Início Site Página 225

Mapa recebe cientistas da Etiópia para ampliar cooperação agrícola

0
imagem.jpeg

Mapa recebe cientistas da Etiópia para ampliar cooperação agrícola

OMinistério da Agricultura e Pecuária (Mapa) recebeu na última sexta-feira (12), em Brasília, uma delegação etíope composta por nove cientistas. O encontro teve como objetivo dar continuidade às ações desenvolvidas no campo da cooperação internacional entre o Brasil e a Etiópia, resultado direto da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Etiópia em fevereiro deste ano.

Durante a reunião, o secretário-executivo adjunto do Mapa, Cleber Soares, reforçou o pedido do presidente Lula e do ministro Carlos Fávaro para intensificar as relações entre os dois países. “Estamos comprometidos em compartilhar nossas tecnologias e conhecimentos para impulsionar a agricultura etíope”, afirmou Cleber.

Uma das principais novidades anunciadas foi a expectativa do Mapa de ter um Adido Agrícola em Adis Abeba, capital do país africano, até o final de 2024. Esta iniciativa visa facilitar o intercâmbio de informações e a colaboração contínua entre os dois países.

A delegação etíope relatou uma semana produtiva no Brasil, com capacitações realizadas junto à Embrapa e à Agência Brasileira de Cooperação (ABC) focadas no controle da acidez do solo. Eles destacaram que a experiência brasileira no manejo de solos ácidos será importante para aumentar a produtividade e a eficiência agrícola na Etiópia.

Também participaram da reunião o chefe de gabinete da secretaria de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Guilherme Costa, e o diretor substituto de Promoção Comercial e Investimentos, Luiz Caruso. A reunião ainda reforçou o compromisso do Brasil em colaborar com o desenvolvimento agrícola da Etiópia e da União Africana, promovendo um intercâmbio de conhecimento e tecnologia benéfico para ambos os lados.

Informações à imprensa
[email protected]

Mundo tem de investir US$ 4 trilhões até 2030 para cumprir metas do clima

0

Financiamento privado na batalha contra o aquecimento é um dos focos de debate do G20. Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis e Força-Tarefa para Mobilização Global se reuniram em Belém

Mundo tem de investir US$ 4 trilhões até 2030 para cumprir metas do clima
Audiovisual G20
Financiamento privado surge como proposta essencial nas discussões do G20 para a crise climática global

O cumprimento das metas do Acordo de Paris para o clima exigirá investimentos de US$ 4 trilhões até 2030. A estimativa faz parte de relatório apresentado na semana passada pela embaixadora Tatiana Rosito, coordenadora da Trilha de Finanças do G20. Desse modo, o debate sobre financiamento privado para a mitigação dos problemas climáticos teve destaque nas reuniões do G20 em Belém, no Pará, com o Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis e a Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança do Clima.

O tema ganha importância à medida que cresce a necessidade de recursos para enfrentar a crise ambiental mundial. O Acordo de Paris foi estabelecido na COP 21, em 2015. E prevê o engajamento dos países em conter o aumento da temperatura global em não mais que 1,5 grau centígrado neste século na comparação com a era pré-industrial (final do século 18). Para isso, o acordo exigiu o comprometimento dos 55 países maiores emissores de gases de efeito estufa. Neste contexto, a participação do setor privado é vista como essencial para preencher essa lacuna e garantir a implementação de tecnologias e infraestruturas sustentáveis.

Em Belém, delegados dos países participantes destacaram essa urgência para o combate às mudanças climáticas e a preparação para a COP 30, programada para ocorrer no ano que vem em na capital paraense.

Durante uma semana foram discutidos temas como governança ambiental, redução das desigualdades, transição energética, financiamento climático e a necessidade de ações coordenadas entre ciência, conhecimento e investimentos.

Financiamento

Em 2022, países ricos mobilizaram US$ 115,9 bilhões em financiamento climático para o Sul Global, segundo a OCDE. No entanto, um relatório da Oxfam revela que até US$ 88 bilhões foram prejudicados em negociações climáticas internacionais. A maior parte desse financiamento, quase US$ 92 bilhões, foi provida como financiamento público, mas empréstimos representaram quase 70%, aumentando a dívida dos países em desenvolvimento.

A Oxfam estima que o valor real do financiamento climático fornecido pelos países ricos em 2022 seja apenas entre US$ 28 bilhões e US$ 35 bilhões, com no máximo apenas US$ 15 bilhões destinados à adaptação climática.

Alavancar capitais

A embaixadora Tatiana Rosito destacou dois temas principais: a revisão das ações de combate às mudanças climáticas e a revisão do sistema financeiro global relacionado a esse combate. Ela ressaltou a importância das contribuições nacionalmente determinadas (NDCs), que, embora voluntárias, são essenciais para a ambição climática dos países. Tatiana destacou que, na próxima COP 30 em Belém, um novo conjunto de NDCs será anunciado, alinhado aos planos nacionais de desenvolvimento e de investimento.

A ideia é criar plataformas de países que conectem investimentos nacionais e internacionais, envolvendo bancos multilaterais, bancos de investimento e atores privados. “A questão da mobilização de capital privado foi central nas discussões. Há necessidade de usar capitais públicos para alavancar mais capitais privados, dado que os recursos públicos disponíveis são insuficientes. A percepção de risco elevado é um grande entrave, e as discussões focaram em como ajustar essa percepção e mitigar riscos para atrair mais capital”, observou.

