

A CBF e a PF firmaram uma parceria para combater a manipulação de resultados no futebol brasileiro. A CBF se comprometeu a compartilhar informações com a PF sobre possíveis casos de manipulação de jogos identificados pela Sportradar.

A Sportradar é uma companhia privada no ramo de criação e emprego de soluções tecnológicas para serviços de integridade e detecção de fraudes relacionadas a apostas e identificação de manipulação de resultados esportivo, com sede na Suíça. Desde 2005, a empresa desenvolve serviços para ajudar federações esportivas, autoridades estaduais e agências de aplicação da lei em todo o mundo a combater a corrupção no Esporte.

A Polícia Federal e Sportradar firmaram memorando de entendimento para intercâmbio de informações relevantes ao combate à corrupção no esporte. O acordo de cooperação possibilita que a PF tenha acesso a análises relacionadas à integridade esportiva nos mercados de apostas e indicativos de manipulação de eventos esportivos para auxiliá-la nas investigações de práticas ilícitas suspeitas de vinculação a combinação de resultados.

* nota editada às 9h para incluir informações sobre a parceria entre a PF e a CBF

Coordenação-Geral de Comunicação Social

Lei do deputado Cássio Gois que prioriza Café Robusta Amazônico na administração pública é sancionada

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A Assembleia Legislativa de Rondônia anunciou a sanção da Lei N° 5.804, de 21 de junho de 2024, que prioriza a aquisição de café torrado em grão e café torrado moído da espécie Café Robusta Amazônico, proveniente da agricultura familiar e de empreendedores rurais do estado. A lei, de autoria do deputado estadual Cássio Gois (PSD), foi apresentada durante a última edição da Rondônia Rural Show Internacional, realizada em Ji-Paraná.

 

“Estou extremamente feliz por ver este projeto se tornar lei. É um passo extremamente importante para fortalecer a nossa economia e valorizar o trabalho dos nossos agricultores, em especial, o pequeno produtor. A Rondônia Rural Show foi o palco perfeito para apresentar essa iniciativa, destacando a importância do Café Robusta Amazônico e os benefícios que ele traz para nossa comunidade”, declarou o deputado Cássio Gois.

 

Ainda de acordo com o autor da lei, Cássio Gois, a nova legislação estabelece que o estado de Rondônia, na aquisição de café torrado em grão e café torrado moído para consumo no âmbito da administração pública, priorizará a compra do Café Robusta Amazônico oriundo da agricultura familiar, do empreendedor familiar rural ou de produtores rurais e afins do estado.

 

O vice-governador, no exercício do cargo de governador do estado de Rondônia, sancionou a lei que foi publicada no Diário Oficial do Estado. “Esta lei não apenas promove o nosso café, mas também impulsiona o desenvolvimento sustentável e a valorização dos pequenos produtores rurais. Agradeço ao Governo do Estado pela sensibilidade ao nosso projeto e por entender a importância desse marco para o nosso estado”, finalizou Cássio Gois.

 

A Lei N° 5.804, de 21 de junho de 2024, entra em vigor a partir da data de sua publicação, marcando um novo capítulo para o setor cafeeiro de Rondônia e reforçando o compromisso do estado com a agricultura familiar e o empreendedorismo rural.

 

Texto: Marcelo Negrão/Assessoria Parlamentar

MPRO promove treinamento sobre uso de geotecnologia no combate ao desmatamento

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O treinamento “Uso de Geotecnologia no Combate e Prevenção de Desmatamento” teve início na manhã desta terça-feira (25/6), e conta com a coordenação do Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente (GAEMA) e da EMPRO – Escola Superior do Ministério Público de Rondônia. Ele acontece nos dias 25 e 26 de junho de 2024, no auditório da EMPRO, em Porto Velho.

Ministrado pela pesquisadora do Imazon, Alexandra Monteiro Alves, a iniciativa visa capacitar os participantes no uso de tecnologias geográficas avançadas para monitorar e prevenir o desmatamento, uma prática essencial para a preservação ambiental, especialmente na Amazônia.

