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Ministério da Saúde amplia acesso a medicamentos para pacientes com doença falciforme

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Incorporação do remédio deferiprona, usado para tratar a sobrecarga de ferro no organismo, beneficia pacientes com a doença. Ele é mais eficaz para manejo clínico da doença e melhora adesão ao tratamento

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Foto: internet

O Ministério da Saúde vai incorporar o medicamento deferiprona para o tratamento da sobrecarga de ferro em pacientes com doença falciforme no Sistema Único de Saúde (SUS). Com a decisão, pessoas que necessitam de tratamento para o acúmulo excessivo de ferro no organismo, independentemente da causa, terão acesso a todas as alternativas terapêuticas disponíveis na rede pública. O excesso de ferro é comum em pessoas que convivem com a doença falciforme devido à necessidade de transfusões sanguíneas frequentes, realizadas para controlar crises de dor e outras complicações.

O acúmulo de ferro no organismo, se não tratado, pode causar danos graves a órgãos vitais como coração, fígado e glândulas endócrinas.

Sobre o medicamento

A deferiprona é um quelante de ferro, ou seja, uma substância que se liga ao ferro em excesso no corpo e facilita sua eliminação pela urina. Além de reduzir os riscos por conta do acúmulo de ferro, o medicamento tem melhor posologia em relação a outras opções, facilitando na adesão ao tratamento.

Até então, o uso da deferiprona no SUS era restrito a pacientes com talassemia maior (tipo de anemia) que não podiam utilizar a desferroxamina devido a contraindicações, intolerância ou dificuldades de administração. A decisão do Ministério da Saúde representa um avanço significativo para esses pacientes, ampliando as possibilidades terapêuticas.

Doença falciforme

doença falciforme é uma doença genética e hereditária que afeta a forma dos glóbulos vermelhos, colocando-os em formato de foice. Essa alteração prejudica a circulação sanguínea, causando dor intensa, anemias, infecções e complicações em diversos órgãos.

No Brasil, estima-se que cerca de 60 mil pessoas vivam com a doença, que tem maior prevalência em pessoas negras, segundo o Boletim Epidemiológico Saúde da População Negra. O tratamento inclui o controle de sintomas, prevenção de complicações e, em muitos casos, transfusões sanguíneas regulares.

Amanda Solidade

Ministério da Saúde

MEC lança material para formação em alfabetização e em português

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Objetivo é apoiar tecnicamente as formações de professores e gestores das redes municipais e estaduais dos primeiros anos do ensino fundamental. Materiais foram lançados nesta quarta (2), durante webinário

Professores, formadores e gestores podem acessar gratuitamente os cadernos de formação em alfabetização e em língua portuguesa. As publicações foram lançadas nesta quarta-feira, 2 de abril, pelo Ministério da Educação (MEC). O webinário de lançamento está disponível no canal do MEC no YouTube e os materiais no Ambiente Virtual de Aprendizagem do Ministério da Educação (Avamec) 

Os materiais de formação em alfabetização são voltados para professores e gestores que atuam no 1º e no 2º ano do ensino fundamental; e os de formação em língua portuguesa àqueles que trabalham em salas de aula do 3º ao 5º ano. A iniciativa apoia a formação de profissionais da educação em prol de uma alfabetização na perspectiva do letramento, da heterogeneidade e da formação humana dos estudantes. 

Presente no lançamento, a secretária de Educação Básica do MEC, Kátia Schweickardt, lembrou que a iniciativa integra o Compromisso Nacional Criança Alfabetizada (CNCA), programa que busca garantir que todas as crianças sejam alfabetizadas até o final do 2º ano do ensino fundamental. “Estamos aqui para lançar mais um passo dentro do fortalecimento do Compromisso Nacional”, afirmou. Ela defendeu o CNCA como a “principal política do país” em curso que fortalece o regime de colaboração dos entes federativos, uma vez que a etapa de alfabetização das crianças é de responsabilidade municipal.  

O Governo Federal atua como uma coordenação federativa nas demandas do direito à aprendizagem. “A alfabetização é uma política que envolve a União, os estados e os municípios, porque parte dos municípios brasileiros precisam do suporte técnico, do apoio das redes estaduais e do Ministério da Educação”, explicou. A secretária lembrou, ainda, que os documentos nacionais respeitam as diferenças regionais. “Desde que nós lançamos o Compromisso, sempre quis fortalecer os planos e os projetos de alfabetização territoriais, as estratégias locais, pois a gente sabe que educação se faz no território, e ela precisa trazer as experiências e as vivências das crianças, dos adolescentes e dos professores para dentro do trabalho pedagógico”, afirmou.  

“O nosso papel é apoiar, fomentar, induzir, para que vocês façam, cada vez mais, um trabalho pedagógico, e isso inclui materiais significativos para os territórios de vocês. Por isso estamos aqui, lançando hoje esses materiais de apoio para as formações voltadas para a alfabetização e a consolidação das aprendizagens”, concluiu Kátia. 

Diversidade – Os materiais de referência foram realizados em parceria com pesquisadores de todo o país, contando com 168 profissionais envolvidos apenas na produção do material do 3º ao 5º ano, por exemplo. Também presente no lançamento das publicações, a diretora de Formação Docente e Valorização dos Profissionais da Educação do MEC, Rita Esther Luna, defendeu que a iniciativa favorece a “socialização de saberes”, no sentido de que os territórios colaboram com seus contextos diversos, alinhando o conteúdo em geral. “Esses materiais foram elaborados a partir do respeito aos diversos saberes. Assim, nós chegamos na versão desses materiais que temos o prazer de colocar à disposição das redes. O direito à educação das crianças é o que nos guia”, afirmou. 

