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Regra para plano de adaptação à mudança do clima passa na CCJ e vai a Plenário

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (15) projeto de lei que cria normas para a elaboração de planos de adaptação à mudança do clima. A proposta (PL 4.129/2021) foi analisada pelo colegiado após acordo negociado entre o governo e a oposição na terça-feira (14). O texto segue agora para a análise do Plenário.

De autoria da deputada federal Tabata Amaral (PSB-SP), o projeto estabelece as diretrizes gerais a serem seguidas pelos órgãos do Sistema Nacional de Meio Ambiente nos planejamentos para reduzir a vulnerabilidade em relação à mudança do clima nos sistemas ambiental, social e econômico. O objetivo do texto é complementar a Lei 12.187, de 2009, que estabeleceu a Política Nacional sobre Mudança do Clima (PNMC).

O PL 4.129/2021 estava na pauta do Plenário na terça-feira, mas senadores da oposição pediram mais tempo para análise. Conforme a negociação feita, após a votação na CCJ, foi acordado o retorno imediato do texto para o Plenário ainda nesta quarta-feira.

Líder do governo no Senado, o senador Jaques Wagner (PT-BA) foi o relator do projeto na CCJ. Ele acolheu parcialmente uma emenda sugerida pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). O trecho acatado, segundo o relator, visa “garantir efetiva participação do setor empresarial na formulação e implementação do plano nacional de adaptação”.

— O mais importante que eu queria era isso: que o setor privado tivesse sentado à mesa desde a concepção das diretrizes que vão determinar para onde vão os recursos, qual vai ser a legislação que será aplicada e quem serão os atores envolvidos. Porque no fim das contas, as sanções que podem vir, os impactos do que está sendo criado aqui por essa lei atingirão diretamente os empresários — afirmou Flávio.

Na reunião, o senador Esperidião Amin (PP-SC) elogiou a emenda acatada, mas questionou trechos do projeto. Para ele, o PL deveria indicar de forma mais clara os responsáveis diretos pelas ações e também as fontes de recursos para a eventual elaboração dos planos estaduais, municipais e distrital. Na mesma linha, o senador Sergio Moro (União-PR) avaliou que o projeto é “simbólico” e não resolve os problemas práticos dos efeitos da mudança climática.

— Isso não fixa direito nenhum, obrigação nenhuma, é uma proclamação. Ou seja: eu não vou negar, vou subscrever a proclamação, mas dizer que isso vai ser uma lei que vai estabelecer um plano nacional de defesa contra a mudança climática, eu faço ressalva — afirmou Esperidião Amin.

O projeto foi aprovado na comissão com votos contrários dos senadores Carlos Portinho (PL-RJ), Mecias de Jesus (Republicanos-RR), Rogério Marinho (PL-RN), Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Eduardo Girão (Novo-CE), Plínio Valério (PSDB-AM) e Hamilton Mourão (Republicanos-RS).

A CCJ também aprovou o regime de urgência para análise do texto no Plenário, conforme o acordo estabelecido. Anteriormente, no fim de fevereiro, o projeto foi aprovado na Comissão de Meio Ambiente (CMA) com voto favorável do relator, senador Alessandro Vieira (MDB-SE), que apresentou um substitutivo ao texto original da deputada Tabata Amaral (PSB-SP).

Diretrizes

Pelo texto aprovado, os planejamentos devem ter medidas para integrar a gestão do risco da mudança do clima aos planos e políticas públicas setoriais existentes e às estratégias de desenvolvimento local, estadual, regional e nacional. Além disso, as ações de adaptação devem estar ligadas aos planos de redução de emissão dos gases de efeito estufa.

As principais diretrizes para os planos são o enfrentamento dos efeitos atuais e esperados das alterações climáticas; a criação de instrumentos econômicos, financeiros e socioambientais que permitam a adaptação dos sistemas naturais, humanos, produtivos e de infraestrutura; e a integração entre as estratégias locais, regionais e nacionais de redução de danos e ajuste às mudanças.

A proposta obriga ainda o alinhamento dessas estratégias ao Acordo de Paris sob a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, assinado em 2015.

