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Deputada Rosangela Donadon beneficia atletas de Alto Paraíso e Ouro Preto com uniformes e materiais esportivos

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No último fim de semana, atletas dos municípios de Alto Paraíso e Ouro Preto foram beneficiados com uniformes e materiais esportivos destinados pela deputada estadual Rosangela Donadon (União Brasil). Em Alto Paraíso, 18 equipes foram beneficiadas, sendo 14 masculinas e 4 femininas. Já em Ouro Preto, 22 equipes receberam os materiais, com 16 equipes masculinas e 6 femininas.

Os atletas participaram do torneio de Futebol Society promovido graças à deputada Rosangela Donadon. A organização do evento esportivo em Alto Paraíso contou com a colaboração do assessor da deputada, Mizael Lago, e do Secretário de Esporte, Cultura e Lazer de Alto Paraíso, Valmir José. Em Ouro Preto, a organização contou com a colaboração de sua assessora Cleide Almeida, Ana Paula e dona Noemi.

Demonstrando seu compromisso inabalável com o desenvolvimento esportivo em todo o estado de Rondônia, a deputada Rosangela Donadon destacou que destinou cerca de R$ 1,5 milhão para promover o esporte em Rondônia. Esta alocação de recursos possibilitou a realização de 544 partidas em 20 municípios e 3 distritos, impactando positivamente diversas localidades e levando o esporte a um maior número de pessoas.

Rosangela Donadon expressou sua gratidão pela parceria fundamental com a Federação Rondoniense de Soccer Society e a Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), que foram peças-chave na realização deste campeonato.

“Acredito firmemente que investir no esporte é investir em educação, lazer, saúde e na qualidade de vida de nossa população. Agradeço a todas as pessoas que participaram e prestigiaram os torneios no fim de semana em Alto Paraíso e Ouro Preto. Também gostaria de estender meus agradecimentos ao amigo desportista Natalzinho Jacoob pelo empenho na organização da competição. Podem sempre contar com o meu apoio para trabalhar em prol do bem-estar da população de Rondônia!”, afirmou a deputada Rosangela Donadon.

TJRO prorroga inscrições para que magistrados(as) de todo o país participem da Justiça Rápida Itinerante Fluvial

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O Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO), por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos (Nupemec), prorrogou o prazo para magistrados e magistradas se inscreverem na Justiça Rápida Itinerante Fluvial. Agora, os interessados em atuar no projeto têm até 23h59min do dia 31 de maio para enviar as inscrições.

Segundo o edital, propondo o intercâmbio entre as instituições, serão disponibilizadas 3 (três) vagas para magistrados(as), sendo uma para cada Estado, exceto Rondônia, e o critério de escolha será a ordem de manifestação no e-mail do Nupemec: [email protected].

Os interessados precisam enviar o documento de inscrição com autorização do(a) presidente do seu Tribunal para o e-mail do Nupemec. Se em 24h da remessa do e-mail não chegar confirmação de recebimento, recomenda-se que o candidato faça contato com o Nupemec no telefone (69) 3309-6036.

Todos os candidatos já inscritos terão sua participação garantida, não sendo necessário realizar novamente o procedimento de inscrição.

O projeto

Esta edição da Justiça Rápida Itinerante Fluvial em comunidades ribeirinhas deve acontecer nas localidades de São Carlos, Cavalcante, Nazaré, Santa Catarina, Papagaio, Ressaca, Calama e Demarcação, em junho.

Com apoio de instituições parceiras, uma gama de serviços é ofertada à população, como a realização de casamentos, audiências, registro de documentos pessoais, carteiras de trabalho e título de eleitor, por exemplo.

Assessoria de Comunicação Institucional

Inscrições Abertas: Seminário Conjunto sobre Mudanças Climáticas

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio da Escola Superior do Ministério Público de Rondônia (EMPRO) realizará o “Seminário Conjunto sobre Mudanças Climáticas: Uma abordagem interdisciplinar” nos dias 27 e 28 de junho no auditório do Ministério Público do Trabalho (MPT) em Porto Velho.

Serão dois dias de eventos, nos turnos matutino e vespertino, para o debate sobre a matéria, dada a necessidade e a importância da relevância do assunto. No dia 27, o evento será das 8h às 17h30, e no dia 28, das 8h às 13h. Com inscrições abertas, o evento será realizado de forma presencial, e é voltado para membros e servidores com atuação na área ambiental do MPRO, agentes públicos/políticos e profissionais da área ambiental.

O evento é uma parceria entre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), a Comissão de Meio Ambiente do Conselho Nacional do Ministério Público (CMA) e o Grupo de Atuação Especial do Meio Ambiente, Habitação, Urbanismo, Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico – GAEMA.

O seminário sobre mudanças climáticas será dividido em sete painéis, cada um explorando diferentes aspectos deste complexo fenômeno. O Painel I abordará a ciência do clima e prognósticos, com temas como as perspectivas climáticas para o Rio Grande do Sul e a experiência da Defesa Civil de Santa Catarina. O Painel II tratará do clima e risco, focando na prevenção e adaptação em áreas de risco e na proteção do patrimônio cultural. O Painel III discutirá desafios socioambientais, incluindo a atuação do poder público e a política estadual de mudanças climáticas e a atuação da defesa civil. No Painel IV, o foco será o licenciamento ambiental e prevenção, examinando a matriz de impactos climáticos e o apoio a populações afetadas. O Painel V se dedicará à governança, com relatos de enfrentamento às enchentes de 2023 e estratégias estaduais. O Painel VI analisará os desafios da governança climática e a integração interinstitucional, cobrindo temas como planejamento hidrológico e justiça climática. Finalmente, o Painel VII discutirá as emergências climáticas nas cidades e a dinâmica dos planos diretores.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

ICMBio cria novas reservas e planos de proteção a caatinga e espécies ameaçadas

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No Dia da Biodiversidade, o Instituto Chico Mendes também anuncia parceria para a Chapada dos Guimarães. Aves e tartarugas marinhas ganham projeto específico

Neste 22 de maio, em evento em comemoração ao Dia Internacional da Biodiversidade, o Instituto Chico Mendes formaliza diversos instrumentos que contribuem com a conservação da biodiversidade do País.

