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Compromisso: Vilhena receberá nova escola de educação infantil no bairro Alphaville

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Instituição será construída próximo à Escola Felipe Rocha e garantirá 380 novas vagas

Para ampliar e qualificar o acesso à educação, reduzir distâncias e fortalecer políticas públicas voltadas à primeira infância, a Prefeitura de Vilhena, por meio da Secretaria Municipal de Educação (Semed), assinou na manhã desta segunda-feira, 24, a ordem de serviço que autoriza o início da construção de mais uma Escola de Educação Infantil no município.

A unidade será erguida no bairro Alphaville e marca o pontapé inicial de um novo ciclo de investimentos na rede municipal de ensino. A obra representa a expansão planejada da infraestrutura educacional e reforça o compromisso da gestão em oferecer mais qualidade, conforto e segurança para as crianças e suas famílias.

Com 10 salas de aula e capacidade para atender aproximadamente 380 crianças, entre creche e pré-escola, a nova unidade escolar ampliará significativamente a oferta de vagas na região. A escola beneficiará diretamente as famílias do Alphaville e bairros adjacentes, reduzindo a necessidade de deslocamentos longos e garantindo acesso a um espaço moderno, adequado e preparado para o desenvolvimento integral das crianças.

O investimento total ultrapassa R$ 4,6 milhões, sendo recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) somados à contrapartida de cerca de R$ 1 milhão do Município para itens não financiáveis. A unidade será construída nos fundos da Escola Felipe Rocha.

Segundo explicou o prefeito Flori Cordeiro, além de ampliar o número de vagas e responder a uma demanda crescente, a construção da escola representa um avanço significativo para toda a comunidade. “A chegada da nova unidade valoriza o bairro, movimenta a economia local, impulsiona a geração de empregos durante a obra e reafirma o compromisso do município em garantir às crianças um ambiente educativo de excelência”, destacou.

 

Assessoria

Leilão de bens inservíveis arrecada mais de R$ 260 mil para o Município de Vilhena

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Resultado supera previsão inicial e contribui para a racionalização de recursos da administração

A Prefeitura de Vilhena arrecadou, no mês de novembro, mais de R$ 260 mil com o Leilão Público nº 01/2025. A iniciativa foi conduzida pela Secretaria Municipal de Administração (Semad), por meio da Comissão Especial para Levantamento de Veículos e Bens Móveis Inservíveis para Leilão.

Ao todo, o certame ofertou 18 lotes de bens móveis considerados inservíveis ao patrimônio municipal, incluindo veículos, máquinas, equipamentos, mobiliário e sucatas. A ação teve como objetivo dar destinação adequada a itens sem utilidade para a administração, reduzindo custos de armazenamento, liberando espaço físico e gerando receita adicional ao município.

Os lances foram recebidos por meio da plataforma oficial do leiloeiro credenciado, permitindo a participação de interessados de diversas regiões e garantindo transparência e competitividade ao processo.

Segundo a Semad, a realização periódica de leilões de bens inservíveis reforça o compromisso da gestão municipal com a eficiência administrativa, a racionalização dos recursos públicos e a boa gestão do patrimônio.

Escola Euzébio de Queiroz recebe climatização completa após investimento do deputado Ezequiel Neiva

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Climatização garante mais conforto para estudantes e professores.

Diretor Adauto da Silva recebeu o deputado estadual Ezequiel Neiva (Foto: Alexandre Almeida / Secom ALE/RO)

A Escola Municipal de Ensino Fundamental Euzébio de Queiroz recebeu climatização completa em todas as salas de aula. Os novos aparelhos de ar-condicionado foram instalados graças a um investimento do deputado estadual Ezequiel Neiva (União Brasil), atendendo a uma solicitação do vereador Izaias Jovino (União Brasil) no município de Alto Alegre dos Parecis.

A iniciativa chegou em um momento de necessidade, já que Alto Alegre dos Parecis é uma região conhecida pelas altas temperaturas durante boa parte do ano. A climatização das salas de aula garante mais conforto térmico para estudantes e professores, contribuindo diretamente para a melhoria do aprendizado.

