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Rondônia recebe 42 novos profissionais do Mais Médicos para reforçar o atendimento em áreas vulneráveis e territórios indígenas

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Profissionais passaram a integrar, a partir de segunda (7), as equipes de Saúde da Família e dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas com foco na redução do tempo de espera no SUS

O estado de Rondônia recebeu o reforço de 42 profissionais do Programa Mais Médicos, iniciativa do governo federal que tem como foco ampliar a cobertura da atenção primária em regiões de maior vulnerabilidade social. Do total de médicos, três foram alocados para atuar no Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI) Porto Velho, que atende populações indígenas em áreas de difícil acesso. Os demais médicos reforçarão as equipes de Saúde da Família nos municípios rondonienses. 

A ação faz parte da mais recente etapa do programa, que selecionou 3.173 médicos para atuar em 1.618 municípios e 26 DSEIs de todo o país. O edital teve número recorde de inscritos, com mais de 45 mil candidatos. 

Desde o último dia 2, acontece a chegada nos territórios dos médicos formados no Brasil com registro no Conselho Regional de Medicina (CRM). Já os médicos brasileiros formados no exterior irão participar, a partir de 4 de agosto, do Módulo de Acolhimento e Avaliação (MAAv), um treinamento específico para atuação em situações de urgência, emergência e no enfrentamento de doenças prevalentes nas regiões de trabalho. 

Os profissionais que compõem o Mais Médicos estão diretamente ligados ao fortalecimento da Atenção Primária à Saúde e no esforço contínuo em acelerar o atendimento especializado no Sistema Único de Saúde (SUS). A atuação integrada desses profissionais, pelo prontuário eletrônico e os fluxos que vão reduzir o tempo de espera do paciente, facilitará o acesso à média e alta complexidade para todos os cidadãos. 

“São mais de 3 mil profissionais que iniciam suas atividades dentro do Mais Médicos, qualificando o atendimento na atenção primária e reduzindo o tempo de espera. Além disso, o programa também investe na formação e qualificação desses profissionais, proporcionando oportunidades de especialização em Medicina de Família e Comunidade e mestrado profissional em Saúde da Família”, explica o secretário de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Felipe Proenço. 

Sobre a distribuição dos médicos no Brasil 

A oferta das vagas do programa considerou o cenário atual de distribuição de profissionais no país, segundo o Demografia Médica 2025. O estudo – realizado pelo Ministério da Saúde, Universidade de São Paulo (USP) e Associação Médica Brasileira (AMB) –, aponta a proporção de médicos por habitante nas diferentes regiões do país. 

A prioridade do Mais Médicos é atender aquelas regiões de maior vulnerabilidade social e com menor número de profissionais. As vagas do edital contemplaram, em sua maioria, regiões vulneráveis de municípios de pequeno porte (75,1%), médio porte (11,1%) e grande porte (13,8%). 

O Programa Mais Médicos garante assistência a mais de 63 milhões de brasileiros em todo o país. Com a meta de alcançar 28 mil profissionais, atualmente conta com cerca de 24,7 mil médicos atuando em 4,2 mil municípios – o que representa 94% do território nacional coberto pelo programa. 

Ministério da Saúde 

Foto: © Marcelo Camargo/Agência Brasil

Atendimento Itinerante leva serviços eleitorais para o interior do estado de Rondônia de 07 a 13 de julho

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O Tribunal Regional Eleitoral de Rondônia (TRE-RO) continua levando cidadania e inclusão para todos os cantos do estado. Entre os dias 7 e 13 de julho, as equipes dos cartórios eleitorais estarão em municípios, distritos e comunidades rurais com o atendimento itinerante do programa “Meu Voto, Meu Poder”.

A ideia é facilitar a vida de quem mora longe dos cartórios, garantindo acesso aos serviços eleitorais sem que as pessoas precisem se deslocar até a cidade. Durante o atendimento, será possível fazer o primeiro título de eleitor, transferir o domicílio eleitoral, regularizar o título cancelado, atualizar dados, incluir o nome social, alterar o local de votação, fazer a biometria, consultar a situação eleitoral e emitir certidões.

Para ser atendido, é importante levar um documento oficial com foto, comprovante de residência e, no caso de homens maiores de 19 anos que vão tirar o título pela primeira vez, o certificado de reservista.

Fique atento as datas!

As equipes do TRE-RO estarão em diferentes localidades entre os dias 07 a 13 de julho. Confira o cronograma.

PROGRAMAÇÃO
LOCALIDADE DATAS HORÁRIO DE ATENDEIMENTO LOCAL DE ATENDIMENTO
DISTRITO DE VITÓRIA DA UNIÃO (Corumbiara) 05/07 08h às 12h  

Escola Municipal Domingos Pereira

 

TREOBROMA 08  a 10/07 09h às 15h  

CMEJA Supletivo

 

MUNICÍPIO VALE DO PARAÍSO 08 a 10/07 09h às 15h30  

Câmara Municipal do

Vale do Paraíso

 

Por que participar?

