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Justiça reconhece competência federal em processo sobre reintegração de posse que beneficiará mais de 300 famílias em RO

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MPF requer suspensão da reintegração e destinação da área ao Programa Nacional de Reforma Agrária

Arte retangular com foto em preto e branco de trabalhadores rurais arando a terra. Um dos homens levanta uma picareta enquanto o outro usa uma picareta na terra. Em amarelo as palavras Reforma Agrária

Arte: Comunicação/MPF

O Ministério Público Federal (MPF) obteve decisão judicial, em Rondônia, que reconheceu a competência da Justiça Federal para julgamento sobre a reintegração de posse de lotes de terra da Fazenda São José (RO). No acórdão, o Tribunal de Justiça de Rondônia concordou que havia interesse federal na questão, uma vez que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) estava envolvido e que há indícios de domínio da União sobre a área reclamada.

Além disso, segundo o desembargador responsável pelo julgamento, a Justiça Federal é responsável pelo caso quando envolve a pessoa ou entidade prevista no art. 109, I, da Constituição Federal de 1988. Isso inclui ações possessórias sobre imóveis públicos com a participação do Ministério Público Federal.

O caso é uma ação possessória em andamento no estado, envolvendo a retomada de terras públicas do TD Ubirajara. Segundo o MPF, o Incra constatou que não há comprovação de domínio privado sobre os imóveis do Seringal Ubirajara, indicando que as terras são da União.

O MPF ressalta que, desse modo, a área pode ser destinada ao Programa Nacional de Reforma Agrária e solicita a suspensão da reintegração de posse por 90 dias, para que o Incra conclua a análise administrativa necessária.

Agora, o caso que está na Justiça Estadual será encaminhado para Justiça Federal para julgamento do mérito, ou seja, decidir quem tem o direito legítimo de posse da terra.

Agravo de Instrumento nº 0800480-19.2024.8.22.0000

Assessoria de Comunicação

Fiscalizações no transporte de passageiros são intensificadas pelo governo de RO nos terminais rodoviários do estado

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O governo de Rondônia intensificou as fiscalizações no transporte de passageiros nos terminais rodoviários do estado. As ações são intensificadas devido ao aumento significativo no fluxo de passageiros durante o período do Natal e Ano Novo, com o objetivo de garantir segurança e acessibilidade dos passageiros, além de certificar a qualidade dos serviços prestados pelas empresas de transporte.

A Agência de Regulação de Serviços Públicos Delegados do Estado de Rondônia (Agero) realiza inspeções das condições dos ônibus, incluindo manutenção, higiene e segurança, identificação e correção de problemas como falta de permissões, má conservação dos veículos e descumprimento de normas de segurança.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o trabalho realizado é fundamental para fortalecer a segurança dos passageiros, principalmente nos períodos festivos do ano.

REGULARIDADE NO TRANSPORTE

O trabalho visa manter a eficiência entregue durante todo o ano

A diretora-presidente da Agero, Silvia Lucas da Silva Dias, afirma que a intensificação das ações é essencial neste período em que a quantidade pessoas e veículos aumentam, sendo necessário fiscalizar e garantir a regularidade dos meios de transporte.

“É nosso papel garantir que o serviço seja prestado de forma adequada e segura a quem faz uso desses meios de transporte. Fiscalizamos ônibus, vans, táxis e aplicativos de mobilidade urbana, qualquer meio de transporte coletivo. É importante intensificar os trabalhos para garantir que os passageiros possam chegar com segurança aos seus destinos”, completou a presidente.

AÇÕES REALIZADAS

A Agero realizou ao longo do ano, diversas fiscalizações voltadas ao sistema de transporte intermunicipal do estado de Rondônia, com objetivo de assegurar a regularidade, continuidade, eficiência e segurança na prestação do serviço do transporte rodoviário intermunicipal de passageiros, a fim de garantir a qualidade entregue ao usuário, orientar e educar para que possam fazer valer os seus direitos.

Agero fiscaliza e promove comportamentos seguros durante as viagens

Fiscalizações destinadas a combater transporte clandestino de passageiros também foram realizadas pela Agência Reguladora, sendo essa uma prática ilegal. Através das fiscalizações, a Agência garante a eficiência dos trabalhos, sendo estas, um instrumento importante para manter a qualidade dos serviços e proteção à vida.

