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Ministério da Saúde envia Força Nacional do SUS ao Paraná após tornado que atingiu o Rio Bonito do Iguaçu

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O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, acompanha comitiva do Governo Federal em ações de resposta e apoio à população atingida
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Foto: Gabriel Frigo – SRI

O Ministério da Saúde enviou, neste sábado (8), uma equipe da Força Nacional do SUS (FN-SUS) ao município de Rio Bonito do Iguaçu (PR), epicentro de um tornado de grande intensidade que devastou cerca de 80% da área urbana. O secretário executivo do Ministério da Saúde, Adriano Massuda, acompanha a comitiva do Governo Federal que se deslocou ao estado para avaliar os danos, prestar assistência imediata e coordenar ações conjuntas de resposta com o Governo do Paraná e a Defesa Civil Nacional.

De acordo com dados da Defesa Civil do Paraná e do CENAD, o estado registrou 55 municípios impactados por tempestades, com mais de 31 mil pessoas afetadas. Em Rio Bonito do Iguaçu, a tragédia foi a mais severa: 10 mil moradores — o equivalente a 77% da população — foram diretamente atingidos, com cinco mortes confirmadas, 125 feridos e mais de mil pessoas desalojadas.

Nesta madrugada, após tomar conhecimento do ocorrido, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, imediatamente colocou a equipe da Força Nacional do SUS a disposição do Estado e Município.

“Estou voltando da África do Sul, após a reunião do G20, e durante toda a noite e madrugada estivemos acompanhando, junto aos gestores estaduais, municipais e de saúde de Santa Catarina e do Paraná, em especial a prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu, os impactos dessa tragédia na área da saúde. Colocamos a Força Nacional do SUS à disposição para apoiar a população do Sul do país”, afirmou o ministro Padilha.

A equipe da Força Nacional do SUS foi mobilizada em Nível Operacional II, com capacidade de resposta intermediária e foco em recompor o funcionamento da rede local de saúde.

A equipe é formada por cinco profissionais especializados, incluindo um especialista em saúde mental em desastres, um médico sanitarista, um enfermeiro, um analista de recursos logísticos e um analista de incidentes e reconstrução assistencial. Os profissionais irão atuar para garantir a reativação dos serviços de saúde, o apoio à gestão local e a resposta assistencial e psicossocial imediata, assegurando a retomada rápida e segura do cuidado integral à população.

As primeiras ações incluem triagem e estabilização de feridos, reorganização dos fluxos assistenciais e farmacêuticos, avaliação de risco sanitário secundário (água, resíduos e vetores), além do apoio psicológico à população. Caso seja necessário, a FN-SUS está pronta para instalar um hospital de campanha modular, com capacidade de até 150 atendimentos diários, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA-PR).

Situação da rede saúde local

Com a destruição de parte significativa das unidades de saúde e o colapso parcial dos serviços de energia e abastecimento, os atendimentos de urgência foram redirecionados para o Hospital Regional de Laranjeiras do Sul, que atua como referência provisória para a região. As Unidades Básicas de Saúde da zona rural seguem parcialmente inoperantes, e há comprometimento nos estoques de medicamentos e vacinas.

A missão no Paraná é coordenada pela Coordenação-Geral da Força Nacional do SUS (CGFN-SUS), em conjunto com o CENAD, a Defesa Civil Nacional, a SESA-PR e a Prefeitura de Rio Bonito do Iguaçu, garantindo uma resposta articulada e rápida.

“Chegamos ao Paraná com a missão de cuidar, reconstruir e trazer afeto à população que mais precisa neste momento. Nossa prioridade é garantir que cada pessoa atingida receba atenção em saúde, escuta e acolhimento. Atuaremos ao lado do Governo do Estado e do município para restabelecer o funcionamento da rede de saúde e devolver um pouco de segurança e esperança às famílias de Rio Bonito do Iguaçu.”, destacou o coordenador da Força Nacional do SUS, Rodrigo Stabeli.

A Força Nacional do SUS

Desde 2023, a Força Nacional do SUS realizou mais de 60 missões em 23 estados, com mais de 60 mil atendimentos diretos e 1.500 profissionais capacitados. Em 2025, as ações se concentraram em respostas a arboviroses, secas, enchentes e grandes eventos, como a COP30, em Belém (PA), que contou com hospital de campanha operando 24 horas.

Laís Dornelas e Agnez Pietsch
Ministério da Saúde

BR-364 passa por fresagem e recomposição em trechos críticos

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Operação “Pare e Siga” ocorre em sete cidades de 10 a 15 de novembro com recuperação de pavimento

Assessoria/Nova 364
facebook sharing button
twitter sharing buttonA Nova 364 prossegue com o cronograma de obras intenso na BR-364, ampliando as frentes de recuperação do pavimento entre os dias 10 e 15 de novembro. Durante a semana, as frentes de fresagem e recomposição estarão concentradas em Vilhena (km 76 ao 91), Pimenta Bueno (km 145 ao 180), Ji-Paraná (km 352 ao 356), Ouro Preto do Oeste (km 387 ao 395), Theobroma (km 460 ao 463), Cujubim (km 565 ao 598) e Rio Crespo (km 545 ao 547). Ao total, serão mais de 100km de pavimento recuperado ao decorrer da semana.