O primeiro deles será a assinatura do contrato de concessão dos serviços públicos de apoio à visitação, revitalização, modernização, operação e manutenção dos serviços turísticos no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães ( concorrência nº 03/2023 ).

A concessão inclui o custeio de ações de apoio a conservação, proteção e gestão do Parque pela empresa Parques Fundo de Investimentos em Participações em Infraestrutura (PARQUES FIP). Com a assinatura do contrato, iniciam-se as atividades previstas, com investimentos na infraestrutura do parque nos próximos 30 anos.

Quatro novas reservas

O Instituto Chico Mendes também irá formalizar a criação de quatro Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPN), unidades de conservação de uso sustentável que totalizam mais de 500 hectares de área protegida, conforme tabela abaixo:

 

Reservas Particulares do Patrimônio Natural criadas no dia 22/05/2024

Unidade de Conservação

Localização

Áreas

Biomas

RPPN Fazenda Anacã

MT

17,89

Amazônia

RPPN Luís Beethoven Piló

MG

92,34

Cerrado

RPPN Reserva Kaetés

ES

239,68

Mata Atlântica

RPPN Serra Bonita XII

BA

168,14

Mata Atlântica

 

O país, segundo a Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural, possui mais 1.800 RPPNs, que, juntas, somam mais 800 mil hectares do território protegido. Atualmente, são 769 RPPNs na esfera federal, que representam mais de 500 mil hectares de áreas protegidas.

Entre as características importantes desta categoria de Unidades de Conservação, destaca-se a possibilidade da participação da iniciativa privada no esforço nacional de conservação da natureza para a ampliação das áreas protegidas em diferentes ecossistemas do país, além de promover o conhecimento científico e a diversificação das atividades econômicas, criando oportunidades de emprego e renda em âmbito regional.

Novos Planos de Ação Nacional

Na cerimônia também serão lançados os Planos de Ação Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PAN): o terceiro ciclo do PAN Aves da Caatinga e o terceiro ciclo do PAN Tartarugas Marinhas.

O PAN Aves da Caatinga estabelece ações de conservação para 34 espécies de aves ameaçadas do bioma Caatinga. Deste total de espécies, quatro são classificadas na categoria CR (Criticamente em Perigo), 18 classificadas na categoria EN (Em Perigo) e 12 classificadas na categoria VU (Vulnerável).

O objetivo do PAN Aves da Caatinga é reduzir a perda e alteração de ambientes naturais e da remoção de indivíduos, visando a manutenção e/ou recuperação das populações e hábitats das espécies alvo. Ao logo dos ciclos deste PAN, foi possível acompanhar avanços em ações como proteção do habitat, criação de UCs, mitigação de conflitos humano-fauna, controle de espécies exóticas, reintrodução e revigoramento populacional. Vale destacar que a arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) e o periquito cara-suja (Pyrrhura griseipectus) vem recuperando suas populações em decorrência de ações conjuntas com os parceiros do plano.

O PAN Tartarugas Marinhas estabelece ações prioritárias de conservação para quatro espécies de tartarugas marinhas ameaçadas de extinção, sendo: uma classificada na categoria CR (Criticamente em Perigo), uma classificada na categoria EN (Em Perigo), e duas classificadas na categoria VU (Vulnerável). Além disso, define estratégias de conservação para uma espécie, classificada na categoria NT (Quase Ameaçada).

O objetivo do PAN é reduzir as ameaças e pressões às tartarugas marinhas e seus habitats, por meio do aprimoramento das ações de conservação, pesquisa, monitoramento e políticas públicas, visando diminuir o risco de extinção dessas espécies. Ao longo dos ciclos do PAN foi possível acompanhar avanços no conhecimento científico das espécies; aumento na rede de colaboradores, criação de UCs marinhas. Vale destacar que houve redução da categoria de ameaça da Tartaruga verde (Chelonia mydas), como resultado das ações de conservação.

O anúncio das medidas pode ser visto pelo Youtube.

Por ICMBio

www.gov.br/icmbio

Com 90% da equipe beneficiada, Brasil tem melhor campanha no Mundial de Atletismo

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Restando ainda três dias de competição, o Brasil já tem a melhor campanha da história dos Mundiais Paralímpicos de Atletismo. As vitórias da paraense Fernanda Yara na final dos 400m T47 (para amputados de braço) e do maranhense Bartolomeu Chaves nos 400m T37 (paralisados cerebrais) na noite desta terça-feira (21/5) em Kobe, no Japão, levaram o país a igualar o número de ouros de Lyon 2013, com 16 pódios dourados.

Os dois pódios dourados também fizeram o Brasil continuar na perseguição da líder China no quadro geral de medalhas, com somente um ouro a menos do que os chineses – são 16 a 17. Os brasileiros ainda somam seis pratas e cinco bronzes, enquanto os asiáticos têm 14 pratas e 14 bronzes.

O Brasil bateu o recorde de medalhas em Mundiais de atletismo paralímpico, com uma delegação menor que a chinesa. Mais de 90% da equipe de atletas brasileiros é beneficiada pelo Bolsa Atleta do Ministério do Esporte, maior programa de patrocínio individual do mundo.

Leia também: Brasil vai enviar cerca de 250 atletas à maior competição paralímpica mundial

Atual campeã mundial da prova em Paris 2023, Fernanda Yara largou atrás nos 400m T47 feminino, mas nos 250 metros finais conseguiu superar a húngara Petra Luteran, que ficou com bronze, e a venezuelana Lisbeli Andrade, que levou a prata, e cruzar a linha de chegada na frente, com 57s35.

O tempo foi o melhor da temporada da atleta que tem má-formação congênita no braço esquerdo, abaixo do cotovelo. Outra brasileira envolvida na disputa, a potiguar Maria Clara Augusto completou a distância na quinta colocação, com 59s20, fazendo também a sua melhor marca na temporada.


“A vitória é de todo mundo que está envolvido comigo, seja treinadores, patrocinadores e família. Os 400m não é uma prova fácil. A gente treinou bastante. O tempo não era o esperado, mas o treino continua. Agora quero ser campeã paralímpica”, apontou Fernanda 


Já o maranhense Bartolomeu Chaves conseguiu melhorar seu desempenho anterior – havia sido bronze em Paris 2023 – e conquistou seu primeiro ouro em Mundiais. Nos 400m T37, ele fez o tempo de 50s74 e registrou seu melhor índice na carreira.