A Confederação Nacional de Seguros também participou, apresentando a importância do seguro para catástrofes climáticas, atualmente escasso no Brasil. A reunião contou ainda com apresentações da Standard & Poor’s e do grupo de engajamento B20, abordando temas financeiros críticos para o combate às mudanças climáticas. A embaixadora destacou que todas as apresentações foram bem recebidas, sublinhando a convergência dos temas debatidos e a importância de uma abordagem integrada para alcançar as metas climáticas globais.

Preparativos para a COP 30

Durante a reunião do G20, o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Ministério das Relações Exteriores, embaixador André Corrêa do Lago, enfatizou a importância de chegar à COP 30 com a mensagem de que as florestas são uma solução para as mudanças climáticas. Ele destacou as oportunidades que cidades como Belém e regiões amazônicas oferecem para o benefício global, ressaltando a necessidade de integrar ciência, conhecimento e investimento.

“Apesar das recomendações do Acordo de Paris, as mudanças climáticas têm ocorrido mais rapidamente do que o previsto, com efeitos esperados para 2040 já se manifestando”, disse Lago. Ele destacou a urgência da situação, apontando que a ciência está alarmada com a velocidade das mudanças e que as previsões mais pessimistas estão se concretizando.

Adriana Moreira, representante do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) — uma instituição global criada em 1991 que oferece financiamento para projetos ambientais como biodiversidade e mudança climática, falou da importância da presidência brasileira do G20 em mobilizar uma ação global contra a mudança climática.

Segundo Adriana, esta é uma iniciativa inovadora que junta a questão climática ao financiamento internacional, um ponto central para enfrentar o desafio global das mudanças climáticas, que afetam todos os países e exigem soluções conjuntas.

Adriana enfatizou a grande contribuição dos fundos climáticos no debate sobre a mudança climática. O GEF, sendo o fundo climático mais antigo e criado no Rio de Janeiro durante a Rio-92, tem financiado diversos programas emblemáticos no Brasil, como a conservação da floresta amazônica e o desenvolvimento de cidades sustentáveis.

A fusão de questões de biodiversidade, mudanças climáticas e degradação de terras no Brasil torna o país um local ideal para a atuação do GEF. “O fundo opera com alocações definidas a cada ciclo de quatro anos, com os países aplicando esses recursos de forma estratégica. Além disso, o GEF realiza reuniões semestrais do conselho para definir o uso dos recursos, que são esgotados a cada seis meses”, relata.

União Africana no G20

A entrada da União Africana no G20 marcou um passo significativo na inclusão regional e na representação econômica do continente africano em fóruns globais. Esta participação busca ampliar a voz dos países africanos em decisões econômicas internacionais, promover oportunidades de crescimento sustentável e mitigar desafios como a pobreza e a desigualdade.

A presença da União Africana no G20 reflete o reconhecimento da importância estratégica da África no cenário econômico global. Cecilia Bernardes, representante de Angola, país do sul da África convidado para a Força-Tarefa do Clima, expressou satisfação com a participação angolana, enfatizando o aprendizado e a oportunidade de compartilhar opiniões com membros do G20.

Segundo ela, as expectativas de Angola incluem ver o G20 liderar o processo de recomendação para influenciar negociações climáticas e outros processos multilaterais. “Angola espera que o G20 se comprometa a fornecer apoio e capacitação aos países do sul global, facilitando o acesso a financiamentos sustentáveis”, declara.

Bernardes mencionou que a recente reunião em Manaus abordou a importância dos pagamentos por serviços ambientais como uma nova fonte de recursos para combater as mudanças climáticas. Ela diz que Angola, com sua floresta tropical, participa de iniciativas de proteção ambiental, como a transformação de parte da floresta em uma área de conservação para impedir o desmatamento e preservar a biodiversidade. A iniciativa da Bacia do Congo, liderada atualmente pela República do Congo, é um exemplo de colaboração regional na proteção das florestas. Angola faz parte dessa iniciativa e espera que as recomendações do G20 possam proporcionar lições valiosas para aprimorar esses esforços de conservação.

Práticas sustentáveis

Ainda sobre o tema de financiamento climático, Ivan Oliveira, coordenador do Grupo de Trabalho de Finanças Sustentáveis, avalia que as reuniões mostraram avanços significativos em quatro prioridades estabelecidas pela presidência brasileira. As discussões focaram em melhorar o acesso aos fundos climáticos, definir critérios para transições justas, promover transparência empresarial e desenvolver soluções baseadas na natureza.

O coordenador informou que em Belém foi apresentado o primeiro relatório do grupo de especialistas independentes, que propôs recomendações para melhorar a alocação de recursos aos projetos. Essas recomendações visam revisar procedimentos políticos, organizar melhor os fundos e eliminar competições desnecessárias entre eles. “Espera-se que, com a aprovação do relatório e a implementação das propostas, os recursos cheguem de forma mais eficiente aos países em desenvolvimento. A ênfase foi colocada na transparência das ações empresariais, especialmente em relação aos custos para pequenas e médias empresas em países em desenvolvimento. A transparência é vital para garantir que as empresas estejam verdadeiramente comprometidas com práticas sustentáveis”, afirma.