FISCALIZAÇÃO E ORIENTAÇÃO

Além de fiscalizar, a Agência Reguladora realiza também a orientação aos passageiros sobre seus direitos e deveres, além de promover comportamentos seguros durante as viagens. Essas ações são essenciais para proporcionar uma viagem segura e confortável. Os passageiros interessados em receber tais orientações ou que queiram encaminhar dúvidas, sugestões e reclamações, devem procurar as salas de fiscalização da Agero, localizadas nos terminais rodoviários, onde esse serviço é prestado diariamente ou pelo telefone da Ouvidoria do órgão, no número (69) 98455 – 6845.

A pedido do Ministério dos Transportes, Marinha realiza força-tarefa nas buscas no local do desabamento da ponte, entre o Maranhão e Tocantins

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A operação conta com uma aeronave, três embarcações, duas motos aquáticas, seis viaturas e 29 mergulhadores, além de bombeiros, policiais e outros profissionais
PonteJK

Força-tarefa para buscas conta conta com uma aeronave, três embarcações, duas motos aquáticas, seis viaturas e 29 mergulhadores, além de bombeiros, policiais e outros profissionais – Foto: Divulgação/Marinha

Apedido do Ministério dos Transportes, a Marinha do Brasil segue nas buscas por vítimas e veículos após o desabamento da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, entre os estados do Maranhão e Tocantins. Na manhã desta quarta-feira (25), o trabalho foi reforçado com a participação de 29 mergulhadores profissionais. Desde as primeiras horas do dia, os profissionais estão trabalhando em operações estratégicas.

Além dos 44 funcionários da Marinha, estão envolvidos na operação o Corpo de Bombeiros dos estados do Maranhão, Tocantins e Pará, as polícias Civil, Militar e Federal, assistentes sociais e representantes de outros órgãos, atuando em conjunto para dar celeridade aos trabalhos.

De acordo com o Capitão Gursky, um dos oficiais responsáveis pelas buscas, a operação não é simples, pois algumas áreas atingem até 40 metros de profundidade. No entanto, a troca de experiências e a colaboração de profissionais que conhecem a região têm sido essenciais para o avanço dos trabalhos. “Estamos contando com o esforço árduo e o conhecimento técnico de todos os envolvidos para que possamos realizar os resgates e oferecer as respostas necessárias”, concluiu.

Assessoria Especial de Comunicação
Ministério dos Transportes

MPRO e forças de segurança deflagram a Operação Audácia 5 em três cidades e presídios de Rondônia e Mato Grosso do Sul

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Nesta quinta-feira (26/12), o MPRO, em conjunto com as forças de segurança pública, deflagrou a Operação Audácia 5, fruto de mais uma ação integrada de combate ao crime organizado no Estado de Rondônia, composta pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público de Rondônia; Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC); Polícia Militar (PMRO); Polícia Civil (PCRO); Polícia Técnico-Científica (POLITEC); Secretaria de Estado de Justiça (SEJUS); Polícia Penal (PPRO); Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Federal (PF).

A ação contou com a participação das equipes dos GAECOs do MPRO e do Ministério Público do Estado do Mato Grosso do Sul (MPMS), da Força Tarefa Integrada de Combate ao Crime Organizado da SESDEC (FTICCO), do Batalhão de Operações Especiais da PMRO (BOPE), do Batalhão de Choque da PMRO (BPCHOQUE), do 1º, 5º e 9º Batalhões da PMRO, do Centro de Inteligência da PMRO (CI), da Coordenadoria de Recursos Especiais da Polícia Civil (CORE), do Núcleo de Operações e do Núcleo de Patrulhamento Tático da PRF, da Gerência de Aviação do Estado (GAVE), da Gerência de Inteligência Penitenciária da SEJUS (GIP), do Grupo de Ações Penitenciárias Especiais da SEJUS (GAPE) e da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (FICCO), totalizando um efetivo superior a 200 (duzentos) policiais.

O objetivo principal da operação é cumprir 32 (trinta e dois) mandados de busca e apreensão em 16 (dezesseis) unidades residenciais e 16 (dezesseis) celas distribuídas em 04 (quatro) unidades, nas cidades de Porto Velho/RO, Colorado do Oeste/RO e Campo Grande/MS.

Os mandados de busca e apreensão foram deferidos pelo Poder Judiciário, visando instruir Procedimento Investigatório Criminal (PIC) instaurado no MPRO com o fim de apurar a suposta prática do crime de constituição ou integração de organização criminosa (art. 2º, §§2º e 4º, I, da Lei nº 12.850/2013) atuante em Rondônia, Mato Grosso do Sul e São Paulo.