O coordenador-geral de Alfabetização do MEC, João Paulo Mendes de Lima, indicou que os materiais formativos se somam às iniciativas locais e podem ser usados como as redes municipais desejarem. “Eles se somam às diversas iniciativas de formação dos territórios. Ao longo do Compromisso, os territórios têm desenvolvido estratégias formativas exitosas. E agora o ministério, tecnicamente alinhado às demandas do território, subsidia as redes com material que vai complementar essas iniciativas”, afirmou.  

João Paulo exemplificou as formas como o material pode ser usado: “A rede pode, por exemplo, decidir que esse material será o principal suporte formativo dos seus professores. A rede também pode decidir que esse material vai complementar outros materiais de formação. A rede pode decidir usar parte desse material, em determinados períodos ou para discutir determinadas temáticas. Então, essa possibilidade de a rede usar de diferentes modos é também um objetivo do Compromisso, que fortalece essa autonomia das redes. E a função do Ministério é apoiar e dar suporte às redes para que elas consigam ir mais longe”.  

Materiais formativos – Os materiais formativos foram apresentados por uma das organizadoras do material do 1º e do 2º ano, Renata Frauendorf; e uma das organizadoras do material do 3º ao 5º ano, Telma Ferraz Leal. A professora Renata Frauendorf deseja que a construção coletiva, resultante nos materiais, “chegue às mãos de quem tem esse direito, para que, de fato, aquilo que acontece em sala de aula possa ser cada vez mais contextualizado e reflexivo”. Para a professora e pesquisadora, esse aprendizado ocorre “quando as crianças têm o desafio de pensar sobre aquilo que eles escrevem, como escrevem e por que escrevem”.  

Já a professora Telma Ferraz Leal revelou os diversos conteúdos que compõem o material formativo, como jogos e almanaques. “É um material muito diversificado justamente para dar essa ludicidade em uma perspectiva de ensino da língua portuguesa reflexiva. Essa educação é comprometida com uma construção identitária de respeito e com a valorização da diversidade de povos e culturas, respeitando os modos de aprendizagem dessas crianças”, afirmou.   

CNCA – Compromisso Nacional Criança Alfabetizada tem como finalidade garantir o direito à alfabetização das crianças brasileiras até o final do 2º ano do ensino fundamental e foca na recuperação das aprendizagens das crianças do 3º, do 4º e do 5º ano afetadas pela pandemia. O Compromisso estabelece, entre seus princípios, a promoção da equidade educacional, sendo considerados aspectos regionais, socioeconômicos, étnico-raciais e de gênero; a colaboração entre os entes federativos; e o fortalecimento das formas de cooperação entre estados e municípios. 

 

Assessoria de Comunicação Social do MEC, com informações da Secretaria de Educação Básica (SEB) 

Pé-de-Meia inclui quem entrou no ensino médio em 2025

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Estudantes que atendem aos requisitos são incluídos automaticamente no programa. Conhecido como a poupança do ensino médio, o Pé-de-Meia vem garantindo a permanência e a conclusão escolar nessa etapa de ensino

Estudantes que entraram no primeiro ano do ensino médio em escolas da rede pública em 2025 e que se enquadram nos critérios têm direito a receber o Pé-de-Meia. Os alunos foram automaticamente incluídos no programa. O sistema também renovou a participação daqueles que já recebiam o incentivo e passaram para o 2º e o 3º ano. 

Criada em 2023, a poupança do ensino médio garante a permanência e a conclusão escolar nessa etapa de ensino, além de reduzir a evasão. As primeiras parcelas do incentivo começaram a ser pagas pelo Ministério da Educação (MEC) nesta semana, no dia 31 de março. 

Parcelas – Ao comprovar a matrícula, o aluno do ensino regular recebe um incentivo de R$ 200. Para receber as outras nove parcelas mensais, os estudantes devem frequentar às aulas com, no mínimo, 80% de frequência. Ao final de cada ano concluído, o beneficiário do Pé-de-Meia também recebe R$ 1.000 por sua aprovação — esse valor só pode ser sacado após a formatura no ensino médio. Os alunos do 3º ano que participarem do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e concluírem o ensino médio têm direito, ainda, ao adicional de R$ 200.  

Os estudantes da EJA recebem um pagamento único de R$ 200 ao se matricularem em uma escola pública, valor que será pago apenas uma vez ao ano, ainda que concluam mais de um módulo no período. Outras quatro parcelas de R$ 225 serão pagas ao longo dos meses para quem obtiver frequência mínima de 80% nas aulas. O pagamento das parcelas pela conclusão de cada ano letivo e pela participação no Enem segue as mesmas regras do ensino regular. Ao todo, a poupança pode chegar a R$ 9.200 por aluno. 

Na página do Pé-de-Meia, no site do MEC, estão as Perguntas Frequentes que respondem dúvidas sobre o programa.

Critérios – O Pé-de-Meia é voltado a estudantes de baixa renda. Os sistemas de ensino e as instituições federais que ofertam o ensino médio transmitem ao Governo Federal as informações de matrícula escolar. O MEC, então, confere se o estudante pode ou não receber o incentivo, ao cruzar os dados com o Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico). Os requisitos do programa são: 

  • Estar matriculado no ensino médio regular das redes públicas e ter entre 14 e 24 anos de idade ou estar matriculado na educação de jovens adultos (EJA) das redes públicas, com idade entre 19 e 24 anos. 
  • Possuir Cadastro de Pessoa Física (CPF) regular. 
  • Fazer parte de uma família que tenha se inscrito no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) até 7 de fevereiro de 2025, com renda média por pessoa de até meio salário mínimo. 

No aplicativo Jornada do Estudante, que já foi atualizado pelo MEC com os dados de matrícula de 2025, os jovens podem conferir se foram enquadrados como público da política e acessar o extrato dos pagamentos. Pelo app, também é possível entender quais possíveis critérios não foram atendidos para que o estudante fosse considerado inelegível. 

As respostas para as principais dúvidas sobre o programa também podem ser consultadas na página do Pé-de-Meia, no site do MEC, na sessão Perguntas Frequentes. 