Investimentos

As soluções baseadas na natureza foram um dos temas centrais. Foram discutidos mecanismos financeiros para facilitar investimentos nessa área, essencial para Belém e o Brasil. A reunião propôs 12 instrumentos financeiros para ampliar esses investimentos, que serão disponibilizados em um site para ajudar os países a replicar ou usar esses instrumentos em seus próprios projetos. O encontro, na capital do Pará, também preparou o caminho para a próxima reunião no Rio de Janeiro. O objetivo é garantir que todas as entregas sejam fechadas e que os planos de implementação sejam práticos. Espera-se que, a partir do próximo ano, os recursos dos fundos climáticos cheguem de forma mais eficaz aos projetos de transição climática nos países em desenvolvimento.

Atualmente, estima-se que os fundos climáticos globais terão cerca de US$ 30 bilhões nos próximos anos, sendo fundamental garantir que esses recursos cheguem efetivamente aos projetos locais. “Revisar a arquitetura desses fundos é crucial para garantir a eficácia do financiamento climático”, avalia Ivan.

A reunião em Belém ainda reforçou a liderança brasileira em promover soluções sustentáveis e criar novas temáticas dentro do grupo de Finanças Sustentáveis, marcando um passo importante na trajetória de desenvolvimento sustentável global.

Link: https://www.gov.br/secom/pt-br/assuntos/noticias/2024/07/crise-climatica-e-financiamento-privado-marcam-o-debate-central-do-g20-em-belem

Brasil sai da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

0

Novo relatório da OMS/Unicef, divulgado nesta segunda (15), mostra que número de crianças brasileiras que não receberam nenhuma dose da DTP caiu entre 2022 e 2023. Em 2021, Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking

Brasil sai da lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

Julia Prado/MS
Caderneta de vacinação em dia: mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos em 2023 na compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024

O Brasil avançou na imunização infantil e conseguiu sair da lista dos 20 países com mais crianças não imunizadas no mundo. O dado faz parte das estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) que, nesta segunda-feira (15/7), lançam novos dados sobre imunização infantil no mundo. Enquanto a maioria dos países não conseguiu alcançar as metas, o Brasil se destacou, mesmo após enfrentar quedas consecutivas nas coberturas vacinais desde 2016. Em 2023, no entanto, o Governo Federal, na gestão do presidente Lula, anunciou o Movimento Nacional pela Vacinação, com o objetivo de retomar a confiança da população na ciência, no Sistema Único de Saúde (SUS) e nas vacinas.

O relatório da OMS/Unicef mostra que, no Brasil, o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche, caiu de 418 mil em 2022 para 103 mil em 2023. O número de crianças brasileiras que não receberam a DTP3 também caiu: de 846 mil em 2021 para 257 mil em 2023. No Brasil, a DTP é administrada pelo Programa Nacional de Imunizações, o PNI, como a Vacina Pentavalente.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, relembra que o Brasil começou a ver a perda de conquistas importantes do programa de vacinação, como a erradicação da varíola e a eliminação da circulação do vírus da poliomielite.


“Mas nós revertemos esse cenário. Em fevereiro de 2023, logo que assumimos a gestão, demos largada no Movimento Nacional pela Vacinação, um grande pacto para a retomada das coberturas vacinais. O Zé Gotinha viajou pelo Brasil, levando a mensagem de que vacinas salvam vidas. E hoje, com o reconhecimento da Unicef e da Organização Mundial da Saúde, confirmamos que o Brasil se destacou positivamente com a retomada das coberturas vacinais”, defende a ministra


“Tudo isso foi possível com o empenho e o trabalho dos profissionais da saúde e dos gestores estaduais e municipais. Nosso agradecimento a todos aqueles que se mobilizaram, que levaram as crianças para atualizar a caderneta de vacinação e que confiaram no Sistema Único de Saúde”, diz Nísia.

Os avanços brasileiros fizeram com que o país saísse do ranking dos 20 países com mais crianças não imunizadas do mundo. Em 2021, o Brasil ocupava o 7º lugar nesse ranking e, em 2023, ele não faz mais parte da lista. Foi justamente no ano passado que 13 das 16 principais vacinas do calendário infantil apresentaram aumento das suas coberturas vacinais em todo o Brasil, se comparadas às coberturas registradas em 2022.

Entre os destaques de crescimento estão: as vacinas contra a poliomielite (VIP e VOP), pentavalente, rotavírus, hepatite A, febre amarela, meningocócica C (1ª dose e reforço), pneumocócica 10 (1ª dose e reforço), tríplice viral (1ª e 2ª doses) e reforço da tríplice bacteriana (DTP).

Nos 13 imunizantes que apresentaram recuperação, a média de alta foi de 7,1 pontos percentuais, sendo que nacionalmente a que mais cresceu em cobertura foi o reforço da tríplice bacteriana, com 9,23 pontos, passando de 67,4% para 76,7%. Ao avaliar a cobertura vacinal entre os estados, a maioria apresenta melhoria na cobertura das 13 vacinas citadas.

O investimento para apoiar estados e municípios nessa estratégia também aumentou. Mais de R$ 6,5 bilhões foram investidos em 2023 na compra de imunizantes e a previsão é que esses recursos alcancem R$ 10,9 bilhões em 2024.

De forma inédita, R$ 150 milhões foram repassados por ano aos estados e municípios, em apoio às ações de imunização com foco no microplanejamento, ou seja, nas ações de comunicação regionalizadas. Para 2024, o mesmo valor está sendo destinado aos estados e municípios.

As ações de microplanejamento, método recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), consistem em diversas atividades com foco na realidade local, desde a definição da população alvo, escolha das vacinas, definição de datas e locais de vacinação, até a logística. A proposta é alinhar essas estratégias com gestores e lideranças locais para alcançar melhores resultados e melhorar as coberturas vacinais.

