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Dr. Wesley Araújo ouve sugestões e queixas enquanto caminhava pelo centro de Chupinguaia

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Comerciantes e moradores expõem abandono da área urbana do município

Nesta quinta-feira (29/08), o candidato Dr. Wesley Araújo, do Partido Progressista (PP), a Prefeito de Chupinguaia, fez uma caminhada pelo centro de Chupinguaia para ouvir as necessidades dos comerciantes e pessoas que vivem lá. Dr. Wersley, juntamente com seu candidato a vice-prefeito Eliezer Paraiso, e a equipe de trabalho, ouviu as reclamações sobre o abandono da cidade e se eleito for propôs soluções para a região central, que cria muitos empregos na cidade, ouviu reclamações sobre o fluxo de caminhões pesados que transitam pelas avenidas da cidade, causando estragos no asfalto.

Em meio aos comerciantes, o candidato a Prefeito recebeu apoio à sua candidatura à prefeitura do município. “Dr. Wesley mostrou sua qualidade, e competência. Eu estou aqui vindo para mostrar, meu plano de projeto de governo um projeto para mudar Chupinguaia, para melhorar a questão da educação, infraestrutura e segurança pública, ação social, para melhorar a saúde de Chupinguaia e para que a gente poder avançar”, disse o Dr. Wesley.

Fonte: Por Wilmer G. Borges/Da Redação do Hoje Rondônia

Fotos: por Assessoria

Após convocação do TCE-RO, equipe econômica do governo destaca aumento na arrecadação do estado

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O presidente do Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO), Wilber Coimbra, convocou a equipe econômica do governo para esclarecer notícias veiculadas sobre a possível queda na arrecadação do estado.

O TCE é o órgão de controle externo com a missão de acompanhar a execução orçamentária e financeira do estado e contribuir com o aperfeiçoamento da Administração Pública em benefício da sociedade.

Nesta segunda-feira (2/9), a secretária de Estado de Planejamento, Orçamento e Gestão, Beatriz Basílio Mendes, e o secretário adjunto de Finanças, Franco Ono, foram até a sede do TCE-RO para apresentar, a membros e gestores do Tribunal de Contas, uma radiografia do cenário econômico do Estado.

Segundo os representantes do governo estadual, de janeiro a julho de 2024, a arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo estadual, cresceu 21,76%, alcançando a marca de R$ 756 milhões.

A arrecadação total, que envolve todas as receitas, teve crescimento significativo de 14,45%, o que equivale a R$ 1,48 bilhões, de janeiro a julho de 2024.

RONDÔNIA EM FRANCO DESENVOLVIMENTO

Segundo o governo, Rondônia está em franco crescimento. “O desenvolvimento econômico do estado vai muito bem, em relação ao Brasil e, especificamente, em relação à região norte”, disse o secretário adjunto de Finanças.

“Somos um dos estados mais promissores e com equilíbrio fiscal sólido. A arrecadação mensal das receitas próprias está num patamar de crescimento superior a 20%”, destacou Franco Ono.

Já a secretária Beatriz Mendes enfatiza que, mesmo com a crise hídrica, que afeta não só Rondônia, mas outros estados da Amazônia Legal, nota-se um crescimento econômico. “Comparando o desempenho de 2024 com o de 2023, os números de Rondônia são acima da média. Vivemos um grande momento”, disse.

Para o presidente do TCE-RO, Wilber Coimbra, os números revelados pela Administração Estadual servem para reforçar a solidez fiscal e econômica, historicamente, verificada em Rondônia.

“Os dados repassados pela equipe econômica do governo mostram que Rondônia está tendo um crescimento confiável e sustentável. Isso mostra que somos um Estado apto a receber novos investimentos”, comenta.

CRESCIMENTO SUSTENTÁVEL

Ainda na apresentação feita pela gestão estadual, destaque para números extremamente positivos, incluindo a melhoria na estimativa da receita do Fundo de Participação dos Estados (FPE), para o ano de 2024, que é de 5,24 bilhões, 9,29% melhor do que o total realizado em 2023.

Foi, ainda, observado que o FPE tem perdido importância em relação à arrecadação total do Estado, representando, portanto, que Rondônia caminha para autonomia em suas finanças.

Quanto às perspectivas em relação à Lei Orçamentária Anual (LOA), verificou-se que, mesmo com os impactos severos da crise hídrica, a arrecadação estadual segue dentro da normalidade de anos anteriores. Isso indica que ocorrerá a entrega de todo o valor estimado (R$ 20,6 bilhões), até o fim do ano.

E mais: a receita estimada na Lei Orçamentária Anual para 2025 aponta para um crescimento sustentável em torno de 4,13%, em relação à LOA 2024.

TCE/RO

Projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas” promove capacitações em Rondônia

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Cursos em Ouro Preto e Espigão do Oeste trouxeram aperfeiçoamento para quem lida com o projeto

A imagem mostra os parceiros do curso de sementes posando para foto.

Mais uma etapa importante no projeto Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas, desenvolvido pelo Poder Judiciário de Rondônia em parceria com prefeituras de 34 municípios rondonienses: a realização de capacitações com os envolvidos diretamente nas atividades. Nos dias 28 e 29 de agosto de 2024 em Outro Preto, técnicos, viveiristas e operadores de máquinas fizeram o curso de Sementes Florestais e nos dia 31 de agosto e 2 de setembro o curso de recuperação de solos, minas e nascentes foi aplicado em Espigão do Oeste.

O projeto “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas”, constrói viveiros para produção de mudas de essências florestais que são usadas na recuperação de áreas degradadas, arborização urbana, revitalização de matas ciliares e nascentes de rios, contribuindo com a preservação do meio ambiente. O projeto, idealizado pelo juiz Maximiliano Deitos, recebeu o prêmio Juízo Verde em 2023, do Conselho Nacional de Justiça, e concorre ao prêmio Innovare.

Sementes Florestais

A foto mostra os cursistas.

O curso de Sementes florestais ocorreu na Embrapa de Ouro Preto do Oeste (OPO), que gentilmente cedeu o espaço, com coordenação do TJRO e parceria do Consórcio Intermunicipal da Região Centro Leste de Rondônia (Cimcero).

O evento contou com a participação de 60 técnicos e viveiristas dos viveiros municipais participantes do projeto, provenientes de 21 municípios do estado de Rondônia, que se reuniram para aprender e trocar experiências sobre práticas de sementes e quebra de sementes, produção de mudas de qualidade e conservação de sementes florestais.

Durante o curso, os participantes aprenderam sobre manejo e produção, métodos de germinação, o preparo dos canteiros e  tratamento prévio das sementes, como a quebra de dormência. Foram apresentadas diferentes formas de semeadura, incluindo o uso de canteiros de areia e recipientes, além de técnicas para o acompanhamento da germinação e a repicagem ou transplante de plântulas para recipientes, como sacos e tubetes.

Questões fitossanitárias, como doenças e pragas que afetam as sementes e mudas, também foram abordadas, juntamente com a identificação e o cadastro de árvores matrizes nos municípios, essenciais para a coleta de sementes e a produção de mudas de alta qualidade e variabilidade genética. Os participantes também receberam orientações sobre os utensílios, ferramentas e equipamentos necessários para a coleta de sementes, bem como sobre os métodos de limpeza, beneficiamento e armazenamento das sementes florestais.