Ezequiel Neiva garantiu investimento para a aquisição de ar-condicionado para todas as salas (Foto: Alexandre Almeida / Secom ALE/RO)

“Este foi um pedido para atender com ar-condicionado todas as salas de aula, climatizando todas as salas para melhorar as condições de aprendizagem dos nossos alunos e facilitando a transmissão do conhecimento pelos professores”, destacou o deputado estadual Ezequiel Neiva.

O diretor da escola, Adauto da Silva, valorizou o trabalho desempenhado pelo parlamentar. “Agora melhorou bastante com as salas climatizadas, pois a qualidade no ensino melhorou muito. Quero agradecer o deputado Ezequiel Neiva por ter atendido o vereador Izaias, que sempre tem se prontificado a trabalhar pela educação. Em breve, a Escola Euzébio de Queiroz terá mais melhorias e já agradeço por tudo que foi feito”, afirmou.

O vereador Izaias Jovino celebrou mais um investimento em uma escola municipal. “Quero agradecer o nosso deputado Ezequiel Neiva por atender essa demanda da educação. Ele é quem mais investe na educação com investimento em todas as escolas do município. Os professores estão felizes e assim está valorizando o trabalho dos educadores do nosso município”, disse.

O suplente de deputado federal Wiveslando (União Brasil) também destacou a atuação do parlamentar. “Nosso deputado Ezequiel Neiva tem se mostrado muito preocupado com a educação e a prova disso é mais um investimento em uma escola de Alto Alegre dos Parecis, fortalecendo a educação local”, ressaltou.

Com a instalação dos novos equipamentos, a Escola Euzébio de Queiroz dá mais um passo importante na melhoria do ambiente escolar e no fortalecimento da educação municipal. “Este é um trabalho realizado em parceria com o nosso governador, coronel Marcos Rocha, e com o prefeito Dena, para garantir mais comodidade e melhores condições aos usuários da unidade educacional”, finalizou.

Texto e fotos: Alexandre Almeida I Secom ALE/RO

Restrição a uso de grandes quantias em dinheiro é aprovada pela CCJ

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (26) projeto que estabelece limites e condições para o uso de dinheiro em espécie. O texto autoriza o Conselho Monetário Nacional (CMN) a definir valores máximos e regras para pagamentos em espécie, com o objetivo de reforçar o combate à lavagem de dinheiro. Do senador Flávio Arns (PSB-PR), o projeto foi aprovado na forma de substitutivo do senador Oriovisto Guimarães (PSDB-PR) e por isso passará por uma votação suplementar na CCJ.

O PL 3.951/2019 altera a Lei de Lavagem de Dinheiro (Lei 9.613, de 1998) para determinar que o CMN, ouvido o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), definirá os valores máximos e as condições para pagamentos e transações realizadas em espécie, inclusive no caso de cheques e boletos bancários. O substitutivo de Oriovisto mantém a emenda aprovada na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) que proíbe, de forma expressa, o uso de qualquer valor em espécie em transações imobiliárias.

Parâmetros do Conselho Monetário Nacional

A versão original do projeto estabelecia diretamente os seguintes limites para operações em espécie:

  • Proibição de uso de dinheiro em espécie em transações comerciais ou profissionais acima de R$ 10 mil;
  • Proibição de pagamento de boletos em espécie acima de R$ 5 mil;
  • Restrição à circulação de dinheiro vivo em montantes superiores a R$ 100 mil, salvo com comprovação de origem e destino lícitos;
  • Proibição de posse de valores acima de R$ 300 mil, exceto em situações justificadas; e
  • Penalidades de multa e confisco em caso de descumprimento das regras, com recursos revertidos ao Coaf.

Para o relator Oriovisto, além de “excessivamente detalhadas”, as regras extrapolariam os limites do poder normativo do Congresso. Ele argumenta que a definição dos parâmetros operacionais e limites financeiros deve ser feita por órgão técnico competente, com base em critérios atualizados e flexíveis, justificando a transferência dessa atribuição ao Conselho Monetário Nacional.