Essas iniciativas contribuem para que as metas de vacinação sejam atingidas. Entre as estratégias que podem ser adotadas com a estratégia de microplanejamento pelos municípios, estão a realização do Dia D de vacinação, busca ativa de não vacinados, vacinação em qualquer contato com serviço de saúde, vacinação nas escolas, vacinação para além das unidades de saúde, checagem da caderneta de vacinação e intensificação da vacinação em áreas indígenas.

Novo sistema 

A atual gestão do Ministério da Saúde também promoveu uma mudança no painel de registro de aplicação das vacinas para dar mais transparência e agilidade aos dados. Até 2022, as vacinas de rotina tinham os registros de doses aplicadas inseridos em diversos sistemas de informação próprios dos estados, municípios e do Distrito Federal. Eles eram compilados pela pasta e apresentados por um painel na plataforma Tabnet, o chamado Sistema de Informação do Programa Nacional de Imunizações (SIPNI web ou “Legado”).

A partir de 2023, todos os dados vacinais foram redirecionados para a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), com as doses aplicadas atreladas a um número de Cadastro de Pessoa Física (CPF) ou Cartão Nacional de Saúde (CNS). A reestruturação é uma reivindicação antiga do setor e migra os dados para um sistema mais abrangente, flexível e oportuno.

A novidade permitiu que a caderneta digital de vacinação se tornasse uma realidade. A partir da completa migração entre os sistemas, cada cidadão poderá consultar a própria situação vacinal online, por meio do Meu SUS Digital, como já acontece com as doses de vacinas da Covid-19.

Participação do Zé Gotinha 

O Ministério da Saúde tem incentivado, ainda, a participação do Zé Gotinha, ícone histórico da imunização e da defesa pela vida, em eventos por todo o Brasil. O personagem é considerado um aliado importante no processo de educação e combate às falsas notícias, pois conta com a confiança da população brasileira. O Zé Gotinha surgiu de um movimento dos países latino-americanos para a erradicação da poliomielite e se transformou no representante da imunização de crianças e adultos no Brasil.

Somente em 2023, Zé Gotinha marcou presença, por exemplo, no início da campanha de multivacinação no Pará, no Amazonas, no Amapá e no Maranhão. Ele subiu no Cristo Redentor, andou de Bondinho no Pão de Açúcar, participou da Bienal do Livro e visitou a comunidade de Manguinhos quando esteve no Rio de Janeiro (RJ). Também esteve na Caravana Federativa, na Bahia, na Parada LGBTQIAP+, em São Paulo e no Congresso do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conasems), em Goiás.

Na capital federal, Zé Gotinha lançou o Movimento Nacional pela Vacinação, desfilou no 7 de setembro, no caminhão dos bombeiros, em homenagem ao trabalho indispensável dos trabalhadores da saúde, participou da Marcha das Margaridas e da 17ª Conferência Nacional de Saúde. Zé conheceu ainda o Buda gigante na serra do Espírito Santo e recebeu, em Minas Gerais, em um ritual do povo Maxakali, o adereço de maior simbologia dentro da cultura indígena: o cocar.

Novo programa 

O Governo Federal também lançou, em 2023, o programa Saúde com Ciência, uma iniciativa inédita em defesa da vacinação e voltada ao enfrentamento da desinformação. A proposta faz parte da estratégia para recuperar as altas coberturas vacinais do Brasil diante de um cenário de retrocesso. A propagação de fake news é um dos fatores que impacta na adesão da população às campanhas de imunização.

A estratégia interministerial é coordenada pelo Ministério da Saúde e pela Secretária de Comunicação Social da Presidência da República, com a parceria dos ministérios da Justiça e Segurança Pública, da Ciência e Tecnologia e Inovação, e com a Controladoria-Geral da União (CGU) e Advocacia-Geral da União (AGU), garantindo atuação em diferentes frentes.

Com o objetivo de fortalecer as políticas de saúde e a valorização do conhecimento científico, o Saúde com Ciência é composto por cinco pilares, que envolvem cooperação, comunicação estratégica, capacitação, análises e responsabilização. O programa prevê ainda ações para identificar e compreender o fenômeno da desinformação, promover informações íntegras e responder aos efeitos negativos das redes de desinformação em saúde de maneira preventiva.

Assim, a partir do acompanhamento e análise de fontes de dados relevantes de disseminação de informações falsas no ambiente digital, a meta é desenvolver ações para reduzir e mitigar o efeito negativo desses conteúdos que prejudicam a confiança da população na segurança das vacinas e que impactaram significativamente nas ações promovidas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) nos últimos anos.

Resultados globais da OMS/UNICEF

Enquanto, no Brasil, houve avanços positivos, globalmente o cenário é diferente. O número de crianças que não receberam nenhuma dose da DPT1 aumentou de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

Com base em dados relatados pelos países, as estimativas da OMS e do Unicef sobre a cobertura nacional de imunização (Wuenic) fornecem o maior e mais abrangente conjunto de dados do mundo sobre tendências de imunização para vacinas contra 13 doenças administradas por meio de sistemas de saúde regulares – normalmente em clínicas, centros comunitários, serviços de alcance ou visitas de profissionais de saúde.