O curso foi ministrado pela engenheira florestal Kenia Michele de Quadros, Doutora na área pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que atualmente é professora adjunta na Fundação Universidade Federal de Rondônia (UNIR) nos cursos de Engenharia Florestal e Agronomia. Também esteve à frente das atividades a engenheira agrônoma Miriam Cristina Weirich Vergara, da Secretaria de Meio Ambiente de Rolim de Moura.

Apoio e Colaboração 

A foto mostra o juiz entregando sementes.

Os municípios participantes do evento receberam diversas sementes florestais para serem cultivadas nos viveiros, bem como 17 mil sacolinhas para auxiliar no plantio das sementes para a safra 2024/2025.

De acordo com o juiz Maximiliano Deitos, um dos coordenadores do projeto, “o curso promoveu um ambiente de aprendizado dinâmico e colaborativo, onde os participantes puderam adquirir conhecimentos teóricos e práticos sobre o manejo de sementes e mudas florestais. Essa troca de experiências é fundamental para o fortalecimento das ações de recuperação ambiental e para garantir a sustentabilidade dos nossos recursos naturais.”

Hermerson Alvarenga, gerente regional de gestão ambiental da Sedam de Ji-Paraná, também destacou a importância da capacitação. “Uma oportunidade valiosa para aprimorar as habilidades dos técnicos e viveiristas que trabalham diretamente na preservação das nossas florestas”, pontuou.

Recuperação de solos, minas e nascentes

A foto mostra o juiz entregando semente.

Outra ação recente aconteceu em Espigão do Oeste, onde foi realizado o curso de Recuperação de Solos, Minas e Nascentes, idealizado pelos Projetos “Renascer das Águas” e “Colhendo Sementes, Construindo Viveiros, Plantando Florestas” e o Consórcio Intermunicipal de Rondônia (Cimcero), com apoio da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Espigão D’Oeste e da Cooperativa de Crédito Credisis Oeste.

O evento contou com 30 participantes de 10 municípios, com orientação do Instrutor Jorge Murer, especialista em Educação Superior e Gestão Ambiental, da Semagri (Cacoal). Eles aprenderam processos de revitalização do solo nascentes e florestas, desassoreamento de nascentes, revestimento com pedra rachão de mão, construção da barragem,  com solo cimento, isolamento da APP conforme Código Florestal, locação das curvas de nível com aparelho de precisão RTK,  execução das curvas de nível com motoniveladora, com a função de impedir o arrasto de sedimentos de solo fértil e evitar o processo erosivo ao tempo em que retroalimenta o lençol freático.

Foram, ainda, orientados quanto ao processo de recomposição da mata ciliar com espécies florestais endêmicas a APP e monitoramento necessário para a consolidação das práticas conservacionistas do solo, nascentes e florestas.

“Nesse momento de crise climática é muito importante essas práticas para evitar que os municípios e a população fiquem com o bem mais precioso que temos, a água”, destacou Jorge Murer.

De acordo com Walmir Étori, diretor de parceria do Cimcero, “o curso reforça o compromisso dos parceiros do projeto em apoiar as iniciativas de conservação e restauração florestal em Rondônia, preparando as secretarias municipais para os desafios ambientais e práticas sustentáveis nos municípios da nossa região”, finalizou.

Assessoria de Comunicação Institucional

Ações de vigilância aos sintomas da febre oropouche são intensificadas em RO

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Após a confirmação pelo Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde Nacional (CIEVS-Nacional) de duas mortes por febre oropouche no estado da Bahia, o governo de Rondônia, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa/RO) e Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen/RO), está orientando os núcleos hospitalares de epidemiologia, disciplinando o fluxo e cuidados necessários ao encaminhamento de amostras para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos de dengue, chikungunya, zika, oropouche e mayaro.

A doença produz um quadro semelhante ao da dengue e chikungunya. De acordo com a chefe do Núcleo das Arboviroses da Agevisa/RO, Suzemar Ferreira Moreira, “é fundamental a adoção de uma postura de atenção maior a essas pessoas que apresentam sinais e sintomas sugestivos a arboviroses, evitando o agravamento da doença”, frisou.

O diretor-geral da Agevisa/RO, Gilvander Gregório de Lima ressaltou que, a necessidade da correta manipulação das amostras de sangue, que serão enviadas ao Lacen/RO é fundamental. “Para isso, é importante reforçar a colaboração com as autoridades de saúde locais para investigar, prontamente, qualquer indício de ocorrência da doença.”

SINTOMAS

Na manifestação da doença, o início é súbito, geralmente com febre, dor de cabeça, artralgia e mialgia (dor nas articulações e nos músculos), calafrios e, às vezes, náuseas e vômitos persistentes por até 5 a 7 dias. O período de incubação da doença é de aproximadamente 4 a 8 dias. O tempo oportuno da coleta de sangue é até o 5º dia do início dos sintomas e segue o protocolo de diagnóstico das arboviroses (dengue, zika e chikungunya).

No ciclo urbano, o homem é o hospedeiro principal, com o vetor primário sendo o Culicoides paraensis (maruim ou mosquito-pólvora). Entre as características da febre, destaca-se o elevado potencial de transmissão e disseminação, com capacidade de causar surtos e epidemias em áreas urbanas. Por sua semelhança clínica com outras arboviroses, o tratamento a ser seguido é o protocolo de Manejo Clínico da dengue, preconizado pelo Ministério da Saúde, uma vez que, não há vacina e tratamento específicos disponíveis até o momento.

Boletim hídrico – Níveis dos principais rios de Rondônia de 26/8 a 2/9

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O Governo do Estado de Rondônia, por meio do Comitê de Crise Hídrica, instituído pelo Decreto nº 28.613, publicado no Diário Oficial de 28 de novembro de 2023, divulga o Boletim hídrico – Níveis dos principais rios de Rondônia, com monitoramento decorrente de fatores climáticos como aquecimento anormal dos oceanos e do fenômeno climático El Niño.

Nome do Rio Nível em 2024 (26/8 a 2/9)
Rio Madeira (Porto Velho) 1,12 metros
Rio Machado (Ji-Paraná) 6,10 metros
Rio Pirarara (Cacoal)
Rio Jaruaru (Jaru) 0,02 metros
Rio Pimenta (Pimenta Bueno) 3,44 metros
Rio Mamoré (Guajará-Mirim) 5,73 metros
Rio Guaporé (Costa Marques) 3,60 metros
Rio Jamari (Ariquemes) 1,57 metros
Rio Candeias (Candeias do Jamari) 9,19 metros

Nome do Rio Nível em 2023 (26/8 a 2/9)
Rio Madeira (Porto Velho) 1,95 metros
Rio Machado (Ji-Paraná) 6,47 metros
Rio Pirarara (Cacoal) 1,04 metros
Rio Jaruaru (Jaru) 0,23 metros
Rio Pimenta (Pimenta Bueno) 3,83 metros
Rio Mamoré (Guajará-Mirim) 5,74 metros
Rio Guaporé (Costa Marques) 4,14 metros
Rio Jamari (Ariquemes) 1,20 metros
Rio Candeias (Candeias do Jamari) 9,84 metros

Nome do Rio Nível em 2022 (26/8 a 2/9)
Rio Madeira (Porto Velho) 2,65 metros
Rio Machado (Ji-Paraná) 6,41 metros
Rio Pirarara (Cacoal) 1,02 metros
Rio Jaruaru (Jaru) 0,08 metros
Rio Pimenta (Pimenta Bueno) 3,72 metros
Rio Mamoré (Guajará-Mirim)
Rio Guaporé (Costa Marques) 3,94 metros
Rio Jamari (Ariquemes) 1,26 metros
Rio Candeias (Candeias do Jamari) 9,83 metros

Fonte: Agência Nacional das Águas – ANA.