Mais do que um documento, o título de eleitor é a sua ferramenta de participação na democracia. Com ele, você exerce seu direito ao voto, contribui para escolher os representantes de sua comunidade e fortalece a cidadania.

Além disso, manter a situação eleitoral regularizada é importante para acessar outros serviços, como emissão de passaporte, posse em concursos públicos, matrícula em instituições de ensino e abertura de conta bancária.

Sobre o programa “Meu Voto, Meu Poder”

Criado pelo TRE-RO, o programa “Meu Voto, Meu Poder” nasceu para aproximar a Justiça Eleitoral da população, levando cidadania a comunidades mais distantes e garantindo que todas as pessoas tenham condições de exercer seu direito ao voto de forma segura e regular.

Não deixe para a última hora! Aproveite essa oportunidade, regularize seu título e participe ativamente das próximas eleições.

Seu voto faz a diferença na sua comunidade!

#PraTodosVerem

Card gráfico colorido com fundo em tons de roxo e azul. À esquerda em letras grandes e brancas, escrito “Atendimento Eleitoral – Confira a programação”.  À direita, a imagem de um celular com a tela exibindo o aplicativo do e-título. No rodapé, à direita os logotipos do Programa Meu Voto, Meu Poder e do TRE-RO.

 

 

Assessoria de Comunicação do TRE-RO

Energisa oferece oportunidades de trabalho em Rondônia: Inscrições vão até 11 de Julho

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Sabrina Amorim, gestora de Recursos Humanos da Energisa, destaca o compromisso da empresa com a inclusão e o desenvolvimento regional

Assessoria/Energisa
Publicada em 08 de julho de 2025 às 15:33
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A Energisa está com vagas abertas em Rondônia. As oportunidades abrangem a capital Porto Velho e as cidades de Vilhena, Costa Marques, Ji-Paraná e Ariquemes.

Sabrina Amorim, gestora de Recursos Humanos da Energisa, destaca o compromisso da empresa com a inclusão e o desenvolvimento regional: “Acreditamos no poder da inclusão e no impacto que as novas oportunidades podem gerar na sociedade”, ressaltou.

Para participar do processo seletivo, os interessados devem se inscrever pelo site de recrutamento da Energisa no portal da GUPY ou acessar diretamente o link: https://grupoenergisa.gupy.io/

Confira as oportunidades:

Porto Velho

Eletricista de inspeção I (preferencialmente PCD) – Inscrições até o dia 09/07

Estagiário de nível superior (engenharia elétrica) – Inscrições até o dia 10/07

Vilhena

Eletricista de inspeção I (preferencialmente PCD) – Inscrições até o dia 08/07

Costa Marques

Eletricista de distribuição I (preferencialmente PCD) – Inscrições até o dia 08/07

Ji-Paraná

Eletricista de distribuição I (preferencialmente PCD) – Inscrições até o dia 11/07

Ariquemes

Eletricista de distribuição I PODA (preferencialmente PCD – Inscrições até o dia 11/07

Governador Marcos Rocha exonera vice Sérgio Gonçalves do comando da Sedec após conflito político

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Na noite desta segunda, para o lugar de Sérgio, foi nomeado Lauro Fernandes da Silva Junior, até então diretor técnico operacional da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – Caerd

Tudorondonia
O governador de Rondônia, Marcos Rocha (União Brasil), anunciou a exoneração do vice-governador Sérgio Gonçalves do cargo de secretário de Estado do Desenvolvimento Econômico (Sedec). O comunicado foi feito ao vivo durante entrevista concedida ao canal Rema TV. Sérgio ocupava a função há dois anos e seis meses. Na noite desta segunda, para o lugar de Sérgio, foi nomeado Lauro Fernandes da Silva Junior, até então diretor técnico operacional da Companhia de Águas e Esgotos de Rondônia – Caerd.

A decisão ocorre após  embates políticos envolvendo a demissão de Junior Gonçalves (irmão de Sérgio) da chefia da Casa Civil e a permanência de Rocha em missão oficial em Israel, durante o início do conflito armado entre o país e o Irã. No último fim de semana, durante cerimônia de inauguração de alas reformadas no hospital regional de Guajará-Mirim, o governador classificou como “covarde” a tentativa de Sérgio de assumir o comando do Executivo estadual enquanto ele se encontrava no exterior.

Segundo Marcos Rocha, o vice-governador teria articulado junto a deputados estaduais para impedir a aprovação da Emenda à Constituição que autorizou o chefe do Executivo a exercer a função de forma remota durante sua ausência. Ainda de acordo com Rocha, parlamentares reafirmaram apoio à sua permanência no cargo, mesmo fora do país.

Apesar da exoneração da Sedec, Sérgio Gonçalves deve continuar ocupando espaço institucional como vice-governador, mantendo uma pequena estrutura de gabinete no Palácio Rio Madeira, sede oficial do Governo do Estado.

