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Prefeitura de Vilhena abre concurso para professores com uso da Prova Nacional Docente como etapa obrigatória

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Seleção busca valorizar o mérito e a qualificação técnica dos profissionais da educação básica municipal

A Prefeitura de Vilhena divulgou, no dia 24 de junho, o Edital nº 002/2025/SEMED, que abre concurso público para o cargo de Professor Nível III da rede municipal de ensino. São oferecidas 23 vagas imediatas, além de cadastro reserva, com salário inicial de R$ 3.847,00 para jornada de 40 horas semanais. As oportunidades são para profissionais das áreas de Pedagogia, Educação Física, Matemática e Língua Portuguesa.

A principal novidade deste certame é a utilização da Prova Nacional Docente (PND) como etapa obrigatória e classificatória do processo seletivo, seguindo o Programa Mais Professores para o Brasil, do Governo Federal. A adesão à PND, coordenada pelo Inep/MEC, garante maior transparência, meritocracia e qualificação técnica na seleção dos profissionais da educação.

O concurso será composto por três etapas:

Prova Nacional Docente (PND) – de responsabilidade do Inep;

Entrevista técnica e comportamental;

Prova de títulos.

Inscrições:

Inscrição na PND: de 14 a 25 de julho de 2025, pelo portal oficial do INEP.

Inscrição no concurso de Vilhena: de 11 de dezembro de 2025 a 5 de janeiro de 2026, exclusivamente pelo site da SEMED:https://semed.vilhena.ro.gov.br/pnd2025 .

É fundamental que os candidatos acompanhem os canais oficiais do MEC e INEP para obter todas as informações referentes à PND, incluindo matrizes de referência, cronograma e critérios de isenção.

O resultado da PND será utilizado como base para a classificação no concurso da Prefeitura de Vilhena e será critério essencial para a continuidade e possível nomeação dos candidatos.

Para mais informações sobre o edital, acesse o diário oficial do município, através de site www.vilhena.ro.gov.br.

Em um mês, Correios atende 1,3 milhão de aposentados e pensionistas do INSS

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Serviço começou em 30 de maio em quase cinco mil agências da estatal vinculada ao Ministério das Comunicações

Em um mês, Correios atende 1,3 milhão de aposentados e pensionistas do INSS

As cerca de cinco mil agências dos Correios disponibilizadas para atender, presencialmente, aposentados e pensionistas do INSS com dúvidas sobre descontos não autorizados feitos por entidades associativas realizaram 1,3 milhão de atendimentos durante o primeiro mês da parceria com a Previdência.

O serviço teve início em 30 de maio, como alternativa para quem enfrenta dificuldades para utilizar o aplicativo Meu INSS ou ligar para a Central 135. Aproximadamente 20 mil funcionários dos Correios foram capacitados para atuar na parceria.

“Esse trabalho realizado pelos Correios em todo o país tem sido muito importante. O atendimento é humanizado, os empregados das agências explicam e oferecem as orientações necessárias”, frisa a diretora de Governança e Estratégia dos Correios, Juliana Picole Agatte. Ela destaca que o atendimento continuará por tempo indeterminado.

Para ser atendido em uma agência dos Correios, o aposentado ou pensionista precisa apresentar apenas um documento de identificação. Em casos de pessoas acamadas ou com dificuldade de locomoção, uma terceira pessoa pode comparecer ao local, desde que esteja munida de procuração válida.

Leia também: Ministro explica como acordo no STF vai agilizar devolução ao aposentados

O papel dos Correios – estatal vinculada ao Ministério das Comunicações – é identificar se houve descontos mensais indevidos, qual foi a entidade responsável, protocolar o pedido de informações adicionais, informar o INSS sobre o caso e orientar o beneficiário sobre como contestar a cobrança e solicitar o ressarcimento.

Após a realização da consulta presencial, e cumprido o prazo de até 15 dias úteis para que a entidade apresente sua resposta, o aposentado ou pensionista pode retornar à agência para validar ou contestar a resposta fornecida.