No setor agropecuário, o texto prevê estímulos à adaptação do setor ao Plano ABC, que integra a PNMC e é voltado à economia de baixa emissão de carbono na agricultura. Tais estímulos deverão envolver investimentos em pesquisa ou na implementação de práticas e tecnologias ambientalmente adequadas.

A proposta prioriza as áreas de infraestrutura urbana e direito à cidade e de infraestrutura nacional. Nesses campos, estão inclusos a segurança alimentar e hídrica, a saúde, a educação e estruturas de comunicações, energia, transportes e águas. Também terão de estar nos documentos medidas para enfrentar os desastres naturais mais recorrentes e diminuir a vulnerabilidade rural e urbana nos âmbitos local, estadual, regional e nacional.

Os planos deverão ainda ser integrados à Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (Lei 12.608, de 2012) e à Estratégia Nacional de Segurança de Infraestruturas Críticas. O substitutivo estabelece que as ações deverão ser avaliadas, monitoradas e revisadas a cada quatro anos — no projeto original, esse prazo era de cinco anos.

Segundo o texto aprovado, os planos nacional, estaduais e municipais deverão ser disponibilizados na internet. Outra alteração feita pelo substitutivo aprovado na CMA e na CCJ ressalta que as ações serão embasadas por evidências científicas, análises modeladas e previsões de cenários.

Plano nacional

O governo federal terá que elaborar um plano nacional de adaptação à mudança do clima em articulação com estados e municípios e os setores socioeconômicos, garantida a participação dos mais vulneráveis aos efeitos adversos dessa mudança e da sociedade civil.

O plano nacional deverá indicar diretrizes para a elaboração dos planos estaduais e municipais, assim como estabelecer ações e programas para auxiliar os entes federados na formulação e na implementação dos seus próprios documentos. Essa implementação poderá ser financiada pelo Fundo Nacional sobre Mudança do Clima.

Por fim, o plano deve prever cooperação internacional bilateral, regional e multilateral para o financiamento, a capacitação, o desenvolvimento, a transferência e a difusão de tecnologias e processos para a implementação de ações de adaptação, incluídos a pesquisa científica, a observação sistemática e o intercâmbio de informações.

Os planos deverão priorizar populações, setores e regiões mais vulneráveis e expostas a riscos climáticos. Critérios étnicos, raciais, de gênero, idade e condição de deficiência também deverão ser considerados na elaboração e implementação de medidas de adaptação ao clima, estabelece o projeto.

Rio Grande do Sul

Em seu relatório, Jaques Wagner menciona as fortes chuvas e enchentes que atingem o Rio Grande do Sul desde o início de maio. Ele afirma que a situação no estado gaúcho é um exemplo dos eventos climáticos extremos que têm ocorrido em todo o mundo.

“Pode-se afirmar que o evento catastrófico que observamos no Rio Grande do Sul é resultado da responsabilidade compartilhada entre os maiores emissores de GEE [gases do efeito estufa] mundiais, sobretudo a partir de combustíveis fósseis, ao longo da série histórica desde o início do período industrial. Seria ingênuo acreditar que esse desastre foi causado apenas pela ação humana dentro do território brasileiro”, diz no parecer.

O senador Marcos Rogério (PL-RO) afirmou ser necessária “cautela” para análise do tema das mudanças climáticas. Segundo ele, o projeto aumentará e centralizará competências no Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

— Toda vez que o Parlamento legisla no calor dos fatos, dos acontecimentos, nós retrocedemos no marco normativo, no marco legal. Você não pode legislar matérias complexas que terão impacto lá na ponta sob estado de violenta emoção. E nós estamos diante desse quadro. Estamos todos impactados pelo que está acontecendo no Rio Grande do Sul — disse.

De acordo com o balanço das enchentes no Rio Grande do Sul, divulgado às 12h desta quarta-feira pela Defesa Civil, as fortes chuvas atingiram 449 municípios e afetaram 2,1 milhões de pessoas. Foram registradas 149 mortes e 806 feridos. Mais de 538 mil pessoas estão desalojadas.

Fonte: Agência Senado

PF deflagra operação para combater crimes ambientais na RESEX Barreiro das Antas em Rondônia

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A Polícia Federal, em conjunto com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), deflagrou, entre os dias 10 e 13/5, a Operação Yapo, para prevenção e repressão a crimes ambientais na Reserva Extrativista – RESEX Barreiro das Antas, em Guajará-Mirim/RO.