O treinamento tem como objetivo principal fornecer aos participantes conhecimentos práticos sobre o uso de geotecnologia, que envolve o uso de satélites e outros equipamentos tecnológicos para mapear e monitorar áreas de floresta. Isso é essencial para detectar e prevenir atividades de desmatamento ilegal, protegendo as matas em Rondônia e, por consequência, contribuindo para a preservação de recursos hídricos e climáticos.

Durante a abertura do evento, o Coordenador do GAEMA, Promotor de Justiça Pablo Hernandez Viscardi, destacou a importância da iniciativa para aprimorar o trabalho dos técnicos do MPRO, reforçando a parceria com o Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), uma instituição de referência na área ambiental. Durante a capacitação, a pesquisadora Alexandra Monteiro Alves compartilhará técnicas e ferramentas que facilitam a obtenção de resultados mais eficientes no combate ao desmatamento.

O Procurador-Geral de Justiça, Ivanildo de Oliveira, também esteve presente na abertura do treinamento e ressaltou a importância da capacitação contínua e o papel crucial das tecnologias no cumprimento da defesa do meio ambiente. Ele enfatizou que o combate ao desmatamento está diretamente ligado à mitigação de crises hídricas e à manutenção do equilíbrio ecológico. “Quando cuidamos do meio ambiente, estamos cuidando de todos: da vida, dos seres humanos. Tudo está interligado em um sistema de dependência mútua no ecossistema planetário. A crise hídrica que se aproxima, prevista para ser mais severa do que a do ano passado, está diretamente relacionada ao desmatamento. Quanto maior o desmatamento, menos água teremos, agravando ainda mais os problemas”, pontuou.

A realização deste treinamento reforça o compromisso do MPRO em proteger o meio ambiente e promover práticas sustentáveis, garantindo que os profissionais estejam bem equipados para enfrentar os desafios ambientais atuais e futuros.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

MP prestigia abertura da Semana Nacional de Políticas sobre Drogas em Rondônia

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 quarta-feira, 26 de junho de 2024

O Ministério Público, por meio da Promotora de Justiça Luciana Ondei Rodrigues da Silva, Coordenadora do Grupo de Atuação Especial da Educação, participou da cerimônia de abertura da 26ª Semana Nacional e 4ª Semana Estadual de Políticas Públicas sobre Drogas, realizada pelo governo do estado nessa segunda-feira (24/6), no auditório do Ministério Público do Trabalho.

O evento trouxe o tema “Educar é Prevenir: o caminho para um futuro sem drogas”, com a proposta de promover debates e reflexões em ações e faz parte de uma semana alusiva ao Dia Internacional de Combate às Drogas, celebrado anualmente em 26 de junho.

A abertura contou com presença de representantes de diversas instituições. Além do Ministério Público, se envolveram na discussão que busca conscientizar a família, o poder público e a sociedade sobre os perigos do uso de drogas, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Secretaria de Estado da Educação (Seduc), Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Secretaria de Estado da Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec), Polícia Civil do Estado de Rondônia (PCRO), Polícia Federal (PF) e Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/RO).

De acordo com a Promotora de Justiça, o evento é uma forma de sensibilizar a família, o poder público e a sociedade sobre a relação direta do uso de drogas com os casos de evasão e de fracasso escolar, um trabalho preventivo de extrema importância para se garantir a permanecia na escola.

A campanha busca ampliar o alcance das mensagens de prevenção se utilizando das redes sociais, por meio da hashtag #useacabeçanãousedrogas, para chamar a atenção e envolver jovens e adultos.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Corregedoria se reúne com Fazendas Públicas para assegurar extinção de processos de execução fiscal

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Resolução do CNJ permite que executivos fiscais de baixo valor sejam extintos, tendo em vista o princípio constitucional da eficiência administrativa

A foto mostra os participantes da reunião posando, logo após a reunião.

Reunião convocada pela Corregedoria-Geral da Justiça discutiu a implantação da Resolução CNJ n. 547/2024, que trata da extinção de processos de execuções fiscais em razão da ineficiência administrativa. Com a participação do corregedor, desembargador Gilberto Barbosa, e procuradores do Estado e de alguns municípios, assim como magistrados da Corregedoria e de unidades judiciárias, foi definido um cronograma de extinção de processos, levando em consideração as determinações da norma instituída pelo Conselho Nacional de Justiça.