No Dia Mundial da Alergia, a Rede Ebserh chama atenção para o subdiagnóstico

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Com prevenção, diagnóstico precoce e tratamento adequado, é possível melhorar a qualidade de vida e evitar mortes

Agência Gov | Via Rede Ebserh
08/07/2025 14:03
No Dia Mundial da Alergia, a Rede Ebserh chama atenção para o subdiagnóstico

Você sofre com algum tipo de alergia? Segundo a Sociedade Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira convive com alguma doença alérgica. Trata-se de uma hipersensibilidade do sistema imunológico que gera sintomas como espirros frequentes, erupções cutâneas, coceira, náuseas ou desmaio, podendo acarretar consequências sociais, laborais e até óbito.  

Por isso mesmo, no Dia Mundial da Alergia, 8 de julho, especialistas da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) alertam para a importância do tratamento adequado para garantir qualidade de vida. A maioria das alergias são subdiagnosticadas, o que pode atrasar a busca por ajuda. As causas são várias: sintomas muito semelhantes aos de outras patologias, falta de acesso a especialistas e a testes mais precisos. 

Técnica inovadora para diagnóstico 

Nesse contexto, os hospitais universitários, campos de formação e pesquisa, desempenham um papel essencial tanto na educação médica quanto no avanço do conhecimento científico sobre esse tipo de doença. No Complexo do Hospitalar da Universidade do Rio de Janeiro (CHC-UFRJ), pesquisadores do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF-UFRJ/Ebserh) criaram uma técnica inovadora, com baixo aporte tecnológico e custo para diagnosticar pacientes com Urticária Colinérgica. 

O médico alergologista e imunologista Guilherme Azizi é um dos criadores do teste, desenvolvido em parceria com a professora Solange Valle, e autor da dissertação de mestrado que originou o protocolo. Ele explica que se trata de uma doença incomum e intensamente limitante, já que o paciente não consegue permanecer em locais com temperatura elevada ou praticar atividade física.  

“As lesões costumam coçar e doer, o que causa impactos na qualidade de vida, podendo levar a quadros de ansiedade, depressão e ideação suicida”, disse Azizi. A doença assemelha-se à Urticária Crônica, caracterizada pelo surgimento de lesões eritematoedematosas pelo corpo. A diferença é que a Urticária Colinérgica está associada ao aumento da temperatura corporal.  

Até recentemente, os protocolos de diagnóstico envolviam bicicletas ergométricas ou banheiras com água aquecida a 42 graus Celsius, procedimentos que exigem infraestrutura e investimento incompatíveis com a realidade da maioria dos serviços públicos. Já o Teste Azizi-Valle, idealizado nas dependências do HUCFF-UFRJ/Ebserh, utiliza somente uma escada com 13 degraus e vem sendo usado no diagnóstico de pacientes com índices de sensibilidade e especificidade satisfatórios.  

“Ele é realizado através do ato de subir e descer um lance de escadas, sendo o paciente instruído pelo médico a aumentar gradativamente a velocidade, visando elevar em 15 batimentos por minuto a cada cinco minutos em relação a sua frequência cardíaca basal para avaliar a evolução da temperatura”, explicou o médico. O teste pode ser aplicado em qualquer ambiente externo ou interno a um centro de referência, privado ou público, em locais no interior ou nos grandes centros, no Brasil ou fora.  

Tipos de alergia, sintomas e diagnóstico 

Existem diferentes tipos de alergia, sendo as mais comuns as respiratórias, cutâneas, alimentares e medicamentosas. Em ambos, o corpo responde como se estivesse sendo atacado, liberando substâncias químicas como a histamina, que causam sintomas que variam de grau leve a grave.  

O Serviço de Alergia, Imunologia e Pneumologia do Complexo do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (CHC-UFPR/Ebserh) é reconhecido como um centro de excelência pela Organização Mundial de Alergia (WAO). No CHC, diferentes tipos de alergias são tratados, incluindo a medicamentosa. 

“Ela pode ocorrer em minutos, segundos ou até poucas horas após ingestão da medicação. Os principais fármacos que causam alergia são antibióticos e anti-inflamatórios, tanto para criança quanto para o adulto”, disse o alergologista Heberto Chong. 

Manchas vermelhas elevadas na pele ou edema de pálpebras e de lábios, associados a manifestações respiratórias como tosse, falta de ar e fio de peito ou a náusea, vômito ou diarreia, são alguns sintomas. Pode haver ainda queda da pressão arterial súbita com palidez e, em casos mais graves, choque anafilático, com queda brusca da pressão arterial, fechamento das vias aéreas, perda de consciência e risco de morte. 

O diagnóstico precoce é fundamental. “O uso de adrenalina, em caso de anafilaxia, está indicado para salvar a vida do paciente”, indicou. Por isso a importância de busca um pronto-atendimento no caso de qualquer sintoma atípico.  

“O diagnóstico é feito com uma boa anamnese, história de ingestão da medicação e surgimento dos sintomas. Existem testes complementares, como dosagens sorológicas para determinados medicamentos, como, por exemplo, antibióticos e anti-inflamatórios, mas o padrão ouro é o teste de provocação, feito em ambiente hospitalar”, pontua Chong. 