As intervenções, realizadas sob o sistema “Pare e Siga”, podem provocar lentidão temporária no tráfego, mas são etapas indispensáveis para a recuperação estrutural da rodovia, corrigindo desgastes acumulados ao longo dos anos. Essas obras garantem melhor aderência, estabilidade e durabilidade do pavimento, além de reforçar a segurança e o conforto dos motoristas que trafegam pela BR-364.

Em paralelo às obras de recuperação do pavimento, a Nova 364 mantém uma série de serviços de conservação e manutenção ao longo da rodovia. As equipes executam roçada manual e mecânica em diversos pontos de Vilhena, Pimenta Bueno, Cacoal, Presidente Médici, Ji-Paraná, Jaru, Ariquemes, Cujubim, Itapuã do Oeste, Candeias do Jamari e Porto Velho. Também seguem em andamento serviços de limpeza e drenagem em Ouro Preto do Oeste e Cujubim, além de remoção de lixo, arbustos e poda em Chupinguaia e Jaru. A conformação de faixa avança em Pimenta Bueno, contribuindo para a estabilização das margens e o escoamento das águas pluviais.

Balanço de obras de outubro

Em outubro, a Nova 364 registrou avanços expressivos nas frentes de manutenção e recuperação da BR-364. Foram aplicadas 23 mil toneladas de CBUQ em serviços de pavimentação, além da limpeza de 196 pontos de drenagem em linha e 12 pontos de drenagem profunda, garantindo maior eficiência no escoamento das águas pluviais. As equipes também realizaram a limpeza de 33 Obras de Arte Corrente (OAC), concluíram 1.313 quilômetros de roçada, implantaram 2.018 placas de sinalização e executaram a pintura de 250 quilômetros de faixas de eixo e borda. Na parte de segurança viária, foram instaladas 47.236 tachas refletivas, 6 quilômetros de defensas metálicas, 7.005 delineadores de barreira e 9.492 delineadores de defensa, reforçando a sinalização e a proteção das margens da rodovia.

Esses números refletem o compromisso da concessionária com a recuperação integral e a modernização da BR-364, assegurando não apenas o conforto dos motoristas, mas também a durabilidade das melhorias implantadas. A combinação entre pavimento requalificado, drenagem funcional e sinalização reforçada eleva o padrão operacional da rodovia, reduz o risco de acidentes e amplia a segurança nas viagens.

Sobre a Nova 364

A Nova 364 Concessionária de Rodovia administra 686,7 quilômetros da BR-364, de Porto Velho até Vilhena. Via arterial da economia agrícola, o trecho rodoviário receberá investimentos de mais de R$ 12 bilhões, que incluem obras de ampliações e melhoramentos entre duplicação, faixas adicionais, dispositivos, via marginal e o Expresso Porto.

STJ mantém transposição de servidores de 87 a 1991

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o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou recurso da União , que tentava postergar o cumprimento da decisão favorável aos servidores admitidos até 31 de dezembro de 1991

Assessoria/SINPOL

O Escritório de Advocacia Hélio Vieira e Zênia Cernov , que patrocina a causa para SINPOL, nesses 12 anos, após árdua batalha incansável dos direitos em favor da categoria da Polícia Civil, informou que o Superior Tribunal de Justiça manteve favorável a transposição  dos servidores ativos, inativos e pensionistas admitidos pelo Estado de Rondônia no interstício de 16.03.1987 a 31.12.1991.

A Diretoria do SINPOL, por meio do Escritório Dr. Hélio Vieira & Zênia Cernov, conquistou  mais uma vitória importante na luta pelo direito à transposição para o quadro da Administração Federal. Na última quinta-feira (06.11.2025), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) rejeitou os Embargos de Declaração da União de nº 2765564 – RO, que tentava postergar o cumprimento da decisão favorável aos servidores admitidos até 31 de dezembro de 1991.

Essa conquista reforça a importância da organização sindical e da luta coletiva, defendendo a justiça e igualdade para os sindicalizados.

– VEJA  A ÍNTEGRA DA MOVIMENTAÇÃO PROCESSUAL:

PROCESSO N° 0007355-61.2013.401.4100  1ª Vara Federal

OBJETO: Transposição dos Servidores ativos, inativos e pensionistas, admitidos pelo Estado de Rondônia no interstício de 16.03.1987 a 31.12.1991, bem como os servidores inativos e pensionistas admitidos até 16.03.1987, não beneficiados pela transposição.

Situação atual:

O processo se encontra localizado atualmente no STJ – Superior Tribunal de Justiça, com a publicação da decisão que rejeitou os Embargos opostos pela União, sob o n. 2765564 (2024/0380408-7), com o Relator Ministro Sérgio Kukina, 1ª Turma.

Histórico resumido:

– Em 10/07/2013, a ação foi ingressada com o objetivo da transposição para os quadros da União Federal, em favor dos servidores do Estado de Rondônia pertencentes à categoria da polícia civil, representada pelo SINPOL, ativos, inativos e pensionistas, admitidos pelo Estado de Rondônia no interstício de 16/03/1987 a 31/12/1991, bem como os inativos e pensionistas admitidos até 16.03.1987, não beneficiados pela transposição.