Lavagem de dinheiro

Segundo o relator, o projeto foi inspirado na publicação Novas Medidas Contra a Corrupção, lançada pela FGV e pela Ong Transparência Internacional, e tem como objetivo contribuir com mecanismos legais de enfrentamento à lavagem de dinheiro, ao financiamento do terrorismo e à corrupção. Ele ainda informou que essa é uma demanda, inclusive, dos diretores do Banco Central e do Coaf. 

— Esse projeto é bastante simples e trata de regular o uso do dinheiro em espécie. Aliás, nos tivemos uma audiência com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípollo e com o presidente do Coaf [Ricardo Saadi], em que eles reclamavam da falta de instrumento para estabelecer determinados controles, sobretudo na lavagem de dinheiro. Então eu acho que esse projeto vem a atender exatamente o que eles pedem. 

O presidente da CCJ, senador Otto Alencar (PSD-BA), elogiou o projeto e o voto do relator. 

— É uma matéria bem condizente com o momento — declarou Otto.

Fonte: Agência Senado

CCJ aprova descriminalização de corte ou poda de árvore em risco de acidente

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A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) aprovou nesta quarta-feira (26) a descriminalização de poda ou corte de árvore em razão de risco de acidente, se o órgão ambiental não atender pedido nesse sentido em até 45 dias. A matéria recebeu relatório favorável do senador Sergio Moro (União-PR) e segue para votação no Plenário do Senado em regime de urgência.

O PL 542/2022, do deputado Vinicius Carvalho (Republicanos-SP), altera a Lei de Crimes Ambientais (Lei 9.605, de 1998), estabelecendo que o risco de acidente — em local público ou privado — deverá ser atestado por profissional habilitado, que poderá também ser contratado para a execução do serviço.

Para o senador Sergio Moro, a exposição a perigo, em razão da falta de poda ou de corte de uma árvore, é motivo suficiente para excluir a ilicitude da conduta descrita na Lei de Crimes Ambientais.

— Com efeito, ao demorar para decidir em tempo hábil acerca dos pedidos de podas de árvores, o poder público coloca em risco a integridade física e o patrimônio das pessoas. Não é razoável punir-se o cidadão que, diligentemente, procura prevenir acidentes.

Em sua avaliação, o projeto equilibra adequadamente os direitos em jogo, concedendo prazo razoável para manifestação da autoridade pública, após o qual o cidadão estará autorizado a promover a poda ou o corte de árvore, sem receio de persecução penal.

Sergio Moro rejeitou emenda apresentada na Comissão de Meio Ambiente (CMA) pela qual os profissionais responsáveis por atestar o risco de acidente ou por realizar a poda ou o corte deviam ser credenciados pelos municípios.

— Essa alteração criaria apenas mais um entrave burocrático ao cidadão cumpridor dos seus deveres. A redação original […], ao exigir que o requerimento seja instruído com laudo de empresa ou de profissional habilitado, já é suficiente para impedir cortes ou podas indevidos — disse Moro.

Fonte: Agência Senado

Alero apoia 10º Leilão Direito de Viver em prol do Hospital de Amor

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Ação incentiva doações que concorrem a prêmios e ajudam pacientes oncológicos.

Automóvel Fiat Mobi, um dos prêmios do 10º Leilão Direito de Viver, exposto na área externa da Assembleia Legislativa (Foto: Thyago Lorentz | Secom ALE/RO)

A Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) aderiu oficialmente ao 10º Leilão Direito de Viver Porto Velho, iniciativa beneficente em prol do Hospital de Amor, instituição que presta atendimento oncológico gratuito e acompanha milhares de pacientes ao longo de todo o ano.

Na manhã desta terça-feira (25), servidores e visitantes foram recebidos com uma ação de panfletagem no hall de entrada da Casa, com o objetivo de estimular a participação no leilão e reforçar a importância da campanha. A mobilização destaca os prêmios que serão sorteados no próximo dia 7: um Fiat Mobi Like 2025/2026, para quem realizar doação no valor de R$ 100, e uma Honda CG Fan 2025/2026, para contribuintes que doarem R$ 30.

Os servidores interessados em participar podem adquirir suas cartelas diretamente na Secretaria de Modernização, localizada no 3º andar da Alero.

