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Plataformas digitais Meta, X, Google e TikTok ignoram reunião da AGU sobre moderação de conteúdo no Brasil

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Redes sociais ignoraram reunião da AGU sobre moderação (Imagem ilustrativa) Foto: Julian Christ / Unsplash

Redes sociais ignoraram reunião da AGU sobre moderação (Imagem ilustrativa) Foto: Julian Christ / UnsplashEm uma audiência pública promovida pela Advocacia-Geral da União (AGU) nesta quarta-feira (22), gigantes da tecnologia como Meta (responsável por Facebook e Instagram), X (antigo Twitter), Google e TikTok optaram por não participar do debate sobre moderação de conteúdo nas redes sociais. O evento, que contou com a presença de especialistas, agências de checagem de fatos e organizações da sociedade civil, teve como objetivo discutir diretrizes para subsidiar o Supremo Tribunal Federal (STF) em julgamentos relacionados ao tema, além de orientar projetos de regulação do setor que tramitam no Congresso Nacional.

O advogado-geral da União, Jorge Messias, destacou que as plataformas foram formalmente convidadas, mas decidiram não comparecer. “Quero dizer que as plataformas foram convidadas a participar, e preferiram não participar desta audiência pública. É uma opção, nós respeitamos”, afirmou Messias. Ele ressaltou que o governo federal mantém-se aberto ao diálogo com as empresas do setor, mas a ausência delas no debate público chamou a atenção.

A audiência também contou com a participação da ministra dos Direitos Humanos e da Cidadania, Macaé Evaristo, que reforçou a importância de discutir a responsabilidade das plataformas digitais na moderação de conteúdo, especialmente em um contexto de ampla disseminação de desinformação e discursos de ódio. A presença de representantes da sociedade civil e de especialistas em tecnologia e direito digital foi fundamental para trazer perspectivas críticas e propostas para a regulação do setor.

A ausência das plataformas digitais no evento levanta questionamentos sobre o compromisso dessas empresas com a transparência e o diálogo com as autoridades brasileiras. Enquanto o STF e o Congresso Nacional avançam em discussões sobre a regulação do setor, a falta de engajamento das empresas pode dificultar a construção de um marco regulatório equilibrado, que proteja os direitos dos usuários sem comprometer a liberdade de expressão.

O debate sobre a moderação de conteúdo nas redes sociais ganhou destaque nos últimos anos, especialmente após casos de disseminação em massa de fake news, discursos de ódio e violações de direitos humanos. A AGU espera que as discussões realizadas na audiência pública possam contribuir para a criação de políticas públicas mais eficazes e para a definição de responsabilidades claras para as plataformas digitais que operam no Brasil.

Enquanto as empresas permanecem em silêncio, a sociedade civil e os órgãos governamentais seguem pressionando por maior transparência e responsabilidade no ambiente digital. A expectativa é que, em futuras oportunidades, as plataformas se engajem de forma mais ativa no diálogo com as autoridades brasileiras, contribuindo para a construção de um ambiente online mais seguro e democrático.

Menor de 16 anos que dirigia carreta fica ferido e o pai morre em acidente na BR-116

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Um acidente grave envolvendo duas carretas na BR-116, em Medina (MG), na última segunda-feira (20), resultou na morte de um homem e deixou um adolescente de 16 anos ferido. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o jovem, que não possui habilitação para dirigir veículos pesados, estava ao volante de uma das carretas quando invadiu a contramão e colidiu com outro caminhão. O pai do adolescente, que estava no banco de passageiros, não resistiu aos ferimentos e faleceu no local.

O acidente ocorreu por volta do meio-dia, quando a carreta conduzida pelo menor, que transportava uma carga de roupas e tinha placas do Nordeste, invadiu a pista oposta e bateu de frente com outro veículo do mesmo tipo. A colisão danificou as laterais dos dois caminhões, mas o motorista da segunda carreta, que transportava peças automotivas, não se feriu. O adolescente foi socorrido pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e encaminhado a um hospital em Teófilo Otoni (MG).