– Em 22/08/2014, a sentença foi julgada parcialmente procedente, ou seja, a União foi condenada a efetivar a transposição dos servidores admitidos até 15 de março de 1987 e a proceder o pagamento dos retroativos desde a edição da Emenda Constitucional nº 60. Julgou improcedente a ação quanto aos servidores admitidos entre 16/03/1987 a 31/12/1991, sob o entendimento de não terem sido beneficiados pela referida Emenda e sua regulamentação;

– Em 03/09/2014 – O SINPOL interpôs Embargos de Declaração objetivando suprir a omissão na sentença para que fosse aditada nesta, relativamente aos retroativos deferidos no período anterior à edição da Lei nº 12.800/2013, os valores deverão ser calculados com base nas tabelas de vencimentos e vantagens da Lei nº 11.358/2006;

– Em 24/11/2014 – A sentença de Embargos foi provida. O Magistrado condenou às Rés (União e INSS), ao pagamento das diferenças remuneratórias, retroativamente a 12/11/2009, data da publicação da EC mº 60/2009, consistentes na diferença entre o valor do provento/pensão que receberam e o valor do provento/pensão que deveriam receber, aplicando-se aos servidores públicos substituídos, as tabelas de vencimento e vantagens previstas na Lei nº 11.357/2006;

– Em 05/01/2015 – O SINPOL recorreu com Recurso de Apelação da parte da sentença que julgou improcedente, ou seja, quanto aos servidores admitidos entre 16/03/1987 a 31/12/1991;

– Em 06/04/2015 – A UNIÃO e o INSS também recorreram da sentença. O Sinpol intimado, apresentou as suas contrarrazões aos Recursos;

– Os Autos foram remetidos ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região para julgamento dos Recursos;

– Em 28/11/2022 – Foi publicado o Acórdão pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, dando provimento ao Recurso do SINPOL, julgando procedente a transposição para os servidores aposentados e pensionistas até 1987 e, em favor dos servidores ativos, inativos e pensionistas até 31.12.1991. Com relação ao efeito financeiro do período dos retroativos, o Acórdão determinou o seu termo inicial fixado a partir: “da data de 01/01/2014 para os demais servidores, se o termo de opção tiver sido feito durante a vigência do art. 2º da Lei nº 12.800/2013; ou da data de publicação do ato de transposição, sendo incabível o pagamento de diferenças remuneratórias retroativas, se após esse período. Esses valores deverão ser verificados em sede de liquidação de sentença.”

– Em 26/12/2022 – A União Federal e o INSS interpuseram Embargos de Declaração em face ao Acórdão proferido pelo TRF1ª Região. O SINPOL intimado, apresentou as suas contrarrazões aos Embargos;

– Em 03/10/2023 – Foi publicado o Acórdão dos Embargos pelo TRF1ª Região, rejeitando os Embargos opostos pela União e acolhendo os Embargos de Declaração opostos pelo INSS, para excluir a autarquia da lide;

– Em 30/11/2023 – A União Federal interpôs Recursos Especial e Extraordinário em face do Acórdão do TRF1ªRegião. O SINPOL intimado, em 05.12.2023, apresentou as suas contrarrazões aos Recursos da União;

– Em 07/06/2024 – Foi proferida decisão pelo TRF1ªRegião, pela Desembargadora Federal Gilda Sigmaringa Seixas, não admitindo os Recursos Especial e Extraordinário da União.

– Em 17/08/2024 – A União Federal interpôs Agravos em Recurso Especial e Agravo em Recurso Extraordinário, visando a modificação do julgado perante as Cortes Superiores; O SINPOL foi intimado e em 09.09.2024, apresentou sua contraminuta aos Agravos em Recurso Especial e Agravo em Recurso Extraordinário;

– Da distribuição do processo no Superior Tribunal de Justiça sob o nº 2765564 – RO (2024/0380408-7):

– Em 19/12/2024 – Os Agravos em REsp e em REX interpostos pela União, foram distribuídos no Superior Tribunal de Justiça, sob o n. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL Nº 2765564 – RO (2024/0380408-7), com o Relator Presidente do STJ Ministro Herman Benjamin – 1ª Turma.

– Em 06/03/2025 – Foi proferida decisão pelo STJ negando provimento ao Agravo em REsp da União Federal;

– Em 29/03/2025 – A União Federal interpôs Embargos de Declaração em face da decisão do STJ;

– Em 14/04/2025 – O SINPOL intimado, apresentou as suas contrarrazões aos Embargos da União, pugnando pela rejeição dos Embargos;

– Em 19/05/2025 – Foi publicada decisão pelo STJ rejeitando os Embargos da União;

– Em 13/06/2025 – A União irresinada, agravou internamente em face da decisão do STJ que havia rejeitado os seus Embargos; Em 24/06/2025, o Sinpol intimado, apresentou a sua contraminuta ao Agravo Interno em Recurso Especial;

– Em 28/08/2025 – Foi publicado Acórdão negando, por unanimidade, o Agravo Interno da União de nº 2765564 – RO (2024/0380408-7);

– Em 22/09/2025 – A União, ainda irresignada, interpôs novos Embargos de Declaração e o Sinpol apresentou a sua manifestação;

– Em 10/10/2025 – Os Embargos da União foram incluídos em pauta de julgamento da Sessão Virtual da Primeira Turma do STJ, entre os dias 28/10/2025 até 03/11/2025;

– Em 04/11/2025 – O Superior Tribunal de Justiça, através da Primeira Turma, rejeitou os Embargos opostos pela União, sob o fundamento de que, os argumentos foram meros inconformismos com a decisão tomada, buscando rediscutir o que já foi decidido.