A ação também tem por finalidade a recaptura de foragidos da justiça, o cumprimento de mandados de prisão em aberto no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP), além de eventuais flagrantes porventura constatados durante as buscas ou durante o patrulhamento que será realizado pelas forças de segurança em toda a região, como, por exemplo, posse ou porte ilegal de arma de fogo e/ou munição, receptação, tráfico de drogas, dentre outros.

O nome atribuído à operação é uma referência ao comportamento de alguns dos investigados, que ostentam abertamente em redes sociais o porte e a posse de armas de fogo, inclusive de uso restrito, grandes quantidades de dinheiro, droga e referências expressas à facção criminosa da qual se dizem integrantes, desprezando claramente as repercussões e riscos decorrentes desse tipo de postagem, desafiando e afrontando as forças de segurança pública, demonstrando certeza da impunidade e manifestando claramente a intenção de dominar as regiões nas quais se instalam.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Inscrições para o Sisu 2025 começam no dia 17 de janeiro

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Com etapa única de inscrição no ano, prazo vai até dia 21 de janeiro. Confira cronograma completo, publicado pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (26) no Diário Oficial da União (DOU)

Para se inscrever, é necessário que o estudante tenha o Ensino Médio completo, tenha participado da edição de 2024 do Enem e não tenha zerado a prova de redação

O Ministério da Educação (MEC) publicou nesta quinta-feira, (26/12), o edital que oficializa o cronograma e os critérios do processo seletivo de 2025 do Sistema de Seleção Unificada (Sisu). As inscrições são gratuitas e podem ser feitas exclusivamente pela internet, por meio do Portal Único de Acesso ao Ensino Superiorno período de 17 a 21 de janeiro de 2025. O resultado da chamada regular será divulgado dia 26 de janeiro, no Portal Único de Acesso.

Para se inscrever no processo seletivo do Sisu 2025, é necessário que o estudante tenha o Ensino Médio completo, tenha participado da edição de 2024 do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e não tenha zerado a prova de redação. É vedada a inscrição para quem declarou ter participado do Enem 2024 na condição de treineiro, ou seja, quem participou do exame para fins de autoavaliação antes mesmo de concluir o Ensino Médio.

Em 2025, a edição do Sisu terá somente uma etapa de inscrição de candidatos para as vagas ofertadas pelas instituições participantes. Com isso, os inscritos podem disputar as vagas ofertadas para o ano inteiro, participando da seleção uma única vez. Todos os estudantes selecionados dentro das vagas disponíveis, tanto na chamada regular como por meio da lista de espera, deverão realizar a matrícula na universidade no período indicado no edital.

Serão ofertadas vagas para cursos com início previsto das aulas tanto no primeiro como no segundo semestres de 2025, de acordo com os termos de adesão assinados pelas instituições públicas de ensino superior que aderiram a essa edição da seleção unificada. O candidato não poderá escolher em qual semestre vai ingressar, porque isso dependerá de sua classificação no curso pretendido.

Classificação

Todos os candidatos inscritos no Sisu serão classificados conforme o seu desempenho no Enem 2024, primeiramente na modalidade de ampla concorrência. Em seguida, é prevista a reserva de vagas ofertadas pela Lei de Cotas. O objetivo é beneficiar, sem distorções, os candidatos realmente demandantes de política compensatória para acesso ao ensino superior.

A oferta de vagas reservadas observará a proporção de estudantes de escolas públicas, de baixa renda, com deficiência, pretos, pardos, indígenas e quilombolas. Todas as instituições de educação superior participantes do Sisu 2025 adotarão os dados de distribuição de vagas conforme os percentuais atualizados do Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Lista de espera

A lista de espera poderá ser utilizada pelas instituições de educação superior participantes, durante todo o ano, para preenchimento das vagas eventualmente não ocupadas na chamada regular. O candidato que não for selecionado na chamada regular poderá manifestar interesse em participar da lista de espera no período de 26 a 31 de janeiro, também pelo Portal Acesso Único.

Sisu

O Sistema de Seleção Unificada reúne as vagas ofertadas por instituições públicas de ensino superior do Brasil que aderiram ao processo seletivo vigente. A maioria das instituições participantes são da rede federal de ensino superior, com destaque para universidades e institutos federais.