Conta digital – Depois do estudante ser incluído no programa, a Caixa Econômica Federal abre automaticamente uma conta digital em seu nome, que pode ser acessada pelo aplicativo Caixa Tem. O estudante menor de 18 anos precisa que um responsável legal desbloqueie a conta para que possa ser movimentada. O consentimento deve ser feito no aplicativo Caixa Tem, com o preenchimento do item “Jornada do consentimento”. Se o estudante tiver 18 anos ou mais, a conta já estará desbloqueada para utilização. 

Pé-de-Meia Instituído pela Lei nº 14.818/2024, o Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de pessoas matriculadas no ensino médio público. O objetivo é democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de fomentar mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Os estados, os municípios e o Distrito Federal prestam as informações necessárias à execução do incentivo, possibilitando o seu acesso aos estudantes matriculados nas respectivas redes de ensino.   

Assessoria de Comunicação Social do MEC 

Portaria institui a plataforma de dados MEC Gestão Presente

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Normativo com o detalhamento sobre a coleta e o compartilhamento de dados foi publicado nesta quinta-feira (3). Plataforma foi lançada nesta semana, em cerimônia com secretários de educação de todo o Brasil

O Ministério da Educação (MEC) publicou, nesta quinta-feira, 3 de abril, a Portaria MEC nº 234/2025, que institui a plataforma de dados da educação básica MEC Gestão Presente, a qual será abastecida pelas secretarias de educação de todo o país. A iniciativa foi lançada na quarta-feira, 2 de abril, em Brasília (DF), em cerimônia com secretários de educação de todo o Brasil.  

A plataforma integra instrumentos de governo digital na educação básica, com o objetivo de coletar e compartilhar dados escolares de forma padronizada, segura e eficiente. Atualmente, comporta dados de mais de oito milhões de estudantes do ensino médio e foi expandida para incluir o ensino fundamental e a educação infantil.  

De acordo com a Portaria, o MEC Gestão Presente tem como princípios a modernização, o fortalecimento e a simplificação da gestão educacional; a colaboração entre os entes federativos; a segurança da informação e a proteção de dados pessoais; a transparência; a qualidade e a equidade da gestão educacional; e a tomada de decisão baseada em evidências. 

Adesão – A portaria traz informações sobre a adesão voluntária das redes de ensino de todo o país, que será formalizada por meio de um acordo de adesão. O acordo ocorrerá mediante a manifestação do chefe do Poder Executivo, do secretário de educação ou do dirigente máximo da instituição federal de ensino, por meio de assinatura digital. As redes poderão aderir por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec). 

As redes que tiverem aderido ao MEC Gestão Presente poderão aderir também ao Gestão Presente na Escola (GPE), módulo de gerenciamento dos processos escolares, que será fornecido gratuitamente para apoiar os gestores tanto das secretarias quanto das escolas. As redes poderão aderir, por meio do Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec), a ambos os sistemas até o dia 30 de abril. 

Durante o lançamento da plataforma, o secretário-executivo do MEC, Leonardo Barchini, reforçou que a reunião de informações é fundamental para o desenho de políticas públicas para o país. “Há 20 anos, o MEC lançou um projeto para melhorar a coleta de dados do Censo Escolar. À época, era um desafio muito grande coletar esses dados, e evoluímos muito na gestão da informação nesses 20 anos, até que chegamos nesse dia que é um marco, um divisor de águas para a educação brasileira”, afirmou. 

Diretrizes – Entre as diretrizes, a norma aponta a troca de informações entre os sistemas de gestão educacional; o uso da tecnologia para otimização dos processos de trabalho; a assistência técnica da União aos entes federativos, a fim da equalização da gestão educacional; e a capacitação e a troca de conhecimento das redes de educação para a utilização de plataformas e serviços digitais.  

A Portaria ainda estabelece que o MEC Gestão Presente busca a atuação integrada entre os órgãos e as entidades da política de educação, com o compartilhamento de dados, além do monitoramento contínuo e permanente de dados educacionais para aprimoramento da política de educação básica, inclusive por meio de coleta, análise e disseminação pela União. 

Outra novidade trazida no texto é a criação do Comitê Tripartite do MEC Gestão Presente, composto por representantes da União, dos estados, dos municípios e do Distrito Federal, com o objetivo de apoiar e coordenar a implementação e a gestão do MEC Gestão Presente. Algumas atribuições são: promover a integração e a colaboração entre os entes federativos nos temas pertinentes ao programa; coordenar a implementação das diretrizes e ações; monitorar e avaliar continuamente as atividades e os resultados do MEC Gestão Presente; e propor melhorias e ajustes nas políticas e práticas, em busca da eficácia e eficiência do MEC Gestão Presente.  

Leia a íntegra do texto com todas as regras e as informações sobre o MEC Gestão Presente. 

Assessoria de Comunicação Social do MEC

MDS e MGI debatem instalação de Grupo Técnico para aperfeiçoamento do BPC

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O Benefício de Prestação Continuada (BPC) é a garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade
Foto: Roberta Aline/MDS
Foto: Roberta Aline/MDS
Foto: Roberta Aline/MDS
Foto: Roberta Aline/MDS
Foto: Roberta Aline/MDS
Foto: Roberta Aline/MDS

Oministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, se reuniu com a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, nesta quarta-feira (2.04), para debater a instalação do Grupo Técnico de aperfeiçoamento do Benefício de Prestação Continuada (BPC).

Segundo o titular do MDS, o Grupo Técnico tem por objetivo garantir o cumprimento da Lei 15.077, de 2024, aprovada pelo Congresso Nacional. “A partir daí, o Ministério do Desenvolvimento Social, integrado com Dataprev, com INSS, com o Ministério da Previdência e outros ministérios, vamos trabalhar juntos em sintonia para garantir a condição de direito a quem tem direito ao BPC”, afirmou.