A prova teve um final emocionante, quando o brasileiro quase foi alcançado pelo atleta neutro Andrei Vdovin, que foi medalhista de prata, com 50s84. O tunísio Amen Tissaoui completou o pódio, ao finalizar em 51s32.


“Sensação muito boa. Senti muito cansaço, mas como é medalha de ouro, todo esforço é bem-vindo. É uma prova muito difícil, tem que sair [da largada] muito forte e, nos 200 metros finais, aumentar o ritmo ainda mais. Mas deu tudo certo”, analisou


Ainda nesta manhã do Japão (noite no Brasil), o gaúcho Aser Ramos avançou à final dos 100m T36 (paralisados cerebrais) com o sétimo melhor tempo (12s46). A disputa por medalha será às 22h29 (de Brasília) desta quarta-feira, 22.

Já a paranaense Aline Rocha, na sua terceira prova na competição, classificou-se para a final dos 100m T54 (que competem em cadeira de rodas). Ela terminou a prova em 18s10 e avançou com o oitavo melhor tempo. A decisão será às 5h23 (de Brasília) desta quarta-feira, 22.

O Mundial no Japão é realizado no mesmo ano dos Jogos Paralímpicos de Paris 2024, após o Comitê Organizador Local (LOC, na sigla em inglês) solicitar ao Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) o adiamento do evento, que seria em 2021, devido à pandemia de covid 19. Com isso, a cidade japonesa sedia a competição de atletismo no ano posterior ao Mundial de Paris 2023, quando o Brasil teve seu melhor desempenho na história em Mundiais. Foram 47 medalhas no total, sendo 14 ouros, 13 pratas e 20 bronzes.

 

 

www.gov.br/esporte

Vitrines tecnológicas da Emater são atrativos para agricultura da Amazônia na 11ª Rondônia Rural Show Internacional

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Na visita guiada aos atrativos das vitrines tecnológicas da 11ª Rondônia Rural Show Internacional, o governo de Rondônia mostra ao público que o agronegócio sustentável mata a fome, sustenta e gera empregos. Contribui para um clima equilibrado e um meio ambiente protegido, com casos de sucesso na agricultura da Amazônia, desenvolvida com sustentabilidade em solo rondoniense.

A área mais verde da 11ª Rondônia Rural Show Internacional, realizada no Centro Tecnológico Vandeci Rack, em Ji-Paraná, abriga cadeias produtivas como café, cacau, piscicultura, e diversas boas práticas sustentáveis, e tem atraído produtores rurais, grupos indígenas, estudantes e a sociedade em geral interessada em descobrir como produzir mais, sem prejudicar o clima e o meio ambiente.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha ressaltou que, o estado colhe hoje resultados das políticas públicas aplicadas para fortalecer o desenvolvimento sustentável. ‘‘Rondônia destaca-se no Brasil como produtor de alimentação saudável e sustentável na Amazônia, com café e cacau premiados no Brasil, pela qualidade e sustentabilidade; e Tambaqui, espécie de peixe em abundância no estado, que é premiado internacionalmente’’.

As vitrines abrigam cadeias produtivas como café, cacau, piscicultura, além de boas práticas sustentáveis

Rondônia conquistou do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi) três selos de Indicação Geográfica (IG); do café, cacau e Tambaqui, o que sinaliza que é referência nessas cadeias produtivas. Em março deste ano, o estado alcançou o 2º maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) da região Norte, medido pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), com arrecadação superior a R$ 20,5 bilhões. E ficou no 11º lugar no ranking nacional.

O presidente da Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Rondônia (Emater-RO), Luciano Brandão evidenciou que, os produtores rurais do estado estão cada vez mais conscientes da importância de ter uma produção de alimentos pujante, combinada com a preservação da Amazônia. ‘‘Rondônia é extremamente vantajoso para a produção sustentável, e a Emater está cada vez mais empenhada em ajudar os produtores a aplicarem boas práticas em suas propriedades’’, afirmou.

Rondônia é o maior produtor de peixes nativos do Brasil por sete anos seguidos

PRODUÇÃO DE PEIXES

Um dos atrativos apresentados pelas vitrines tecnológicas  é a produção de peixes. No local, a extensionista da Emater-RO, a engenheira de pesca Maria Mirtes de Lima, fala com orgulho sobre a evolução da piscicultura, e aponta que o momento é de políticas públicas refinadas, com foco em melhorar a eficiência produtiva.

Uma das boas práticas apresentadas para isso é o Programa Peixe Saudável.  O governo de Rondônia possui três laboratórios móveis percorrendo todo o estado, fazendo análise de água e de peixes, divulgando boas práticas de manejo e redução de custo de produção para a agricultura familiar.

Outra atividade sustentável apresentada, combina produção de peixe com aquaponia, onde os resíduos do peixe que são poluentes não são destinados ao meio ambiente, mas servem para a produção de hortaliças. A extensionista da Emater-RO destacou ainda que, ‘‘Rondônia é o maior produtor de peixes nativos do Brasil por sete anos seguidos, em razão das diversas políticas públicas aplicadas nos últimos anos, sempre contando com a assistência técnica. Temos também os festivais de Tambaqui divulgando e promovendo o consumo desse peixe maravilhoso para outros estados e países. Isso também é política de estado e nos garante esse patamar’’.

É possível par o público sentir no paladar a diferença das amostras de café mediante degustação

CAFÉ

Na vitrine tecnológica do café, quem explica o quanto essa cadeia produtiva de Rondônia avança em qualidade e sustentabilidade é a extensionista Daniela Dalazen. ‘‘Os produtores, e também os consumidores que apreciam um bom cafezinho, têm a oportunidade de receber orientações sobre a qualidade da bebida de café. Apresentamos a diferença com amostras de cafés tradicionais e especiais, e as peculiaridades do café especial natural e o fermentado’’.

No local, também é apresentado o perfil da torra, com orientações de que a torra média é a mais indicada. ‘‘A torra média tem um equilíbrio de todos os atributos como doçura e acidez, proporcionando como resultado uma bebida agradável, onde o consumo pode ser feito sem necessidade de açúcar. Enquanto que, a torra escura é usada para mascarar o café de má qualidade’’, pontuou Daniela. É possível para o público sentir no paladar a diferença, com a degustação disponibilizada na vitrine.