Link: https://www.gov.br/mec/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/inscricoes-para-o-sisu-2025-comecarao-no-dia-17-de-janeiro

Consumidor: conheça seus direitos em viagens e serviços de turismo

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Entenda como evitar ou minimizar transtornos durante as suas férias

Agência Gov | Via MJSP
Consumidor: conheça seus direitos em viagens e serviços de turismo

Junto com a tão sonhada viagem de férias, podem aparecer problema como cancelamentos, atrasos de voos e alterações de pacotes turísticos. No entanto, para evitar que essas situações transformem momentos de lazer e descanso em frustração, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) reforça a importância de conhecer e exigir os direitos garantidos pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Direitos em caso de problemas com voos

Viagens aéreas são particularmente suscetíveis a atrasos, cancelamentos e overbooking (venda de assentos além da capacidade). A legislação brasileira, regulamentada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e pelo CDC, garante os seguintes direitos:

1. Assistência Material:

– Em caso de atraso superior a 1 hora, as companhias devem oferecer meios de comunicação (telefone ou internet)
– Após 2 horas, o passageiro tem direito a alimentação (vouchers ou refeição)
– Após 4 horas, a empresa deve proporcionar acomodação ou hospedagem, além de transporte até o local

2. Reembolso ou Reacomodação:

– Para voos cancelados ou com atrasos superiores a 4 horas, o passageiro pode escolher entre:

-Reembolso total do valor pago
-Reacomodação em outro voo (da mesma companhia ou de outra, sem custo adicional)
-Execução do serviço por outro meio de transporte

3. Informação Transparente:

– As empresas são obrigadas a informar, em tempo real, a situação do voo e os motivos de qualquer problema

Alterações em Pacotes Turísticos

Pacotes turísticos, frequentemente comprados para viagens em família ou grupos, também possuem proteções importantes:

• Alterações Unilaterais: a agência de turismo não pode alterar itinerários, hospedagens ou outros serviços sem o consentimento do cliente. Caso isso ocorra, o consumidor tem direito a:

– Cancelar o contrato com reembolso integral
– Aceitar outro pacote de igual ou superior valor, sem custos adicionais

• Cancelamento pelo Consumidor: o cliente pode cancelar o pacote antes da viagem, mas pode haver cobrança de multas proporcionais, desde que previstas em contrato. O CDC exige que essas multas sejam razoáveis e comunicadas de forma clara

• Descumprimento do Contrato: se a agência não cumprir o que foi contratado (como hotel diferente do acordado), o consumidor pode exigir reparação ou até indenização por danos morais e materiais

A atuação da Senacon no setor de turismo

A Senacon tem intensificado ações para proteger consumidores no setor de turismo, especialmente em períodos de alta demanda como o fim de ano. Entre as iniciativas recentes, destacam-se:

1. Campanhas de conscientização:

– Informativos sobre direitos em transportes e hospedagens são divulgados em parceria com Procons e associações do setor
– Alertas específicos sobre fraudes em compras de pacotes e passagens online, incentivando os consumidores a verificarem a idoneidade das empresas antes de contratar

2. Plataforma consumidor.gov.br:

– Esse canal oficial permite que consumidores registrem reclamações contra agências de viagens, companhias aéreas e hotéis. A maioria dos casos é resolvida de forma rápida e sem necessidade de ação judicial

3. Fiscalização e penalidades:

– Em conjunto com órgãos como a Anac e os Procons estaduais, a Senacon tem multado empresas que descumprem contratos ou prejudicam consumidores. Em 2023, por exemplo, foram aplicadas sanções a companhias aéreas por cancelamentos em massa sem justificativa plausível

Dicas práticas para consumidores

1. Leia os contratos com atenção:

– Confira todas as cláusulas antes de fechar qualquer pacote ou comprar passagens. Questione sobre multas em caso de cancelamento e garanta que tudo esteja documentado

2. Planeje com antecedência:

– Reservas antecipadas podem reduzir custos e aumentar as chances de solucionar problemas em caso de imprevistos

3. Registre tudo por escrito:

– Guarde comprovantes de pagamento, e-mails e mensagens trocadas com fornecedores. Esses documentos são fundamentais em caso de pedidos de reparação

4. Conheça seus direitos:

– Informe-se sobre as políticas de cancelamento, atrasos e outros direitos diretamente nos sites da Anac e da Senacon

Viagens de fim de ano devem ser momentos de celebração e descanso, e não de estresse. Conhecer os direitos previstos no CDC e contar com a atuação de órgãos como a Senacon e a Anac ajudam consumidores a se protegerem contra abusos e a buscarem reparação em caso de problemas.

Se você enfrentar dificuldades, lembre-se de que canais como o Procon e o consumidor.gov.br estão prontos para auxiliar.