Fonte: Defesa Civil Estadual.

Por se tratar de seca e/ou estiagem, serão repassadas as informações das mínimas registradas.

MPRO obtém condenação de homem a 53 anos de prisão por abusar de cinco netos no interior de Rondônia

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO) obteve na quinta-feira (29/8) a condenação do companheiro de uma mulher acusado de abusar sexualmente de cinco netos dela ao longo dos anos em que conviveram em Machadinho. A pena do réu, inicialmente fixada em 26 anos e 8 meses, foi elevada para 53 anos e 4 meses após embargos de declaração apresentados pela Promotora de Justiça Valentina Noronha Pinto.

Segundo o que demonstram as investigações detalhadas nos autos do processo, o réu abusou de um total de cinco vítimas, todos netos da companheira dele, incluindo uma criança de apenas sete anos. As investigações apontaram episódios em que as vítimas dormiram “no mato” por medo do réu.

 

Denúncia da escola

 

A situação foi revelada quando uma das vítimas, de sete anos, relatou os abusos à orientadora escolar. A orientadora acionou o Conselho Tutelar, que comunicou os fatos à Polícia Civil. As investigações mostraram que o réu, com a conivência da avó das crianças, vinha praticando os abusos durante anos, nos períodos em que as crianças residiam ou frequentavam a casa dos avós.

 

Negligência

 

A promotora também afirmou que ainda vai interpor apelação para buscar o aumento da pena e a condenação da avó, que foi denunciada pela omissão, mas foi absolvida.

 

A denúncia do MPRO descreve que a avó sabia dos abusos, mas não agiu para impedir os atos criminosos, embora tivesse a possibilidade de fazê-lo. Uma vítima relatou que a avó brigou com ela e exigiu respeito pelo réu, por ser mais velho, quando tentou se opor aos abusos. Quando as vítimas reclamavam, a avó desconversava, dizendo que “o que acontece em casa, permanece em casa”.

 

A promotora Valentina Noronha Pinto destacou a importância de todos os envolvidos serem responsabilizados: “Nosso trabalho não termina enquanto todos os responsáveis não forem devidamente punidos”.

Em defesa da sociedade

 

O MPRO atua na defesa dos direitos das crianças e adolescentes, promovendo ações para garantir a responsabilização de todos os envolvidos em casos de violência e abuso. A instituição reforça que, diante de qualquer suspeita de crime contra menores, é fundamental que denúncias sejam feitas às autoridades competentes para que as vítimas sejam protegidas e os agressores, punidos.

 

Qualquer cidadão pode contribuir na luta contra esses crimes denunciando através do Balcão Virtual ou ligando para o número 127

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

MPRO recomenda suspensão de atividades físicas ao ar livre para escolas em Rondônia

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do GAEDUC, GAECIV e 22 Promotorias de Educação, recomendou na última sexta-feira (30/8) que as redes pública e privada de ensino suspendam a participação de alunos e profissionais da educação em atividades físicas e esportivas ao ar livre. Inclusive de atividades alusivas a datas comemorativas como o 7 de Setembro. A medida visa proteger a saúde de crianças, idosos e gestantes, considerados grupos mais vulneráveis.

Recomendação à comunidade escolar

Além das atividades físicas, o MPRO orienta que eventos ao ar livre sejam evitados enquanto persistirem as condições de má qualidade do ar. A recomendação é válida para todas as escolas das redes municipal e particular de Rondônia.”É fundamental minimizar a exposição de alunos e profissionais da educação aos riscos impostos pela poluição atual”, afirmou a coordenadora do GAEDUC, Promotora de Justiça Luciana Ondei Rodrigues Silva.

Interesse Social

O coordenador do GAECIV explica que essa recomendação tem caráter preventivo e visa à promoção da saúde pública e à redução de riscos. “A ação preventiva é essencial para evitar o agravamento da saúde dos grupos mais vulneráveis”, ressaltou o Promotor de Justiça Julian Imthon Farago.

Qualidade do ar

Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), o Estado de Rondônia registrou 4.102 focos de incêndio no mês de agosto de 2024, mais do que o dobro registrado no mesmo período de 2023. A previsão é de que a qualidade do ar permaneça em níveis críticos, especialmente no norte de Rondônia e na capital, Porto Velho, devido à combinação de baixa umidade, ventos fracos e áreas de queimadas.

Riscos à saúde

A recomendação destaca que a poluição do ar em Rondônia tem atingido níveis alarmantes, principalmente devido aos focos de incêndio registrados nos últimos meses. Dados da plataforma IQAir de 30 de agosto de 2024 mostram que Porto Velho lidera o ranking das cidades mais poluídas do estado, com um índice considerado “perigoso”. Outras cidades, como Guajará-Mirim, Ariquemes e Ji-Paraná, também apresentam níveis “muito insalubres”. A exposição prolongada a partículas liberadas pela queima de florestas e pastagens pode agravar doenças cardiorrespiratórias, aumentando as chances de sintomas, complicações e internações hospitalares.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Governo lança estratégia para incentivar produção e consumo de leite no Brasil

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Consumo registra queda entre nos últimos anos e, em 2023, setor enfrentou aumento das importações vindas de países vizinhos. Portaria publicada no último dia 30 traça medidas para fortalecer setor

Agência Gov
Governo lança estratégia para incentivar produção e consumo de leite no Brasil

Rodrigo Monteiro/Embrapa
Aperfeiçoar manejo e mostrar que produção pode ter ‘pegada’ ecológica são alguns objetivos da estratégia

O Governo Brasileiro tem planos para fortalecer a produção e o consumo de leite e de produtos lácteos, já a partir desta reta final de 2024. Uma das medidas para alcançar esse objetivo foi a publicação de uma portaria interministerial – assinada por Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Agricultura e Pecuária e Assistência Social, Família e Combate à Fome – que institui a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar.

A portaria estabelece linhas gerais para aumentar a produtividade da pecuária de leite no Brasil e a qualidade do produto. Chama a atenção o fato de que a portaria aponta a necessidade de incentivar o consumo de leite no país. A estratégia, segundo a portaria, deve envolver o poder público nas três esferas de governo – União, estados e municípios – e a iniciativa privada.