Diferentemente da intolerância medicamentosa, que é uma reação física ou química do corpo à substância e não envolve o sistema imunológico, a alergia envolve anticorpos do tipo Imunoglobulina E. O tratamento é feito com corticoides e anti-histamínicos. “A partir do momento em que o indivíduo tem diagnóstico de alergia a determinado medicamento, ele deve se afastar desse fármaco e ter outras opções terapêuticas em caso de necessidade”, orienta o profissional.  

Genética, prevenção e tratamentos que modificam a doença  

De modo geral, as alergias são determinadas pelo DNA do paciente, mas a manifestação clínica depende do ambiente em que ele vive e de componentes com os quais entra em contato – como poeira, mofo, certos tipos de alimentos, produtos químicos, dentre outros. Desde os primeiros dias de vida, algumas medidas ajudam a reduzir o risco de desenvolver doenças — incluindo alergias — ao longo da vida, como o aleitamento materno, rico em anticorpos e nutrientes, fortalecendo o sistema imunológico. 

“Bebês que mamam no seio da mãe por pelo menos os dois primeiros anos de vida — sendo os primeiros seis meses de aleitamento materno exclusivo têm comprovadamente menor taxa de alergias”, afirmou a alergista do Serviço de Alergia e Imunologia do Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago da Universidade Federal de Santa Catarina (HU-UFSC/Ebserh), Maria Rita Ferreira Meyer.  

Além disso, segundo a especialista, a exposição precoce ao ambiente é um fator de proteção. “O contato com a natureza, com animais e com alimentos diversos estimulam a produção de anticorpos e reduzem a probabilidade de alergias no futuro”, disse. 

A Imunoterapia Alérgeno-específica, também chamada de vacina para alergia, é o único tratamento que comprovadamente modifica o que chamamos de história natural da doença. Ela age no sistema imunológico, alterando a produção de anticorpos que induzem alergia para os que induzem tolerância — o estado habitual do corpo.  

“Os efeitos são a longo prazo, embora não possamos chamar de ‘cura’ da alergia, pois o DNA do paciente não é alterado. Logo, ele pode voltar a produzir os anticorpos de alergia ao longo do tempo”, explica Maria Rita. 

Sobre a Ebserh 

Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação. 

Luna Normand/Ebserh 

‘Agora Tem Especialistas’ veio para mudar a atenção especializada à saúde no Brasil

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Presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) celebra parceria dos ministérios da Educação e da Saúde para acelerar a redução da espera para diagnósticos, tratamento e cirurgias

'Agora Tem Especialistas' veio para mudar a atenção especializada à saúde no Brasil

Grax Medina/Ministério da Saúde

O programa Agora Tem Especialistas veio para mudar a atenção especializada à saúde no Brasil. A afirmação é do presidente da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Arthur Chioro. A empresa pública é ligada ao Ministério da Educação e responsável pela gestão dos 45 hospitais das universidades federais do Brasil. E que no último sábado (5/7) realizou, de maneira integrada entre os programas Ebserh em Ação, da rede de hospitais, e o Agora Tem Especialistas, do Ministério da Saúde, 12.464 procedimentos médicos especializados no mutirão intitulado “Dia E”.

“De agora em diante, estamos nos esforçando diariamente para poder ajudar o Brasil a ampliar a oferta, da consulta ao tratamento, garantindo esse direito à saúde”, afirma Chioro, em entrevista aos apresentadores Mariana Jungman e Nazi Brum, de A Voz do Brasil.

Chioro explica que os hospitais da rede, através do Ebserh em Ação, já realizaram 166 mutirões, mas que pela primeira vez o fizeram todos ao mesmo tempo, em todo o país, e elegendo os procedimentos especializados com base nas demandas de cada local. Além de acelerar a redução de filas, a conexão entre as ações dos ministérios da Saúde e da Educação vai contribuir para a formação e mais e melhores profissionais da área.

“Dessa forma fortalecemos o SUS atendendo melhor as pessoas, mas também formamos melhores especialistas, profissionais de saúde que o Brasil tanto precisa”, ressalta o presidente da Ebserh. Segundo ele, além dos mutirões específicos do Ebserh em Ação, novos mutirões integrados como o do último sábado já estão sendo planejado para setembro e dezembro deste ano. “Vai diminuir o tempo de espera nas filas, e garantir que a pessoa consiga fazer o diagnóstico, o tratamento, a cirurgia naquele tempo adequado à necessidade ou à gravidade.”

Ebserh mutirão Rio

Chioro e o ministro Padilha, com equipe do Hospital Gaffrée e Guinle, no Rio (Foto: João Risi/MS)


Qual a importância do envolvimento dessas 45 unidades hospitalares para a realização desse mutirão?