Segundo estudo do Poder Judiciário, um processo de execução fiscal custa em média ao Estado dez mil reais. Porém, o número de processos com valor menor que o custo final é enorme. Dos 50 mil processos de execução fiscal em Rondônia, 32 mil são de valores abaixo de dez mil, o que representa 68% do total dessa classe processual no Estado. Além disso, conforme relatório Justiça em Números, a execução fiscal tem sido apontada como a maior causa da morosidade no Judiciário, respondendo por 34% do acervo pendente, com taxa de congestionamento de 88% e tempo médio de tramitação de 6 a 7 anos.

Diante desse cenário, os processos que estão há muito tempo sem movimentação, sem bens penhoráveis, com devedor não localizado pela Fazenda Pública, entre outros requisitos, poderão ser extintos pelo Poder Judiciário, tendo em vista o princípio constitucional da eficiência administrativa.

A aplicação da resolução, conforme foi detectado e mencionado na reunião, terá grande impacto, por exemplo, nas ações do Detran. São ações relativas a cobranças de impostos, multas, entre outras dívidas executadas judicialmente, todas de valores inferiores a dez mil reais.

Para evitar grandes impactos nas Fazendas, as ações de execução fiscal que se enquadram nas disposições da Resolução CNJ n. 547/2024 serão extintas conforme um cronograma. Do montante total passível de extinção, serão formados 10 lotes, em igual quantidade de processos, com ordem cronológica e a cada 30 dias será disponibilizado um novo lote de processos para os gabinetes de juízes, até que a quantidade prevista seja finalizada.

Participaram da reunião Thiago Alencar Alves Pereira, procurador-geral do Estado de Rondônia; os procuradores do Estado Maxwel Mota de Andrade, Mariana Loiola de Oliveira Gonçalves e Henrique Eduardo Gonçalves de Farias Filho; Luiz Duarte Freitas Júnior, procurador-geral do município de Porto Velho; Rodrigo Sampaio de Souza, rrocurador-teral do município de Ji-Paraná; Paulo José do Nascimento Fabrício, juiz auxiliar da Corregedoria; Ana Valéria de Queiroz Santiago,coordenadora do 1º Núcleo de Justiça 4.0 da Execução Fiscal; Fabíola Cristina Inocêncio,ttitular da Vara de Execuções Fiscais; entre outros servidores/gestores da Corregedoria.

Assessoria de Comunicação Institucional

Rondônia recebe vagas remanescentes do Programa Mais Médicos

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O Ministério da Saúde anunciou vagas remanescentes do edital do 38º ciclo do Programa Mais Médicos destinadas ao estado de Rondônia. No total, estão disponíveis 10 vagas no estado, enquanto em todo o Brasil o programa oferece 1.042 vagas, sendo 100 delas destinadas à região Norte. Essas vagas têm como principal objetivo atender localidades de alta vulnerabilidade social, com 116 vagas destinadas a municípios classificados como de muito alta vulnerabilidade e 176 para os de alta vulnerabilidade. Os gestores municipais têm até o dia 26 de junho para manifestar interesse nas vagas disponíveis.

O governo federal trabalhou com melhorias para o atual modelo do programa. Os profissionais agora contam com oportunidades de especialização e mestrado, benefícios proporcionais ao valor mensal da bolsa para atuarem nas periferias e regiões mais remotas e direito a compensação do valor pago pelo INSS para alcançar o valor da bolsa durante os seis meses de licença-maternidade, no caso das médicas que se tornarem mães. Os médicos que se tornarem pais, terão direito a licença de 20 dias.

Para atrair os profissionais brasileiros, os Ministérios da Saúde e da Educação firmaram parceria para incentivar a inscrição dos médicos formados pelo Financiamento ao Estudante do Ensino Superior que terão ajuda para quitar o Fies.

Para aderir, os gestores municipais devem realizar inscrição na página e-Gestor.