Além disso, o ministro explicou que o trabalho do Grupo Técnico inclui a garantia de condições, cuidado e acompanhamento do beneficiário por meio da rede de saúde e do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), além de fortalecer as condições de combate à fraude e irregularidades no sistema através da Rede Federal de Fiscalização.

A coordenação do GT será feita pelo Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos

O Benefício de Prestação Continuada – BPC

Previsto na Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS, o BPC é a garantia de um salário mínimo por mês ao idoso com idade igual ou superior a 65 anos ou à pessoa com deficiência de qualquer idade.

No caso da pessoa com deficiência, esta condição tem de ser capaz de lhe causar impedimentos de natureza física, mental, intelectual ou sensorial de longo prazo (com efeitos por pelo menos 2 anos), que a impossibilite de participar de forma plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições com as demais pessoas.

O BPC não é aposentadoria. Para ter direito a ele, não é preciso ter contribuído para o INSS. Diferente dos benefícios previdenciários, o BPC não paga 13º salário e não deixa pensão por morte.

Para ter direito ao BPC, é necessário que a renda por pessoa do grupo familiar seja igual ou menor que 1/4 do salário-mínimo (Como calcular a renda per capita familiar). Além da renda de acordo com o requisito estabelecido, as pessoas com deficiência também passam por avaliação médica e social no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Saiba mais aqui

Assessoria de Comunicação – MDS

Tire suas dúvidas sobre o novo sistema do Cadastro Único

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Modernizado, ferramenta traz mais integração de dados, agilidade e segurança para o poder público e usuários dos programas sociais
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Foto: André Oliveira/MDS

OCadastro Único, principal porta de entrada para programas sociais do Governo Federal, passou por uma modernização para oferecer mais segurança, agilidade e integração de dados.

Com as mudanças, surgiram dúvidas recorrentes sobre temas como a atualização de cadastros e a necessidade de novos documentos. Para esclarecer essas questões, o Ministério do Desenvolvimento Social, Família e Combate à Fome (MDS) traz aqui as principais perguntas e respostas que as famílias têm apresentado sobre o novo sistema.

A família que já está inscrita no Cadastro Único precisa atualizar o seu cadastro?

Não é necessário fazer um novo cadastro. As informações das famílias que já estavam inscritas no Cadastro Único migraram automaticamente para o novo sistema do Cadastro Único.

O prazo para atualizar o cadastro da família mudou?

Não. O prazo para atualizar o cadastro da família continua sendo de, no máximo, 24 meses (dois anos) ou a qualquer tempo em que houver mudança nas informações prestadas pela família.

Quais documentos são necessários para se inscrever no Cadastro Único?

A partir da implantação do novo sistema, o número de inscrição no Cadastro de Pessoa Física (CPF) passará a ser a chave de identificação de todas as pessoas para o Cadastro Único. Ou seja, o CPF passará a ser obrigatório para a inclusão e atualização cadastral.

Assim, o Número de Identificação Social (NIS) deixará de ser o código de identificação das pessoas cadastradas, sendo substituído pelo número de CPF. Entretanto, a base do Cadastro Único permanecerá registrando o NIS das pessoas.

Essa medida visa atender à Lei n°14.534/2023, que altera a legislação nacional para adotar um número único de identificação e estabelecer o CPF como número suficiente para esta identificação do cidadão nos bancos de dados de serviços públicos.

Para facilitar o preenchimento dos dados, é importante que a família tenha em mãos ainda outros documentos de identificação, além do CPF, como: RG, Certidão de Nascimento e comprovante de residência (conta de luz, água ou declaração de moradia).

Como funciona a atualização para quem recebe o Bolsa Família?

A atualização cadastral para famílias beneficiárias do Programa Bolsa Família acontece da mesma forma que para as demais famílias, considerando-se que, com a Lei nº15.077/2024, elas serão convocadas para atualização cadastral com 18 a 24 meses após a última atualização cadastral feita por elas.

Pessoas que moram sozinhas podem se cadastrar?

Sim, desde que a inclusão e atualização cadastral sejam realizadas no domicílio de residência da pessoa e que o cadastro siga os procedimentos de documentação previstos em norma que tornou obrigatória a inclusão de documento oficial com foto e Termo de Responsabilidade no Sistema de Cadastro Único para famílias unipessoais.

Quanto tempo demora para sair o NIS?

No caso de pessoas recém cadastradas, o NIS vai demorar, em média, 72 horas para sua geração. Pessoas já cadastradas permanecem com o NIS que já possuíam no sistema novo.

Vale ressaltar que a chave principal do Cadastro Único atualmente é o CPF, conforme determina a Lei n°14.534/2023. Toda pessoa que tenha apenas o CPF já sai cadastrada para todos os fins. Sugere-se que órgãos que ainda exigem o NIS para acesso aos programas adaptem-se a essa importante mudança.

O NIS foi substituído pelo CPF?

Não houve substituição, haverá os dois números no Cadastro Único. O NIS, no entanto, nesse primeiro momento, vai demorar um pouco mais para ser gerado, enquanto o CPF agora é obrigatório para todas as pessoas da família, seguindo a determinação da Lei n°14.534/2023.

Posso fazer o cadastro ou atualização pelo celular?

Não. Para se inscrever ou atualizar os dados, a família deve ter o formulário do Cadastro Único preenchido por um entrevistador social, presencialmente em um CRAS ou posto de atendimento do Cadastro Único no município. Em áreas rurais e comunidades isoladas, as equipes com entrevistadores sociais do Cadastro Único podem realizar busca ativa e mutirões de cadastramento e fazer o cadastro em tablets e celulares, com formulário offline para registrar os dados que serão inseridos, posteriormente, na base de dados do Cadastro Único.

Como o novo sistema combate fraudes?