Falta de habilitação e descumprimento de normas

A PRF destacou que a falta de experiência do menor ao volante pode ter sido a causa do acidente. Além disso, o tacógrafo do veículo indicou que o descanso obrigatório não foi cumprido. Segundo a legislação, motoristas profissionais devem ter 11 horas de descanso ininterruptas a cada 24 horas, além de pausas de 30 minutos a cada 5h30 de direção. O não cumprimento dessas normas pode ter contribuído para a tragédia.

Tentativa de saque da carga

Durante o atendimento ao acidente, a PRF solicitou o apoio da Polícia Militar (PM) para evitar o saque da carga de roupas transportada pela carreta das vítimas. A ação rápida das autoridades resultou na prisão em flagrante de dois homens, de 23 e 45 anos, que tentavam furtar peças da mercadoria. Um dos suspeitos foi flagrado colocando roupas em seu carro, enquanto o outro arremessava fardos de calças para longe do local do acidente.

O veículo utilizado no furto foi apreendido, e os dois homens foram levados à delegacia, onde responderão pelo crime. A PM destacou que a atuação imediata evitou prejuízos maiores à carga e garantiu a integridade dos bens transportados.

Investigações em andamento

As causas exatas do acidente ainda serão apuradas pela PRF, que analisará fatores como as condições da via, o estado dos veículos e o comportamento dos motoristas envolvidos. O caso também levanta questões sobre a fiscalização do transporte de cargas e o cumprimento das normas de trânsito, especialmente em relação ao descanso dos condutores.

Enquanto isso, a família enlutada aguarda o desfecho das investigações e o retorno do

adolescente ferido, que segue em tratamento médico. O acidente serve como alerta para os riscos da condução de veículos pesados por pessoas sem experiência e para a importância do respeito às leis de trânsito.

Tragédia em Ji-Paraná: Duas crianças morrem carbonizadas em incêndio no bairro Nova Brasília

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Quarto onde as duas crianças estavam dormindo — Foto: Agnaldo Martioli/Rede AmazônicaJi-Paraná, RO – Uma manhã de terça-feira (21) transformou-se em pesadelo para a comunidade do bairro Nova Brasília, em Ji-Paraná, após um incêndio de grandes proporções consumir uma residência e ceifar a vida de duas crianças. As vítimas, que estavam dormindo no momento em que o fogo começou, foram encontradas carbonizadas sobre a cama. A mãe das crianças, que havia saído por poucos minutos para fazer compras, não estava em casa no momento da tragédia.

De acordo com informações da polícia, o incêndio teve início por volta das 10h da manhã, enquanto as crianças dormiam. Vizinhos relataram ter visto chamas saindo de um dos cômodos da casa e imediatamente tentaram conter o fogo, que já havia tomado grande parte de um dos quartos. Apesar dos esforços, as chamas se alastraram rapidamente, tornando o resgate impossível.

A mãe das vítimas, em depoimento à polícia, contou que havia saído por aproximadamente 15 minutos para ir ao mercado, deixando os filhos sob os cuidados de uma vizinha. No entanto, ao retornar, deparou-se com a casa em chamas e a vizinha desesperada, sem conseguir entrar no imóvel. “Eu nunca imaginei que algo assim pudesse acontecer em tão pouco tempo”, disse a mãe, visivelmente abalada.

Um dos vizinhos que tentou ajudar no combate ao fogo relatou que, ao entrar na residência, acreditou que as crianças não estavam mais lá, já que a porta estava aberta. No entanto, após a explosão de uma janela do quarto, ele encontrou os corpos das crianças, que estavam abraçadas entre as chamas. “Foi uma cena devastadora. Elas estavam juntas, como se tentassem se proteger”, desabafou.

Investigação aponta possível curto-circuito

O Corpo de Bombeiros e a Perícia Técnica foram acionados para investigar as causas do incêndio. Durante a vistoria, foram identificados indícios de um possível curto-circuito na fiação elétrica da residência. A perícia ainda está em andamento, e a confirmação da causa do fogo dependerá dos resultados das análises técnicas.