Link: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/consumidor-conheca-seus-direitos-em-viagens-e-servicos-de-turismo

Após seis anos, reconhecimento de terras indígenas contribuem para a preservação ambiental

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Ministério da Justiça confirmou que a posse de 11 terras indígenas, com mais de 1,2 milhão de hectares, pertence a povos originários. Além de cumprir dever constitucional, medida visa proteger áreas de desmatamento, garimpo e extração ilegal de madeira

Lorena Chaves/Funai

Entre 1985 a 2022. terras indígenas perderam menos de 1% de sua área de vegetação, enquanto nos territórios privados essa taxa foi de 17%.

O reconhecimento de 11 terras indígenas, somente em 2024, pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) representa mais do que a preservação da vida e da cultura dos povos originários. A posse e o usufruto exclusivo desses territórios, um direito garantido pela Constituição Federal, é determinante para a conservação ambiental e contribui diretamente para a mitigação dos impactos das mudanças climáticas, como o aquecimento global.

E vai além disso. Garantir que áreas sejam cuidadas e preservadas pelas populações indígenas também é uma importante ferramenta de controle do avanço de crimes como desmatamento, grilagem, garimpo e extração ilegal de madeira. A contribuição do MJSP, que ocorre depois de seis anos sem portarias declaratórias por parte do ministério, fortalece a proteção dos biomas brasileiros com o reconhecimento do direito à posse de terras que, juntas, ocupam 1.230.390 hectares.

“No cenário em que estamos vivendo, com mudanças climáticas e constantes ameaças do crime organizado, ter esses blocos verdes protegidos é essencial para garantir a sustentabilidade do planeta”, afirma a secretária de Acesso à Justiça, Sheila de Carvalho

 As portarias assinadas pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, somam-se a homologações já concretizadas pelo Governo Federal durante a gestão do presidente Lula. Em 2023 e 2024 foram emitidos decretos presidenciais para 13 terras indígenas: Acapuri de Cima (AM), Aldeia Velha (BA), Arara do Rio Amônia (AC), Ava-Canoeiro (GO), Cacique Fontoura (MT), Morro dos Cavalos (SC), Potiguara de Monte-Mor (PB), Rio dos Índios (RS), Rio Gregório (AC), Kariri-Xocó (AL), Toldo Imbu (SC), Tremembé da Barra do Mundaí (CE) e Uneiuxi (AM). Atualmente, existem 19 procedimentos de demarcação em fase de análise no MJSP.

As terras indígenas estão entre as áreas mais conservadas do Brasil e formam importantes barreiras contra o avanço da devastação ambiental e de crimes praticados por organizações criminosas.

É o que demonstra o levantamento feito pelo Mapbiomas Brasil sobre a redução de vegetação nativa no país de 1985 a 2022. Nesse período, as terras indígenas perderam menos de 1% de sua área de vegetação, enquanto nos territórios privados essa taxa foi de 17%.

Estudos elaborados pela Rights and Resources Initiative, Woods Hole Research Center e World Resources Institute (WRI) indicam que, em todo o mundo, terras sob gestão de comunidades indígenas e tradicionais guardam cerca de 24% do carbono estocado na superfície. Outra pesquisa do WRI aponta que as terras indígenas no Brasil podem evitar a emissão de 31,8 milhões de toneladas anuais de carbono. Todos esses estudos são usados pelo MJSP como referência.

“Ao evitar o desmatamento, as terras indígenas mostram que são essenciais para a estabilidade dos ecossistemas do país e do planeta, e uma forma de controlar as emissões de gases de efeito estufa”, destaca a coordenadora de Demarcação de Terras Indígenas, do MJSP, Estella Libardi de Souza.

Localização das 11 terras indígenas reconhecidas pelo MJSP em 2024

Terras tradicionalmente ocupadas

Neste ano, o MJSP publicou 11 portarias de reconhecimento das seguintes terras indígenas: Apiaká do Pontal e Isolados, em Mato Grosso (MT ); Maró, Cobra Grande e Sawré Muybu, no Pará (PA); e Jaraguá, Peguaoty, Djaiko-aty, Amba Porã, Pindoty/Araça -Mirim, Tapy’i/Rio Branquinho e Guaviraty, em São Paulo (SP). Algumas delas , estão em regiões ambientalmente sensíveis, como a Bacia do Rio Tapajós e a Mata Atlântica.

A decisão beneficiou os povos indígenas Borari, Arapium, Jaraqui, Tapajó, Apiaká, Munduruku, Guarani, Guarani Mbya, Guarani Nhandeva e Tupi-Guarani , além de povos indígenas isolados. O povo Munduruku, por exemplo, esperou 17 anos pela assinatura do documento.