O novo Cadastro Único terá uma plataforma integrada em seu portal de gestão, contando com: sistema de entrada e alimentação de dados; sistema de capacitação de operadores; sistema de gestão de riscos e monitoramento de fraudes; sistema de gestão de acessos; e sistema de relatórios analíticos.

A integração com outros registros será mais ágil. Por exemplo, já na sua implementação, os dados de renda de trabalho formal e benefícios previdenciários do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) serão incorporados automaticamente no momento de inclusão ou alteração cadastral.

Isso reduzirá erros que levam a recebimento indevido de benefícios.

Vai ter biometria no cadastro?

Não. Os procedimentos de cadastramento seguem os mesmos.

E se eu tiver pendências de CPF no Cadastro?

O novo sistema bloqueia cadastros com dados divergentes da Receita Federal. Caso o cidadão esteja com divergências de dados do seu CPF junto à Receita Federal, é necessário regularizar a situação.

O cidadão pode realizar a regularização dos dados do seu CPF por meio dos seguintes canais da Receita Federal do Brasil (RFB):

Solicitação online: o serviço de atualização de CPF está disponível na página da Receita Federal na internet.

Para esse serviço, é necessário que possua título de eleitor junto ao Tribunal Superior Eleitoral.

Para o caso de menores e pessoas que não têm o título de eleitor, a Receita disponibiliza canal de atendimento por e-mail, conforme orientações disponíveis no site: www.gov.br/receitafederal/pt-br/assuntos/meu-cpf/envio-de-documentos-por-e-mail.

Outra forma de solucionar a divergência de informações de CPF é no momento da emissão da Carteira de Identidade Nacional (CIN) que permite a atualização dos dados cadastrais junto à Receita Federal. Para emitir a CIN, procure informações junto ao seu município sobre a existência de posto de emissão do documento.

A Receita Federal também conta com rede de atendimento conveniada para atendimento presencial que pode ser realizada em:

Cartórios de Registro Civil;
Agências dos Correios (ECT);
Banco do Brasil;
Caixa Econômica Federal.

Onde se informar ou atualizar o cadastro?

Presencialmente: procure o CRAS ou posto de cadastramento mais próximo.

Telefone: Disque 121 (Central do MDS).

Site oficial: gov.br/cadastrounico.

Fique alerta e evite golpes:

O Governo Federal não está exigindo um novo cadastro devido a entrada em operação do novo sistema do Cadastro Único.

A atualização é necessária quando seu registro estiver vencido (há mais de 24 meses) ou se houver mudança em seus dados. Caso seja verificada alguma inconsistência nas informações cadastrais ou o cadastro da família estiver desatualizado, a família será chamada para atualizar o cadastro.

O serviço é gratuito nos CRAS e postos autorizados – não pague a intermediários e desconfie de mensagens ou ligações pedindo documentos pessoais.

Para esclarecer dúvidas, consulte apenas fontes oficiais: a Central de Atendimento do MDS (Disque 121) ou o site gov.br/mds. Não compartilhe seus dados com desconhecidos e denuncie tentativas de fraude às autoridades.

Assessoria de Comunicação – MDS

Déborah Medrado destaca importância de o Brasil sediar o Mundial de Ginástica Rítmica

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Embaixadora da competição, que pela primeira vez será realizada na América do Sul, a ex-ginasta da Seleção e beneficiária do Programa Bolsa Atleta participou da mudança de patamar da modalidade no Brasil

Déborah (centro) durante os Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Júlio César Guimarães/COB

Quando estiver “gritando e berrando” do lado de fora do tablado do Mundial de Ginástica Rítmica Rio 2025, Déborah Medrado certamente se lembrará de toda uma vida dedicada ao esporte. Desde os 15 anos, quando entrou para a Seleção Brasileira da modalidade, até o ano passado, quando decidiu se aposentar, a capixaba esteve no centro de uma mudança de patamar da ginástica rítmica no Brasil.

Foram sete anos de muito trabalho, junto com as colegas de Seleção e a comissão técnica, até chegar ao ponto em que a ginástica rítmica do Brasil é respeitada no mundo inteiro. Agora, com a realização do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica pela primeira vez na América do Sul, o sentimento de Déborah é de dever cumprido.

Embaixadora do evento, ela não vai estar no tablado, ao lado das amigas, mas a emoção de carregar essa responsabilidade é algo que considera muito especial. ” Ter o campeonato aqui no Brasil é extraordinário, e poder representar o evento dessa forma é algo que eu nunca imaginei”. Ela espera poder contribuir para a modalidade de uma nova forma. “Eu quero ajudar o máximo que posso agora do lado de fora, torcendo e apoiando minhas amigas”, afirmou.

Para sediar um evento dessa magnitude, o país precisa ter um nome consolidado no cenário internacional. Isso mostra que a ginástica rítmica brasileira está entre as melhores do mundo”

Déborah Medrado, ginasta

Entre os dias 20 e 24 de agosto, a Arena Carioca 1, no Parque Olímpico da Barra, no Rio de Janeiro, vai receber as melhores atletas do mundo. O Ministério do Esporte apoia diretamente o evento, além de fazer a gestão das instalações da Arena Carioca 1.

Nascida em Serra, no Espírito Santo, Déborah teve um papel fundamental na evolução da ginástica rítmica no Brasil, participando de feitos históricos, como a conquista da primeira medalha em Copa do Mundo e a classificação para duas edições dos Jogos Olímpicos. “O trabalho em grupo foi essencial. Não foi uma construção de um dia para o outro, mas sim o resultado de muitos anos de dedicação”, comentou.

O Campeonato Mundial sendo realizado no Brasil reforça essa trajetória de crescimento. “Para sediar um evento dessa magnitude, o país precisa ter um nome consolidado no cenário internacional. Isso mostra que a ginástica rítmica brasileira está entre as melhores do mundo”, ressaltou.