O objetivo principal foi combater o desmatamento, a pesca e a caça ilegais no interior da RESEX.
O acesso à RESEX Barreiro das Antas é feito apenas por via fluvial, em média sete horas de deslocamento em embarcação por meio dos rios Mamoré, Pacaás e Novo, com vários trechos de difícil navegação, localizada a cerca de 100 km da sede de Guajará-Mirim.

Foram percorridos cerca de 300 km por via fluvial, dos quais 100 km na área abrangida pela RESEX, e realizados patrulhamentos terrestres e fluviais, inclusive em período noturno.

Durante a ação, foram instaladas oito placas de sinalização, a fim de demarcar os limites da Unidade de Conservação e advertir sobre as principais vedações, como caça, pesca e extração de produtos florestais sem autorização.

Criada em 2001 e com uma área de 106.198 hectares, a RESEX Barreiro das Antas é uma das cindo Unidades de Conservação Federais situadas em Guajará-Mirim (além dela, o município conta com as RESEXs Rio Ouro Preto e Rio Cautário e com os Parques Nacionais Serra da Cutia e Pacaás Novos).
O nome da operação “Yapo” significa “barro” em língua indígena e faz alusão aos barreiros que existem na RESEX. Também conhecidos como salinas, barreiros são locais que concentram naturalmente minerais no solo, atraindo, para seu consumo, diversos animais silvestres, como antas e cervídeos.

PF combate extração clandestina de madeira em terra indígena

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A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 15/5, a Operação Ankara, com o objetivo de combater a extração clandestina de madeira na Terra Indígena Aripuanã.

Está sendo cumprido também o sequestro judicial de bens dos envolvidos, até o valor aproximado de R$ 1,26 milhão.

As investigações iniciaram após realização de fiscalização conjunta da PF e do IBAMA, em julho de 2022, próximo à Aldeia Paralelo 10, em um ramal que dá acesso à Terra Indígena Aripuanã.

Foi identificada a existência de organização criminosa voltada à prática de desmatamento ilegal, extração e comercialização ilegal de madeira em terra indígena visando inserção de dados falsos no sistema SISFLORA, conferindo ares de legalidade à transação e transporte da madeira, com a sua respectiva comercialização no mercado interno.

Comunicação Social da Polícia Federal em Mato Grosso

Atletas de Teixeirópolis e Urupá são beneficiados com uniformes e materiais esportivos

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No último sábado (11), atletas dos municípios de Teixeirópolis e Urupá foram beneficiados com uniformes e materiais esportivos destinados pela deputada estadual Rosangela Donadon (União Brasil). Em Teixeirópolis foram 18 equipes beneficiadas sendo 14 masculinas e 4 femininas. Já em Urupá foram 22 duas equipes, sendo 16 masculinas e 6 femininas.

 

Os participantes do torneio de Futebol Society foram promovidos graças à deputada Rosangela Donadon. A organização do evento esportivo nos municípios de Teixeirópolis e Urupá contou com a colaboração dos assessores da deputada, o professor Luciano Viana D’orazio e Rosangela Barbosa. Demonstrando seu compromisso com o desenvolvimento esportivo em todo o estado de Rondônia, a deputada Rosangela Donadon destacou que destinou cerca de R$ 1,5 milhão para promoção do esporte em Rondônia. Esta alocação de recursos possibilitou a realização de 544 partidas em 20 municípios e 3 distritos, impactando positivamente em diversas localidades e levando o esporte a um maior número de pessoas.

 

Rosangela Donadon expressou sua gratidão pela parceria fundamental com a Federação Rondoniense de Futebol Society e a Secretaria de Estado da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), que foram peças-chave na realização deste campeonato.

 

“Acredito firmemente que investir no esporte é investir em educação, lazer, saúde e na qualidade de vida de nossa população. Agradeço a todas as pessoas que participaram e prestigiaram os torneios no fim de semana em Teixeirópolis e Urupá. Também gostaria de agradecer meus agradecimentos ao amigo desportista Natalzinho Jacoob pelo compromisso na organização da competição Podem sempre contar com o meu apoio para trabalhar em prol do bem-estar da população de Rondônia”, afirmou Rosangela Donadon.