Na vitrine é feita a simulação de todo o ciclo da produção de cacau, desde o plantio até informações sobre  comercialização

CACAU

A produção sustentável de cacau é apresentada pelo extensionista da Emater-RO e engenheiro agrônomo, César Augusto Dutra, que destaca o quanto a produção dessa cadeia produtiva faz bem para o meio ambiente. ‘‘O cacau pode ser plantado no sistema agroflorestal, combinado com outras culturas. O plantio ajuda também na recuperação de áreas degradadas, e é aceito pelo Código Florestal para recuperação de áreas de reservas’’, esclareceu.

Na vitrine é feita a simulação de todo o ciclo da produção de cacau, desde o plantio até informações sobre a valorização da comercialização. ‘‘Rondônia está ganhando prêmios de qualidade de cacau, trazendo reconhecimento dessa cultura no estado a nível nacional, o que atrai compradores diferenciados, que trabalham com os chamados chocolates finos’’, ressaltou.

A meta é que a produção dessa planta amazônica dobre nos próximos 10 anos. ‘‘O governo está incentivando a produção e a qualidade das amêndoas com a realização do ConCacau, Concurso de Qualidade e Sustentabilidade do Cacau de Rondônia’’, afirmou.

Uma das tecnologias sociais da casa sustentável é o reuso da água de chuveiro e torneiras com estação de tratamento

CASA SUSTENTÁVEL

A casa sustentável é mais um atrativo das vitrines tecnológicas, que tem despertado a curiosidade dos visitantes da feira. Quem explica ao público como ela funciona é o extensionista da Emater-RO e engenheiro agrônomo Jurandir Mesquita. ‘‘Estamos apresentando tecnologias sociais de baixo custo, mas de excelente qualidade. Uma delas é biodigestor com aproveitamento de esterco da propriedade rural, que gera dois outros produtos, o biogás para funcionamento do fogão, e também o biofertilizante para adubação das lavouras e pastagem’’, explicou.

Outra tecnologia social da casa sustentável é o reuso da água de chuveiro e torneiras com Estação de Tratamento de Água Cinza, onde a água é filtrada com uma combinação de carvão, areia fina, areia grossa e pedras. ‘‘Essas boas práticas precisam ser replicadas’’, sinalizou Jurandir Mesquita.

REGULARIZAÇÃO AMBIENTAL

O Programa de Regularização Ambiental (PRA) também faz parte das vitrines tecnológicas e segundo o extensionista da Emater-RO, Aloiso Teixeira Pio, tem como meta contemplar até 2025 10 mil propriedades rurais, ou seja, tornar as propriedades rurais legalmente corretas e sustentáveis. ‘‘O governo de Rondônia está pronto para auxiliar a todos na elaboração gratuita desse projeto por meio da Emater, uma vez que se fosse pagar pelo serviço, no particular custaria de R$ 10 a R$ 15 mil’’, destacou.

A primeira etapa é de análise do CAR e depois são feitas as notificações para pontuar como tornar a propriedade ambientalmente regular. ‘‘Temos toda a estrutura para fazer o levantamento da propriedade e propor uma forma sustentável de produzir’’, afirmou.

A nascente recuperada que irriga os plantios das vitrines tecnológicas é um case de sucesso a ser replicado nas propriedades rurais

Entre os benefícios de ter uma propriedade com regularização ambiental está a oportunidade de acesso ao crédito e aptidão para a destinação do rebanho para frigoríficos.

RECUPERAÇÃO DE NASCENTES

Um dos lugares mais interessante das vitrines tecnológicas é onde funciona o projeto Renascer das Águas, uma iniciativa para ajudar na recuperação de nascentes, que resulta de parceria do governo de Rondônia, por meio da Emater, Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam) e Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), com a prefeitura de Cacoal. Quem explica sobre o funcionamento do projeto ao público é o especialista em gestão ambiental da prefeitura de Cacoal, Jorge Valdemir Murer.

No local, a própria nascente recuperada que irriga os plantios das vitrines tecnológicas, é um case de sucesso a ser replicado nas propriedades rurais. ‘‘Temos transformado a realidade de muitas propriedades rurais, ao devolver os recursos hídricos na quantidade e qualidade necessárias’’, ressaltou.

As vitrines estão abertas para visitação todos os dias da feira, a partir das 8h, com visitas guiadas

Jorge Murer pontuou que, enquanto em muitas propriedades a água está ficando escassa, na nascente da Rondônia Rural Show a água se mantém fluindo. ‘‘É um projeto ecologicamente correto e economicamente viável, onde o governo de Rondônia investe com o material para intervir no projeto, como hora máquina, pedra rachão, canos e cimento, em parceria com os municípios’’, afirmou.

O projeto despertou o interesse do cacique do povo Arara, etnia indígena de Ji-Paraná, Pedro Arara. ‘‘Precisamos disso, pois nossa água todo ano seca. Antes não faltava, mas desses tempos para cá mudou muito, nossa terra não passava o que está passando hoje, e estamos atrás de mudar isso com boas práticas’’, contou. Outro interessado no projeto foi o produtor rural de Presidente Médici, Bressane Gois. ‘‘Gostei e quero fazer na minha propriedade, o meu sonho é recuperar a nascente. A água está baixando muito, nunca vi o córrego baixar tanto, então precisamos cuidar para ter sustentabilidade’’, pontuou

As vitrines estão abertas para visitação todos os dias da feira, a partir das 8h, com visitas guiadas aos atrativos ambientais com alta produtividade e qualidade.

 

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1º Dia do evento

2º Dia do evento

Produtores recebem informações sobre benefícios tributários com programa de incentivo à agricultura familiar

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Promovida pela Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), dentro da programação da 11ª Rondônia Rural Show Internacional, nesta terça-feira (21), a palestra “Benefícios do crédito presumido do programa Prove” trouxe explicações sobre as vantagens previstas na legislação do governo de Rondônia às agroindústrias familiares. O Programa de Verticalização da Agricultura Familiar (Prove) foi criado para fortalecer os pequenos negócios no campo, contribuindo para o aumento da produção e da renda dos produtores rurais.