O subchefe de gabinete da Presidência, Marcos Matos, ressaltou o engajamento da Assembleia na iniciativa e o compromisso social da instituição.

 

Visitantes da Alero recebem materiais informativos sobre o 10º Leilão Direito de Viver (Foto: Thyago Lorentz | Secom ALE/RO)

Segundo ele, a ação foi fortalecida pela união entre o presidente Alex Redano e os demais deputados.

“O presidente Alex Redano, em parceria com outros parlamentares, encabeçou essa missão junto ao décimo Leilão Direito de Viver. A Alero, como sempre, faz todo um diferencial nessas questões sociais, com muita determinação. Esperamos que servidores, colaboradores e visitantes adiram a essa parceria tão nobre. Estamos aqui de pronto, porque é uma causa muito importante. Que todos que fizerem sua doação e adquirirem a cartela sejam contemplados e, automaticamente, estarão ajudando essa campanha tão necessária para o Hospital de Amor”, afirmou.

 

Subchefe de gabinete da Presidência, Marcos Matos, fala sobre o apoio da Alero ao 10º Leilão Direito de Viver (Foto: Thyago Lorentz | Secom ALE/RO)

 

A campanha segue ativa até o dia do sorteio, reforçando o compromisso da Alero com ações de solidariedade e apoio às instituições que atuam no cuidado da saúde da população.

 

Texto: Marcela Bomfim | Jornalista Secom ALE/RO

MPF recomenda ao Incra retomada do processo de regularização e destinação para reforma agrária de fazenda em RO

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Objetivo é garantir segurança jurídica e evitar conflitos após decisão judicial recente que determinou a desocupação da área

Foto mostra uma área verde cercada

Foto: Image by jeswin em Freepik

O Ministério Público Federal (MPF) expediu recomendação para que o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) adote, de forma imediata e prioritária, todas as providências necessárias para impulsionar o processo de assentamento e regularização fundiária da Fazenda Morro Vermelho, localizado no Distrito de Jacy-Paraná, em Porto Velho (RO).

A recomendação foi motivada pelo prolongado histórico de inércia, acompanhado pelo MPF desde 2015. Ainda em 2023, o Incra informou ao órgão ministerial que havia pendências técnicas e operacionais para concluir a regularização.

Segundo o MPF, a falta de organização administrativa, associada ao histórico de conflitos no campo no estado, pode gerar ou intensificar tensões e situações de conflito agrário, razão pela qual o órgão atua também de maneira preventiva. “O estado de Rondônia é notório por vários conflitos agrários e mortes no campo e os órgãos públicos ligados à temática de reforma agrária e regularização fundiária não podem se omitir no exercício de suas atribuições constitucionais”, alerta a recomendação.

A situação merece urgência especialmente após a sentença publicada em setembro deste ano, que julgou procedente ação de reintegração de posse movida pelo próprio Incra e determinou a desocupação da área em 30 dias. A mesma decisão autorizou o órgão a dar destinação legal ao imóvel, incluindo a identificação de possíveis beneficiários da reforma agrária.

A recomendação indica, então, que a autarquia constitua um grupo de trabalho específico e apresente um cronograma de ações em até 90 dias. Segundo o MPF, é fundamental a manutenção de um diálogo constante com a comunidade, incluindo a participação de um representante dos ocupantes nas discussões e a garantia de transparência em todas as etapas.

O MPF recomenda, ainda, que o Incra realize um levantamento sócio-ocupacional das famílias do acampamento Egídio Brunetto – que ocupa a área – para identificar suas condições de vulnerabilidade e apurar a existência de histórico de conflitos na localidade. A autarquia deve efetivar, em prazo razoável, a análise e o cadastramento dos interessados que atendam aos requisitos do Programa Nacional de Reforma Agrária.

Por fim, o MPF destaca que é fundamental que o Incra mantenha atualizado e divulgue amplamente em seu site o cadastro de áreas desapropriadas e de beneficiários da reforma agrária em Rondônia, assegurando a necessária transparência à política pública.