Acesse o quadro de vagas e saiba como realizar o procedimento

Ministério da Saúde

Foto/Secom

Mais Médicos finaliza mais um módulo de acolhimento com mais de 500 participantes

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Profissionais serão submetidos esta semana a provas para validação de conhecimentos adquiridos nas aulas. Aprovados estarão aptos para atuar em cerca de 350 municípios
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Foto: Jerônimo Gonzales/MS

Médicos intercambistas e brasileiros formados no exterior finalizam, esta semana, o 2° Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) de 2024 do Programa Mais Médicos, realizado em parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação. Participam dessa etapa 522 médicos intercambistas, sendo 454 brasileiros formados no exterior e 68 estrangeiros formados também fora do Brasil. Se aprovados na última prova que será aplicada até o final da semana, os profissionais estarão aptos para atuar na atenção primária à saúde de 347 municípios espalhados pelo país.

O MAAv é a primeira etapa formativa do médico intercambista no programa, com o objetivo de integrá-lo para atuação generalista na atenção primária à saúde (APS) no contexto do Sistema Único de Saúde (SUS). É uma etapa obrigatória e aborda conteúdos relacionados a legislação, atribuições e funcionamento do SUS, ações da atenção primária, protocolos clínicos de atendimentos definidos pela pasta e Código de Ética Médica.

O coordenador-geral de provimento profissional do Departamento de Apoio à Gestão da APS, Edson Lucena, destacou os investimentos que vêm sendo realizados para elevar a qualidade do atendimento na atenção primária.

“O Programa Mais Médicos está entre as prioridades do governo federal. Tivemos, recentemente, o aumento da bolsa dos médicos, a mudança e o aumento do financiamento da atenção primária”, salientou Lucena. “São muitos os investimentos para tornar essas ações mais efetivas para o provimento médico, com a finalidade de levar atendimento e melhorar a qualidade de vida da população, principalmente nas regiões de vazios assistenciais, localidades mais afastadas, cidades do interior e de maior vulnerabilidade”, relatou.

Oficina de sensibilização

Esta edição do acolhimento contou com a oficina de sensibilização da estratégia Atenção Integrada às Doenças Prevalentes da Infância na APS, com o objetivo de introduzir os médicos em uma abordagem de atenção à saúde na infância que possibilita significativa redução da mortalidade infantil.

Desenvolvida originalmente pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Unicef, a estratégia adota abordagem simultânea e integrada do conjunto de doenças de maior prevalência na infância, em substituição ao enfoque tradicional que considera cada doença isoladamente. O objetivo é sensibilizar os profissionais médicos e médicas que atuarão em localidades remotas e de difícil acesso.

O médico Jaime Valência, da Coordenação de Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Cacriad), considera que a oficina é estratégica para o fortalecimento da atuação dos profissionais médicos, com ênfase na saúde infantil, um grupo especialmente suscetível a complicações e hospitalizações.

“O compromisso com a saúde pública e a formação contínua dos médicos reforça a missão de aprimorar o atendimento em regiões remotas e assegurar a saúde das crianças brasileiras, alinhando-se às diretrizes e compromissos assumidos pelo governo brasileiro”, destacou o médico.

Anna Iung
Ministério da Saúde

Prévia da inflação de junho fica em 0,39%

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A prévia da inflação de junho ficou em 0,39%, após taxa de 0,44% registrada em maio. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), divulgado hoje (26) pelo IBGE, aponta que a maior variação (0,98%) e o maior impacto (0,21 ponto percentual) vieram do grupo Alimentação e Bebidas. Na sequência, vieram os grupos Habitação (0,63% e 0,10 p.p.) e Saúde e cuidados pessoais (0,57% e 0,08 p.p.).

O IPCA-E, acumulado trimestral do IPCA-15, ficou em 1,04%, menor que a taxa de 1,12% registrada no mesmo período do ano passado. Nos últimos 12 meses, a variação do IPCA-15 foi de 4,06%, acima dos 3,70% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em junho de 2023, a taxa foi de 0,04%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em junho. Apenas o grupo dos Transportes (-0,23%) e o de Artigos de residência (-0,01%) apresentaram variação negativa.

IPCA15 – Variação mensal (%), julho 2023 – junho 2024

Índice geral | Brasiljulho 2023agosto 2023setembro 2023outubro 2023novembro 2023dezembro 2023janeiro 2024fevereiro 2024março 2024abril 2024maio 2024junho 202401-0,250,250,50,75

Notas:

1 – Com a atualização das Estruturas de Ponderação, obtidas a partir da Pesquisa de Orçamentos Familiares – POF – 2017-2018, foram introduzidos aperfeiçoamentos na classificação dos produtos e serviços que compõem as estruturas dos índices de preços. Com isso, foram criadas novas tabelas, a partir de janeiro de 2020 para o IPCA e INPC e fevereiro de 2020 para o IPCA-15, contendo os dados com as estruturas atualizadas. Os dados de períodos anteriores são disponibilizados em outras tabelas.