Ao longo de sua carreira, a ginasta contou com o apoio do programa Bolsa Atleta. Déborah começou a receber a bolsa em 2017, na categoria Estudantil. Ele foi contemplada em seis editais, o último na categoria Olímpica. Na opinião dela, o apoio é essencial para os atletas do país.  “No início, minha família teve que fazer rifas e se endividar para que eu pudesse continuar competindo. O Bolsa Atleta ajudou muito no deslocamento, alimentação e inscrição em competições”, relatou.

Ela também destacou a importância dos investimentos feitos pelo Ministério do Esporte em infraestrutura, como a recente climatização do Centro de Treinamento da seleção em Aracaju (SE). “Antes, precisávamos treinar com todas as portas fechadas por causa da fita, e o calor era intenso. Agora, as atletas treinam em condições muito melhores”, contou.

O Mundial no Brasil reforça a trajetória de crescimento da ginástica rítmica no país. Foto: Júlio César Guimarães/COB
O Mundial no Brasil reforça a trajetória de crescimento da ginástica rítmica no país. Foto: Júlio César Guimarães/COB

Legado e o fator casa

Um dos maiores legados que o Mundial pode trazer é o aumento do interesse das crianças pelo esporte. “Durante as Olimpíadas, a visibilidade da ginástica cresce muito, e com o Mundial no Brasil, mais meninas terão a chance de conhecer a modalidade de perto”, disse Déborah.

A atleta destacou que muitas pessoas ainda confundem a ginástica rítmica com outras modalidades, como a ginástica artística e o nado sincronizado. “O campeonato será uma grande oportunidade para apresentar o esporte ao público e incentivar novas praticantes.”

Com a realização do Mundial no Rio de Janeiro, a expectativa é de que a torcida brasileira seja um diferencial para as atletas. “Torcer contra não, mas torcer a favor sempre! Energia positiva faz diferença”, afirmou. “Vai ser lindo ver a arquibancada vibrando a cada movimento e incentivando a nossa seleção.”

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte

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Prefeituras e órgãos de todo Brasil podem aderir à plataforma de comércio eletrônico público
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A plataforma Contrata+Brasil. Essa ferramenta inovadora é um espaço digital de oportunidades de negócios para conectar compradores públicos (prefeituras, estados, governo federal e todos seus órgãos) e microempreendedores individuais na sua primeira fase. Nas fases seguintes, a plataforma será aberta para micro e pequenas empresas, agricultores familiares e cooperativas, e posteriormente para todas as empresas.

Na sua primeira fase, a plataforma cria uma oportunidade potencial de quase R$ 6 bilhões por ano para microempreendedores individuais (MEIs) de todo o país. Esse é o valor que foi gasto em 2024 em serviços de manutenção e pequenos reparos em todos os níveis de governo. Embora essas contratações sejam caracterizadas por serviços fornecidos por pintores, encanadores, eletricistas, pedreiros e gesseiros, entre outros, a participação de MEIs é muito pequena. Atualmente, 16 de milhões de MEIs estão em operação no Brasil, mas apenas 70 mil estão cadastrados na base de fornecedores do governo federal.

plataforma Contrata+Brasil é uma ferramenta de comércio eletrônico público que pretende mudar essa realidade ao facilitar o acesso dos microempreendedores individuais ao mercado de compras e serviços públicos. Nenhuma alteração da lei de licitações é necessária. Seu uso, pelos MEIs e pelos órgãos públicos, será 100% gratuito.

O potencial futuro dessa plataforma de comércio eletrônico público é muito maior, pois em todos os seus níveis de governo (federal, estadual e municipal), o valor das compras públicas dos chamados bens e serviços comuns soma atualmente R$ 554 bilhões por ano, divididos em 809 mil contratações realizadas.

Como uma ferramenta que amplia oportunidades de negócios para os microempreendedores individuais ao mesmo tempo em que permite ganhos de eficiência e agilidade para os órgãos públicos, garantindo a transparência das operações, o Contrata+Brasil tem potencial para movimentar toda a economia local, empoderando pequenos empreendedores e gerando mais emprego e renda.

Hoje em dia, um órgão público que precisa pintar as salas de atendimento de uma Unidade Básica de Saúde, por exemplo, pode fazê-lo com dispensa de licitação, seguindo o previsto na Lei 14.133/2021, para serviços até R$ 62 mil (atualizados anualmente). Mas, mesmo nesse caso, ela precisa produzir diversos documentos cada vez que tiver a necessidade do mesmo serviço. Na fase inicial, a plataforma vai operar com serviços até R$ 12.545,11.

O Contrata+Brasil traz todas essas fases para dentro da plataforma, mas de maneira simplicada. O órgão público vai lançar essa oportunidade de negócio na plataforma, descrevendo o que precisa. Todos os pintores da cidade cadastrados vão receber no seu WhatsApp a notificação dessa oportunidade. Os interessados apresentam uma proposta pela plataforma e depois é só esperar a órgão público avaliar as propostas recebidas e informar quem será contratado.

O novo modelo eletrônico de contratações públicas está juridicamente respaldado na Lei de Licitações e Contratos Administrativos (Lei nº 14.133, de 2021); no Decreto nº 11.878, de 2024, que regulamenta o procedimento auxiliar de credenciamento para a contratação de bens e serviços previsto no art. 79 da Lei nº 14.133; e na Instrução Normativa SEGES/MGI nº 52, de 2025, que criou a plataforma. Por meio dos pareceres nº 00004/2024/CGEST/CGU/AGU e nº 00023/2025/DIAQ-BSB/SCGP/CGU/AGU, a Advocacia-Geral da União destaca que a modelagem de contratações da plataforma se fundamenta na Lei nº 14.133 ao utilizar formatos de ata de registro de preços (para mercados com baixa volatilidade de preços e inflexibilidade nas condições de fornecimento) e de credenciamento (para mercados fluidos).