Essa nossa participação, muito expressiva, através do mutirão nacional é um esforço do Ministério da Educação, das universidades federais, dos hospitais universitários federais dirigidos pela Ebserh para poder enfrentar esse que talvez seja o maior desafio na área da saúde da população brasileira: nós participarmos ativamente do programa Agora Tem Especialistas, lançado pelo presidente Lula, coordenado pelo Ministério da Saúde com uma contribuição efetiva. E levando atendimento digno a pessoas que estavam há muito tempo nas filas de espera para cirurgias, exames, procedimentos

Dois, quatro, cinco anos sofrendo sem que pudessem ter um atendimento digno e de qualidade. E de agora em diante, estamos nos esforçando diariamente para poder ajudar o Brasil a ampliar a oferta, da consulta ao tratamento, garantindo esse direito à saúde.

Além dos atendimentos diretamente à população, esse tipo de mutirão tem uma outra vertente que é a formação de especialistas, já que são hospitais universitários. Fale pra gente a respeito.

Isso ficou muito patente no envolvimento dos estudantes. Os hospitais universitários federais, além de servirem ao SUS, têm uma tarefa de formar os futuros profissionais de saúde, os futuros especialistas através da residência médica e multiprofissional. Então nós tivemos um imenso envolvimentos dos estudantes, dos professores, dos residente, que mais a oportunidade de atender a população e formar-se cada vez melhor para poder cuidar da população brasileira.

Então, esse é o esforço que o ministro da Educação, Camilo Santana, tem nos pedido, de nos esforçarmos cada vez mais com as ações desenvolvidas pelo Ministério da Saúde e pelos gestores do SUS. Porque dessa forma fortalecemos o SUS atendendo melhor as pessoas, mas também formamos melhores especialistas, profissionais de saúde que o Brasil tanto precisa.

Estão previstas novas mobilizações (como essa do últimos dia 5/7) para os meses de setembro e dezembro. Qual a expectativa para essas próximas edições?

Olha, os hospitais universitários, isoladamente, continuam atendendo e ampliando a oferta à população. Nós já tínhamos realizado 166 mutirões isoladamente nesses hospitais. Mas esse foi o primeiro em que todos estiveram juntos, com uma característica muito peculiar: é a primeira vez que temos um mutirão que não é de uma cirurgia específica. É o maior mutirão planejado pelos hospitais universitários para atender aquilo que era mais urgente na sua região. Porque nós atuamos de Norte a Sul do País.

Então, no dia 13 de setembro nós já temos mais um Dia E estabelecido e planejado. E teremos mais uma atividade em dezembro. Mas durante todo o ano o Ebserh em Ação colocará os 45 hospitais universitários a serviço do SUS, a serviço da população, dentro do Agora Tem Especialistas. Esse programa que o presidente Lula lanço e que vai mudar a expectativa da população. Vai diminuir o tempo de espera nas filas, e garantir que a pessoa consiga fazer o diagnóstico, o tratamento, a cirurgia naquele tempo adequado à necessidade ou à gravidade. Ou seja, as diferentes situações que envolvem problemas de saúde de cada cidadão.

Ainda dentro desse espírito do Agora Tem Especialistas a gente pode esperar outras ações dos hospitais da Ebserh, além dos mutirões?

Com certeza. Além dos mutirões de cirurgias, de exames, de procedimentos, nós também estamos ampliando o horário de atendimento – sem contar as cirurgias de urgência que têm de ser feitas na hora em que aparecem – para as chamadas cirurgias eletivas. Estamos abrindo terceiro turno nos nossos hospitais e fazendo com que funcionem aos finais de semana. E reforçando as equipes, porque os nosso profissionais, não só os médicos, mas também os trabalhadores da saúde que foram fundamentais para que a gente pudesse aumentar essa oferta.

Nós queremos estar integrados a todas as ações que o Ministério da Saúde vem desenvolvendo para pôr em prática o Agora Tem Especialistas, esse novo programa que veio para mudar a atenção especializada no Brasil.

Como são definidos os procedimentos? É pela necessidade de cada região?

Em cada hospital universitário nós já tínhamos uma fila que já estamos dando conta de conseguir que ande o mais rápido possível. Mas também é importante olhar que muitas vezes tem filas de espera nas centrais de regulação dos estados e dos municípios. E os hospitais federais universitários integrados ao SUS estão colocando a sua capacidade técnica a serviço dos gestores para que a gente possa atender à população.

É claro que cada cidadão deve procurar a unidade básica de saúde (UBS) mais próxima de sua casa, os médicos e equipes de saúde da família resolvem boa parte dos problemas. Mas quando ele precisar de um atendimento especializado, não só os hospitais universitários, mas a rede especializada, no Agora Tem Especialistas, vai estar à disposição para atender cada vez mais, e melhor, a população brasileira.


mutirão

Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, com primeira-dama Janja Lula Silva, ministros e funcionários durante Dia E de vacinação no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (Foto: João Risi/MS)

 

Relembrar Confederação do Equador reforça a democracia, dizem estudiosos

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O Senado celebrou nesta segunda-feira (7) os 200 anos da Confederação do Equador, movimento revolucionário contra o Brasil Império iniciado em Pernambuco, em 1824. Os participantes destacaram a influência dos temas da Confederação sobre a história e a política brasileiras.