Outro ponto que se destaca, porque explicitado na portaria, é que a estratégia prevê especial atenção ao apoio e fomento a cooperativas de produção e distribuição.

De sua parte, para incentivar o consumo, o Governo Federal propõe fortalecer as compras públicas do leite produzido pela agricultura familiar, por  intermédio de ações como o Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) e Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Em parceria com produtores e associações do setor, é possível prever a realização de campanhas de comunicação que exaltem o consumo de leite.

A escolha da agricultura familiar como espaço dessa política se explica, em parte, pelo fato de que esse segmento responde pela maior fatia da produção de leite no país. Segundo a consultoria Milk Point, de 1,2 milhão de estabelecimentos produtores, 955 mil são propriedades da agricultura familiar e respondem por 89% do leite que chega aos consumidores. Dessas pequenas fazendas vem parcela significativa do leite usado por grande marcas de produtos lácteos, como doces e iogurtes.

A Danone, por exemplo, afirma que 70% de seus fornecedores são agricultores familiares. O MST afirma que, em 2023, produtores e cooperativas a ela associados produziram 7 milhões de litros diários de leite, sendo 6 milhões de litros destinados à indústria.

Desafios do mercado interno

2023 foi apontado pelos produtores de leite “o ano do pesadelo”, como registrado no anuário produzido pela Embrapa Gado de Leite. Houve um aumento de 63,8% na compra de leite importado, na comparação com o ano anterior. Enquanto isso, o custo de produção para o leite brasileiro subiu 50% no período, e os preços ao consumidor,  38%.

O aumento das importações se deveu, segundo analistas, por conta da Tarifa Externa Comum (TEC) vigente no Mercosul. Segundo o setor, como forma de controle de preços, a compra dos excedentes, especialmente da Argentina e Uruguai, foi uma saída. A estratégia anunciada pelo Governo Federal pretende equacionar este problema, ao mesmo tempo em que aponta a busca pelo mercado externo para os produtos brasileiros, como nova frente de comercialização.

Outro desafio vem dos hábitos de consumo. O leite tem enfrentado campanhas extraoficiais que desestimulam seu consumo, especialmente entre as novas gerações. Uma das fortes ideias disseminadas é que a produção de leite polui o ambiente em excesso, o que não é confirmado. Segundo números da Embrapa, 67% dos gases de efeito estufa oriundos da pecuária são produzidos pelo gado de corte, que produz oito vezes mais poluentes do que o gado de leite.

Outra ideia que acompanha a pecuária como um todo – a de que os animais são tratados com crueldade – respinga na pecuária de leite. E é desmentida pelos produtores do segmento. Em ambos os casos, a estratégia do governo é divulgar informações próximas da realidade e buscar, com a ajuda de pesquisa, reduzir os índices de carbonização e aperfeiçoar o manejo dos rebanhos.

Em 2023, o Brasil produziu 24,52 bilhões de litros de leite. Em 2020, segundo o Censo Agropecuário do IBGE, a produção foi de 35,4 bilhões de litros. Neste período, portanto, houve potencial reprimido. O consumo brasileiro aparente no mercado formal está em aproximadamente 116,7 litros/habitante, segundo dados do setor. No Uruguai, essa relação é de 232 litros de leite per capita anuais. Na Argentina, é de 193,5 litros por habitante.

Medidas para apoiar o setor vêm de antes. Uma câmara setorial do leite foi instituída pelo Governo Lula 1, em 2004. Em novembro de 2023, diante do ano ruim para o setor, o Governo Lula 3 criou, por meio de decreto, um grupo de trabalho Interministerial “com a finalidade de apresentar propostas para fortalecer a Cadeia Nacional do Leite”, de onde surgiu a portaria publicada no último dia 30 de agosto.

Os quatro principais produtores de leite no Brasil são os estados de Minas Gerais, em primeiro, com 27% de participação, seguido por Paraná, com 13%, Rio Grande do Sul, com 12%, e Santa Catarina, com 9,1%.

 

Confira a portaria publicada pelo Governo:

PORTARIA INTERMINISTERIAL MDA/MDS/Mapa Nº 5, DE 30 DE agosto DE 2024

Institui a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar.

OS MINISTROS DE ESTADO DO DESENVOLVIMENTO AGRÁRIO E AGRICULTURA FAMILIAR, DO DESENVOLVIMENTO E ASSISTÊNCIA SOCIAL, FAMÍLIA E COMBATE À FOME E DA AGRICULTURA E PECUÁRIA, no uso das atribuições que lhes confere o art. 87, parágrafo único, incisos II , da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei nº 11.326, de 24 de julho de 2006, no Decreto nº 8.533, de 30 de setembro de 2015, no Decreto nº 11.771, de 9 de novembro de 2023, e o que consta do Processo nº 55000.009058/2024-96, resolvem:

Art. 1º Fica instituída a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, com o objetivo de fomentar a produção leiteira, por meio de ações e estratégias para aumentar a produtividade, a qualidade, a industrialização e o consumo de leite, promovendo o aumento da competitividade, da renda, do bem-estar socioeconômico de seus produtores e viabilizando a permanência no campo e a sucessão rural.

Art. 2º São princípios da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar:

I – a soberania alimentar e nutricional;

II – a participação e o controle social;

III – a integração das políticas públicas no âmbito da promoção e fomento à cadeia produtiva do leite e derivados em bases sustentáveis; e

IV – o enfrentamento aos efeitos das mudanças climáticas e a responsabilidade ambiental.

Art. 3º São objetivos da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar:

I – promover o aumento da produtividade e da sustentabilidade da produção de leite e derivados, com base no manejo racional dos recursos naturais, na redução de custos e no fomento da produção a base de pasto e às boas práticas agropecuárias;

II – fomentar a organização dos produtores de leite em associações, cooperativas e parcerias produtivas;

III – estimular o melhoramento genético dos rebanhos adequado aos diferentes biomas, visando maior eficiência na produção de leite;

IV – viabilizar a capacitação técnica e a assistência técnica e gerencial na condução da produção de leite e derivados;

V – promover a instalação e reestruturação de agroindústrias vinculadas às organizações da agricultura familiar;

VI – fomentar a inserção e promoção do leite nos mercados institucionais, com destaque para o Programa Nacional de Alimentação Escolar – PNAE e para as diversas modalidades do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA;

VII – promover leite e derivados produzidos pela agricultura familiar nos mercados nacional e internacional;

VIII – contribuir para a transição agroecológica e orgânica no contexto da produção de leite;

IX – promover a qualidade e a competitividade da cadeia produtiva do leite; e

X – estimular a adoção de tecnologias de baixa emissão de Gases de Efeito Estufa na pecuária de leite alinhadas com as metas do Plano ABC+.