Íntegra da recomendação

Assessoria de Comunicação
Ministério Público Federal em Rondônia

Cultura do alho ganha zoneamento de risco climático

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Zarc delimita as áreas e épocas de baixo risco climático para a implantação e produção do alho no Brasil

Cultura do alho ganha zoneamento de risco climático

O alho é a mais nova hortaliça contemplada no Programa Nacional de Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que estabelece as regiões de produção e épocas de plantio mais favoráveis para o cultivo no território brasileiro, com base nas probabilidades ou risco de perda de produção causada por eventos meteorológicos adversos. 

As portarias foram publicadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) no Diário Oficial da União (DOU) desta terça-feira (25). Os estudos foram elaborados por pesquisadores da Embrapa Hortaliças, em conjunto com associações de produtores e instituições de ensino e de pesquisa agropecuária. 

O zoneamento funciona como um instrumento de gestão de risco climático e, no caso do alho, abrange as regiões tropicais e subtropicais do país, com o propósito de orientar produtores, agentes financeiros e seguradoras. A implantação da lavoura fora dos períodos indicados está sujeita a elevada probabilidade de perdas. 

O objetivo do zoneamento para a cultura do alho foi identificar as áreas de menor risco climático e definir os melhores períodos de plantio no Brasil, visando reduzir perdas de produção e obter melhores rendimentos. O pesquisador Marcos Braga, responsável técnico pelos estudos, assinala que o Zarc avalia exclusivamente riscos agroclimáticos, portanto, parte-se do pressuposto de que todas as outras necessidades da cultura serão atendidas com um adequado manejo agronômico. 

ALHO EM CLIMA TROPICAL E SUBTROPICAL 

Os estudos consideraram as cultivares de alho nobre, que representam a maior parte da produção nacional que chega aos mercados, pois alcançam maior valor comercial e atendem melhor às exigências do consumidor em termos de qualidade de bulbo. Na opinião do pesquisador Francisco Vilela, membro da equipe Zarc Alho, a subdivisão do zoneamento em duas regiões, em função do clima tropical ou subtropical, é o aspecto mais relevante porque, apesar das variedades serem as mesmas, as épocas de plantio e os sistemas de produção apresentam diferenças importantes.  

PRINCIPAIS RISCOS CLIMÁTICOS PARA O ALHO 

Como o alho é uma espécie originária do continente asiático, em regiões de clima frio, para a cultura ter um bom desenvolvimento e alta produtividade no Brasil é indispensável que as regiões e épocas de produção atendam a certas condições de temperatura e fotoperíodo – referente ao número de horas de luz por dia. 

As cultivares de alho nobre são originárias do sul do Brasil e requerem mais de 13 horas diárias de luz e temperaturas diárias mais baixas, entre 13 e 18ºC, para formação de bulbos de bom tamanho e valor comercial. Cultivares mais precoces respondem ao estímulo de dias mais curtos, enquanto materiais tardios como os alhos nobres dependem de dias mais longos para conseguir formar bulbos. “Quando o número de horas de luz fica abaixo do mínimo exigido pela cultivar ocorre somente o crescimento vegetativo da planta”, explica Braga. 

Em relação à temperatura, o alho exige temperaturas amenas (18º a 20ºC) na fase inicial do ciclo, temperaturas mais baixas (10º a 15ºC) durante as fases vegetativa e de bulbificação, e temperaturas mais elevadas (20º a 25ºC) no período de maturação. Segundo o pesquisador, o acúmulo de horas de frio é fundamental para a resposta do alho ao fotoperíodo, resultando em boa formação dos bulbos de alho e para a produtividade da lavoura.  

Assim, alguns limiares de temperatura foram utilizados na avaliação de riscos para a cultura. Em condições subtropicais, a temperatura média deve ser menor que 14ºC e a temperatura máxima não pode ultrapassar 31ºC no período que se estende do plantio até o início da bulbificação das plantas. Já em condições tropicais, a temperatura média não pode ser superior a 12ºC nem a máxima acima de 32ºC. Esses parâmetros apresentaram bom desempenho como delimitadores do desempenho da cultura em diversos locais de produção conhecidos.  