Resumo:

O processo se encontra no STJ, aguardando a publicação do inteiro teor da decisão que rejeitou os Embargos da União, sob nº 2765564 – RO (2024/0380408-7), com o Relator Ministro Sérgio Kukina – 1ª Turma.

Webinário orienta sobre financiamento para educação

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Em transmissão ao vivo, MEC dialogou com gestores estaduais e municipais sobre os recursos do Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), que destina R$ 20 bilhões para educação e saúde

Fotos: Angelo Miguel/MEC

O Ministério da Educação (MEC) realizou, nesta quarta-feira, 5 de novembro, um webinário para orientar gestores estaduais e municipais sobre as formas de acesso ao financiamento público voltado à melhoria da infraestrutura das redes de ensino — o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS). Lançada em outubro, a iniciativa conta com aporte inicial de R$ 20 bilhões destinados a projetos nas áreas prioritárias de educação e saúde.

Durante o evento, o MEC detalhou as etapas do processo de solicitação de recursos e esclareceu dúvidas sobre a adesão ao programa. Na área da educação, o fundo permitirá que estados, municípios e o Distrito Federal apresentem propostas de ações como construção e ampliação de creches e escolas; implantação de escolas de tempo integral; compra de veículos para transporte escolar; além de investimentos em mobiliário escolar, climatização, conectividade e tecnologia educacional. O financiamento não pode ser usado para pagamento de salários, dívidas, impostos não vinculados ao projeto ou compra de terrenos.

A diretora de Programa do MEC, Tassiana Carvalho, ressaltou que o FIIS inicia suas operações em 2025 com recursos expressivos e prioridades bem definidas. Segundo ela, a medida marca um avanço na política de financiamento público, ao direcionar investimentos para setores essenciais. “Com esses focos, a gente começa o programa agora em 2025, já com 10 bilhões consignados para o financiamento via BNDES [Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social] ou parceiros. Neste início, as prioridades serão as áreas de educação e saúde”, afirmou. Outros R$ 10 bilhões serão aportados em 2026.

Durante a transmissão, a chefe da Divisão de Apoio à Análise de Infraestrutura Educacional do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Dandara Caldeira, reforçou a importância do acompanhamento ativo por parte dos gestores públicos do processo de inscrição e análise das propostas. Segundo ela, a atenção aos prazos e às orientações do edital é fundamental para garantir a efetiva participação no programa. “É importante que vocês enviem e acompanhem a proposta, observando o edital do programa. Até o momento, temos 62 propostas enviadas para análise e 98 cadastradas, mas ainda não enviadas”, pontuou.

O FIIS oferece condições facilitadas de crédito, com prazos de pagamento de até 20 anos e taxas de juros abaixo do mercado, conforme a capacidade de pagamento (Capag) de cada ente federativo. Os gestores podem se inscrever gratuitamente por meio da plataforma TransferGov, até sexta-feira, 7 de novembro, apresentando carta-consulta e documentação exigida para análise técnica e seleção pelo comitê gestor.apresentando carta-consulta e documentação exigida para análise técnica e seleção pelo comitê gestor.

Os editais estão disponíveis no portal da Casa Civil: Educação e Saúde. Em caso de dúvidas referentes aos investimentos na educação, o e-mail para contato é [email protected].

Saúde – No caso da saúde, também estão aptas a participar organizações filantrópicas e sociais conveniadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), como santas casas e organizações sociais. Dúvidas podem ser enviadas para o endereço eletrônico [email protected].

Financiamento – Podem apresentar propostas os entes federados com classificação de capacidade de pagamento (Capag) nas categorias A, B ou C. Para contratação direta com o BNDES, o financiamento deve ser de no mínimo R$ 20 milhões. Para entes públicos, a taxa média de juros será de 8,1% a 10,1% ao ano, conforme o prazo de 10 ou 20 anos, respectivamente. No setor privado, as taxas variam entre 9,6% e 11,6%. Nas operações indiretas, por meio de bancos credenciados pelo BNDES, o valor máximo financiado será de R$ 50 milhões, com juros médios entre 11,1% e 13,2% ao ano.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações do FNDE 

Simpósio internacional debate desafios da gestão escolar

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Evento promovido entre quarta e sexta-feira (5 a 7/11) pela Secretaria de Educação Básica do MEC traz experiências formativas do Chile e de Portugal, além de mesas com gestores e pesquisadores brasileiros
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Foto: Divulgação/MEC

OMinistério da Educação (MEC) promoveu, nesta quarta-feira, 5 de novembro, em Brasília, a abertura do 2º Simpósio Internacional Diretor em Foco: Formação e Desafios Cotidianos. Promovido pela Secretaria de Educação Básica (SEB), o evento é uma parceria com 35 universidades federais integrantes do Programa de Formação Continuada para Diretores Escolares e Técnicos das Secretarias de Educação (Proditec) na oferta do curso de aperfeiçoamento em mentoria de diretores escolares. O simpósio segue até sexta-feira, 7 de novembro, sempre com transmissão ao vivo no canal do MEC no YouTube.