Link: https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/noticias/2024/julho/brasil-avanca-na-imunizacao-e-sai-da-lista-dos-20-paises-com-mais-criancas-nao-vacinadas

Rondonistas se deslocam para a realização da Operação “Sentinelas Avançadas II”, em 12 municípios

0

O tão esperado momento de deslocamento para os municípios aconteceu na manhã deste sábado (13) para os 252 rondonistas, que participam da Operação “Sentinelas Avançadas II”, do Projeto Rondon. Eles irão para 12 cidades do estado desenvolver atividades gratuitas em prol das comunidade. A cerimonia de abertura da operação aconteceu na sexta-feira (12), em Porto Velho.

A iniciativa é do governo federal, coordenada pelo Ministério da Defesa, e a execução das ações em Rondônia conta com a parceria do governo do estado e de municípios. O secretário subchefe da Casa Militar, coronel PM Alexandre Gonçalves Viana, destacou que o projeto é muito importante para promoção da cidadania e bem-estar social e recebe apoio logístico da Casa Militar.

‘‘O governo do estado tem dado total apoio à operação “Sentinelas Avançadas II. Temos em nosso estado o nome em homenagem a Rondon, esse aguerrido marechal que também dá nome ao projeto, cuja história de vida se confunde com a história do nosso estado. E, foi em Rondônia a primeira edição do Projeto Rondon, contribuindo para bem-estar social. Desejamos que seja mais uma missão de sucesso”, disse.

As atividades serão desenvolvidas em 12 cidades do estado

O coordenador-geral do Projeto Rondon, coronel Carlos André Levy, destacou que, o Ministério da Defesa está empenhado em promover a consciência cidadã dos participantes e ao mesmo tempo as comunidades serão beneficiadas com o que há de mais moderno sendo ensinado nas universidades.

Ele explicou que neste sábado, o grupo irá se apresentar aos prefeitos e secretários dos municípios onde acontecerão as ações, e no domingo, começarão às atividades. “Durante duas semanas, os rondonistas farão palestra e oficinas voltadas para as comunidades e o funcionalismo municipal.”

O projeto atua com precisão nas necessidades de cada município.”Inicialmente os professores conhecem a realidade dos municípios, o que chamamos de viagem precursora, então agora, nesta etapa , quando os universitários chegarem nesses locais já sabem as necessidades de cada comunidade e vão aplicar conhecimento para atender o que necessitam”, afirma.

ESTRUTURA

Os participantes da operação são de 24 Instituições de Ensino Superior (IES), dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Sergipe, Mato Grosso, Bahia e Goiás.

Eles se deslocaram para os municípios em ônibus disponibilizados pelo governo de Rondônia, e ficarão alojados em espaços disponibilizados pelos municípios.

As equipes desenvolverão atividades nas áreas de Cultura, Direitos Humanos, Justiça, Educação, Saúde, Comunicação, Tecnologia, Produção, Meio Ambiente e Trabalho.

Estarão presentes nos municípios de Alto Paraíso, Cacaulândia, Cujubim, Espigão d’oeste, Governador Jorge Teixeira, Machadinho do Oeste, Ministro Andreazza, Mirante da Serra, Nova União, Rio Crespo, Theobroma e Vale do Anari.

Café Robusta Amazônico é apresentado no Reino Unido como alternativa de novos negócios

0

O governo de Rondônia realizou em Londres a primeira edição do Taste and Feel (Consuma e Aprove) Café Robusta Amazônico. Na prática, trata-se de um desdobramento da política de promoção das potencialidades do estado, com vistas a ampliar as exportações e fortalecer a balança comercial rondoniense. O evento foi realizado no dia 25 de junho.

Para esta primeira edição, o governo do estado levou o café Robusta Amazônico a Londres para apresentar, aos stakeholders (partes interessadas) do mercado, as infinitas possibilidades que o produto tem em se tratando de comércio. O produto, que já tem referências internacionais de qualidade incluindo o selo do Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi), possui características importantes de produção que o colocam em posição de destaque no cenário internacional.

O evento reuniu investidores, produtores e agentes do governo de Rondônia

O governador do estado, Marcos Rocha, que participou do encontro, defendeu o café de Rondônia apontando suas qualidades. “O café produzido de forma sustentáve,l por agricultores familiares, preserva a natureza e amplia a produtividade da área plantada com a assistência que o governo proporciona”, ressaltou.

Segundo o titular da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Luiz Paulo, esse trabalho de promoção que o governo tem feito está surtindo efeitos expressivos. A carne do Tambaqui ganhou os paladares do mercado internacional, prêmios por sua versatilidade e, consequentemente, aumento no volume de vendas. “O objetivo do governo é fortalecer a cultura do café rondoniense no cenário internacional. Oferecemos um produto de qualidade, com respeito à natureza, viabilizando aos pequenos produtores, inclusive comunidades originárias, a possibilidade de aumentar a receita, além de gerar mais emprego e renda em suas regiões”, explicou.

O Taste and Feel contou com a parceria dos Cafeicultores Associados da Região Matas de Rondônia (Caferon), da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex Brasil), com escritório de Bruxelas, e da Embaixada Brasileira no Reino Unido, que sediou o evento.

Segue lista das autoridades e representantes que colaboraram com a realização do evento: https://rondonia.ro.gov.br/wp-content/uploads/2024/07/AUTORIDADES-PARTICIPANTES.pdf

Projetos de ressocialização de Rondônia são apresentados à comitiva do Acre

0

modelo na gestão de ressocialização no sistema prisional em Rondônia foi apresentado a uma comitiva do estado do Acre, composta por representantes do sistema de justiça, projetos desenvolvidos nas unidades prisionais dos municípios de Buritis e Vilhena. A visita, realizada pela Secretaria de Estado de Justiça (Sejus) e acompanhada pelo Grupo de Monitoramento e Fiscalização (GMF) do sistema carcerário, aconteceu na quinta-feira (11).