Art. 4º São eixos da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar:

I – a disponibilização de linhas de créditos diferenciadas para os agricultores familiares, pequenos e médios produtores e suas organizações econômicas;

II – a promoção do associativismo, do cooperativismo e dos arranjos produtivos locais;

III – o fomento ao melhoramento genético dos rebanhos leiteiros;

IV – a melhoria da qualidade do solo e das pastagens;

V – a promoção e disponibilização de assistência técnica e gerencial aos agricultores familiares e aos pequenos e médios produtores e suas organizações;

VI – o fomento à instalação, à reestruturação e à legalização de agroindústrias familiares de leite e derivados;

VII – o aumento da aquisição de leite e derivados pelas políticas de compras públicas;

VIII – a promoção comercial dos produtos lácteos brasileiros no mercado nacional e internacional;

IX – o incentivo à produção agroecológica de leite; e

X – o apoio aos gestores de entes federativos na estruturação e fortalecimento de cadeias locais de produção e distribuição do leite e derivados com vistas à promoção da segurança alimentar e nutricional.

Parágrafo único. As ações, no âmbito de cada eixo, poderão ser executadas por meio de contratos, convênios, acordos de cooperação, termos de execução descentralizada, termos de fomento, termo de adesão, ou instrumentos congêneres, firmados com órgãos e entidades da administração pública federal, estadual, distrital e municipal, com organizações da sociedade civil organizada e organismos internacionais, inclusive consórcios públicos, e com entidades privadas, na forma prevista na legislação.

Art. 5º A Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar será implementada por meio do Plano Nacional de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, com as seguintes diretrizes:

I – o Plano estabelecerá os recursos, as ações, as responsabilidades, as metas e os indicadores para o desenvolvimento da cadeia leiteira;

II – compete à Secretaria de Abastecimento, Cooperativismo e Soberania Alimentar, vinculada ao Ministério de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, a elaboração do Plano Nacional de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar; e

III – compete ao Comitê Interministerial aprovar o Plano Nacional de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar.

Art. 6º No âmbito da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, compete ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar:

I – coordenar, em articulação com os demais órgãos do Comitê Interministerial as formas de funcionamento e de implementação das ações da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, no âmbito de suas respectivas competências;

II – estabelecer a forma de funcionamento e de implementação das ações do Plano no âmbito de suas respectivas competências;

III – promover a articulação com os órgãos, as entidades, as instituições públicas e privadas parceiras e os movimentos e as organizações da agricultura familiar, com o objetivo de assegurar a execução e o cumprimento das ações da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar; e

IV – estabelecer termos de cooperação com instituições públicas visando o aumento da produtividade e sustentabilidade da produção familiar.

Parágrafo único. A instituição, estruturação e o funcionamento do Comitê Interministerial serão feitos em ato posterior, observando o regramento do Decreto n.º 12.002, de 22 de abril de 2024.

Art. 7º No âmbito da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, compete ao Ministério da Agricultura e Pecuária:

I – promover junto aos participantes do Programa Mais Leite Saudável a Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar e fomentar a apresentação de projetos alinhados aos seus objetivos.;

II – desenvolver, em articulação com outros órgãos e instituições públicas e privadas, estratégias e ações para aumentar o consumo de leite e produtos lácteos brasileiros;

III – desenvolver, em articulação com outros órgãos e instituições públicas e privadas, estratégias e ações para ampliar o acesso dos produtos lácteos brasileiros ao mercado internacional; e

IV – estabelecer, no âmbito de suas competências, termos de cooperação com instituições públicas e privadas para fomentar a produtividade e sustentabilidade da cadeia produtiva do leite.

Art. 8º No âmbito da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, compete ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome:

I – fomentar o consumo de leite no âmbito dos programas, ações e projetos implementados; e

II – fomentar a produção de leite do pequeno produtor e sua organização, em parceria com os estados.

Art. 9º As despesas decorrentes do cumprimento do disposto nesta Portaria Interministerial correrão à conta das dotações orçamentárias consignadas aos órgãos participantes da Estratégia de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar com programas e ações, observados os limites de movimentação, de empenho e de pagamento da programação orçamentária e financeira anual.

Art. 10. Serão de acesso público os dados e as informações de execução, de monitoramento e de avaliação do Plano Nacional de Desenvolvimento da Produção de Leite na Agricultura Familiar, os quais deverão ser disponibilizados em sítio eletrônico, em formato acessível, conforme diretrizes estabelecidas pelo Comitê Interministerial.

Art. 11. Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação.

LUIZ PAULO TEIXEIRA FERREIRA

Ministro de Estado do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar

WELLINGTON DIAS

Ministro de Estado do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome

CARLOS HENRIQUE BAQUETA FÁVARO

Ministro de Estado da Agricultura e Pecuária

Link: https://www.in.gov.br/web/dou/-/portaria-interministerial-mda/mds/mapa-n-5-de-30-de-agosto-de-2024-581462888

Defesa emprega 1.700 militares e tecnologia avançada na Operação Ágata no MT e MS

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O objetivo é intensificar a presença do Estado ao longo de 2.532 quilômetros da faixa de fronteira oeste, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul

Agência Gov | Via Defesa
Defesa emprega 1.700 militares e tecnologia avançada na Operação Ágata no MT e MS

O Ministério da Defesa iniciou, nesta segunda-feira (2), a Operação Ágata Fronteira Oeste, em Campo Grande (MS). São empregados 1.737 militares da Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira. O objetivo é intensificar a presença do Estado ao longo de 2.532 quilômetros da faixa de fronteira oeste, abrangendo os estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, para coibir a prática de crimes transfronteiriços e fortalecer a segurança na região. A operação integra o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), do governo federal.

Nesta edição, que se estende até 20 de setembro, são utilizadas 12 aeronaves, 16 embarcações e 217 viaturas, além do satélite do Projeto Lessonia e da Aeronave Remotamente Pilotada Hermes RQ-900, que permitirá uma vigilância mais eficaz e abrangente da área de operação.

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O Comandante da operação, Major-Brigadeiro do Ar Luiz Cláudio Macedo Santos, fala da operação. “A execução da Operação Ágata consiste na realização de missões preventivas e repressivas contra contrabando, descaminhos, tráfico de drogas, tráfico de animais silvestres, e todo tipo de infração transfronteiriça que venha a ocorrer contra os interesses do nosso país”, explicou.

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A operação é caracterizada por ações integradas entre as Forças Armadas e diversos órgãos de segurança pública e de fronteira, incluindo agências federais e estaduais. Essa colaboração visa garantir uma resposta coordenada e eficiente às ameaças na região.

Operações

Além da Operação Ágata Oeste, o Ministério da Defesa também coordena a Operação Ágata Amazônia. A atuação das Forças Armadas em ações preventivas e repressivas, no combate a delitos transfronteiriços e ambientais, ocorre na faixa de fronteira, incluindo as águas interiores e a costa marítima.

As Forças Armadas, ainda, atuam na região pantaneira de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com a Operação Pantanal. A ação, coordenada pelo Ministério da Defesa, conta com o emprego de 470 militares, 136 viaturas, 42 embarcações e oito aeronaves. Além disso, a Operação já registrou 130 missões de reconhecimento por meio terrestre, aéreo e, também, fluvial.