2 – A variação acumulada em 12 meses está disponível a partir de janeiro de 2021.

Fonte: IBGE – Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15

No grupo Alimentação e bebidas (0,98%), a alimentação no domicílio acelerou de 0,22% em maio para 1,13% em junho. Contribuíram para esse resultado as altas da batata inglesa (24,18%), do leite longa vida (8,84%), do arroz (4,20%) e do tomate (6,32%). No lado das quedas, destacam-se o feijão carioca (-4,69%), a cebola (-2,52%) e as frutas (-2,28%).

A alimentação fora do domicílio (0,59%) acelerou em relação ao mês de maio (0,37%), em virtude das altas de lanche (de 0,47% em maio para 0,80% em junho) e da refeição (0,34% em maio para 0,51% em junho).

No grupo Habitação (0,63%), a alta da taxa de água e esgoto (2,29%) foi influenciada pelos reajustes de 6,94% em São Paulo (5,48%), a partir de 10 de maio, de 9,85% em Brasília (4,60%), a partir de 1º de junho, e de 2,95% em Curitiba (2,86%), a partir de 17 de maio. Em energia elétrica residencial (0,79%), os seguintes reajustes tarifários foram aplicados: em Salvador (0,52%), reajuste de 1,63%, a partir de 22 de abril; em Recife (-0,64%), reajuste de -2,64% a partir de 29 de abril; em Fortaleza (1,14%), reajuste de -2,92% a partir de 22 de abril; e em Belo Horizonte (4,11%), reajuste de 6,76% a partir de 28 de maio.

Ainda em Habitação, no subitem gás encanado (-0,10%), o resultado do Rio de Janeiro (-0,33%) decorre de redução média de 1,75%, a partir de 1º de junho, após o reajuste de 0,97% aplicado a partir de 1º de maio.

O resultado do grupo Saúde e cuidados pessoais (0,57%) foi influenciado pela alta nos preços dos planos de saúde (0,37%), decorrente do reajuste de até 6,91% autorizado pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 4 de junho, com vigência a partir de maio de 2024 e cujo ciclo se encerra em abril de 2025. Desse modo, no IPCA-15 de junho foram apropriadas as frações mensais relativas aos meses de maio e junho.

No grupo Transportes (-0,23% e -0,05 p.p), houve queda na passagem aérea (-9,87% e -0,07 p.p.). Em relação aos combustíveis (-0,22%), todos registraram queda nos preços: etanol (-0,80%), gás veicular (-0,46%), óleo diesel (-0,42%) e gasolina (-0,13%). O subitem táxi apresentou alta de 0,18%, devido ao reajuste de 17,64% em Recife (3,09%), a partir de 22 de abril.

Quanto aos índices regionais, todas as onze áreas de abrangência tiveram alta em junho. A maior variação foi registrada em Belo Horizonte (0,68%), por conta das altas da batata inglesa (24,31%), do leite longa vida (10,68%), da energia elétrica residencial (4,11%) e da gasolina (1,77%). Já o menor resultado ocorreu em Belém (0,16%), que apresentou queda nos preços das passagens aéreas (-9,40%) e das carnes (-2,39%).

Mais sobre a pesquisa

Para o cálculo do IPCA-15, a metodologia utilizada é a mesma do IPCA, a diferença está no período de coleta dos preços e na abrangência geográfica. Os preços foram coletados no período de 16 de maio a 14 de junho de 2024 (referência) e comparados com aqueles vigentes de 16 de abril a 15 de maio de 2024 (base).

O indicador refere-se às famílias com rendimento de 1 a 40 salários-mínimos e abrange as regiões metropolitanas do Rio de Janeiro, Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, São Paulo, Belém, Fortaleza, Salvador e Curitiba, além de Brasília e do município de Goiânia. Veja os resultados completos no Sidra. A próxima divulgação do IPCA-15, referente a julho, será em 25 de julho.

 

IBGE