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, ter o estado como inspiração para outros governos é gratificante, e demonstra o resultado dos investimentos e ações que vêm sendo desenvolvidas e que se consolidam através deste reconhecimento. “Recentemente, tivemos uma comitiva do Maranhão que veio, especialmente, conhecer o projeto Pintando a Liberdade. São os projetos da gestão estadual sendo reconhecidos pelo país”, ressaltou.

Durante a visitação foram apresentados os seguintes projetos:

  • Buritis – Projeto Novo Olhar: oferece a utilização de mão de obra reeducanda para limpeza, manutenção e conservação do município, em convênio firmado com a prefeitura;
  • Vilhena – Projeto Semear e Ressocializar: utiliza mão de obra reeducanda para manutenção, limpeza e conservação de ambientes públicos, por meio de convênio com a prefeitura do município
  • Buritis e Vilhena – Fábrica de Artefato de Concreto: produz itens em concreto para a construção civil.

Segundo o gerente de Reinserção Social da Sejus, Fábio Recalde, enquanto percorriam as unidades foi apresentado aos participantes da comitiva como funciona cada projeto, desde a sua idealização até a implantação, para que as boas práticas de Rondônia contribuam com o trabalho de ressocialização nos demais estados.

 

Sejus/RO

Convenção do Republicanos de Alvorada do Oeste deve homologar Katiana Gomes candidata a prefeita no dia 21 de Julho

0

A Comissão Executiva do Diretório Municipal do Republicanos de Alvorada do Oeste, liderada pela presidente municipal Katiana Gomes, divulgou o Edital de Convocação, convocando todos os membros para a Convenção Municipal do Republicanos, que deve homologar a candidatura da Técnica de enfermagem Katiana Gomes a Prefeitura de Alvorada do Oeste, e ainda candidata ao cargo de vice-prefeita a ACS e Radialista Patrícia Helena da Federação PSDB/Cidadania.

A convenção será realizada no dia 21, com início às 14:30 e encerramento às 17 horas, na forma virtual plataforma zoom e presencial nas dependências da escola Joaquim Xavier de Oliveira, localizada na rua Carlos Chagas,5158, bairro Cidade Alta, em Alvorada do Oeste.

Foram convidados todos dos Diretórios Estadual e Municipal tanto do Republicanos quanto da Federação PSDB/Cidadania e os parlamentares e simpatizantes.

ORDEM DO DIA

Seguindo a ordem do dia, conforme edital (em anexo), o evento deve iniciar com a escolha de candidatos do partido aos cargos eleitos majoritários prefeito e vice-prefeito (a). A convenção também vai tratar de eventuais coligações, entre outros assuntos de interesses do partido.

Foram convocados todos os integrantes do Diretório Estadual e Municipal, bem como representantes do Partido na Câmara Federal, na Câmara Municipal e Assembleia Legislativa, juntamente com seus respectivos suplentes e ainda todos os seus filiados com direito a voto, para Convenção Municipal.

Assessoria.

Mapa Colaborativo ganhará plataforma online e reunirá iniciativas para fortalecer o SUS

0

Construir um SUS mais forte e democrático exige a participação de todos. Com esse objetivo, o Ministério da Saúde, em parceria com o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), avança na construção do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde ( MapaMovSaúde ). Nos dias 4 e 5 de julho, representantes das instituições parceiras se reuniram no Rio de Janeiro para a oficina de governança do projeto, pactuando um plano de trabalho para a implementação da plataforma Wiki . A iniciativa tem como meta um SUS mais participativo, que valoriza a força dos movimentos sociais.

Lançado em 2023, durante a 17ª Conferência Nacional de Saúde , o Mapa Colaborativo já conta com a participação de movimentos sociais de todo o país, que compartilharão suas histórias de luta e resistência em prol da saúde. Agora, o projeto se prepara para inaugurar uma plataforma Wiki, um espaço virtual que reunirá esses saberes e práticas, dando-lhes visibilidade e permitindo que os próprios movimentos sociais alimentem e atualizem o conteúdo de forma colaborativa. O lançamento do mapa está previsto para 11 de setembro, durante a reunião ordinária do CNS, em Brasília.

Para a chefe da Assessoria de Participação Social e Diversidade do Ministério da Saúde e coordenadora do projeto, Lucia Souto, a ferramenta reconhece a importância histórica dos movimentos sociais na construção do direito universal à saúde no Brasil. “É fundamental que a gente dê visibilidade a essa histórica participação dos movimentos sociais em saúde”, ressalta.

Plataforma Wiki

Construída com base no software livre MediaWiki , o mesmo da Wikipédia , o objetivo é que mapa seja um espaço vivo, em constante construção, e que reflita a diversidade e a riqueza das iniciativas populares em saúde.

“A escolha de uma plataforma livre, no caso a MediaWiki , é importante porque traz alguns aspectos que a tornam coerente com a nossa proposta de fazer um processo aberto e participativo de mobilização dos movimentos sociais”, explica Marcelo Fornazin, pesquisador em Saúde Pública da Fiocruz e coordenador da equipe técnica do projeto.