Agricultores tiveram a oportunidade de sanar dúvidas e compreender o funcionamento do crédito presumido

Durante a palestra, os agricultores tiveram a oportunidade de sanar dúvidas e compreender o funcionamento do crédito presumido. As explicações foram dadas pelo agente de rendas,  titular da 2ª Delegacia Regional da Receita Estadual em Ji-Paraná, Ricardo Samu, que destacou a importância da adesão ao programa, que é direcionado ao fortalecimento da cadeia produtiva da agricultura familiar.

PERSPECTIVAS E RESULTADOS

Produtores de vários municípios ficaram entusiasmados com as informações apresentadas, e demonstraram interesse em aderir ao Prove. Alguns agricultores relataram que já estão colhendo os resultados do crédito presumido. Consideram que a iniciativa tem sido fundamental para o desenvolvimento de suas atividades agrícolas.

O produtor Nanderson Klein destacou os benefícios fiscais recebidos com o Prove

O produtor Nanderson Klein relatou que o seu negócio recebe  benefícios fiscais relevantes com o Prove. Esclareceu ainda que, o produtor não precisa ficar temeroso em emitir nota fiscal, porque os incentivos garantem a isenção de tributos estaduais para quem vende, e até para quem compra o produto. “Temos muitas vantagens, inclusive na compra de insumos de outros estados. A iniciativa de trazer um técnico para prestar esclarecimentos é muito importante para clarear as ideias dos produtores”, ressaltou.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, é importante o trabalho desenvolvido pelos técnicos do setor produtivo quanto às informações sobre os benefícios do programa, e dos agentes tributários com relação às isenções fiscais. “O Prove fortalece a cadeia produtiva, agrega valor às agroindústrias e gera riqueza para o estado”, salientou.

O titular da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Luiz Paulo, orientou os produtores rurais da agricultura familiar a aderirem aos programas governamentais. “Todos precisam estar esclarecidos sobre as vantagens dos programas”, afirmou.

Ao final da palestra, os produtores agradeceram pela oportunidade de participar do evento e destacaram a importância de iniciativas como essa para promover o crescimento e a sustentabilidade da agricultura familiar em Rondônia.

Crescimento e diversidade marcam o pavilhão de artesanato na Rondônia Rural Show Internacional

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A 11ª edição da Rondônia Rural Show Internacional está em pleno andamento e, entre os destaques da maior feira de agronegócio do Norte do país, o Pavilhão de Artesanato tem atraído um público diversificado e interessado nas riquezas culturais da região, que ganha cada vez mais espaço em meio ao agronegócio, com a exposição e comercialização de peças produzidas por artesãos locais de todo o estado. Realizada entre os dias 20 e 25 de maio, a feira acontece no Centro Tecnológico Vandeci Rack, no município de Ji-Paraná.

Este ano, o pavilhão conta com um número recorde de expositores: de 35 em 2023, o número subiu para 55 nesta edição. Por meio do Programa do Artesanato Brasileiro (PAB), a Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel) destacou esse aumento significativo como um reflexo do crescente interesse e valorização do artesanato rondoniense.

Este ano, o pavilhão conta com um número recorde de expositores

Os visitantes do pavilhão têm a oportunidade de apreciar e adquirir produtos singulares, que refletem a identidade cultural de Rondônia. Entre os destaques, estão as peças em madeira, produzidas por comunidades indígenas e ribeirinhas, que utilizam técnicas tradicionais passadas de geração em geração. A inovação também se faz presente, com artesãos que combinam materiais reciclados e sustentáveis para criar itens modernos e ecológicos.

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha,  a Rondônia Rural Show Internacional é uma vitrine para o potencial do estado, e o Pavilhão de Artesanato é um exemplo disso. “O crescimento no número de expositores e a qualidade dos produtos apresentados refletem o talento e a dedicação do nosso povo. O governo de Rondônia reforça as ações para apoiar iniciativas como esta, que promovem o desenvolvimento sustentável e a valorização da nossa cultura”, salientou.

O secretário da Sejucel, Junior Lopes, também destacou que, o aumento no número de expositores de 35 para 55 neste ano, é um indicativo do sucesso e da importância do Pavilhão de Artesanato, na Rondônia Rural Show. “Estamos orgulhosos de ver tantos artesãos talentosos ganhando visibilidade e mercado. Isso reforça nosso engajamento em apoiar e promover a cultura e o artesanato local, que são fundamentais à identidade e economia de Rondônia”, frisou.

A coordenadora do Programa do Artesanato Brasileiro, Adriele Malta, evidenciou que: “ver a participação crescente dos artesãos no pavilhão é extremamente gratificante. Este espaço não só permite a exposição das nossas tradições e criatividade, mas também proporciona um ambiente de aprendizado e troca de experiências. As oficinas e workshops têm sido um sucesso, e os artesãos estão aproveitando a oportunidade para aprimorar suas técnicas e expandir seus negócios.”

 

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Censo 2022: Taxa de analfabetismo cai de 9,6% para 7,0% em 12 anos, mas desigualdades persistem

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  • Em 2022, havia, no país, 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, das quais 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização foi 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi 7,0% deste contingente populacional.
  • No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%. Em 1940, menos da metade da população de 15 anos ou mais (44,0%) era alfabetizada.
  • Os grupos de idade de 15 a 19 anos e de 20 a 24 anos tinham as menores taxas de analfabetismo (1,5%) e o de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa (20,3%). Porém o grupo de idosos teve a maior queda em duas décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, redução de 17,7 p.p. (queda de – 46,7%).
  • As taxas de analfabetismo de pretos (10,1%) e pardos (8,8%) são mais do dobro da taxa dos brancos (4,3%). Para cor ou raça indígena (16,1%), é quase quatro vezes maior.
  • A distância entre a população branca e as populações preta, parda e indígena era maior em 2010 (8,5; 7; e 17,4 p.p), caindo para 5,8; 4,5; e 11,7 p.p. em 2022. A vantagem da população branca ocorre em todos os grupos etários.
  • Os 1.366 municípios entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo (13,6%), mais de quatro vezes a taxa dos 41 municípios acima de 500.000 habitantes (3,2%).
  • Apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022, a taxa de alfabetização da região Nordeste permaneceu a mais baixa. Sul e Sudeste têm taxas de alfabetização acima de 96%.
  • A taxa de analfabetismo do Nordeste (14,2%) permanece o dobro da média nacional (7,0%).
  • Por unidade da federação, as maiores taxas de alfabetização foram registradas em Santa Catarina (97,3%) e no Distrito Federal (97,2%), e as menores, em Alagoas (82,3%) e no Piauí (com 82,8%).
  • A taxa de alfabetização das pessoas indígenas, incluindo as que se consideram indígenas pelo critério de pertencimento, foi 85,0% em 2022, com alta em todas as grandes regiões e faixas etárias.
O grupo de idade de 15 a 19 anos tinha a menor taxa de analfabetismo (1,5%) – Foto: Andre Borges/Agência Brasília