A sessão também serviu para apresentar os trabalhos da comissão temporária do Senado que coordena as atividades comemorativas do movimento. Criada em 2023, a comissão promoveu pesquisas e eventos para divulgação da história da Confederação do Equador.

Origens

Os pernambucanos proclamaram a Confederação do Equador em 2 de julho de 1824 para criar um governo com uma Constituição própria federalista, ou seja, baseada na autonomia das províncias. Além de Pernambuco, o movimento previa a adesão das províncias de Alagoas, Ceará, Paraíba, Piauí e Rio Grande do Norte. O governo imperial, comandado por Dom Pedro I, reprimiu a revolução.

A Confederação foi uma resposta ao imperador, que centralizou o poder após a independência do Brasil em 1822, segundo a senadora Teresa Leitão (PT-PE). Ela lembrou que Dom Pedro I dissolveu a assembleia que elaborava a primeira constituição do país, gerando reações em favor da liberdade. Teresa é presidente da comissão e responsável pelo requerimento que permitiu a sessão especial (RQS 239/2025).

— Muitas das angústias políticas de hoje nasceram lá na década de 1820. A Confederação do Equador não foi um espasmo político surgido do nada. Foi um movimento nascido das aspirações mais profundas da brasilidade — disse.

Avanços

Professor de História na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), George Felix Cabral de Souza disse que o movimento defendeu direitos fundamentais para a sociedade moderna. É o caso da realização de eleições dos governantes (republicanismo) e o fim do tráfico de escravos. Na opinião de Souza, a sociedade precisa manter-se atenta para evitar o fim das conquistas democráticas.

— Esse projeto preconizava o estabelecimento de um regime republicano, federativo e constitucional, com uma constituição elaborada por representantes eleitos pelas províncias. O fim da escravidão também fazia parte do projeto. Logo após a proclamação da Confederação, uma das primeiras medidas tomadas foi a proibição do tráfico negreiro. Os retrocessos, infelizmente, permanecem como ameaças recorrentes.

O defensor público-geral da União, Leonardo Cardoso de Magalhães, apontou que a Confederação serve hoje como “símbolo de luta, de resistência e autonomia regional, de justiça social e de um projeto de nação mais plural e democrática”.

Frei Caneca

O senador Humberto Costa (PT-PE) destacou a participação de Frei Caneca, apelido do padre Joaquim do Amor Divino Rabelo, como liderança importante do movimento. Na avaliação do senador, o frei reforçou ideais da Revolução Francesa na Confederação, como o republicanismo e a liberdade.

— Naturalmente [Dom Pedro I] tem seus méritos, não há como deixar de reconhecer. Porém, o que nós vimos foi um processo de centralização absurda do poder político Contra isso, pela liderança de Manoel de Carvalho e do próprio Frei Caneca, houve um movimento que tem características importantíssimas no sentido de ser humanista, de ser defensor do Iluminismo, do republicanismo e da liberdade.

O diplomata André Heráclio do Rêgo afirmou que Frei Caneca foi a principal figura da revolução. Rêgo é autor de um dos seis livros sobre a Confederação que a comissão vai lançar, através da Livraria do Senado.

— Frei Caneca é um dos maiores constitucionalistas brasileiros. Ele era também um grande geógrafo, escreveu um itinerário da sua retirada sertão adentro que merece ser republicado. Ele era uma autoridade, uma personalidade que merece ser relembrada.

Frei Caneca foi condenado à forca após ser preso pelo Império. Diante da recusa dos carrascos em cumprirem a sentença, o frei foi executado por pelotão de fuzilamento em 1825, no Recife. Antes da Confederação, em 1817, Frei Caneca também havia participado da Revolução Pernambucana.

O religioso usou suas pregações para levar o discurso revolucionário a uma parcela maior da população. Em 2007, o Congresso Nacional inscreveu o nome de Frei Caneca no Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria (Lei 11.528).

Piauí

A senadora Jussara Lima (PSD-PI) ressaltou que a província do Piauí também participou do movimento. Segundo ela, a história costuma apontar que a província apoiava o Império, mas havia ali defensores da república.

— De um modo geral, os proprietários de terra alinharam-se com o governo de Dom Pedro I, ao passo que os comerciantes penderam para o movimento republicano. O que interessa é que a semente do ideal republicano deitou raízes em nosso estado.

Professor de História na Universidade Federal do Piauí (UFPI), Johny Santana de Araújo reforçou que o apoio de pessoas da região é uma “história silenciada”. Segundo ele, algumas figuras atuaram a favor do Império durante a independência, mas se tornaram insurgentes após a Confederação do Equador.

Trabalhos da comissão

A comissão temporária sobre a Confederação do Equador funciona desde dezembro de 2023. Entre as produções concluídas estão:

A comissão também promoveu debates e parcerias com instituições de ensino e de preservação histórica para estudar documentos antigos e divulgar a história do movimento entre estudantes. Foi o que dissaram outros convidados, como o ex-senador André Amaral — primeiro suplente de Efraim Filho (União-PB) — o diretor-executivo de Gestão do Senado, Márcio Tancredi, e a presidente da Fundação Joaquim Nabuco, Márcia Angela da Silva Aguiar.