A opção por ferramentas open source demonstra o compromisso do Ministério da Saúde e parceiros com a democratização do acesso à informação e tecnologia. A plataforma Wiki , permite que os colaboradores não apenas contribuam com conteúdo, mas também participem do desenvolvimento e aprimoramento da ferramenta.

Comunicação, participação social e democracia

Conectar os movimentos sociais, facilitar a troca de experiências e fortalecer a atuação conjunta em defesa do SUS também são objetivos centrais do Mapa Colaborativo. Para isso, a comunicação do projeto terá papel fundamental, utilizando diferentes formatos para alcançar o público e engajá-lo na construção da plataforma.

Heliana Hemetério, conselheira nacional de saúde pela Rede Nacional de Lésbicas e Bissexuais Negras Feministas (Candaces), destaca a importância de comunicar com clareza e acessibilidade: “O foco [da comunicação] é trazer a importância dos movimentos sociais para dentro do SUS. Tem que mostrar a importância do SUS, que não é somente atendimento médico como a maioria pensa”, pontua.

“A participação social capilarizada, com a força da articulação entre os movimentos sociais conectados por meio do Mapa Colaborativo, pode crescer e vir a incidir na democratização do Estado, com a luta pela garantia de direitos e em prol da defesa do SUS como sistema de acesso universal a serviços de saúde”, afirma a conselheira nacional de saúde pela Associação Brasileira de Enfermagem (Aben), Francisca Valda da Silva.

Mapa Colaborativo e PNS

O Mapa Colaborativo dialoga diretamente com o Plano Nacional de Saúde (PNS) 2024-2027 , que reforça a participação social como eixo estruturante na construção de um SUS mais justo, equânime e democrático. O PNS, elaborado a partir de amplo debate com a sociedade, reconhece a importância de integrar os saberes e as práticas populares às políticas públicas de saúde.

Nesse sentido, ele cumpre um papel fundamental ao dar visibilidade às iniciativas dos movimentos sociais, demonstrando como a participação popular contribui para o fortalecimento do SUS em diversas áreas, desde a promoção da saúde mental até a luta por melhores condições de saneamento básico.

A plataforma Wiki será um espaço de construção coletiva, guiado pelos princípios de respeito, colaboração, empoderamento, solidariedade, transparência, ética e inclusão, segundo a Carta de Princípios da plataforma. Os movimentos sociais podem cadastrar suas iniciativas e participar da construção do Mapa Colaborativo dos Movimentos Sociais em Saúde, clicando aqui

Por: Ministério da Saúde

Mais Médicos abre 196 novas vagas para atuação em territórios indígenas

0

Profissionais interessados devem se inscrever até 15 de julho. Das vagas ofertadas, 28 são para assistência no território Yanomami. Expectativa é ultrapassar 700 médicos nos DSEIs

O Ministério da Saúde lançou, nesta sexta-feira (12/7), um novo edital do Programa Mais Médicos para assistência aos povos tradicionais nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas , os DSEIs. Serão ofertadas 196 vagas. Desde o início da atual gestão, a quantidade médicos nos territórios indígenas mais do que dobrou, passando de 242 em 2022 para 541 profissionais atualmente, o que representa crescimento de 123%. Com o novo chamamento, a expectativa é ultrapassar 700 médicos em atuação nos territórios. Profissionais interessados devem se inscrever de 15 a 19 de julho por meio da página oficial do programa .

Acesse o edital na íntegra

Este é o segundo chamamento realizado para a saúde indígena. Das vagas ofertadas neste edital, 28 serão para o território Yanomami , reforçando o conjunto de ações do Ministério da Saúde para garantia da assistência na região. O novo edital também promove a seleção dentro do regime de cotas, que contemplam pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas. A seleção é voltada para vagas desocupadas definidas em articulação com a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) . O foco é a redistribuição atendendo às prioridades de alocação nos DSEIs.

“Esse novo edital segue no objetivo de garantir cotas para os médicos, inclusive, para estimular que as médicas e os médicos indígenas possam desenvolver suas atividades junto a esses territórios de grande importância”, destaca o secretário de Atenção Primária , Felipe Proenço.

No Brasil, há 34 DSEIs divididos estrategicamente por critérios territoriais, tendo como base a ocupação geográfica das comunidades indígenas. Eles não obedecem os limites dos estados. A estrutura de atendimento conta com Unidades Básicas de Saúde Indígenas, polos-base e Casas de Saúde Indígena (Casai).

Edital inédito com regime de cotas

Recentemente, de forma inédita, o Ministério da Saúde lançou o primeiro edital da história do programa para chamamento de médicos com vagas no regime de cotas para pessoas com deficiência e grupos étnico-raciais, como negros, quilombolas e indígenas.

O número de inscritos por vaga foi recorde, com um total de 33 mil profissionais interessados em trabalhar no programa Mais Médicos. Mais de 10 milhões de brasileiros em regiões de vazios assistenciais serão diretamente beneficiados, na missão de resgatar o direito e o acesso da população à saúde.

Em live transmitida pelo canal da pasta no Youtube, foi esclarecida, entre outras questões, como será a ajuda de custo para participação no Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv) para brasileiros formados no exterior.

 

“O médico recebe o equivalente a uma bolsa de formação do Mais Médicos. Com esse recurso, ele tem a possibilidade de custear tanto o deslocamento quanto a hospedagem e questões necessárias ao longo desse período de formação”, explicou o secretário Felipe Proenço.