Os Microempreendedores Individuais (MEIs) desempenham papel fundamental na economia brasileira, impulsionando a geração de renda, a inclusão produtiva e a formalização de pequenos negócios. Com cerca de 16 milhões de CNPJs ativos, os MEIs fortalecem setores como comércio, serviços e indústria de pequeno porte. Além de reduzirem a informalidade, e promovem o desenvolvimento local, geram empregos indiretos e ampliam a base de arrecadação tributária por meio do Simples Nacional.

Programa transversal

A Plataforma é uma iniciativa transversal do governo federal e reúne o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (responsável pela operação da plataforma Contrata+Brasil), a Advocacia Geral da União (AGU), o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), o Ministério do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte (Memp), a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), a Agência Brasileira para o Desenvolvimento Industrial (ABDI), o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), o Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e a Prefeitura de Recife.

A plataforma é inspirada no programa Go-MEI da prefeitura de Recife e a solução tecnológica foi desenvolvida pela Secretaria de Gestão e Inovação (Seges) do MGI), pela ABDI, pelo Serviço Federal de Processamento de Dados (Serpro) e pela Empresa Municipal de Informática de Recife (Emprel).

O Contrata+Brasil se soma a outras iniciativas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que visam usar o poder de compra do Estado para promover o desenvolvimento inclusivo e sustentável no Brasil. Entre os projetos em andamento estão a preferência para itens produzidos no Brasil ou que sejam fruto de desenvolvimento tecnológico realizado no pais, a exigência de conteúdo local em compras do PAC, a reserva de 8% das vagas nos contratos de terceirização do governo para mulheres em situação de violência doméstica, a regulamentação do diálogo competitivo (nova da modalidade de licitação voltada para a contratação de soluções inovadoras não disponíveis no mercado) e o aumento da transparência das contratações públicas pode meio do Portal Nacional de Contratações públicas (PNCP). O próximo passo é a publicação da Estratégia Nacional de Contratações Públicas para o Desenvolvimento Sustentável (ENCP), com diretrizes e ações para alavancar os uso estratégico das compras públicas de forma alinhada com as políticas prioritárias do governo.

Como vai funcionar o Contrata+Brasil

Contrata+Brasil ampliará as oportunidades de negócios entre governos e microempreendedores individuais que prestam serviços de manutenção e pequenos reparos, contribuindo para aumentar a renda desses profissionais, ao reduzir burocracias e facilitar o acesso às contratações públicas. A plataforma possui interface intuitiva e conta com procedimentos simples, seguros e ágeis, tanto para fornecedores quanto para agentes públicos. A contratação desse tipo de trabalho pelos governos pode acontecer em até cinco dias, a partir da publicação da necessidade do serviço.

A Central de Compras do governo federal é responsável por definir as linhas de fornecimento de bens e serviços comuns que serão ofertadas dentro do Contrata+Brasil. A primeira, já disponível na plataforma, é para manutenção e pequenos reparos. O valor dos contratos pode alcançar até R$ 12.545,11, conforme estabelece o Edital de Credenciamento 03/2025. O limite corresponde ao de prestação de serviço de pronto pagamento, previsto no artigo 95 da Lei 14.133/2021.

Para órgãos públicos, o Contrata+Brasil representa uma forma muito mais prática de contratar serviços comuns. Basta que entidades ou órgãos federais, estaduais e municipais façam parte do Sistema Integrado de Administração de Serviços Gerais (Siasg), que gerencia as atividades de compras do governo federal, para aderir à nova plataforma de negócios públicos. Após esse adesão, os órgãos podem publicar necessidades de serviços pontuais, preenchendo um formulário simples de criação de oportunidade.

Com a demanda lançada no Contrata+Brasil, o órgão ou entidade pública recebe a lista de propostas ao final do prazo estabelecido e seleciona o microempreendedor individual que prestará o serviço. O procedimento é simplificado e dispensa o agente público de elaborar editais, estudos técnicos preliminares (ETP) e termos de referência (TR), etapas comuns no modelo convencional de contratação. Neste caso, todas essas fases são conduzidas pelo próprio governo federal, uma só vez, durante o processo de criação da linha de fornecimento, antes de ser disponibilizada na plataforma.

Para reduzir barreiras entre prestadores de serviços comuns e o setor público, a inscrição de microempreendedores individuais no Contrata+Brasil também é simples e rápida. O profissional acessa a plataforma usando login gov.br e preenche um formulário para informar sua área de atuação dentro das linhas de fornecimento aberta, como, por exemplo, serviço de encanador, pedreiro e eletricista. Para isso, precisa ser registrado no Sistema de Cadastro Unificado de Fornecedores (Sicaf), que admite o acesso às contratações do governo. Após completar a inscrição, havendo oportunidades de interesse no seu município, já pode enviar sua proposta pela plataforma.

Além de explorar as oportunidades disponíveis navegando pelo Contrata+Brasil, microempreendedores individuais inscritos na ferramenta receberão, caso concordem, notificações automáticas pelo WhatsApp sempre que surgir uma oportunidade de trabalho no seu município, de forma rápida, fácil e totalmente acessível.

MAIS INFORMAÇÕES 

Empresa, Indústria e Comércio

Ministro da Defesa participa da abertura da Laad 2025 e destaca papel estratégico da BID

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Com uma indústria que movimenta 3,58% do PIB nacional e gera 2,9 milhões de empregos diretos e indiretos, o Brasil reforça sua posição como potência no setor de defesa durante a 15ª Laad Defence & Security 2025, aberta oficialmente nesta terça-feira (1º/4) no Riocentro, no Rio de Janeiro (RJ). O evento reúne cerca de 400 expositores e delegações de 40 países até o dia 4 de abril, proporcionando um ambiente estratégico para negociações, novas parcerias e fortalecimento da Base Industrial de Defesa (BID).

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Durante a cerimônia de abertura, além do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, estiveram presentes o vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, o Ministro da Justiça e da Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, os comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, dentre outras autoridades.