Por Jussara Santos/Ministério da Defesa
Fotos: Divulgação

Link: https://www.gov.br/defesa/pt-br/centrais-de-conteudo/noticias/defesa-emprega-1-7-mil-militares-e-tecnologia-avancada-na-operacao-agata-no-mt-e-ms

Show brasileiro em Paris, com 11 pódios, 4 ouros, recordes e conquistas inéditas

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No melhor dia para nos Jogos Paralímpicos, Brasil sobe ao pódio no atletismo, natação, badminton e triatlo, garante pódio no tênis de mesa e avança no goalball, vôlei sentado e futebol de cegos

Medalhas, recordes, avanços e multiplicidade de excelência na delegação paralímpica brasileira

Um país paralímpico por essência e consistência. Uma nação que soma ouros, pratas, bronzes, recordes, performances brilhantes e, o que é mais importante: em uma enorme multiplicidade de modalidades e com excelência no masculino e no feminino. A jornada do dia 2 de setembro reservou ao Brasil 11 pódios, com quatro ouros, quatro pratas e três bronzes, no melhor desempenho desde o início dos Jogos. O Brasil fechou a jornada com a quarta colocação no quadro geral de medalhas, com 12 ouros, oito pratas e 18 bronzes conquistados em Paris, um total de 38. A liderança segue com a China, com 43 ouros e 87 medalhas no total, seguida por Grã-Bretanha (29 ouros e 54 pódios) e Estados Unidos (13 ouros e 42 medalhas).

Quadro de medalhas em Paris. Brasil em quarto lugar na atualização parcial

A caminhada reservou pódios em provas de campo do atletismo nos dois naipes, com direito ao tricampeonato de Claudiney Batista no disco e ouro e prata e ouro para Beth Gomes, que se destacou inclusive em categoria superior à dela. Na pista, recordes mundiais e medalhas na pista em múltiplas classes.

Nas piscinas, teve espaço para mais um show de Gabrielzinho, o mineiro da Classe S2 (grande restrição de mobilidade), bicampeão paralímpico agora nos 200m livre. Teve a marca espetacular de Carol Santiago, ao vencer os 50m livre para atletas com deficiência visual e se tornar a brasileira com maior número de ouros na  história dos Jogos: cinco. Houve ainda dobradinha com as gêmeas Débora e Beatriz Carneiro nos 100m peito da classe para atletas com deficiência intelectual.

E não parou aí. O triatlo chegou ao primeiro pódio de sua história com a prata de Ronan Cordeiro. Bruna Alexandre, a primeira brasileira a disputar Jogos Olímpicos e Paralímpicos, garantiu mais um pódio para sua coleção, ao chegar à semifinal da classe 10 do tênis de mesa. Vitor Tavares fez bonito e conquistou o bronze inédito no badminton.

Nas modalidades coletivas, o goalball masculino avançou para a semifinal de forma soberana, com 10 x 0 sobre o Egito. O vôlei sentado feminino, campeão mundial, encerrou a fase de grupos com 100% de aproveitamento após vitória sobre a Eslováquia. O futebol de cegos segue em sua campanha para buscar o sexto título paralímpico consecutivo após vitória por 3 x 0 sobre a França.

Em comum a todas, a 100% das conquistas e resultados, a marca do Bolsa Atleta, o programa de patrocínio direto do Governo Federal.

Confira o resumo do Brasil nos Jogos Paralímpicos

Carol: cinco ouros, a mulher brasileira com maior número de conquistas nos Jogos Paralímpicos (foto: Alê Cabral/CPB)

CAROL AINDA MAIS HISTÓRICA – A nadadora pernambucana Carol Santiago se tornou a mulher brasileira com mais ouros na história dos Jogos Paralímpicos. Nesta segunda-feira, ela faturou a prova dos 50m livre S13, destinada a atletas com deficiência visual, com o tempo de 26s75 e chegou à sua 2ª medalha dourada em Paris e cinco na história, uma a mais que Ádria Santos, do atletismo, que tem quatro.

“Isso (recorde) significa muito para mim. Significa que a gente, com toda a dedicação que teve, conseguiu chegar nesse nível. E isso é grandioso demais, acho que isso vai ficar, toda essa força, essa dedicação que a gente tem, esse sonho realizado, para que novos atletas que estão chegando, para que as crianças possam ver nisso um caminho. Eu estou todo dia ali, treinando, todo dia ali”, disse a campeã paralímpica. Carol é dona do recorde mundial (26s61) da prova na classe S12. A nadadora tem agora sete medalhas em Jogos Paralímpicos: sendo cinco ouros, uma prata e um bronze.

“Essa é a minha prova favorita. A gente estava bem preparado, e ainda bem porque fiquei muito nervosa antes de a gente entrar aqui. Eu só queria fazer minha melhor natação, Acho que nadei bem, poucas vezes consegui nadar nesse nível, e eu estou muito feliz, satisfeita”, disse Carol Santiago.

Carol ganhou o ouro nos 100m costas S12, no dia 31, e ainda luta por mais três medalhas em provas individuais: 200m medley S13, 100m livre S12  e 100m peito SB12 no dia 5. Além disso, ela tenta a medalha por equipe no revezamento 4x10m livre misto: 49 pontos, no dia 4.

Neste ciclo paralímpico, Carol Santiago foi ouro nos 100m costas (1min08s89), nos 100m borboleta (1min05s68), nos 100m livre (58s87), nos 50m livre (26s71) e no revezamento 4x100m (3min56s03), prata nos 100m peito e bronze nos 200m medley e no revezamento 4x100m medley no Mundial de Manchester 2023. Além disso, ela ganhou ouro nos 100m borboleta (1min07s00), nos 100m peito (1min14s91), nos 50m livre (26s86), nos 100m livre, (59s62) no revezamento 4x100m livre e no revezamento 4x100m medley e prata nos 100m costas no Mundial da Ilha da Madeira 2022.

Gabrielzinho: quatro provas, três ouros e um carisma que conquistou Paris (foto: Alê Cabral/CPB)

TRÊS VEZES GABRIEL – Gabriel Araújo seguiu nesta segunda-feira a rotina de ouros que estabeleceu desde que começou sua participação em Paris. O mineiro de 22 anos venceu a prova dos 200m livre da classe S2 (limitações físico-motoras) e alcançou o terceiro título nos Jogos Paralímpicos. Gabrielzinho terminou a prova com 3min58s92. Vladimir Danilenko (Atletas de Países Neutros) ficou com a prata, com 4min14s16, e o chileno Alberto Caroly Abarza Diaz completou o pódio (4min22s18). A marca do brasileiro é o novo recorde das Américas.

Porta-bandeira da delegação brasileira, Gabrielzinho já havia vencido os 100m e dos 50m costas. Além disso, quebrou o próprio recorde mundial na prova dos 150m medley (S1, S2 e S3). Por se tratar de uma prova multiclasses, Gabrielzinho competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto. Com a vitória, Gabrielzinho se tornou bicampeão paralímpico dos 200m livre — marca que ele também detém nos 50m costas. Ao todo, o nadador nascido em Santa Luzia soma seis medalhas em duas edições de Jogos Paralímpicos. Ele também foi prata nos 100m costas em Tóquio 2020.

No último ciclo, Gabrielzinho se destacou também em mundiais de natação, conquistando três medalhas do ouro no Mundial de Manchester 2023: nos 50m costas, 100m costas e nos 200m livre; e outras três medalhas douradas no Mundial da Ilha da Madeira 2022, nos 100m costas, 50m costas e 200m livre. Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).