A tragédia deixou a comunidade local em estado de choque, com moradores se reunindo em frente à casa para prestar solidariedade à família. “É uma perda irreparável. Todos nós estamos arrasados”, disse uma vizinha, que preferiu não se identificar.

O caso reacendeu o debate sobre a segurança das instalações elétricas em residências, especialmente em bairros mais antigos, onde a infraestrutura pode estar defasada. Além disso, a tragédia levantou questões sobre a supervisão de crianças em casa, especialmente em situações em que os responsáveis precisam se ausentar por curtos períodos.

A polícia e os bombeiros reforçaram a importância de medidas preventivas, como a instalação de detectores de fumaça e a manutenção regular da fiação elétrica. “Incêndios como esse podem ser evitados com cuidados básicos e atenção redobrada”, alertou um dos bombeiros que atuou no local.

Enquanto a comunidade tenta se recuperar do trauma, a família das vítimas recebe o apoio de amigos e vizinhos. A dor da perda, no entanto, permanecerá como uma lembrança amarga de uma manhã que começou como qualquer outra, mas terminou em tragédia.

PF realiza operação contra garimpo ilegal em território indígena e no rio Capitão Cardoso em RO

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A Polícia Federal, com o apoio do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), deflagrou, nesta quarta-feira  a Operação Duo, com o objetivo de combater a exploração ilegal de minerais e promover a desintrusão de garimpeiros na região do Garimpo Lajes, localizado na Reserva Indígena Roosevelt, no município de Espigão do Oeste/RO, e no Rio Capitão Cardoso, na divisa entre os estados de Rondônia e Mato Grosso.

A operação teve como foco a desarticulação de frentes de garimpo ilegal e a inutilização de equipamentos utilizados na atividade criminosa, ação necessária para coibir novos ciclos de exploração ilícita na região. Como resultado da ação, foram inutilizados quatro motores, um gerador, dois acampamentos e uma pá-escavadeira.

A Polícia Federal mantém um monitoramento contínuo da exploração ilegal na área e irá intensificar a fiscalização, visando à preservação ambiental e à proteção dos territórios indígenas, que vêm sendo impactados pela atividade predatória.

Os investigados poderão responder pelos crimes de extração ilegal de minério pertencente à União, bem por crimes ambientais. Além desses, caso seja encontrado indícios, podem responder por outros crimes como associação criminosa ou organização criminosa.

Comunicação Social da Polícia Federal em Rondônia

Gaúcho André Barbieri é prata na Copa Europeia de snowboard paralímpico

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O gaúcho André Barbieri, 43, conquistou a medalha de prata na Copa Europeia de snowboard, realizada em Pyha, na Finlândia, nos dias 18 e 19 de janeiro. O atleta é beneficiado pelo Bolsa Atleta, na categoria Atleta Pódio. Até hoje, ele já recebeu quase R$ 447, 5 mil do programa, desde 2015.

Na prova snowboard cross SB-LL1 (para atletas com deficiências nos membros inferiores), disputada no último domingo, André foi superado apenas pelo canadense Chase Jacob Nicklin, que ficou com a medalha de ouro. O pódio foi completado pelo australiano Aaron McCarthy.

Apesar da conquista, a pontuação de André foi insuficiente para sua classificação à Copa do Mundo de snowboard paralímpico, em Lenk, na Suíça, nos próximos dias 23 e 24 de janeiro. No entanto, a Federação Internacional de Ski e Snowboard (FIS) convidou o brasileiro por meio de um wild card, e ele estará na competição.

“Segundo lugar na Europa Cup de ParaSnowboardCross em Pyha! Foi muito bom estar de volta neste lugar mágico!”, disse André, após a prata na Finlândia.

A história do gaúcho no esporte paralímpico começou em 2011, ano em que ele quebrou o fêmur da perna esquerda após cair enquanto praticava snowboard convencional, em Mammoth Mountain, na Califórnia, nos EUA. Depois de quatro operações em cinco dias para reconstruir sua perna, o membro afetado precisou ser amputado. Após a amputação, André chegou a disputar provas de triatlo e surfe adaptado, até descobrir a sua atual modalidade.