Dados do Censo Demográfico de 2022 mostram que, dos 163 milhões de pessoas de 15 anos ou mais de idade, 151,5 milhões sabiam ler e escrever um bilhete simples e 11,4 milhões não sabiam. Assim, a taxa de alfabetização para esse grupo foi de 93,0% em 2022 e a taxa de analfabetismo foi de 7,0%. No Censo 2010, as taxas de alfabetização e analfabetismo eram de 90,4% e 9,6%.

Essas e outras informações fazem parte da divulgação Censo Demográfico 2022 Alfabetização – Resultados do Universo. Os dados estão sendo apresentados hoje (17), a partir das 10 horas, na quadra da escola de samba Unidos de Vila Maria, no bairro Jardim Japão, na capital paulista. O evento será transmitido pelo IBGE Digital e nas seguintes mídias sociais do Instituto: YoutubeInstagram Facebook. Os dados também podem ser acessados no SIDRA, no Panorama do Censo e na Plataforma Geográfica Interativa (PGI), onde poderão ser visualizados por meio de mapas interativos.

O tema é investigado desde o primeiro Censo do país em 1872. Em 1940, menos da metade da população (44,0%) era alfabetizada.

As pessoas de cor ou raça branca e amarela com 15 anos ou mais de idade tiveram as menores taxas de analfabetismo, 4,3% e 2,5%, respectivamente. Já as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena do mesmo grupo etário tiveram taxas de 10,1%, 8,8% e 16,1%, respectivamente.

Ou seja, as taxas de analfabetismo de pretos e pardos são mais que o dobro das dos brancos, e a de indígenas é quase quatro vezes maior. No entanto, de 2010 para 2022, a diferença entre brancos e pretos caiu de 8,5 para 5,8 p.p e a vantagem também ficou menor em relação a pardos (de 7,1 p.p. para 4,3 p.p.) e indígenas (de 17,4 p.p. para 11,7 p.p).

Todos os grupos etários tiveram queda na taxa de analfabetismo

A queda na taxa de analfabetismo ocorreu em todas as faixas etárias. Em 2022, o grupo mais jovem de 15 a 19 anos atingiu a menor taxa de analfabetismo (1,5%) e o grupo de 65 anos ou mais permaneceu com a maior taxa de analfabetismo (20,3%), mas teve a maior queda em três décadas, passando de 38,0% em 2000, para 29,4% em 2010 e 20,3% em 2022, uma redução de 17,7 p.p. desde 2000 (queda de 46,7%).

“Esse comportamento reflete, principalmente, a expansão educacional, que universalizou o acesso ao ensino fundamental no início dos anos 90, e a transição demográfica, que substituiu gerações mais antigas e menos educados por gerações mais novas e mais educadas”, explica Betina Fresneda, analista da pesquisa.

Analisando-se as taxas por idade e cor ou raça, o analfabetismo para pretos e pardos atingiu valores acima de 2% a partir da faixa etária de 25 a 34 anos de idade, enquanto para brancos isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos. A diferença entre brancos e pretos atinge seu valor máximo para o grupo de 65 anos ou mais (20,9 p.p.).

“A elevada taxa de analfabetismo entre os mais velhos é um reflexo da dívida educacional brasileira, cuja tônica foi o atraso no investimento em educação, tanto para escolarização das crianças, quanto para a garantia de acesso a programas de alfabetização de jovens e adultos por uma parcela das pessoas que não foram alfabetizadas nas idades apropriadas”, diz a analista da pesquisa.

 

Apenas na faixa de 65 anos ou mais, alfabetização de homens é maior do que a de mulheres

Em 2022, o percentual de mulheres que sabiam ler e escrever era de 93,5%, ante 92,5% dos homens. A vantagem é verificada em todos os grupos etários, exceto entre os de 65 anos ou mais de idade, com 79,9% para homens e 79,6% para as mulheres. A maior diferença foi no grupo de 45 a 54 anos, 2,7 p.p a mais para as mulheres.

Taxa de analfabetismo em pequenos municípios é quatro vezes maior do que a de cidades acima de 500 mil habitantes

A taxa de analfabetismo foi abaixo da média nacional somente nos municípios acima de 100.000 habitantes. Os 1.366 municípios com população entre 10.001 e 20.000 habitantes apresentaram a maior taxa média de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais (13,6%). Essa taxa é mais de quatro vezes maior do que aquela calculada para os 41 municípios cuja população era acima de 500.000 habitantes (3,2%).

“A alfabetização é de responsabilidade dos municípios e está diretamente relacionada aos recursos que os municípios têm para investir em educação. A taxa de analfabetismo é menor nos municípios acima de 100 mil habitantes porque eles dispõem de mais recursos e infraestrutura para educação, além de outros fatores como localização, idade média e áreas urbanas ou rurais”, ressalta Betina Fresneda.

Em todas as classes de tamanho, os cinco municípios com menor taxa de analfabetismo são da Região Sul ou de São Paulo. Na faixa de até 10 mil habitantes os destaques são: São Joao do Oeste/SC (0,9%), Westfália/RS (1,1%), Rio Fortuna/SC (1,2%), Águas de São Pedro/SP (1,2%) e São Vendelino/RS (1,3%). Entre os municípios acima de 500 mil habitantes destacam-se Florianópolis/SC (1,4%), Curitiba/PR (1,5%), Joinville/SC (1,6%), Porto Alegre/RS (1,7%) e Santo André/SP (2,0%).