Um critério auxiliar adotado no zoneamento desta cultura é a altitude, pois é um fator relevante para as condições térmicas que afetam a produção de alho nobre em produtividade e qualidade. Em regiões subtropicais, a altitude mínima para estabelecer os cultivos deve estar acima de 600 metros, enquanto em locais tropicais fica acima de 750 metros.  

A PRÁTICA DA VERNALIZAÇÃO 

É indispensável que o alho nobre passe pelo processo de vernalização, tratamento de frio do alho semente pré-plantio, antes da implantação da lavoura para garantir uma boa produção independentemente das condições climáticas futuras. O pesquisador Francisco Vilela explica que a vernalização dos bulbos é capaz de tornar a planta menos exigente em fotoperíodo e em temperaturas baixas, permitindo formação de bulbos em locais que não possuem as condições climáticas ideais para determinada cultivar.  

“O processo de vernalização do alho-semente em câmara frigorífica ocorre em faixas de temperaturas positivas entre 3ºC a 5ºC ou negativas entre -1 a -3ºC e umidade relativa do ar de 65 a 70%, dependendo do sistema de produção adotado e níveis de produtividade almejados pelo produtor. Essa técnica permitiu ampliar as regiões e as épocas de cultivo das cultivares de alho nobre, anteriormente restritas ao Sul do Brasil”, esclarece o pesquisador, ao contar que hoje as cultivares de alho nobre têm sido plantadas, com vernalização, desde o centro-norte do Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Minas Gerais, Goiás e regiões de altitude do norte da Bahia e da Chapada Diamantina.  

Vilela conta que a vernalização do alho-semente antes do plantio é uma exigência nas áreas de clima tropical. Já nas regiões subtropicais, como o sul do país, a prática pode ser dispensável, muito embora tenha sido feita por segurança em função das mudanças climáticas. “Essas variações das formas de produção do alho são peculiares do Brasil. Em outros países, o processo é muito mais homogêneo”, observa o pesquisador.  

DISPONIBILIDADE DE ÁGUA

O cultivo do alho em sistemas de produção não irrigados, ou seja, de sequeiro, apresenta risco elevado de perdas por déficit hídrico.  

Com um sistema radicular superficial, o alho é uma planta bastante sensível à falta de água. Contudo, irrigação em excesso também pode prejudicar a produtividade e a qualidade do alho, notadamente em solos com problemas de drenagem. Assim, irrigar no momento correto e na quantidade adequada é decisivo para a obtenção de altas produtividades e a qualidade do produto.  

Em relação à necessidade hídrica da cultura, estima-se que varia de 400 mm a 850 mm, dependendo das condições climáticas e do ciclo de produção. Portanto, como o alho é uma cultura muito exigente em água durante o seu ciclo produtivo, os cultivos comerciais são irrigados, principalmente com sistemas por aspersão, sejam convencionais ou mecanizados.  

“Mesmo nas regiões subtropicais do país, mais frias, alguns poucos locais suportariam o cultivo dependente de chuvas, porém com baixa janela de plantio e alto grau de risco de perdas. Assim, para todo o Brasil foi considerado somente o cultivo do alho em sistema de produção irrigado”, assinala Braga.  

OUTROS RISCOS ASSOCIADOS AO ALHO 

O cultivo do alho não deve ser realizado em áreas onde já tenha sido identificada a ocorrência de podridão branca (Stromatinia cepivora Berk. sin. Sclerotium cepivorum), pois é o risco de perdas elevadas e inviabilização da colheita é muito alto. “Esse fungo pode causar danos em todas as fases de crescimento da planta e seu desenvolvimento é favorecido por temperaturas de 10 a 20°C”, explica Braga. O patógeno pode sobreviver por longos períodos no solo e não há medidas efetivas de controle da doença. Ou seja, a ocorrência da doença em locais de cultivo inviabiliza a produção naquele local. 

CONSULTA AO ZARC 

As datas de plantio estipuladas para o cultivo de alho nobre no Zarc devem ser seguidas pelos produtores que desejam acessar o Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e o Programa de Subvenção ao Seguro Rural (PSR).  “A função do zoneamento não é colocar entraves aos produtores, mas sim oferecer a eles a garantia de recebimento do valor segurado”, analisa Braga. 