Na mesa de abertura, o coordenador-geral de Formação de Gestores Técnicos da Educação Básica do MEC, José Roberto Ribeiro Junior, afirmou que a pasta está comprometida em garantir uma formação de qualidade para esse ator estratégico da educação brasileira, que é o diretor escolar. “O Proditec Mentoria, por exemplo, tem sido um espaço para troca de conhecimentos e experiências entre pares, promovendo, assim, mudanças no chão da escola, em um tempo muito curto”.

A diretora de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação do MEC, Rita Esther Ferreira de Luna, reforçou que “tratar de formação continuada de diretores escolares é um tema prioritário para que a gente possa entender como a gestão pode caminhar da melhor maneira possível no cotidiano das escolas”.

O simpósio reúne autoridades do MEC, pesquisadores, diretores escolares e técnicos das secretarias de educação de todo o país, com o objetivo de fomentar debates e reflexões sobre os desafios e demandas enfrentados na gestão educacional. A programação inclui mesas-redondas, conferências internacionais e apresentações de experiências formativas com representantes do Chile e de Portugal, além de gestores e pesquisadores brasileiros.

Entre os destaques da programação estão a conferência internacional “A formação do diretor escolar no Chile”, com o professor doutor Felipe Aravena (PUC-Valparaíso/Chile), e as mesas dedicadas a conexões entre educação superior e básica e o enfrentamento da violência interseccional nas escolas.

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da SEB

TSE abre consulta pública sobre Política de Acessibilidade e Inclusão na Justiça Eleitoral

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Contribuições da sociedade poderão ser enviadas, de 14 a 18 de novembro, por meio de formulário eletrônico no Portal do Tribunal

Política de acessibilidade
Acessibilidade é compromisso da Justiça Eleitoral

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) publicou, no Diário Oficial da União (DOU), desta quarta-feira (5), o Aviso de Chamamento Público nº 13/2025 para receber contribuições da sociedade para a minuta de resolução que cria a Política de Acessibilidade e Inclusão da Pessoa com Deficiência ou com Mobilidade Reduzida no Processo Eleitoral e nas Atividades da Justiça Eleitoral.

As contribuições deverão ser encaminhadas, de 14 a 18 de novembro deste ano, por meio de formulário eletrônico no Portal do TSE. A minuta da política estará disponível para análise no mesmo endereço durante todo o prazo da consulta pública.

O objetivo da iniciativa é promover a participação social e aperfeiçoar o texto da política institucional, garantindo maior legitimidade, transparência e efetividade à norma. A ação propõe contemplar e unificar as ações e diretrizes voltadas às pessoas com deficiência ou mobilidade reduzida em todas as esferas da Justiça Eleitoral, reafirmando o compromisso do TSE com uma atuação inclusiva e acessível.

Quem pode participar?

Podem contribuir todas as cidadãs, todos os cidadãos e entidades interessadas, especialmente:

  • pessoas com deficiência, seus representantes e associações;
  • pessoas neurodivergentes e familiares;
  • organizações da sociedade civil;
  • servidores e magistrados da Justiça Eleitoral;
  • profissionais das áreas de acessibilidade, inclusão, arquitetura, tecnologia, saúde, educação e comunicação; e
  • cidadãos interessados no tema.

As colaborações poderão ser enviadas por pessoas físicas ou jurídicas, incluindo órgãos públicos, com a identificação completa do participante. As sugestões serão avaliadas pela equipe que participou da elaboração da Política de Acessibilidade da Justiça Eleitoral.

Após o encerramento do prazo, o TSE publicará relatório com a sistematização das contribuições recebidas, além da versão final da minuta ajustada e de um relatório de transparência com as justificativas para as sugestões acolhidas ou não.

Fundamentação legal

A consulta pública está amparada pelo Artigo 37 da Constituição Federal, pela Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Lei nº 13.146/2015), pela Lei do Processo Administrativo Federal (Lei nº 9.784/1999) e pela Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro (Decreto-Lei nº 4.657/1942).

O edital prevê ainda que a minuta da resolução será disponibilizada em formato acessível para pessoas com deficiência visual. Dúvidas e pedidos de esclarecimento podem ser encaminhados ao e-mail [email protected].

Ministério da Saúde e Museu da Pessoa lançam chamada para coletar relatos de vida sobre aids

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Em alusão aos 40 anos da resposta brasileira à aids, o Ministério da Saúde promove diversos eventos em dezembro. Entre eles, destaca-se a mostra virtual “O que vi da história da aids no Brasil”, produzida em parceria com o Museu da Pessoa, para reunir relatos de vida de pessoas que vivenciaram essa trajetória de luta, solidariedade, ciência e cidadania.