 

Texto: Andreia Santos Machado I Assessoria parlamentar

Atuação conjunta promove recaptura de foragida da justiça mineira

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Investigação conjunta do MPRO, por meio do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública (GAESP), do MPMG e das Polícias Militares de Rondônia e do Mato Grosso, resultou na recaptura de uma mulher foragida da justiça mineira.

A prisão ocorreu na manhã desta segunda-feira (13), por guardas municipais na cidade de Lucas do Rio Verde, MT, após o veículo que ela conduzia ter sido identificado registrado em nome de pessoa procurada pela justiça. Ao abordar o veículo, a foragida foi imediatamente reconhecida e encaminhada para a Polícia Civil.

Conforme explicou o Coordenador do GAESP, Promotor de Justiça, Tiago Cadore, o MP e a PM de Rondônia foram acionados pelo Ministério Público de Minas Gerais, por haver informações de que a foragida estivesse morando em Alta Floresta ou Rolim de Moura. Porém após diligências, a PM não a localizou, mas obteve a possível localização da investigada na cidade do Mato Grosso.

De acordo com informações, a mulher cometeu o homicídio nos anos 2000, quando ela tinha 24 anos de idade. A foragida será levada para Minas Gerais, onde a justiça adotará as providências cabíveis.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Novo serviço de consulta a recolhimento de custas processuais está disponível no portal do STF

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Advogados, partes e órgãos jurisdicionais de todo o país podem emitir certidão de forma automática

Já está disponível no portal do Supremo Tribunal Federal (STF) o novo serviço de consulta a recolhimento de custas processuais. Advogados, partes e órgãos jurisdicionais de todo o país podem emitir certidão de forma automática indicando a situação atual de um recolhimento de custas judiciais no âmbito do Supremo.

Para realizar a consulta e obter a certidão, basta informar o CPF ou o CNPJ do responsável pelo pagamento das custas e o número de referência, que é a chave identificadora da forma de recolhimento utilizada pelo interessado (GRU – Guia de Recolhimento da União ou o PagTesouro).

O serviço confere maior transparência aos recolhimentos, pois podem ser consultados por qualquer interessado, inclusive órgãos jurisdicionais responsáveis pela análise de admissibilidade de recursos extraordinários, sempre que houver alguma dúvida sobre o comprovante de recolhimento apresentado. Essa possibilidade pode evitar determinações judiciais para recolhimento em dobro de valores a título de preparo recursal, tornando mais célere o trâmite de recursos e evitando pedidos administrativos de restituição de custas.

Para esclarecimentos:

Ouvidoria do STF (clique aqui ou 61 3217 3000).

Assessoria de Comunicação Institucional

Chegada de turistas internacionais no Brasil cresce 7,4% em 2024

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O Brasil fechou o primeiro quadrimestre de 2024 com alta de 7,4% no número de turistas internacionais em relação ao ano passado: foram 2,92 milhões de turistas. Em 2023, foram 2,71 milhões. Esse foi o terceiro melhor quadrimestre da história, atrás apenas de 2018 (3,10 milhões) e 2017 (2,99 milhões).

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pela Embratur, em parceria com o Ministério do Turismo (MTur) e a Polícia Federal (PF) e reforçam a tendência de crescimento.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, comemorou os resultados e comentou sobre o protagonismo do país. “O Brasil está sendo visto lá fora e tem atraído a atenção dos estrangeiros. Esses números refletem o trabalho desenvolvido pelo Ministério do Turismo e pela Embratur em mostrar ao mundo o que o nosso país tem a oferecer, com sua rica gastronomia, belezas naturais incomparáveis e seu povo acolhedor. Estamos preparados para receber cada vez mais turistas internacionais em solo brasileiro”, destacou.

“Tivemos um 2023 de recuperação a níveis de pré-pandemia de chegada de turistas e já batemos recorde de receita com o turismo. Em 2024, os números mostram uma curva de crescimento consolidada, devemos fechar esse ano com resultados muito positivos”, afirma o presidente da Embratur, Marcelo Freixo. “E essa entrada crescente de turistas significa mais investimento no Brasil, mais dinheiro girando na nossa economia, é o dinheiro pago na ponta, gerando emprego e renda em todo o país”, reforça Freixo.