Antes, no entanto, é necessário cumprir os seguintes requisitos: concluir a inscrição, com a apresentação de todos os documentos, e certificar-se de que ela foi finalizada. Além disso, é necessário estar atento ao processo de escolha e alocação dessas vagas.

A etapa de realização do MAAv será realizada simultaneamente para os candidatos que atuarão nos municípios e nos DSEIs.

Por: Ministério da Saúde

Entenda o golpe do Pix errado e saiba como não ser enganado

0

À medida que o Pix vai sendo cada vez mais utilizado para pagamento e transferência de dinheiro, aumentam também relatos de golpes que tentam dar prejuízo a clientes de bancos.

Um deles, que viralizou recentemente nas redes sociais, é o golpe do Pix errado. A Agência Brasil preparou uma reportagem para você entender como funciona a artimanha dos criminosos e se proteger das tentativas de golpe.

O golpe

O Pix bateu recorde de transações na última sexta-feira (5). Foram 224 milhões de transferências entre contas bancárias, segundo o Banco Central (BC). Com um número tão grande de transações, não é difícil crer que algumas tenham sido feitas realmente por engano.

É justamente neste cenário que golpistas passam a praticar o golpe do Pix errado. O primeiro passo dado pelos fraudadores é fazer uma transferência para a conta da potencial vítima. Como parte das chaves Pix é um número de telefone celular, não é difícil para o golpista conseguir um número telefônico e realizar um Pix.

Logo em seguida à transferência, a pessoa entra em contato com a pessoa pelo número de telefone, seja ligação ou mensagem de WhatsApp, por exemplo.

Uma vez feito contato, o criminoso tenta convencer a vítima de que fez a transferência por engano e usa técnicas de persuasão para que o suposto beneficiado devolva o dinheiro.

“Estava precisando receber um dinheiro para pagar o aluguel, mas o rapaz mandou no número errado. Você pode transferir aqui para mim”, relata um usuário do X (antigo Twitter), cuja mãe teve R$ 600 depositados na conta bancária.

Na tentativa de convencimento, está uma das chaves para o golpe dar certo: a pessoa mal-intencionada pede a devolução em uma conta distinta da que fez a transferência inicial.

É intuitivo pensar que a primeira forma de descobrir se o contato suspeito trata-se de um golpe é checar se o dinheiro realmente foi depositado na conta da vítima. Para isso, basta conferir o extrato bancário. O fator que leva a pessoa ao erro é que realmente o dinheiro está na conta.

A partir do momento em que a vítima se convence e decide fazer um Pix para a conta indicada como forma de devolver o dinheiro, ela caiu no golpe.

Estorno

O prejuízo acontece porque, em paralelo ao trabalho de convencer a vítima, o golpista se utiliza de um mecanismo criado justamente para coibir golpes, o Mecanismo Especial de Devolução (Med).

O mecanismo exclusivo do Pix foi criado para facilitar as devoluções em caso de fraudes, aumentando as possibilidades de a vítima reaver os recursos. Os criminosos acionam o procedimento, alegando que foram enganados pela pessoa que, na verdade, é a vítima.

A transação alegada é analisada. No entanto, quando os bancos envolvidos nas transferências percebem que a vítima verdadeira recebeu o valor e logo em seguida transferiu para uma terceira conta, entendem essa triangulação como típica de um golpe.

Daí, ocorre a retirada forçada do dinheiro do saldo da pessoa enganada. Desta forma, o golpista que já tinha recebido o dinheiro de volta voluntariamente consegue mais uma devolução, em prejuízo da vítima.

Uma vez constatado que caiu no golpe, a pessoa pode também acionar o mecanismo de devolução. No entanto, a conta que recebeu o dinheiro transferido por “boa fé” pode já estar zerada, sem saldo para restituir o prejuízo.

Botão “devolver”

Ao orientar o procedimento que deve ser seguido em caso de receber um Pix por engano, o Banco Central explica que “não há normas do BC ou do CMN [Conselho Monetário Nacional] sobre devoluções em caso de engano ou erro do pagador, mas o Código Penal, de 1940, trata sobre a apropriação indébita”.

O órgão orienta que “basta acessar a transação que você quer devolver no aplicativo do seu banco e efetuar a devolução”.

A ferramenta Pix tem a opção “devolver”, ou seja, é diferente de fazer outra transferência. É um procedimento que, acionado pelo cliente do banco, estorna o valor recebido para a conta que realmente originou o Pix inicial.

Esse procedimento desconfigura uma tentativa de fraude e não seria considerado irregular, caso o golpista acione o mecanismo de devolução.

Med 2.0

Em junho, a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) anunciou que sugeriu ao BC uma melhoria no Mecanismo Especial de Devolução que, atualmente, consegue bloquear dinheiro fruto de fraude apenas na conta que recebeu o recurso, a chamada primeira camada, que pode simplesmente ser zerada pelos golpistas. Com o Med 2.0, o rastreio e bloqueio passarão a mais camadas.

“Já observamos que os criminosos espalham o dinheiro proveniente de golpes e crimes em várias contas de forma muito rápida e, por isso, é importante aprimorar o sistema para que ele atinja mais camadas”, afirmou à época o diretor-adjunto de Serviços da Febraban, Walter Faria.

Segundo a federação, o desenvolvimento do MED 2.0 acontecerá no decorrer de 2024 e 2025 e a implantação será em 2026.

Edição: Maria Claudia

Agência Brasil