Para participar da Mostra, basta acessar o site do Museu da Pessoa entre 5 de novembro e 5 de dezembro de 2025, gravar e enviar um relato conforme as orientações da instituição. Os testemunhos enviados vão passar por curadoria e os selecionados vão integrar a exposição “40 nos da resposta brasileira à aids”, a ser realizada no Sesilab, em Brasília-DF, de 1º de dezembro de 2025 a 30 de janeiro de 2026.

Após o período de visitação ao público, a exposição e a Mostra Virtual vão ficar disponíveis em formato digital, permitindo que memórias pessoais e coletivas componham um acervo vivo sobre a construção da resposta brasileira à aids.

Para o diretor do Departamento de HIV/Aids, TuberculoseHepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis do MS, Draurio Barreira, mais do que uma celebração, a iniciativa reafirma os princípios da participação e do controle social que, desde o início da epidemia, foram fundamentais para o sucesso das políticas públicas brasileiras e para o protagonismo das pessoas vivendo com HIV ou aids, movimentos sociais, profissionais de saúde, pesquisadores e gestores. “Ao dar voz às experiências individuais, o Ministério da Saúde reforça o compromisso histórico de construir a política de enfrentamento à epidemia com base na escuta, no diálogo e na valorização da diversidade de trajetórias que marcam esses 40 anos”, afirma Draurio.

Ministério da Saúde

Entidades participantes do Agora Tem Especialistas podem ter acesso ao FIIS-Saúde

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Fundo de Investimento em Infraestrutura Social vai impulsionar obras e aquisição de equipamentos com foco em projetos que tragam impacto direto para a população no setor da saúde.
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Foto: Rafael Nascimento/MS

Termina nesta sexta-feira (7) o prazo de inscrição para o Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS). As entidades participantes do programa Agora Tem Especialistas estão entre as instituições aptas a cadastrarem projetos de infraestrutura na área de saúde para receberem recursos do fundo.

O fundo oferece condições inéditas de financiamento para estados, municípios e entidades privadas sem fins lucrativos contratualizadas com o SUS, como os hospitais filantrópicos que integram o Agora Tem Especialistas. Com juros entre 5% e 7% ao ano, prazos de até 20 anos para pagamento e carência de até 24 meses, a iniciativa do Governo Federal vai permitir o financiamento de obras, equipamentos e veículos voltados à ampliação e qualificação da infraestrutura de saúde e educação em todo o país

Com o novo financiamento, o Governo Federal reafirma seu compromisso com a ampliação do acesso e a melhoria da qualidade do atendimento em saúde, integrando o FIIS às ações que vêm reduzindo o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias especializadas em todo o país.

“Esses investimentos chegam em um momento estratégico, fortalecendo a rede de hospitais que já vem atuando com o Agora Tem Especialistas e garantindo mais estrutura para ampliar o acesso da população aos serviços especializados do SUS”, afirmou Juliana Carneiro, secretária-executiva adjunta do Ministério da Saúde.

O FIIS foi criado pela Lei nº 14.947/2024 e é coordenado pela Casa Civil, com participação dos ministérios da Saúde, Educação, Fazenda e Justiça, e operação do BNDES.

O fundo disponibiliza R$ 20 bilhões até 2026, sendo R$ 10 bilhões em 2025 e R$ 10 bilhões em 2026, com juros reduzidos e prazos de carência ampliados — o que garante mais viabilidade para os entes federados executarem seus projetos de infraestrutura e aquisição de equipamentos.

Podem solicitar financiamento órgãos e entidades da administração pública direta e indireta de estados, municípios e do Distrito Federal, instituições filantrópicas, Sociedades de Propósito Específico (SPEs) e Organizações Sociais (OSs) com contratos vigentes com o SUS, além de entidades privadas com contrato ativo de prestação de serviços de saúde.

Serão priorizadas propostas habilitadas no PAC Seleções 2023 e 2025, além dos projetos  de entidades participantes do programa Agora Tem Especialistas.

Como cadastrar proposta?

O cadastro das propostas deve ser feito exclusivamente pelo sistema Transferegov.br.

Confira o passo a passo:

1. Acesse o sistema, selecione “Transferências Discricionárias e Legais” e faça login com a conta gov.br. No menu, clique em “Propostas” e depois em “Seleção PAC”. É necessário ter perfil de acesso autorizado, como cadastrador de proposta, dirigente representante ou gestor do convenente.

2. Clique em “Incluir” para abrir o formulário eletrônico e insira as informações solicitadas. No campo Programa, digite o código 3600020250107 (FIIS-Saúde). Informe o beneficiário, o CNPJ do proponente e o valor total do financiamento desejado (sem contrapartida). Os campos de objeto e justificativa devem seguir as orientações do manual do programa.

3. Indique, se for o caso, se a proposta financiará outra já cadastrada, e relacione os municípios que serão beneficiados.

4. Inclua no campo de anexos os documentos listados no manual. Nesta fase, não é necessário enviar projetos técnicos detalhados — plantas e memoriais serão solicitados apenas se a proposta for pré-selecionada.

5. Após revisar as informações, envie a carta-consulta para análise técnica. O sistema gerará um número de protocolo para acompanhamento do andamento e eventuais solicitações de complementação.