Bacia do Tapajós

A Bacia do Rio Tapajós liga o Cerrado à Amazônia e se espalha pelos estados de Mato Grosso (MT), do Pará (PA), do Amazonas (AM) e uma pequena parte de Rondônia (RO). Ela tem uma área aproximada de 490 mil km² e é uma das regiões em que o crescimento do garimpo ilegal foi mais expressivo no Brasil. Segundo o Mapbiomas Brasil, nos últimos 10 anos, a atividade extrativista ilegal triplicou na área e alcançou o tamanho semelhante ao de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

Além dos impactos do garimpo ilegal, a região é afetada pela pecuária, pela exploração madeireira e pelo cultivo da soja, com expansão contínua de terras para agricultura. Conforme o Mapeamento Sociocultural, Econômico e Ambiental do Tapajós, a ampliação da fronteira agropecuária na região provocou o aumento de 6,5 milhões de hectares de pastagem e outros 4,4 milhões de hectares destinados à agricultura. Só na área destinada à soja, por exemplo, houve um crescimento de 6.100%.

Ainda de acordo com o Mapbiomas Brasil, apenas nos municípios de Jacareacanga, Trairão, Itaituba, Aveiro e Rurópolis, que abrangem o médio e o alto Tapajós, a área de floresta convertida para outros usos chegou a 784 mil hectares desmatados de 1985 a 2020, dimensão maior que o Distrito Federal.

Mata Atlântica

Um dos biomas mais ameaçados de extinção no mundo, a Mata Atlântica concentra 70% da população brasileira e está cada vez mais distante da sua configuração original.

Segundo dados do MapBiomas Brasil , apenas 24,3% do território — que se estende por 17 estados — ainda resiste como formação florestal. Esse tipo de cobertura, que ocupava 27,1% da área em 1985, caiu para 24,3% em 2021.

Algumas das terras indígenas demarcadas pelo MJSP estão no Vale do Ribeira, no litoral sul de São Paulo, uma das regiões mais preservadas do bioma Atlântico. Desde a década de 1980, a área passou a contar com diversas unidades de conservação, sendo de extrema importância para a proteção da biodiversidade local.

Símbolo de resistência em meio a uma das regiões metropolitanas mais populosas do mundo, a Terra Indígena Jaraguá também foi beneficiada com o reconhecimento oficial. Localizada nos municípios de São Paulo e Osasco, a área representa uma pequena porção de fragmento florestal da Mata Atlântica.

Link: https://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/noticias/apos-seis-anos-reconhecimento-de-terras-indigenas-pelo-mjsp-vai-contribuir-para-a-preservacao-ambiental-de-biomas-brasileiros

Aprendizagem profissional bate recorde: mais de 647 mil jovens no mercado de trabalho

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Aumento de 12,29% nas contratações demonstra a prioridade do programa com a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade e reforça o papel da qualificação profissional

Agência Gov | Via Secom
Aprendizagem profissional bate recorde: mais de 647 mil jovens no mercado de trabalho

O número de jovens inseridos no mercado de trabalho por meio da aprendizagem profissional alcançou 647.469 em outubro deste ano, o maior registro desde a implementação da Lei nº 10.097/00 .

De janeiro a outubro deste ano, foram contratados 91.621 jovens aprendizes, representando um crescimento de 12,29% em relação ao mesmo período de 2023, quando foram registrados 81.580 ingressos. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Entre os 91,6 mil jovens contratados este ano, 84% estão cursando o ensino médio, e 51,8% são mulheres. O setor que mais abriu espaço para esses jovens foi a indústria, com 36.480 vagas, área que tem se destacado na geração de empregos durante este ano.


A aprendizagem é a melhor porta possível para o mundo do trabalho, pois une educação, qualificação, acompanhamento, trabalho decente e futuro”

Magno Lavigne, secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE


BOAS EXPERIÊNCIAS — O Governo Federal, por meio do MTE, é responsável por fazer cumprir a Lei da Aprendizagem, atuando por meio da fiscalização e da conscientização sobre a importância de proporcionar boas experiências e qualificação profissional para a juventude. De janeiro a outubro deste ano, a inspeção do trabalho garantiu a inserção de 85 mil aprendizes no mercado de trabalho. Esses jovens, com idade entre 14 e 24 anos, estão tendo a sua primeira experiência profissional, com carteira assinada, direitos trabalhistas, em cursos de qualificação e sem deixar os estudos.