Os resultados do Zarc do alho foram disponibilizados pelo MAPA no Painel de Indicação de Riscos (http://indicadores.agricultura.gov.br/zarc/), nas portarias por Estado (https://www.gov.br/agricultura/pt-br/assuntos/riscos-seguro/programa-nacional-de-zoneamento-agricola-derisco-climatico/portarias/portarias), e no aplicativo Zarc Plantio Certo (Android e IOS). 

PARCERIAS 

O desenvolvimento do Zarc do alho contou com uma equipe multidisciplinar formada por especialistas da Embrapa Hortaliças, Embrapa Agricultura Digital, Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia e da Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de Santa Catarina. Também participaram técnicos e representantes da Associação Nacional dos Produtores de Alho (Anapa), da Associação Gaúcha de Produtores de Alho (Agapa), da Associação Mineira dos Produtores de Alho (Amipa) e da Wehrmann Agrícola. 

Informações à imprensa
Paula Rodrigues
MTB 61.403/SP
[email protected]
(61) 3385.9109 

Agricultura e Pecuária

Rondônia deve encerrar 2025 com a 3ª melhor economia do Brasil

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Atualizada em novembro, a Resenha Regional de Assessoramento Econômico de uma instituição financeira com as projeções de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), sinaliza que Rondônia deve atingir o terceiro maior crescimento do PIB do Brasil em 2025, com projeção de chegar a 5,3%.

O resultado é fruto da combinação de uma série de avanços no cenário econômico rondoniense, entre eles o fato de Rondônia ter a segunda menor taxa de desemprego do Brasil, consolidando-se como um ambiente repleto de oportunidades para ter renda e uma vida digna, e onde a produção de alimentos está em alta, com destaque para o café, cacau, tambaqui e carne bovina, com recorde de exportações, refletindo positivamente no comércio e serviços.

Os produtos de Rondônia, inclusive o café, bate recorde de exportação

Também contribui para o sucesso econômico rondoniense o apoio a setores estratégicos, a exemplo do histórico lançamento, este ano, do Plano de Desenvolvimento do Turismo de Pesca Esportiva em Rondônia, coordenado pela Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec) e pela Superintendência Estadual de Turismo (Setur).

O plano traz  impacto positivo em diversas atividades econômicas, desde guias e condutores de pesca, valorizando a comunidade ribeirinha, até agências de turismo, lojas, hospedagem e restaurantes, fortalecendo rendas e contribuindo para o bem-estar social.

O titular da Sedec, Lauro Fernandes, destacou que Rondônia mantém um dos melhores ritmos de crescimento do Brasil, resultado de políticas públicas sérias, focadas no progresso de Rondônia. “O que faz a economia dar certo em Rondônia é ser atrativo para negócios, altamente produtivo no campo, gerador de empregos, promovedor de capacitação profissional gratuita e impulsionador do progresso nos 52 municípios. As decisões do governo estão afetando positivamente a economia e a população.’’

O apoio a setores estratégicos contribui para o sucesso econômico rondoniense

Ranking de projeções do PIB em 2025 (Estados e DF)
| 1º | Mato Grosso (MT) | 6,4% |
| 2º | Tocantins (TO) | 5,7% |
| 3º | Rondônia (RO) | 5,3% |
| 4º | Mato Grosso do Sul (MS) | 4,8% |
| 5º | Roraima (RR) | 4,3% |
| 6º | Pará (PA) | 3,7% |
| 7º | Acre (AC) | 3,5% |
| 7º | Maranhão (MA) | 3,5% |
| 9º | Goiás (GO) | 3,4% |
| 10º | Espírito Santo (ES) | 3,2% |
| 10º | Paraná (PR) | 3,2% |
| 12º | Amapá (AP) | 2,9% |
| 13º | Bahia (BA) | 2,8% |
| 14º | Paraíba (PB) | 2,7% |
| 15º | Santa Catarina (SC) | 2,4% |
| 15º | Piauí (PI) | 2,4% |
| 17º | Distrito Federal (DF) | 2,2% |
| 18º | Rio de Janeiro (RJ) | 1,8% |
| 18º | São Paulo (SP) | 1,8% |
| 18º | Ceará (CE) | 1,8% |
| 21º | Amazonas (AM) | 1,6% |
| 22º | Sergipe (SE) | 1,5% |
| 23º | Rio Grande do Norte (RN) | 1,4% |
| 24º | Alagoas (AL) | 0,6% |
| 25º | Rio Grande do Sul (RS) | 0,3% |
| 26º | Pernambuco (PE) | 0,2% |