Débora e Beatriz celebram a dobradinha com prata e bronze (foto: Alê Cabral/CPB)

DOBRADINHA EM FAMÍLIA – As gêmeas Débora e Beatriz Carneiro conquistaram as medalhas de prata e bronze, respectivamente, nos 100m peito da classe SB14 (deficiência intelectual), na noite desta segunda-feira, na Arena La Défense. O ouro ficou com a britânica Louise Fiddes, com 1min15s47. Débora fechou a prova com 1min16s02 e Beatriz, com 1min16s46.

Claudiney Batista, tricampeonato no lançamento do disco (foto: Wander Roberto/CPB)

TRICAMPEONATO – O lançador mineiro Claudiney Batista conquistou o tricampeonato paralímpico no lançamento de disco da classe F56 (que competem sentados) no Stade de France. Ele venceu a prova com a marca de 46,86m, novo recorde paralímpico. O atleta, que foi submetido à amputação da perna esquerda em função de um acidente de moto em 2005, havia vencido a mesma disputa no Rio 2016 com 45,33m e em Tóquio 2020, com 45,59m. Ele tem o recorde mundial, com 47,37m, obtido no Desafio CPB/CBAt, realizado no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo, em 17 de junho de 2023.

“É um mix de emoções. Feliz com esse tricampeonato. É muito treino, foco, determinação, treinei bastante nessa aclimatação. Nesse momento vale tudo: alimentação, descanso, a ótima estrutura que tivemos. Estava com um desconforto na coluna, fiquei apreensivo, mas na hora a adrenalina subiu, não senti nada e deu tudo certo”, afirmou Claudiney.

A prata ficou com o indiano Yogesh Khatunyia, com 42,22m, e o bronze com o grego Konstantinos Tzounis, que lançou a 41,32m. Esta é a quarta medalha paralímpica de Claudiney Batista. Além dos dois ouros anteriores, ele havia conquistado a medalha de prata no lançamento de dardo em Londres 2012. O lançador nascido na cidade de Bocaiuva (MG) teve um ciclo vitorioso. Conquistou o ouro no lançamento de disco em dois Mundiais (Kobe 2024 e Paris 2023) e ouro na mesma prova no Parapan de Santiago.

Beth Gomes: prata no arremesso de peso e ouro e recorde mundial no lançamento de disco (foto: Ana Patrícia Almeida/CPB)

PRATA DE OURO E BICAMPEONATO PARA BETH – A paulista Beth Gomes, uma das porta-bandeiras do Brasil na cerimônia de abertura dos Jogos Paralímpicos de Paris, conquistou uma medalha de prata que vale ouro no arremesso de peso das classes F53/F54. Beth, que é da classe F53 (competem em cadeiras de rodas, com sequelas de poliomielite, lesões medulares e/ou amputações), disputou um lugar no pódio contra adversárias da F54, que têm comprometimento físico-motor menor que o dela.

Beth fez a parte dela com louvor. Bateu o recorde mundial da classe ao arremessar o peso em 7,82m – o antigo recorde já era dela, de 7,75m, feito também em Paris, no Mundial de atletismo 2023. A mexicana Gloria Zarza Guadarrama, da classe F54, lançou para 8,06 e ficou com o ouro ouro. O bronze foi de Nurkhon Kurbanova, do Uzbequistão, também da classe F54, que lançou 7,75m.

“Eu só tenho gratidão, gratidão a todos. Essa medalha está saindo com gostinho de dever cumprido, porque competi em uma classe acima da minha, numa prova secundária, e acreditei que tinha chance e fui buscar no último arremesso a prata com gostinho de ouro e parabenizando também, juntamente com o recorde mundial”, disse Beth Gomes.

Mais tarde, ela fez ainda melhor. A atleta paulista conquistou o bicampeonato no lançamento de disco da classe F53. Ele venceu a prova com a marca de 17,37m, estabelecendo o novo recorde da competição — que era de 15,48m, e teve direito a bater o sino, honra reservada aos atletas que batem recordes mundiais ou paralímpicos.

Aser com a medalha de prata conquistada no salto em distância (foto: Alexandre Schneider/CPB)

PRATA NO SALTO –  O gaúcho Aser Ramos conquistou a medalha de prata na final do salto em distância T36 (paralisados cerebrais). Ele saltou em 5,76 e só foi superado pelo atleta neutro Evgenii Torsunov, que fez 5,83m. É a primeira medalha paralímpica do saltador gaúcho. O goiano Rodrigo Parreira terminou na sexta colocação na mesma prova, com 5,60m.

BRONZE POR DÉCIMOS – O paranaense Vinícius Rodrigues conseguiu a medalha de bronze na final dos 100m T63 (amputados de membros inferiores com prótese) numa prova definida por centésimos de segundo. Ele completou a prova em 12s10, 04 centésimos atrás do medalhista de ouro, o norte-americano Ezra Frech. Foi o melhor tempo do ano de Vinícius Rodrigues. A prata ficou com o dinamarquês Daniel Wagner, com 12s08.

Vinicius Rodrigues e o bronze com diferença de 0,4s para o ouro (foto: Douglas Magno/CPB)

RECORDE MUNDIAL NA SEMI – A paranaense Lorena Spoladore e acreana Jerusa Geber avançaram à final dos 100m T11 (deficiência visual). Jerusa fez 11s80, novo recorde mundial, e avançou em primeirO, enquanto Lorena fez a sua nova melhor marca do ano, com 12s07, e se classificou com terceiro tempo geral. A paraense Jhulia Karol fez 12s58 e não conseguiu a classificação. A final será nesta terça-feira, 3 de setembro.

YELTSIN PROMISSOR – O sul-mato-grossense Yeltsin Jacques e o paulista Júlio César Aqripino se classificaram para a final dos 1500m T11 (deficiência visual). Yeltsin avançou com o melhor tempo da classificatória, com 4min03s22, sua melhor marca na temporada. Júlio teve o quarto melhor tempo geral, com 4min10s10. A final será nesta terça-feira, às 05h08 (de Brasília).

OUTRAS PROVAS – A paranaense Aline Rocha e a paulista Vanessa Cristina disputaram as eliminatórias dos 1.500m da classe T54 (cadeirantes), nas quais as cinco primeiras de cada bateria avançavam às finais. Aline fez 3min35s18, ficou em quinto na bateria e se classificou. Vanessa terminou na oitava posição na outra bateria (3min30s86) e ficou fora da decisão. A final será nesta terça-feira, 3, às 7h25 (de Brasília).

Ronan com a medalha conquistada na prova do triatlo paralímpico (foto: Alê Cabral/CPB)

PRATA INÉDITA NO TRIATLO – O triatleta paranaense Ronan Cordeiro, da classe PTS5 (comprometimento físico-motor), ficou com a medalha de prata nos Jogos Paralímpicos de Paris 2024 no início desta tarde na França. Ele completou a prova, que envolve natação, atletismo e ciclismo, em 59min01s, atrás do norte-americano Chris Hammer (58min44s). O pódio foi completado pelo alemão Martin Schulz (59s19s). Foi a primeira vez que o país subiu ao pódio na modalidade em Jogos Paralímpicos.