APRIMORAMENTO NA LEI — Em 2023, a Lei da Aprendizagem foi aprimorada para priorizar a inclusão de jovens em situação de vulnerabilidade ou risco social, como aqueles retirados do trabalho infantil, egressos de medidas socioeducativas, acolhidos institucionalmente ou com deficiência. Segundo a auditora-fiscal Tais Arruti Lírio, coordenadora Nacional de Fiscalização da Aprendizagem, as ações de fiscalização têm focado nesses grupos. “Recentemente, firmamos um termo com uma grande empresa pública, garantindo a inserção de 1.028 aprendizes, sendo que 169 estavam em situação de vulnerabilidade social”, destacou a auditora.

DIÁLOGOS — Para assegurar oportunidades e promover uma aprendizagem de qualidade alinhada às demandas do mercado de trabalho, o Ministério do Trabalho e Emprego tem conduzido debates com diversos atores sociais. Esses diálogos integram o Pacto Nacional pela Inclusão Produtiva das Juventudes, uma iniciativa do Ministério em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O objetivo é desenvolver uma política pública nacional que envolva governos, empresas, fundações, institutos e organizações, ampliando a inclusão produtiva de jovens.

RETOMADA DE FÓRUM — Outro espaço relevante para esse debate é o Fórum Nacional de Aprendizagem, que retomou suas reuniões em 2024, reforçando o compromisso com a qualificação profissional e a integração dos jovens no mercado de trabalho de forma segura e estruturada.

MELHOR PORTA — Para 2025, Magno Lavigne, secretário de Qualificação, Emprego e Renda do MTE, destaca que as prioridades incluem ampliar a contratação de jovens aprendizes e elevar a qualidade dos cursos de aprendizagem. Segundo ele, o avanço nessa área depende da mobilização conjunta de atores sociais, agentes econômicos e do Poder Público. “A aprendizagem é a melhor porta possível para o mundo do trabalho, pois une educação, qualificação, acompanhamento, trabalho decente e futuro”, destacou Lavigne.

Link: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2024/12/aprendizagem-profissional-bate-recorde-mais-de-647-mil-jovens-no-mercado-de-trabalho

Mais de 3,4 mil equipes Multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde foram implantadas em 2024

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Com o novo modelo de financiamento, Ministério da Saúde registrou o aumento de equipes, serviços e programas

Agência Gov | Via MS
Mais de 3,4 mil equipes Multiprofissionais da Atenção Primária à Saúde foram implantadas em 2024

Mariana Raphael/SES-DF
No novo modelo de gestão, ideia é proporcionar mais qualidade no atendimento com a ampliação do horário até às 22h e mais equipes na mesma Unidade Básica de Saúde

O novo modelo de financiamento da Atenção Primária à Saúde (APS) implementado pelo Ministério da Saúde em maio deste ano impactou diretamente na vida dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) : somente em 2024, 3.448 equipes Multiprofissionais (eMulti) foram implantadas, após a retomada do incentivo no ano passado.

Já as equipes de Saúde da Família (eSF) saltaram de 48.606, em 2022, para 53.356 neste ano, representando um aumento de 4.750 em apenas dois anos. Esse crescimento se deve à priorização do financiamento, da qualidade e indução de boas práticas do aumento no provimento do Programa Mais Médicos na reconstrução da Estratégia Saúde da Família.

O secretário de Atenção Primária à Saúde, Felipe Proenço, destaca a importância do cuidado integral à população.


“As equipes multiprofissionais deixaram de ter o cofinanciamento na gestão passada. Agora, com a retomada, foi necessário aprender com a estratégia dos núcleos de apoio à Saúde da Família e receber as demandas dos municípios. É bom saber que atingimos o recorde de criação de equipes em um só ano”, disse o secretário


.O salto também foi registrado no número das equipes de Consultório de Rua: 173 (2022) para 245 (2024); equipes de Saúde da Família Ribeirinha: 203 (2022) para 310 (2024); equipes de Atenção Primária Prisional: 320 (2022) para 635 (2024); e Unidades Básicas de Saúde Fluviais: 37 (2022) para 65 (2024).

Com a reestruturação, o investimento na APS saiu de R$ 12,1 bilhões, em 2023, para R$ 16,1 bilhões em 2024. O valor recebido pelas eSF varia de acordo com o estrato do município em relação ao Índice de Equidade e Dimensionamento com cadastro completo e parâmetros médios recomendados entre duas e três mil pessoas por equipe. No método anterior, as equipes eram pagas por número de pessoas identificadas na atenção primária, o que não significa que essas pessoas eram de fato assistidas, sobrecarregando as equipes e dificultando no acesso e atendimento para a população.