O gaúcho também foi um dos seis brasileiros que disputaram a última edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno, realizada em Pequim, no ano de 2022. À oportunidade, ele ficou em 13º na mesma prova em que foi vice-campeão em Pyha.

A Copa Europeia foi o primeiro evento na atual temporada de esportes paralímpicos de inverno com participação brasileira. Ainda haverá duas etapas do Mundial de esqui cross-country, de 12 a 14 de fevereiro, em Toblach, na Itália, e de 4 a 5 de março, em Trondheim, na Noruega. Também serão realizados Campeonatos Mundiais de biatlo, na Finlândia, e snowboard, no Canadá.

A próxima edição dos Jogos Paralímpicos de Inverno será em em 2026, na Itália, em Milão e Cortina d’Ampezzo, de 6 a 15 de março.

Assessoria de Comunicação – Ministério do Esporte, com informações do CPB

Abertura de mercado na Colômbia

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O governo brasileiro recebeu, com satisfação, o anúncio, pelo governo da Colômbia, da autorização para que o Brasil exporte planta ornamental da espécie “Tillandsia” para aquele país.

Em 2024, o Brasil exportou mais de US$ 863 milhões em produtos agropecuários para a Colômbia, com destaque para produtos florestais e do complexo sucroalcooleiro.

Com este anúncio, o agronegócio brasileiro alcança oito aberturas em 2025, totalizando 308 novas oportunidades de negócio desde o início de 2023.

Esses resultados são fruto do trabalho conjunto entre o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) e o Ministério das Relações Exteriores (MRE).

Informações à imprensa

Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana

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O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA)

Brasil e Singapura assinam acordo de regionalização para comércio de carne suína em caso de surto de Peste Suína Africana

Na última quarta-feira (15), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) firmou acordo de regionalização com Singapura para garantir o comércio de carne e produtos suínos em caso de surto de Peste Suína Africana (PSA) no Brasil.

A medida, que já está em vigor, permitirá o comércio desde que a doença seja contida em uma zona específica e que as medidas de controle sanitário sejam implementadas de acordo com as diretrizes da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acordo trará maior segurança e previsibilidade para o comércio de carne suína entre os dois países, favorecendo os representantes das indústrias de ambos.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, Marcelo Mota, o protocolo é fruto do reconhecimento das autoridades de Singapura, da eficiência do serviço veterinário oficial do Brasil e da eficiência do setor produtivo, em cooperar na segurança alimentar com aquele país.

O Brasil é livre de Peste Suína Africana desde 1988 e mantém reconhecimento internacional, como livre da doença, emitido ela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). O acesso ao mercado de Singapura, um dos mais exigentes da Ásia, é uma oportunidade de mais comércios na região.

A PSA é uma doença viral altamente contagiosa que afeta suínos domésticos e selvagens. A doença não representa risco à saúde humana, mas pode causar graves perdas econômicas para a indústria suína. O Brasil é um dos principais exportadores de carne suína do mundo, e Singapura é um importante mercado para a carne suína brasileira.

Informações à imprensa
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Zoneamento Agrícola para centeio traz avanços para produtores rurais

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Imagem: Embrapa/ Alfredo do NASCIMENTO JUNIOR,

O Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc) para a cultura do centeio foi publicado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), estabelecendo os períodos de semeadura e identificando municípios aptos ao cultivo em nove estados brasileiros e no Distrito Federal. O estudo atende a uma demanda do setor produtivo e é visto como uma ferramenta estratégica para ampliar a produção do cereal no país.

A análise considerou fatores como riscos climáticos, déficit hídrico nas fases iniciais e finais do desenvolvimento da planta, geadas no espigamento e excesso de chuva durante a colheita. Esses parâmetros ajudaram a determinar as condições ideais de cultivo, levando em conta o tipo de solo, o regime hídrico e o ciclo das cultivares. Os estados contemplados incluem regiões do Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste, ampliando as possibilidades de cultivo para produtores rurais em diferentes biomas.