A senadora Teresa entregou, ao final da sessão, certificados de reconhecimento aos convidados pelos trabalhos na comissão.

Fonte: Agência Senado

Prefeito Silvano Almeida participa de homenagem de ex-prefeitos e ex-vice-prefeitos de Cabixi

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Gratidão e reconhecimento marcam homenagem aos ex-prefeito e ex-vice-prefeitos do município

O prefeito do município de Cabixi, Silvano Almeida (MDB) participou neste sábado (05/07) da Cerimônia da Sessão Solene que aconteceu no plenário da Câmara de Vereadores, e contou com a presença de autoridades políticas e da família doa homenageados.

Os homenageados foram os chefes das administrações públicas cabixienses, desde a sua emancipação em 1989: MILTON MITSUO SAIKI, FRANCISCO MENDES DE SÁ BARRETO COUTINHO, FRANCISCO PEREIRA DOS SANTOS, JOSÉ ROZÁRIO BARROSO, IZAEL DIAS MOREIRA, SILVÊNIO ANTONIO DE ALMEIDA, e a homenagem aos empresários Arlan Edson dos Santos, conhecido como Arlan do Urucum, é um produtor rural de Cabixi, Rondônia, que se dedica à cultura do urucum e o empresário Antônio José Gemelli.

A homenagem reconhece sua contribuição para o desenvolvimento econômico e social da cidade, especialmente pela geração de empregos e investimentos na região.

Mesmo sendo um momento singelo e simples, devemos sempre reconhecer os esforços de quem sempre lutou pelo desenvolvimento de Cabixi.

Essas homenagens mostram como o reconhecimento público fortalece a memória política e valoriza quem contribuiu para o desenvolvimento dos municípios, enfatizou o prefeito.

O prefeito Silvano Almeida em seu pronunciamento parabenizou a iniciativa do presidente da Câmara de Vereadores e toda sua equipe, ao realizar esta magnífica Sessão Solene. E destaca “Esta é uma forma de lembrar e gratificar essas pessoas que prestaram seu trabalho e contribuíram pela melhoria de nosso município. É de grande importância resgatar a essência do trabalho de cada um”.

Estiveram presentes na cerimônia o deputado estadual Luizinho Goebel, presidente da câmara de vereadores Milton Antunes, vereadores, vice-prefeito Fábio Dutra, prefeito Silvano Almeida, familiares dos homenageados.

Finalizadas as homenagens, foi servido um coquetel a todos os presentes nesta tarde de homenagem aos ex-prefeitos e ex-vice-prefeitos, que fizeram parte da história de nosso município.

 

 

 

 

Fonte e Fotos: Por Wilmer G. Borges/Da Redação do Hoje Rondônia

Brasil deve ter safra recorde, mas gargalo histórico continua

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O Brasil caminha para colher a maior safra de grãos de sua história, estimada em 336,1 milhões de toneladas em 2025, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). No entanto, o recorde vem acompanhado de um velho problema: não há espaço suficiente para guardar toda essa produção. A capacidade estática atual de armazenagem do país é de 212,6 milhões de toneladas, o que gera um déficit de 124,3 milhões de toneladas — volume que corre o risco de ser armazenado a céu aberto, sujeito a perdas por chuva, sol e deterioração, como já ocorreu em anos anteriores.

O descompasso entre produção e infraestrutura logística é antigo, mas se agrava a cada ano. Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), enquanto a produção de grãos cresce, em média, 5,3% ao ano, a capacidade de armazenagem avança apenas 3,4% ao ano. O resultado é um desequilíbrio estrutural que pressiona todos os elos da cadeia produtiva.
Impactos no campo e na cidade

Para o produtor rural, a escassez de armazéns significa aumento de custos. Como não pode armazenar sua colheita na fazenda, ele é forçado a escoar rapidamente, o que eleva o frete, pressiona o mercado com excesso de oferta e provoca queda nos preços pagos pela saca. A comercialização apressada muitas vezes reduz a margem de lucro — ou a elimina.

Na indústria, o problema se reflete no custo de aquisição e estocagem. Para garantir matéria-prima, tradings e cooperativas precisam comprar grandes volumes e armazenar por períodos mais longos, o que encarece o processo produtivo. No fim da cadeia, o consumidor paga mais pelo alimento.

Segundo a Conab, apenas 63,3% dos grãos colhidos no país têm hoje armazém garantido. Esse índice inclui estruturas públicas e privadas. Quando se considera apenas a capacidade de armazenagem dentro das propriedades rurais — um recurso que permitiria ao produtor negociar melhor —, o percentual despenca para 16,8%.
Armazenagem no campo ainda é exceção

A concentração de silos fora da porteira contribui para a sobrecarga logística durante as colheitas. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) recomenda que a capacidade estática de armazenagem seja 1,2 vez maior que a produção anual de grãos. Seguindo esse parâmetro, o Brasil deveria ter capacidade para mais de 400 milhões de toneladas, o que está longe da realidade atual.