Ronan tem má-formação congênita na mão esquerda e começou a competir em 2018. Antes, era atleta da natação, de 2012 a 2018. Ele vinha de bons resultados no ciclo, como a conquista da medalha de ouro do World Series de triatlo, no País de Gales, em 22 de junho de 2024. “Fizemos história. Eu tinha uma missão, que era acabar com esse paradigma do triatlo. Podemos mais, vamos acreditar. Eu queria o ouro, são muitos sentimentos, dei tudo na natação, tudo no ciclismo, e acabei pagando a conta na corrida. Mas é um resultado histórico e vai mudar para o triatlo”, disse Ronan.

Equipe do goalball masculino garantiu presença na semifinal (foto:Alexandre Schneider/CPB)

GOALBALL NA SEMI – A seleção masculina de goalball está na semifinal dos Jogos Paralímpicos. Na manhã desta segunda-feira, os atuais campeões derrotaram o Egito por 10 x 0, em confronto válido pelas quartas de final da competição. Na regra da modalidade, a diferença de dez gols encerra a partida. Os gols foram marcados por Parazinho (3), Leomon (2), Emerson (2), Dantas (2) e Paulinho (1). “O que a gente enfatizou bastante aqui, depois de ter passado a fase de grupos, foi a nossa defesa. A gente precisava evoluir para chegar aqui e não tomar gol igual ao que aconteceu hoje”, avaliou Leomon.

Esta foi a primeira vez que brasileiros e egípcios se cruzaram em uma edição de Paralimpíada. Os últimos encontros haviam sido pelos Mundiais de 2018, na Suécia, e 2014, na Finlândia. Em ambos, deu Brasil: 10 a 0 e 12 a 2, respectivamente. Agora, a seleção espera pelo ganhador do jogo entre Irã e Ucrânia para conhecer o rival do duelo que valerá vaga na decisão. No outro lado do chaveamento, os duelos são: China x França e EUA x Japão. Além do título em Tóquio 2020, o Brasil tem um bronze (Rio 2016) e uma prata (Londres 2012) com os homens. As mulheres, que entram em quadra amanhã para enfrentar as japonesas nas quartas, buscam a primeira medalha paralímpica na história.

Vôlei sentado feminino passou com campanha 100% na fase de grupos (foto: Alê Cabral/CPB)

100% NO VÔLEI SENTADO – A seleção feminina de vôlei sentado venceu mais uma nos Jogos Paralímpicos e terminou a fase de grupos com 100% de aproveitamento, com três vitórias em três duelos. O triunfo desta segunda-feira foi diante da Eslovênia: 3 sets a 0 (25/14, 25/18 e 25/15). Edwarda Oliveira foi a maior pontuadora do Brasil, com 15 pontos.

BRUNA GARANTE BRONZE – Bruna Alexandre segue fazendo história no tênis de mesa paralímpico. Depois de faturar o bronze ao lado de Danielle Rauen na dupla, a catarinense garantiu mais um pódio em sua trajetória, agora na chave de simples. Ela derrotou nas quartas de final a sueca Anja Handen por 3 sets a 1, com parciais de 11/4, 11/2, 6/11 e 11/4. Na semifinal, ela terá pela frente nesta terça a número 1 do mundo na classe 10, a australiana Qian Yang.  Entre os outros mesatenistas brasileiros, Lucas Arabian venceu o nigeriano Bolawa Akingbemisilu por 3 sets a 2 (11/7, 7/11, 11/8, 9/11e 11/8), pela classe MS5 (para cadeirantes), e se classificou para as quartas de final. Se vencer, já garante o bronze. Nas oitavas da classe S7, Paulo Salmin perdeu para o sueco Jonas Hansson, por 3 x 1 (15/13, 5/11, 11/6 e 11/7), e Israel Stroh foi derrotado pelo egípcio Sayed Youssef, por 3 a 0 (11/6, 11/2 e 11/7).

Reinaldo Charão e Jane Karla tiveram uma disputa parelha, mas acabaram eliminados (foto: Silvio Avila/CPB)

TIRO COM ARCO – O Brasil teve duas duplas eliminadas nas quartas de finais do tiro com arco nesta segunda-feira, na Esplanada dos Inválidos, em Paris.A goiana Jane Karla e o gaúcho Reinaldo Charão foram superados pelos iranianos Fatemeh Hemmati e Hadi Nori por 153 x 151 na disputa do time misto Composto Open. Já a paranaense Juliana Cristina Silva e o cearense Eugênio Franco, que integraram o time misto W1, perderam para os tchecos Sarka Pultar e David Drahoninsky, por 144 x 121.

BRONZE INÉDITO NO BADMINTON – O paranaense Vitor Tavares conquistou a inédita medalha de bronze no badminton ao derrotar Man Kai Chu, de Hong Kong, por 2 sets a 1, com parciais de 23/21, 16/21 e 21/12, na chave de simples da classe SH6 (baixa estatura). Vitor passou da fase de grupos e ganhou do americano Miles Krajewski por 2 a 0 (21/15 e 21/15) nas quartas de final. Na semifinal, foi derrotado pelo francês Charles Noakes por 2 a 0 (21/18 e 22/20), mas ganhou o bronze inédito. Vitor possui hipocondroplasia congênita, popularmente conhecida como nanismo. Em 2016, ele conheceu o badminton no colégio. Ele foi convidado para a modalidade por um professor que dava aulas para crianças e atletas de alto rendimento. Antes do bronze, Vitor terminou em quarto nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 e ganhou medalha de bronze no individual e prata nas duplas no Mundial de badminton em Tóquio 2022. “Consegui fazer o planejado. A gente veio forte, sempre se mantendo firme no mental e minimizando os erros, só assim para estar aqui agora com isso na mão, essa medalha que é a realização de um sonho”, resumiu Vitor.

Vitor Tavares celebra o bronze inédito do badminton brasileiro (foto: Silvio Ávila/CPB)

FUTEBOL DE CEGOS VENCE ANFITRIÕES – A Seleção de futebol de cegos brilhou mais um vez e derrotou a França, no Estádio da Torre Eiffel, por 3 a 0, pela segunda rodada dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024. Os gols foram marcados por Ricardinho, Jardiel e Nonato. Como já havia vencido a Turquia na estreia, o time chegou a seis pontos e ficou muito perto da classificação para a semifinal. Nesta terça, a equipe enfrenta a China, sua algoz na semifinal da Copa do Mundo de 2023, pela última rodada da fase de grupos. Empate garante o Brasil sem depender de outro resultado. Se perder, só ficará de fora da próxima fase caso os franceses derrotem os turcos e ainda tirem a diferença do saldo de gols. O Brasil nunca perdeu uma partida do futebol de cegos desde a estreia da modalidade em Jogos Paralímpicos, na edição de 2004, em Atenas. A equipe é a atual pentacampeã.

Link: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2024/09/recordes-ouros-e-conquistas-ineditas-show-brasileiro-em-paris