O que pode ser financiado?

  • Obras de construção, ampliação e modernização de unidades de saúde;
  • Aquisição de equipamentos médicos e assistenciais;
  • Compra de veículos de transporte sanitário (ambulâncias, vans e embarcações).
  • Reformas são permitidas apenas quando vinculadas à instalação de equipamentos específicos — como bunkers para aceleradores lineares — ou à ampliação da capacidade instalada.

Mais informações:

O Ministério da Saúde oferece suporte aos gestores durante o processo de inscrição.

Telefone: (61) 3315-2128

E-mail: [email protected]

Câmara aprova aumento de pena para mineração ilegal em terras indígenas

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A Câmara dos Deputados aprovou projeto de lei que aumenta a pena para novas situações enquadradas como mineração ilegal. A pena será aumentada até o triplo se a conduta impactar terras ocupadas por povos indígenas e comunidades tradicionais legalmente constituídas, abrangendo inclusive quem financia, agencia ou contrata a atividade. O texto será enviado ao Senado.

De autoria da ex-deputada Joenia Wapichana (RR) e outros, o Projeto de Lei 2933/22 foi aprovado nesta quarta-feira (5) com substitutivo da relatora, deputada Célia Xakriabá (Psol-MG).

A relatora afirmou que a proposta responde a uma urgência nacional: a necessidade de proteger as terras indígenas, os povos que nelas vivem e o meio ambiente frente à expansão descontrolada da mineração e do garimpo ilegal. “Ao estabelecer medidas mais rigorosas e instrumentos de responsabilização, o projeto busca não apenas coibir práticas criminosas, mas também garantir a preservação da vida, da saúde e da dignidade dos povos originários”, disse Célia Xakriabá.

Segundo o texto, a pena de detenção de seis meses a um ano e multa será aumentada em dobro se o agente, ao realizar a atividade, provocar dano efetivo à integridade física de pessoa em decorrência direta da lavra ou pesquisa mineral irregular, com uso de mercúrio para separar o ouro de aluvião (explorado em rios).

Outra situação a ser incluída na Lei de Crimes Ambientais, com aumento de pena, é quando a atividade provoca degradação ambiental que acarrete perda permanente ou de longo prazo da qualidade dos recursos naturais afetados, conforme critérios do órgão ambiental competente.

A detenção será dobrada ainda se a atividade for realizada com o emprego de máquinas e equipamentos pesados próprios da mineração ou com ameaça ou emprego de arma.

Impacto negativo
Célia Xakriabá lembrou que a mineração em terras indígenas tem raízes na exploração colonial do Brasil, com forte ligação com as mudanças climáticas, o desmatamento, os impactos socioambientais e com o desrespeito aos povos originários e seus modos de vida.

“Além dos impactos diretos pelos metais pesados, também cabe mencionar o reflexo indireto nos territórios tradicionais, com a facilitação de acesso ao álcool e outras drogas, aumento dos casos de violência sexual e risco de ataques armados”, disse a deputada. Ela lembrou também que a contaminação por mercúrio é perigosa para o desenvolvimento fetal e infantil, nos primeiros anos de vida.

De acordo com o relatório Raio-X do Ouro, feito pelo Instituto Escolhas em 2022, mais de 200 toneladas de ouro, quase metade da produção brasileira entre 2015 e 2020, podem ter origem ilegal, revelando falhas na regulação e um complexo encadeamento de crimes.

O coordenador da Frente Parlamentar Mista Ambientalista, deputado Nilto Tatto (PT-SP), afirmou que o projeto traz para a legislação as ações do governo federal de combater a mineração em terras indígenas.

Para o deputado Túlio Gadêlha (Rede-PE), não tem como não criminalizar o garimpo que mata, usa mercúrio, contamina rios, mata peixes e pessoas. “Essa matéria mostra que é possível sensibilizar ambos os lados para proteger o meio ambiente, as pessoas, a natureza e olhar para o desenvolvimento sustentável”, declarou.

Saiba mais sobre a tramitação de projetos de lei

 

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda

Fonte: Agência Câmara de Notícias

Câmara aprova projeto que cancela diretrizes sobre aborto em crianças e adolescentes vítimas de estupro

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A Câmara dos Deputados aprovou projeto de decreto legislativo (PDL) que susta decisão do Conselho Nacional da Criança e do Adolescente (Conanda) sobre acesso de crianças e adolescentes vítimas de violência sexual ao aborto. O texto ainda precisa ser votado pelo Senado.

De autoria da deputada Chris Tonietto (PL-RJ) e outros, o PDL 3/25 foi aprovado nesta quarta-feira (5) com parecer favorável do relator, deputado Luiz Gastão (PSD-CE). Os autores argumentam que a norma extrapola a atribuição do conselho ao dispensar a apresentação de boletim de ocorrência policial, por exemplo.

A Resolução 258/24 considera que a interrupção da gravidez não dependerá desse boletim, de decisão judicial autorizativa ou da comunicação aos responsáveis legais nos casos em que houver suspeita de violência sexual ocorrida na família.