A Argentina lidera o ranking de emissores ao Brasil em 2024, com mais de 1,07 milhão de viajantes. Em crise econômica, o país acumula no ano uma queda de 11,1%. Contudo, a tendência está sendo revertida mês a mês, e em abril a redução foi de apenas -4,3%. No acumulado do quadrimestre, os maiores crescimentos entre os principais emissores são do Chile (32,2%), França (25,5%), Itália (18,5%) e Alemanha (15,7%).

Quadrimestre com aumento de +7,9% em relação ao mesmo período de 2023

2023 | 2.713.130 (+7,4% em 2024)*

2019 | 2.788.014 (+4,8% em 2024)

2018 | 3.100.028 (-5,8% em 2024)

*Foi o terceiro melhor quadrimestre da história, atrás apenas de 2018 (3,10 milhões) e 2017 (2,99 milhões).

Ranking de emissores no primeiro quadrimestre 2024

1) Argentina 1.070.545 (-11,1%)

2) Chile 258.523 (+32,2%)

3) Estados Unidos 251.419 (+9%)

4) Paraguai 217.392 (+9,8%)

5) Uruguai 199.316 (+13,8%)

6) França 84.468 (+25,5%)

7) Portugal 82.164 (+13,8%)

8) Alemanha 75.025 (+15,7%)

9) Reino Unido 65.994 (+15%)

10) Itália 55.165 (+18,5%)

 

Por: Ministério do Turismo

PF e CGU investigam desvio de R$ 100 milhões em repasses do FUNDEB

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A Polícia Federal, em conjunto com a Controladoria Geral da União, deflagrou a Operação Contrassenso nesta quarta-feira (15/5) com o objetivo de desarticular grupo criminoso responsável por fraudar o Censo Escolar Municipal de Santa Quitéria/MA, durante o período de 2020 a 2023.

Ao todo, 32 policiais federais participam da operação, e cumprem sete mandados de busca e apreensão e dois mandados de prisão temporária nas cidades de Santa Quitéria, Magalhães de Almeida e São Luís/MA, além de demais medidas cautelares, como o afastamento do cargo dos agentes públicos envolvidos, bloqueio de valores no montante de R$ 38 milhões, além da suspensão de contratos entre empresas e órgãos públicos.

De acordo com as investigações, a fraude ocorria com a inserção de dados falsos no sistema EducaCenso, do Ministério da Educação, visando o recebimento a maior de recursos do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica  (FUNDEB).

Apurou-se que o Município de Santa Quitéria/MA teria registrado o aumento de 1439% na quantidade de matrículas de estudantes na modalidade Educação de Jovens e Adultos – EJA, entre os anos de 2020 e 2021, o que teria resultado no recebimento indevido de cerca de R$100.000.000 em repasses do FUNDEB em 2022.

Também estão sendo investigadas possíveis fraudes em procedimentos licitatórios e contratos, que teriam sido pagos com verbas do FUNDEB recebidas indevidamente.

Diante desses fatos, a Polícia Federal representou perante o Juízo da 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de São Luís/MA, obtendo as medidas judiciais que estão sendo cumpridas nesta quarta-feira.

Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por inserção de dados falsos, peculato, associação criminosa e fraude licitatória.

Por: Polícia Federal 

Link: https://www.gov.br/pf/pt-br/assuntos/noticias/2024/05/pf-e-cgu-investigam-desvio-de-r-100-milhoes-em-repasses-do-fundeb

Mais de 14,7 milhões de brasileiros já limparam nome com o Desenrola Brasil

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Quitar as dívidas e limpar o nome na praça. O Desenrola Brasil, programa do Governo Federal que possibilita a renegociação de débitos com cartão de crédito e contas atrasadas de água, luz ou telefone com descontos de até 96%, por exemplo, está na reta final. As negociações seguem até a próxima segunda-feira (20/5).

Esta fase do programa é para quem ganha até dois salários mínimos por mês (R$ 2.824) ou está inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). Os pagamentos podem ser a vista ou parcelados, sem entrada e com até 60 meses para pagar.