Já as maiores taxas de analfabetismo foram encontradas na Região Nordeste, que reuniu 22 dos 25 municípios selecionados. As maiores taxas estão nas classes de até 10 mil habitantes, todos do Piauí – Floresta do Piauí (34,7%), Aroeiras do Itaim (34,6%), Massape do Piauí (34,3%), Paquetá do Piauí (34,3%) e Padre Marcos (34,0%); e na faixa de 10 mil a 50 mil habitantes – Alto Alegre/RR (36,8%), Estrela de Alagoas/Al (34,2%), Traipu/AL (32,7%), Pedro Alexandre/BA (31,9%) e Amajari/RR (31,8%).

Pessoas residentes e taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade por classes de tamanho da população dos Muncípios, segundo municípios selecionados – Brasil- 2022
Municípios com as 5 menores taxas de analfabetismo Municípios com as 5 maiores taxas de analfabetismo
Município Taxa Município Taxa
Até 10 mil São João do Oeste (SC) 0,9 Padre Marcos (PI) 34,0
Westfália (RS) 1,1 Paquetá (PI) 34,3
Rio Fortuna (SC) 1,2 Massapê do Piauí (PI) 34,3
Águas de São Pedro (SP) 12 Aroeiras do Itaim (PI) 34,6
São Vendelino (RS) 1,3 Floresta do Piauí (PI) 34,7
Município Taxa Município Taxa
Mais de 10 mil até 50 mil Bom Princípio (RS) 1,3 Amajari (RR) 31,8
Feliz (RS) 1,4 Pedro Alexandre (BA) 31,9
Pomerode (SC) 1,4 Traipu (AL) 32,7
Dois Irmãos (RS) 1,4 Estrela de Alagoas (AL) 34,2
Teutônia (RS) 1,4 Alto Alegre (RR) 36,8
Município Taxa Município Taxa
Mais de 50 mil até 100 mil São Bento do Sul (SC) 1,7 Coroatá (MA) 23,8
Campo Bom (RS) 1,8 Boa Viagem (CE) 24,3
Itapema (SC) 1,9 Icó (CE) 25,9
Farroupilha (RS) 1,9 Buíque (PE) 28,8
Indaial (SC) 2,0 Granja (CE) 29,0
Município Taxa Município Taxa
Mais de 100 mil até 500 mil São Caetano do Sul (SP) 1,2 Itabaiana (SE) 16,0
Balneário Camboriú (SC) 1,2 Caxias (MA) 17,5
Blumenau (SC) 1,4 Lagarto (SE) 18,4
Jaraguá do Sul (SC) 1,4 Breves (PA) 18,9
Santos (SP) 1,6 Codó (MA) 22,3
Município Taxa Município Taxa
Mais de 500 mil Florianópolis (SC) 1,4 Feira de Santana (BA) 6,6
Curitiba (PR) 1,5 Natal (RN) 6,6
Joinville (SC) 1,6 Teresina (PI) 7,1
Porto Alegre (RS) 1,7 Jaboatão dos Guararapes (PE) 7,2
Santo André (SP) 2,0 Maceió (AL) 8,4

Sul e Sudeste têm taxa de alfabetização acima de 96%

A Região Sul continuou com a maior taxa de alfabetização, que aumentou de 94,9% em 2010 para 96,6% em 2022. Em seguida, está a da Região Sudeste, passando de 94,6% em 2010 para 96,1% em 2022. A taxa da Região Nordeste permaneceu a mais baixa, apesar do aumento de 80,9% em 2010 para 85,8% em 2022. A segunda menor taxa de alfabetização é a da Região Norte, cujo indicador seguiu a tendência nacional, aumentando de 88,8% em 2010 para 91,8% em 2022, ficando um pouco mais próxima da Região Centro-Oeste, que passou de 92,8% em 2010 para 94,9% em 2022.

Taxa de analfabetismo do Nordeste continua sendo o dobro da média nacional

O analfabetismo na Região Nordeste (14,2%) continuou sendo o dobro da média nacional (7,0%) – em 2010, as taxas eram, respectivamente, de 19,1% e 9,6%. As taxas de analfabetismo do Norte e do Nordeste tinham, em 2022, valores acima de 2% desde o primeiro grupo de idade. No Centro-Oeste, isso ocorreu a partir de 35 a 44 anos e para no Sul e Sudeste apenas a partir de 45 a 54 anos.

Enquanto entre as pessoas com até 44 anos a taxa de analfabetismo era menor que 2% nas regiões Sudeste e Sul, o grupo mais novo, de 15 a 19 anos, sequer tinha alcançado percentuais de analfabetismo abaixo de 2% nas regiões Norte (2,2% de analfabetos) e Nordeste (2,4% de analfabetos). Pessoas com 65 anos de idade ou mais no Nordeste têm taxa de analfabetismo (39,4%) 3,5 vezes maior do que a registrada na Região Sul (11,3%) para o mesmo grupo etário.

Santa Catarina tem a maior taxa de alfabetização, Alagoas, a menor

Entre as unidades da federação, as maiores taxa de alfabetização foram registradas em Santa Catarina, com 97,3%, e no Distrito Federal, com 97,2%, e as menores, em Alagoas, com 82,3%, e no Piauí, com 82,8%. Em 2010, a diferença entre a maior e a menor taxa de alfabetização, isto é, entre o Distrito Federal e Alagoas, era de 20,9 p.p., enquanto, em 2022, esse diferencial caiu para 15,0 p.p. entre Santa Catarina e Alagoas. Entre os censos de 2010 e 2022, Alagoas foi a unidade da federação que mais aumentou o percentual de pessoas de 15 anos ou mais alfabetizadas, com uma expansão de 6,7 p.p., resultado que, no entanto, não foi suficiente para retirá-la da última posição.

 

Taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi 85,0% em 2022

No Censo 2022, definiu-se como pessoas indígena aquela que reside em localidades indígenas e se declarou pelo quesito “cor ou raça” ou pelo quesito “se considera indígena”, e, também, a pessoa que vive fora das localidades indígenas e se declarou no quesito “cor ou raça”. Por isso, o total de pessoas indígenas pode ser superior ao total de pessoas de cor ou raça indígena.

Os resultados do Censo Demográfico 2022 mostram que havia no país 1.187.246 pessoas indígenas de 15 anos ou mais de idade, das quais 1.008.539 sabiam ler e escrever um bilhete simples e 178.707 não sabiam. Ou seja, a taxa de alfabetização das pessoas indígenas foi de 85,0% em 2022, abaixo da taxa nacional, de 93,0%. A taxa de analfabetismo dessa população foi de 15,1%, acima da taxa nacional de 7,0%.