O centeio é um cereal de estação fria que apresenta múltiplas finalidades. Além de ser utilizado na alimentação humana, com destaque para pães integrais e produtos dietéticos, também é empregado na alimentação animal, seja como forragem, silagem ou grãos. O cereal desempenha ainda um papel importante como planta de cobertura, contribuindo para a recuperação e melhoria das condições do solo, especialmente em áreas com baixa fertilidade natural ou maior acidez.

Embora o cultivo de centeio tenha sofrido redução global nos últimos anos, sua rusticidade e capacidade de adaptação a condições adversas tornam o cereal uma opção viável para áreas marginais e sistemas agrícolas diversificados. O Brasil, que historicamente concentra o cultivo em poucos estados, apresenta potencial para ampliar a produção, especialmente diante do interesse crescente pela sustentabilidade no manejo agrícola e pela produção de alimentos mais saudáveis.

Os dados do Zarc para o centeio já estão disponíveis em plataformas digitais, como o aplicativo móvel “Zarc Plantio Certo” e o “Painel de Indicação de Riscos”. Ambas as ferramentas auxiliam os produtores na tomada de decisões, indicando os melhores períodos e locais para o plantio de acordo com os parâmetros climáticos e de solo.

Com a publicação do zoneamento, espera-se que os agricultores e o setor agroindustrial tenham mais segurança e previsibilidade no planejamento de suas lavouras, contribuindo para o aumento da competitividade e da produtividade no campo. A iniciativa fortalece o papel do centeio como uma alternativa sustentável e promissora para o agronegócio brasileiro.

pensar Agro/Imagem: Embrapa/ Alfredo do NASCIMENTO JUNIOR

Novas regras do MEI impactam agricultores e produtores rurais

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O regime do Microempreendedor Individual (MEI) passou por mudanças importantes agora em 2025, afetando diretamente agricultores familiares, pequenos produtores rurais e outros empreendedores ligados ao agronegócio.

Entre as principais novidades estão o aumento do limite de faturamento, o reajuste das contribuições mensais e a obrigatoriedade de emissão de notas fiscais eletrônicas, mudanças que exigirão adaptação por parte do setor.

A elevação do teto de faturamento anual de R$ 81 mil para R$ 130 mil é especialmente relevante para o produtor rural. A nova regra permitirá que pequenos agricultores expandam suas operações, comercializem mais produtos e se formalizem sem a necessidade de migrar para regimes tributários mais complexos, como o de Microempresa (ME). O novo limite representa um faturamento médio mensal de R$ 10.830, mais adequado à realidade econômica de quem lida com sazonalidade e picos de produção.

Com o reajuste do salário mínimo para R$ 1.518, a contribuição mensal também foi ajustada. Os agricultores que optam pelo MEI pagarão R$ 76,90 no caso de atividades de comércio e indústria, R$ 80,90 para prestação de serviços, e R$ 81,90 para atividades mistas. Para caminhoneiros que transportam produtos agrícolas, o valor será de 12% do salário mínimo, totalizando R$ 182,16.

A obrigatoriedade da emissão de notas fiscais eletrônicas (NF-e), válida a partir de 1º de abril, será outro ponto de atenção para os produtores rurais. A emissão exigirá a inclusão do Código de Regime Tributário (CRT) específico para o MEI, marcando um passo importante na formalização das atividades agrícolas.

Essa mudança permitirá maior controle fiscal e transparência nas transações, beneficiando tanto produtores quanto compradores, mas também demandará ajustes técnicos, como o uso de sistemas eletrônicos para emissão.

Outro destaque é a necessidade de regularidade fiscal para evitar problemas como multas ou exclusão do regime. A atualização do Guia DAS, a Declaração Anual e o acompanhamento do faturamento são essenciais, especialmente para quem deseja garantir acesso a crédito rural, benefícios previdenciários e outras vantagens proporcionadas pela formalização.