Novas metas

Para os próximos anos, o objetivo é expandir o acesso e a cobertura da Saúde da Família para todos os municípios, com prioridade às áreas de vulnerabilidade social. No novo modelo de gestão, a ideia é proporcionar mais qualidade no atendimento com a ampliação do horário até às 22h e mais equipes na mesma Unidade Básica de Saúde (UBS).

Há, ainda, a pretensão de implementar mais programas de formação e provimento médico e de demais categorias profissionais a partir da ampliação das equipes de saúde da família e implementação de equipes multiprofissionais e de saúde bucal.

Leia também: Ministério apresenta novas regras de financiamento para melhorar atendimento da atenção primária nos municípios

De casa em casa

No começo do mês de dezembro, o Ministério da Saúde lançou a campanha publicitária Onde tem família, agora, tem mais cuidado para reforçar a expansão da atenção primária no SUS e o investimento em uma assistência de bairro em bairro, de casa em casa, valorizando as visitas domiciliares.

Link: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/dezembro/mais-de-3-4-mil-equipes-multiprofissionais-da-atencao-primaria-a-saude-foram-implantadas-em-2024

De janeiro a novembro, turistas internacionais movimentam US$ 6,6 bi na economia

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Resultado reflete a alta na chegada de visitantes estrangeiros e ações do Ministério do Turismo voltadas à atração de estrangeiros

De janeiro a novembro, turistas internacionais movimentam US$ 6,6 bi na economia

Fotos: Freepik
Até o mês passado, Brasil recebeu quase 6 milhões de pessoas de fora do país

Os gastos de turistas internacionais no Brasil registraram um novo recorde de janeiro a novembro de 2024. Segundo dados do Banco Central, o valor somou US$ 6,62 bilhões, a maior cifra dos 11 primeiros meses do ano desde 1995. O número é 5,3% superior ao verificado no mesmo período de 2023 (US$ 6,29 bilhões) e ultrapassa, inclusive, o valor de igual época em 2014 (US$ 6,30 bilhões), quando o país sediou a Copa do Mundo de futebol masculino.

Somente ao longo de novembro, as receitas dos viajantes internacionais alcançaram US$ 615,71 milhões. A movimentação econômica por meio do turismo espelha a crescente chegada de turistas estrangeiros. Até o mês passado, o Brasil recebeu 5,967 milhões de pessoas de fora do país, maior que os 5,908 milhões recebidos durante todo o ano de 2023.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, celebra os avanços e reforça o empenho do Governo Federal para atrair esses visitantes.


“Os sucessivos recordes evidenciam a atratividade cada vez maior do Brasil no cenário externo e também refletem as inúmeras ações federais desenvolvidas para qualificar a imagem do Brasil e ampliar a nossa conectividade aérea, impactando a economia de forma extremamente positiva”, ressalta Sabino


Uma das ações voltadas à atração de visitantes é o Programa de Aceleração do Turismo Internacional (Pati). O 1° edital da iniciativa ampliou em mais 70 mil o número de assentos a bordo de voos estrangeiros rumo ao Brasil até o final de março de 2025, ligando países como o Paraguai, o Peru e a Espanha ao Brasil.

Em 2025, a estratégia do Pati são editais regionalizados. O primeiro disponível é para o Nordeste, com a previsão de um investimento de R$ 24 milhões e a captação de, pelo menos, 260 mil novos assentos. No total, o aporte do programa previsto ao longo de 2025 será de R$ 63,6 milhões, com a expectativa de disponibilizar cerca de 500 mil vagas em aeronaves que ligarão ao Brasil no período de um ano.

Compromisso

O aumento da chegada de estrangeiros ao Brasil é uma das metas do Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que busca tornar o Brasil o maior receptor de turistas da América do Sul. O documento traça o objetivo alcançar a marca de 8,1 milhões de viajantes por ano, além de atingir US$ 8,1 bilhões em receitas geradas por este público. Diante do cenário positivo, a perspectiva é superar os 10 milhões de visitantes estrangeiros no período.

Link: https://www.gov.br/turismo/pt-br/assuntos/noticias/de-janeiro-a-novembro-turistas-internacionais-movimentam-us-6-6-bi-na-economia-brasileira-registrando-o-maior-valor-da-serie-historica