Além da defasagem estrutural, há desafios financeiros e técnicos. O alto custo de construção de silos e a falta de mão de obra especializada em armazenagem são entraves para a expansão dessa infraestrutura. Pequenos e médios produtores enfrentam mais dificuldades, mesmo com linhas de crédito do governo federal que prometem juros mais baixos para armazenagem.
Safras em sequência agravam gargalo

A estrutura existente também não acompanha o calendário agrícola. Como destaca Paulo Bertolini, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Milho e Sorgo (Abramilho), a segunda safra de milho (safrinha) vem logo após a colheita da soja — e acaba ficando sem espaço nos silos, que ainda estão cheios da oleaginosa. “A soja tem o dobro do valor por tonelada do milho. Naturalmente, os armazéns priorizam o grão mais valorizado. O milho sobra e vai para o céu aberto”, afirma.

O resultado é um ciclo vicioso: queda no preço do milho, aumento da pressão sobre os fretes e perdas por má armazenagem. O produtor tenta se livrar do risco escoando a produção imediatamente, o que pressiona o mercado e reduz a rentabilidade.

A Conab, que monitora estoques e coordena programas públicos de armazenagem, tem alertado sobre o problema. Apesar disso, os avanços no setor ainda são lentos. Os programas federais de incentivo à armazenagem, como o PCA (Programa para Construção e Ampliação de Armazéns), oferecem recursos com juros controlados, mas enfrentam baixa execução orçamentária e burocracia no acesso ao crédito.

Especialistas apontam que, além de investimento público e privado, o país precisa de planejamento estratégico regional, priorizando regiões produtoras com maior carência de armazenagem e calendários logísticos ajustados à realidade das safras.

Enquanto isso, a cada nova safra recorde, o Brasil comemora os números da produção, mas vê crescer também o risco de perdas pós-colheita — um prejuízo silencioso, mas que mina a competitividade do agronegócio.

 

Pensar Agro

Agroindústria e serviços puxam crescimento do PIB do agro

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O agronegócio de Minas Gerais teve um desempenho robusto em 2024. Segundo dados divulgados pela Fundação João Pinheiro (FJP), o Produto Interno Bruto (PIB) do setor atingiu R$ 235 bilhões, um crescimento nominal de R$ 20,5 bilhões em relação ao ano anterior. A valorização média de 10,2% nos preços das commodities foi o principal motor da expansão, compensando a queda de 0,5% no volume produzido.

Os resultados foram apresentados pela Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais (Seapa) e do Sistema Faemg Senar. Os dados apontam que o agronegócio respondeu por 22,2% do PIB mineiro, que totalizou R$ 1,058 trilhão em 2024.

Preço alto, produção estável

A queda na produção foi sentida principalmente nas atividades primárias, como lavouras e pecuária. No entanto, o aumento nos preços médios de grãos, café, leite e outras commodities — algumas com grande peso na pauta estadual — sustentou a rentabilidade do campo. O núcleo agropecuário (atividades agrícolas, pecuária e produção florestal) gerou R$ 70 bilhões em valor adicionado bruto (VAB), contra R$ 61,8 bilhões em 2023.

“A forte valorização de produtos agrícolas relevantes para Minas Gerais foi determinante para esse resultado”, avaliou o pesquisador da FJP, Raimundo Leal.

Indústria e serviços também crescem

Ao contrário do campo, a agroindústria mineira registrou crescimento real de 1,7% em 2024. Segmentos como a fabricação de alimentos, bebidas, biocombustíveis e derivados do fosfato puxaram o desempenho, junto com a aquisição de insumos estratégicos como petróleo refinado e energia elétrica.

Na área de serviços, atividades ligadas à comercialização, hospedagem, alimentação fora do lar e finanças também contribuíram de forma expressiva para o crescimento do setor.

“Mesmo com desafios climáticos e oscilações na produção, o agronegócio mineiro demonstrou resiliência por meio da integração de toda a cadeia produtiva”, avaliou Antônio de Salvo, presidente do Sistema Faemg Senar.

Participação consistente na economia

O agronegócio mineiro vem mantendo uma presença sólida na composição do PIB estadual ao longo dos últimos anos. Em 2022, o setor movimentou R$ 203,1 bilhões, o equivalente a 22,4% do PIB mineiro. Em 2023, esse valor chegou a R$ 214,5 bilhões, representando 22,1% da economia estadual. Já em 2024, os R$ 235 bilhões significam 22,2% de participação, consolidando o agro como um dos principais motores do crescimento regional.

Para o secretário estadual de Agricultura, Thales Fernandes, os números mostram o peso do setor na geração de empregos, no dinamismo comercial e nas exportações mineiras. “A mensuração precisa do PIB agropecuário nos permite entender a importância econômica e estratégica dessa atividade para Minas Gerais”, afirmou.

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