Essas mudanças representam um desafio para o pequeno produtor rural, mas também trazem oportunidades. O aumento do limite de faturamento permitirá maior comercialização de produtos em feiras, cooperativas e mercados locais, enquanto a formalização reforça a posição do agricultor no mercado. O produtor que se adequar às novas regras poderá ampliar sua atuação de forma sustentável e competitiva, consolidando sua importância no agronegócio brasileiro.

Começam inscrições do programa do governo de RO que facilitará conquista da casa própria

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O programa estadual Meu Sonho, lançado em 26 de dezembro de 2024 pelo governo de Rondônia com o objetivo de facilitar a realização do sonho da casa própria para famílias com renda mensal de até R$ 8 mil, iniciou às 8h desta segunda-feira (20) as inscrições da primeira etapa do processo de seleção para a concessão de auxílio para o financiamento do imóvel. Com base no programa idealizado pela Secretaria da Assistência e do Desenvolvimento Social (Seas) e regulamentado pelo Decreto Estadual nº 29.890, de 26 de dezembro de 2024, pessoas com renda mensal de até R$ 2.850 poderão receber auxílio financeiro de R$ 30 mil; as que têm renda entre R$ 2.850,01 e R$ 4.700 terão direito a R$ 25 mil; enquanto as que têm renda entre R$ 4.700,01 e R$ 8 mil receberão R$ 20 mil. A seleção será feita por ordem de inscrição e atendimento aos critérios.

As inscrições seguem por tempo indeterminado no Sistema Meu Sonho, porém será dada prioridade aos primeiros que demonstrarem interesse de receber o auxílio financeiro concedido pelo governo estadual e atenderem aos critérios do Decreto n° 29.890 de 26 de dezembro de 2024. Os imóveis poderão ser escolhidos pelas pessoas selecionadas, na segunda etapa, assim que a instituição financeira disponibilizar no sistema.

O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou a importância do programa para a redução do déficit habitacional em Rondônia, em especial para quem pretende adquirir a casa própria, um sonho de muitas famílias que geralmente acaba se tornando difícil a realização por não dispor de recursos financeiros à entrada. “Com este auxílio financeiro, com certeza muitas pessoas poderão conquistar com mais facilidade sua casa e garantir mais conforto e segurança para sua família.”

A titular da Seas, Luana Rocha, explicou que os valores estipulados em três faixas salariais serão doados pelo governo estadual, ficando os beneficiários responsáveis apenas pela complementação da entrada e as parcelas financiadas junto à instituição financeira. “O Meu Sonho não vai beneficiar apenas as pessoas que receberão o auxílio financeiro, mas também movimentará as construtoras e, consequentemente, gerar mais emprego e renda em Rondônia”, frisou a secretária, incentivando as pessoas a continuarem se inscrevendo, porque além da ordem da inscrição é necessário também atender aos critérios estabelecidos.

Inicialmente será concedido auxílio financeiro a 5 mil famílias em todo o estado, distribuídas pelas regionais de Porto Velho (2.500), Ji-Paraná (500), Ariquemes (250), Cacoal (250), Guajará-mirim (250), Jaru (250) Ouro Preto do Oeste (250) Rolim de Moura (250), São Francisco do Guaporé (250) e Vilhena (250).

Para se inscrever, é necessário que a pessoa tenha pelo menos 18 anos de idade; resida em Rondônia há pelo menos 5 anos, com comprovação de domicílio; não seja proprietária de imóvel urbano ou rural em qualquer lugar do Brasil; não tenha sido beneficiada por programas habitacionais de governos federal, estadual, municipal ou do Distrito Federal; não tenha restrições de crédito e nem financiamento imobiliário em andamento em nenhuma instituição financeira; e esteja com a conta GOV.BR atualizada.

A apresentação dos documentos se dará diretamente na instituição financeira, responsável pela análise do crédito, após convocação via canais oficiais de comunicação.

 

 

Secom – Governo de Rondônia