Porto de Porto Velho recebe premiação nacional pelo 4º ano consecutivo e está entre os portos mais bem avaliados do país

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O Porto de Porto Velho voltou a figurar entre os destaques do sistema portuário público brasileiro. A autoridade portuária recebeu o troféu do Prêmio CIDESPORT 2025, em Florianópolis, no dia 13 de novembro, ao alcançar o 3º lugar na categoria de portos com movimentação de até cinco milhões de toneladas. A cerimônia ocorreu durante o XII Congresso Internacional de Desempenho Portuário que tem parceria com a Universidade de Valência, Espanha.

Premiação considera indicadores que medem desde políticas ambientais e mitigação de impactos até responsabilidade social

A premiação considera indicadores que medem desde políticas ambientais e mitigação de impactos até responsabilidade social, integridade institucional e transparência administrativa. Na prática, o resultado coloca o porto rondoniense entre as autoridades portuárias públicas de médio porte mais bem avaliadas do país na agenda Ambiental, Social e Governança (ESG), hoje central para a competitividade logística.

O reconhecimento deste ano dá sequência a uma série de conquistas iniciadas em 2022, mas com critérios diferentes a cada edição. A trajetória recente revela um padrão de evolução contínua em dimensões estratégicas da gestão portuária.

Em 2022, o Porto de Porto Velho conquistou o 1º lugar na categoria “Avanço” do prêmio Portos+Brasil, organizado pelo Ministério de Portos e Aeroportos (MPOR). No ano seguinte, a mesma premiação concedeu ao terminal o 2º lugar na categoria “Variação da Margem EBITDA”, indicador associado à eficiência econômica e rentabilidade operacional. Em 2024, o Porto voltou ao topo ao receber o 1º lugar na categoria “Conformidade Regulatória”, na modalidade Porto Público, durante a 7ª edição do prêmio da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

CICLO DE CRESCIMENTO

Cada reconhecimento destacou um aspecto específico da gestão, da infraestrutura e da operação. Em conjunto, os prêmios desenham um ciclo que vai do salto operacional à solidez econômica, da regularidade institucional ao desempenho ESG.

Para o diretor-presidente da Sociedade de Portos e Hidrovias do Estado de Rondônia (Soph), Fernando Parente, o pódio no CIDESPORT consolida esse percurso. “A gente vem construindo resultados de forma consistente, ano após ano, e por critérios diferentes. Isso mostra que o porto avançou na operação, na eficiência econômica, na conformidade e agora na sustentabilidade”, afirmou. Segundo ele, “o ESG não é um adorno. É uma forma de garantir crescimento com responsabilidade numa região estratégica como a Amazônia.”

Segundo o diretor-presidente da Soph, o reconhecimento reforça a confiança de operadores e parceiros. “Quando instituições diferentes avaliam e chegam a conclusões positivas sobre dimensões distintas do porto, isso cria um selo de credibilidade. Ajuda a atrair negócios e também a elevar o padrão interno de gestão”, declarou.

REPUTAÇÃO E COMPETITIVIDADE

O resultado ocorre em um momento em que portos amazônicos são pressionados a conciliar expansão logística com exigências ambientais e sociais cada vez mais objetivas. A avaliação ESG, nesse cenário, tem funcionado como critério de reputação e de competitividade, especialmente para cadeias produtivas que dependem de rastreabilidade e governança.

Com o troféu de 2025, o Porto de Porto Velho completa quatro anos seguidos de premiação nacional, sustentado por indicadores que apontam amadurecimento institucional. A meta agora é transformar a sequência de resultados em política permanente, mantendo eficiência operacional ao lado de compromissos ambientais, sociais e de integridade pública.