Outros critérios são: dívidas que tenham sido negativadas entre janeiro de 2019 e dezembro de 2022, e que não ultrapassem o valor atualizado de R$ 20 mil cada (valor de cada dívida antes dos descontos do Desenrola)

Como acessar

As dívidas podem ser renegociadas na plataforma do Desenrola Brasil. O programa também pode ser acessado por meio dos sites e aplicativos da Serasa Limpa Nome, do Itaú Unibanco, do Santander e da Caixa Econômica Federal.

Com essa integração das plataformas parceiras à do Desenrola, os clientes dos parceiros que se enquadram nos critérios do programa conseguem ver se existem ofertas pelo âmbito do programa. Eles podem ser redirecionados para o site do programa, onde é possível consultar as dívidas e fazer os pagamentos, sem necessidade de outro login.

Para ter acesso ao Desenrola diretamente pela plataforma do programa, é necessário ter uma conta GOV.BR. Usuários de todos os tipos de contas (bronze, prata e ouro) podem visualizar as ofertas de negociação e até parcelar o pagamento. Caso a pessoa opte pelos canais parceiros, não existe necessidade de uso da conta GOV.BR.

Beneficiados

Segundo último balanço divulgado pelo Ministério da Fazenda, mais de 14,7 milhões de brasileiros já foram beneficiados com a negociação de R$ 51,7 bilhões em dívidas.

Foi o caso da Naiane de Santana, moradora de Brasília. Ela possuía uma dívida de R$ 10 mil em uma instituição financeira. Ao acessar plataforma do programa, conseguiu limpar o nome com uma proposta de R$ 600 para quitar o débito, com possibilidade de parcelar o valor e pagar a primeira parcela em 60 dias.


“Para mim foi muito bom ter essa possibilidade porque essa dívida estava me preocupando muito, ela deixava meu nome negativado. Agora com o Desenrola eu consegui realmente desenrolar”, afirmou Naiane


Na média, os inadimplentes têm acesso a descontos de 83% sobre o valor das dívidas. De acordo com o diretor da secretaria de Reformas Econômicas do Ministério da Fazenda, Alexandre Ferreira, moradores de todos os municípios do país acessaram a plataforma do Desenrola e renegociaram dívidas pelo programa. Outro dado: 55% das negociações foram feitas por mulheres.


“Segunda-feira a gente encerra essa faixa da plataforma que já ajudou muitos brasileiros, muitas brasileiras a se desenrolarem e a voltarem a conseguir se organizar financeiramente e consumir com responsabilidade. Era muito dinheiro que estava preso em dívida, o que gera um problema para a vida das pessoas que ficam com o nome negativado. Quem está ou esteve com o nome sujo, sabe como é. Você fica com restrição para fazer um novo parcelamento, muitas vezes de um eletrodoméstico que precisa, para um pequeno negócio, ou precisa fazer um contrato de aluguel novo, então fica ali com o nome pendurado”, disse Ferreira


O que pode ser renegociado

Além das dívidas bancárias, como cartão de crédito, também estão incluídas as contas atrasadas de outros setores, como escolas, colégios, energia, água, telefonia e comércio. A plataforma do Desenrola permite parcelar a negociação dessas dívidas até mesmo com bancos nos quais a pessoa não tenha conta, podendo escolher aquele que oferecer a melhor taxa na opção de pagamento parcelado.

Outra vantagem do programa para quem tem duas ou mais dívidas (mesmo que com diferentes credores) disponíveis para negociação na plataforma do Desenrola é poder juntar todos os débitos e fazer uma só negociação, pagando à vista em um único boleto ou PIX, ou financiando, a prazo, o valor total no banco de preferência.

Fake news

Nesta reta final, o Ministério da Fazenda também desmente duas fake news que têm circulado sobre o programa: ao negociar as dívidas pelo Desenrola Brasil, o cidadão não perde nenhum benefício social e também não fica com o nome sujo nos sistemas do Banco Central.

O Relatório de Empréstimos e Financiamentos do sistema Registrato do Banco Central não é um cadastro restritivo. Ele exibe o “extrato consolidado” das dívidas bancárias, empréstimos e financiamentos, tanto do que está em dia quanto do que está em atraso. Isso permite que o cidadão acompanhe, em um só lugar, todo o seu histórico financeiro e se previna contra golpes.