O texto da resolução prevê que, no caso de divergência entre a vontade da criança e a dos genitores e/ou responsáveis, os profissionais de saúde deverão acionar a Defensoria Pública e o Ministério Público para obter orientações legais sobre os procedimentos a serem seguidos.

Para os autores, esse trecho contraria o Código Penal, que atribui aos pais ou responsáveis a decisão, por causa da incapacidade civil de crianças e adolescentes.

Outro ponto criticado pelos autores é o trecho que considera como conduta discriminatória, e não objeção de consciência, a recusa do médico em realizar a interrupção da gestação por desconfiar da palavra da vítima de violência sexual.

Limite temporal
O relator, deputado Luiz Gastão, fez diversas críticas à resolução do Conanda, entre elas a falta de limite temporal para o aborto. “A resolução não dispõe sobre qualquer limite de tempo para a interrupção da gravidez, o que, na prática, autorizaria a realização de aborto em casos nos quais a gestação está próxima de 40 semanas”, disse.

Gastão explicou que mesmo em países onde o aborto é permitido de forma mais ampla, como França e Reino Unido, há sempre um limite temporal para a prática.

Ele lembrou que, atualmente, com o suporte da UTI neonatal, as chances de um bebê sobreviver aumentam muito a partir das 24 semanas. “Admitir que um órgão do Executivo desconsidere por completo a viabilidade fetal extrauterina e estabeleça a possibilidade de abortos em gestações avançadas, qualquer que seja a causa da gravidez, revela-se incompatível com o Código Penal, além de colidir frontalmente com a vida e a integridade física do nascituro”, argumentou.

A autora do projeto, deputada Chris Tonietto, afirmou que a violência sexual não pode ser combatida com o aborto, que ela classificou como outra violência. “A gente combate com fortalecimento de segurança pública. Sem contar que sequer é exigido o boletim de ocorrência [do estupro]”, disse.

Kayo Magalhães/Câmara dos Deputados
Discussão e votação de propostas legislativas. Dep. Chris Tonietto (PL - RJ)
Deputada Chris Tonietto, autora da proposta

Chris Tonietto questionou uma mudança no posicionamento do governo sobre o tema. “Quando a resolução foi votada e aprovada, foi por 15 votos a 13. Sendo que 13 votos foram do governo, contra. O que mudou? Será que foi só para inglês ver?”, questionou.

Ela citou documento do Ministério dos Direitos Humanos confirmando que a minuta de resolução tinha definições restritas a leis. “Isso é o governo respondendo, demonstrando claramente que existe uma usurpação de competência”, disse.

Debate em Plenário
No debate sobre o projeto em Plenário, deputados manifestaram-se a favor e contra sustar a resolução. Para o líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), o Conanda não tem o direito de legislar sobre aborto.

O deputado Otoni de Paula (MDB-RJ) disse que a resolução é absurda por viabilizar o aborto sem autorização dos pais, sem exame de corpo de delito, sem boletim de ocorrência ou determinar o tempo de gestação. “O que estamos fazendo aqui é frear a indústria do aborto, a cultura da morte”, afirmou, ao defender o projeto que susta a norma.

Já a deputada Jandira Feghali (PCdoB-RJ) defendeu a possibilidade de nem sempre o representante legal ter de autorizar o procedimento, por entender que em “uma grande maioria dos casos” o estuprador é o pai biológico ou adotivo ou outro familiar.

Para ela, o debate é ideológico contra o conceito de que o aborto nas hipóteses previstas em lei é um direito. “Quem tem filha não deveria estar questionando isso. Ninguém faz apologia ao aborto”, afirmou.

O secretário da Primeira Infância, Infância, Adolescência e Juventude da Câmara, deputado José Airton Félix Cirilo (PT-CE), criticou a politização do tema a partir de questões morais e conservadorismo. “Temos uma realidade muito cruel no Brasil. No meu estado, uma criança por dia, pelo menos, é estuprada. A resolução busca proteger as crianças vítimas de abusos”, afirmou.

Boletim de ocorrência
A deputada Bia Kicis (PL-DF) ressaltou que, se o boletim de ocorrência é exigido, o estuprador pode ser identificado e punido. “Quando você libera o boletim de ocorrência você está favorecendo o estuprador. Não está defendendo as crianças, mas reforçando o estupro. Temos de olhar com olhos de quem quer enxergar a verdade e as consequências”, declarou.

Porém, a deputada Fernanda Melchionna (Psol-RS) afirmou que as leis da escuta protegida (Lei 13.431/17) e a do minuto seguinte (Lei 12.845/13) já dispensam o boletim de ocorrência para realização de aborto em caso de estupro e, portanto, a resolução do Conanda não inova.

“É um absurdo obrigar vítimas de violência sexual a carregar essa violência se quiserem acessar o aborto legal, sem boletim de ocorrência, sem revitimização, com garantia da escuta protegida, com garantia do fluxo. Aí eles inviabilizam o fluxo, obrigando que a menina de 10, 11, 12 anos, vai ampliando os tempos da gestação para obrigá-la a ser mãe”, criticou.

Conheça a tramitação de projetos de decreto legislativo

 

Reportagem – Eduardo Piovesan e Tiago Miranda
Edição – Pierre Triboli

Fonte: Agência Câmara de Notícias