O vice-presidente Geraldo Alckmin destacou o crescimento significativo nas exportações de produtos de defesa nos últimos anos, além de enfatizar a importância de uma indústria mais sustentável e competitiva. Ele mencionou iniciativas como a reforma tributária e o crédito mais acessível para impulsionar o setor industrial brasileiro.

Em seu discurso, José Múcio destacou o impacto da BID na economia e na inovação tecnológica do país. “A indústria nacional apresenta sua capacidade, competência e qualidade, impulsionando nossa economia e fomentando a evolução científica e tecnológica”, afirmou. Ele também ressaltou o recorde de US$ 1,78 bilhão em exportações de produtos de defesa em 2024, distribuídos para 140 países, consolidando o Brasil como um dos grandes exportadores do setor.

O ministro enfatizou, por fim, a importância da feira para a indústria nacional. “Esta edição será um marco para novos negócios e oportunidades. A inovação na defesa permite um novo campo de atuação, reduz custos, amplia possibilidades e desenvolve mentes, processos e doutrinas”, disse.

Na véspera do evento, segunda-feira (31/3), o ministro da Defesa, José Múcio, e o comandante do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante de Esquadra Renato Rodrigues de Aguiar Freire, se reuniram com representantes da Angola, Cabo Verde, Estados Unidos, Finlândia, Moçambique e Reino Unido. Os encontros objetivaram  estreitar os laços de cooperação e tratar do tema segurança e defesa.

Expositores – O Ministério da Defesa participa da exposição com um estande próprio. Também participam da Laad a Marinha, Exército e Aeronáutica, além da Escola Superior de Guerra (ESG) e da Escola Superior de Defesa (ESD), braços acadêmicos da pasta.

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O Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), órgão também vinculado à Defesa, apresenta soluções tecnológicas voltadas ao monitoramento e proteção da Amazônia Legal. A instituição destaca seus radares, o sensoriamento remoto e as plataformas tecnológicas que permitem o monitoramento da amazônia e do espaço marítimo brasileiro.

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Por Jussara Santos
Fotos: Luís Carbo e Hisaac Gomes 

Assessoria Especial de Comunicação Social (Ascom

Grupo de Trabalho sobre TICs avança na agenda digital e inicia declaração ministerial para o bloco econômico

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Entre os assuntos debatidos no encontro estavam a conectividade universal e significativa, sustentabilidade espacial e ambiental, e ecossistema digital
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Foto: Peter Neylon/MCom

O Brasil está à frente das discussões sobre o futuro digital e sustentável no BRICS. Nesta quinta-feira (3), o país liderou virtualmente a segunda reunião técnica do Grupo de Trabalho sobre Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs), que reuniu representantes das 11 nações-membro para debater temas estratégicos, como conectividade universal, inclusão digital e sustentabilidade ambiental. O encontro marcou o início da elaboração da declaração ministerial, que será apresentada na cúpula do BRICS em julho.

Ao participar da abertura da reunião, a secretária-executiva do Ministério das Comunicações, Sônia Faustino, destacou a importância do diálogo contínuo sobre temas essenciais para o avanço das comunicações e da transformação digital em nível global.

“A cooperação e a troca de experiências entre os nossos países são indispensáveis para a superação de desafios significativos. A era digital impõe responsabilidades compartilhadas e, por meio de esforços coordenados, poderemos avançar rumo a um futuro mais justo e sustentável”, afirmou.

Também presente na abertura, o secretário de Telecomunicações, Hermano Tercius, ressaltou a agenda comum de desenvolvimento, inclusão e compromisso com as relações multilaterais. “É uma grande conquista que hoje sejamos 11 países membros do BRICS, compartilhando a visão de que o acesso à conectividade significativa, de forma sustentável e equitativa, é um fator-chave para o progresso e a prosperidade”, destacou.

A delegação brasileira conta com técnicos dos Ministérios das Comunicações e das Relações Exteriores, da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) e de organizações parceiras, como a União Internacional de Telecomunicações (UIT) e o Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação (Cetic.br).

A reunião teve como pauta principal o início das negociações sobre a declaração ministerial, que será assinada pelos ministros dos países membros em 2 de junho, presencialmente em Brasília.

Após o encontro, o chefe da Assessoria Internacional do MCom, Jeferson Nacif, junto com o chefe da Divisão de Temas Digitais do Itamaraty, Marcelo Martinez; o assessor internacional da Anatel, Alexandre Moraes; e o coordenador-geral de Políticas Públicas para Serviços de Telecomunicações do MCom, William Zambelli, concederam uma coletiva de imprensa na sede do BRICS.

Na ocasião, Jeferson destacou o seminário realizado no dia anterior. “A realização do seminário foi um dos produtos entregues pela presidência brasileira do BRICS. A sustentabilidade ambiental é um tema extremamente relevante, não apenas pelo impacto global, mas também para o Brasil, especialmente porque, neste ano, também presidiremos a COP30, em Belém”, pontuou.

“Queríamos pautar as questões relativas à contribuição do setor de TICs e seus impactos na sustentabilidade ambiental, promovendo a troca de dados, estatísticas e informações entre os países membros”, completou.

Já Marcelo Martinez, do Itamaraty, fez um breve resumo sobre a segunda reunião técnica do grupo. “O encontro teve como objetivo inicial verificar o andamento dos trabalhos em cada uma das linhas prioritárias, além de apresentar a primeira minuta da declaração ministerial. Também realizamos um pequeno balanço para definir os próximos passos de acordo com o calendário do nosso GT”.

O seminário “Green Digital Action” foi organizado pela presidência brasileira do BRICS para reforçar o compromisso com a sustentabilidade, evidenciando como as TICs podem ser aliadas na construção de um futuro mais verde.

A próxima reunião técnica do Grupo de Trabalho de TICs está agendada para 6 de maio.

Texto: ASCOM