Assim, as dívidas que forem negociadas no Desenrola para pagamento parcelado vão aparecer no extrato emitido pelo Banco Central, assim como outras dívidas bancárias, para que possam ser acompanhadas somente pelo cidadão. Os bancos não acessam os relatórios das pessoas; eles conseguem ver apenas as informações consolidadas, quando o cidadão autoriza esse acesso.

Outros Desenrola

O alcance e resultados do Desenrola Brasil, que teve início em julho do ano passado, serviram de referência para o Governo Federal idealizar outros programas de negociação de dívidas.

Um deles é o chamado Desenrola do Fies. Desde seu lançamento, em novembro de 2023, a iniciativa já beneficiou mais de 283 mil pessoas com débitos junto ao Fundo de Financiamento Estudantil. A iniciativa, que oferece descontos de até 99% nas dívidas e de até 100% nos juros, já renegociou mais de R$ 12 bilhões. O Desenrola do Fies segue até o próximo dia 31 maio.

E na última segunda-feira (15/5) teve início o Programa Desenrola Pequenos Negócios. Microempreendedores Individuais (MEIs), Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões têm a oportunidade de renegociar dívidas em atraso com instituições financeiras. O Desenrola Pequenos Negócios faz parte do Acredita Brasil, programa do Governo Federal que visa fortalecer o ambiente de negócios e impulsionar o crescimento econômico do país.

Leia também: Começa o Desenrola Pequenos Negócios

Para participar, as dívidas devem estar em atraso há mais de 90 dias, contados a partir do dia 22 de abril, data de lançamento do programa. Não há limite para o valor da dívida ou tempo máximo de atraso. Isso significa que empresas com débitos antigos e de valores elevados também poderão se beneficiar da iniciativa, negociando condições mais favoráveis para a quitação de suas obrigações. A negociação deve ser realizada diretamente com os canais de atendimento das instituições financeiras.

 

 Agência Gov

Trabalhadores e hospitais universitários federais homologam acordo salarial

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Representantes da gestão da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) e de entidades sindicais assinaram, nesta terça-feira (14), o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) referente ao período 2024/2026. Foram homologados, junto ao Tribunal Superior do Trabalho (TST), pontos das cláusulas sociais e econômicas. A assinatura ocorreu após a homologação do acordo, na quinta-feira (9).

Em termos salariais, houve o reajuste de 80% do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) sobre salários e benefícios neste ano e 100% no próximo, conferindo previsibilidade financeira para os trabalhadores da estatal. Alguns ganhos foram acima do INPC, dentre eles o vale-alimentação, que passa de R$ 660,09 para R$ 800,00 com crédito a partir de julho, e a R$ 1.000,00 em março do próximo ano, um aumento de 51,49%. O auxílio-creche foi incrementado em 126,63%, saindo de R$ 213,96 para R$ 484,90.

Para o assessor da presidência da estatal, Fausto Figueira, os avanços nas cláusulas econômicas e sociais reafirmam a postura da Ebserh de valorização dos trabalhadores, o ‘cuidar de quem cuida’, e, também, o equilíbrio financeiro que garante a exequibilidade das propostas, tendo em vista os limites econômicos da empresa pública dependente do Tesouro. “Somos sujeitos a um orçamento federal e, a rigor, ele determina o limite dos nossos avanços. Dependemos 100% do orçamento federal”, afirma.

Já a diretora de Gestão de Pessoas, Luciana de Gouvêa Viana, destaca que esta é a primeira vez na história da Ebserh que um acordo é fechado com vigência de dois anos, o que permite melhor implantação das conquistas. “Desta forma, o ACT bienal é muito bem-vindo, pois entendemos que as relações e negociações com os trabalhadores não terminam com a assinatura do acordo. Mantemos diálogo permanente com os empregados, promovendo avanços de carreira e de benefícios independentes da assinatura do ACT”.

Luciana ressalta também a mudança da data base para 1º de junho, pois neste período a Empresa já contará com as diretrizes de negociação da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest). “Isso permite que o processo negocial seja mais célere”, concluiu a diretora.

Sobre a Ebserh

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

Por Ebserh