As taxas de alfabetização mais elevadas das pessoas indígenas são encontradas no Sudeste (91,7%), Sul (89,4%) e Centro-Oeste (87,3%). As mais baixas no Nordeste (82,0%) e Norte (84,7%).

Taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu em todas as regiões e faixas etárias

De 2010 para 2022, a taxa de analfabetismo das pessoas indígenas caiu de 23,4% para 15,1%. Houve redução em todas as grandes regiões, sendo a queda mais expressiva observada na Região Norte (de 31,3% para 15,3%), seguida da Região Centro-Oeste (de 20,8% para 12,7%) e da Região Nordeste (de 24,4% para 18,0%). A Região Sudeste teve a menor queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas, que passou de 10,5% para 8,3%, e o Sul, a segunda menor, passando de 15,7% para 10,6%.

A queda na taxa de analfabetismo das pessoas indígenas ocorreu em todas as faixas etárias, com as maiores reduções nas faixas de 35 a 44 (de 22,9% para 12,0%), 55 a 64 (de 38,3% a 27,4%) e 25 a 34 anos de idade (de 17,4% para 6,7%). “Isso é reflexo do investimento na educação diferenciada de crianças, jovens e adultos indígenas, no período intercensitário, e a ampliação do pertencimento étnico-indígena fora das Terras Indígenas, quando comparado com 2010”, diz Marta Antunes, coordenadora do Censo de Povos e Comunidades Tradicionais do IBGE.

Os homens indígenas de 15 anos ou mais têm taxa de alfabetização de 85,7%, 1,4 p.p. acima da taxa de alfabetização das mulheres indígenas (84,3%). A desagregação da taxa de alfabetização das pessoas indígenas por sexo e grupos de idade demonstra que as mulheres indígenas têm taxa de alfabetização ligeiramente superior entre os 15 e 34 anos de idade. A partir dos 35 anos, a taxa de alfabetização dos homens indígenas se torna superior, com diferenças maiores (4,7 p.p.) para o grupo de 65 anos ou mais, o que aponta para um possível maior acesso das mulheres indígenas à educação nas faixas de idade mais jovens.

Mais sobre a pesquisa

Com a pesquisa “Censo 2022 Alfabetização: Resultados do Universo”, o IBGE traz a público mais uma divulgação temática dos resultados do Censo Demográfico 2022, abordando as informações relativas à alfabetização da população brasileira.  Nesta divulgação, os dados disponibilizados contemplam os recortes Brasil, Grandes Regiões, Unidades da Federação e Municípios e estão desagregados, também, segundo a cor ou raça, pessoas indígenas, sexo e os grupos de idade dos moradores.

 

Agência Brasília

Rondônia desponta nas primeiras posições nos indicadores de doação de órgãos

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O estado de Rondônia alcançou o 1º lugar no ranking nacional em número de potenciais doadores de órgãos, e o 2º lugar em número de doadores efetivos, segundo o Registro Brasileiro de Transplantes (RBT) da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos. Os dados divulgados pela instituição, avaliaram o período de janeiro a março de 2024, e destacam as ações do governo do estado com a qualidade do serviço prestado, estrutura e capacitação de profissionais.

Conforme a Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), o relatório indica uma taxa de 146,7 notificações de potenciais doadores, em número por milhão de população (pmp), que é um coeficiente entre o número absoluto de doações dividido pelo tamanho de habitantes. Enquanto que a taxa de efetivação dos doadores de Rondônia é de 40,5 pmp, ficando atrás apenas do estado do Paraná, com 41,5.

MUDANÇA DE CENÁRIO

Estado vem investindo nas condições de trabalho para realização dos transplantes

A coordenadora da Central Estadual de Transplantes, Edcléia Gonçalves ressalta ainda que, esses indicadores são uma forma de apresentação, para garantir equidade entre os estados que realizam o procedimento. “Esse número representa um importante trabalho das equipes do governo para construir um serviço com resultados eficazes, mantendo o foco em soluções com evidência científica. Essa ação nos permitiu mudar o cenário estadual onde antes não havia doadores de órgãos, e agora carregamos esse rico potencial”, evidenciou.

Segundo o governador Marcos Rocha, a conquista dos dois índices impulsiona as ações de saúde desenvolvidas pelo estado, em benefício da população. “Entendemos a importância do ato de doar órgãos para salvar a vida de muitas pessoas, por isso investimos em condições de trabalho que prestem um atendimento de qualidade ao público, o que nos permite ganhar essa notoriedade e ser referência para outros estados”, destaca.

INDICADORES

A Central Estadual de Transplantes esclarece o conceito e a diferença entre os dois indicadores. Quando se trata de potenciais doadores, a avaliação refere-se a casos de suspeita de morte encefálica, que podem evoluir para a não confirmação do diagnóstico, ser contraindicação médica e recusa familiar. Doação efetiva e doador efetivo são casos de morte encefálica confirmada, e quando a família optou pela doação.

Todo o processo é considerado complexo, com diversas etapas interdependentes e diversos atores envolvidos:  equipe de assistente dos hospitais; Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos; Central de Transplantes; exames laboratoriais e de imagem; e a família, considerando que a doação de órgãos exige a aceitação da família para a realização da atividade, o que é um fator determinante para o procedimento.

DOAÇÃO DE ÓRGÃOS

O titular da Sesau, Jefferson Rocha destacou que, o ranking é resultado do empenho dos profissionais em levar informação e oferecer o serviço com acolhimento. “Com médicos qualificados, a decisão do paciente e o esclarecimento das dúvidas dos familiares podem ser cruciais para o surgimento de opções de doação de órgãos, o que na essência ajuda a salvar vidas”.

De acordo com a Sesau, desde a criação do serviço de doação de órgãos no estado, em 2012, foram registrados mais de 240 doadores; em média cada doador salva cinco vidas. O transplante é essencial para salvar vidas, e só com a doação isso é possível. Para isso, o Governo de Rondônia fornece estrutura e logística, promove capacitação de equipes  multidisciplinares e médicas, a exemplo de uma recente formação repassada para cerca de 20 médicos que atuam na área.