O beneficiário tem até 30 dias corridos, a partir do recebimento da resposta da entidade, para manifestar concordância ou discordância. Essa manifestação pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS ou presencialmente em uma agência dos Correios.

Atenção! Nem o INSS nem os Correios entram em contato por WhatsApp, telefone, e-mail ou SMS com links para consulta ou confirmação de dados. As informações oficiais são divulgadas exclusivamente pelos canais oficiais. Em caso de dúvida, o beneficiário não deve compartilhar seus dados pessoais com desconhecidos.

Parceria

Além deste serviço específico de apoio a aposentados e pensionistas, os Correios também mantêm parceria com a Previdência por meio do Balcão do Cidadão, oferecendo suporte para o requerimento de benefícios por incapacidade temporária (até 180 dias), por meio do sistema Atestmed.

Com presença em todos os municípios brasileiros, os Correios oferecem uma infraestrutura pública já instalada, preparada para oferecer atendimento presencial especialmente a idosos e pessoas com dificuldades de acesso digital.

No final de junho, os Correios lançaram um selo comemorativo em homenagem aos 35 anos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). A peça filatélica retrata rostos de pessoas que dependem do órgão, em celebração ao papel social da Previdência.

À entidade vinculada ao Ministério da Previdência Social cabe reconhecer direitos e viabilizar o acesso da população a benefícios e serviços previdenciários, como aposentadoria, pensão, salário-maternidade, entre outros.

 

 

Agência Gov | Via Ministério das Comunicações

Edital de Convocação: MDB Movimento Democrático Brasileiro Diretório Municipal

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Pelo presente Edital de Convocação, a Comissão Provisória do MOVIMENTO
DEMOCRÁTICO BRASILEIRO de Vilhena/RO, convoca todos os seus filiados com direito
a voto, para convenção Municipal a ser realizada em 08 de julho de 2025 (terça-feira),
nas dependências do imóvel localizado na Rua Rogério Fornari, esquina com a Av.
Capitão Castro, ao lado do Restaurante Sabor Brasileiro, bairro Centro, nesta cidade
de Vilhena/RO, com início as 19 horas e término as 20 horas e 30 minutos para
deliberar sobre a seguinte:

ORDEM DO DIA

1. Eleição dos membros titulares e suplentes do Diretório Municipal;
2. eleição dos membros titulares e suplentes do Conselho de Ética e Disciplina
Partidária;
3. Eleição dos Delegados e Suplente de Delegado a Convenção Estadual;
4. Eleição, pelo Diretório Municipal eleito, dos membros titulares e suplentes da
Comissão Executiva Municipal.

 

Vilhena/RO, 04 de julho de 2025.
Samir Mahmoud Ali/Presidente do MDB

EDITAL DE CONVOCAÇÃO

 

Maior UBS de Vilhena é entregue à população no bairro São José após reforma e ampliação

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Viabilizada por meio de convênio com a Faculdade Uninassau, a obra contou com um investimento total de R$ 1,9 milhão

Na fim da tarde desta quinta-feira, 3, foi realizada a cerimônia de reinauguração da Unidade Básica de Saúde (UBS) Vitalina Gentil, localizada no bairro São José, em Vilhena. O evento marcou a entrega da última UBS do município a passar por reestruturação, consolidando os investimentos da atual gestão na revitalização da rede de Atenção Básica à Saúde.

Fechada desde 2021 por não apresentar condições adequadas de funcionamento, a unidade passou por uma significativa reforma e ampliação da estrutura. Com 697 metros quadrados de área construída, quase o dobro do tamanho original, a UBS Vitalina se torna agora a maior unidade básica de saúde do município.

Viabilizada por meio de um convênio com a Faculdade Uninassau, parceira da Prefeitura na modernização da estrutura de saúde da cidade, a obra contou com um investimento total atualizado de R$ 1,9 milhão.

A nova estrutura conta com nove salas de atendimento, sendo sete consultórios, além de consultórios odontológico e ginecológico, sala de observação médica, nova área de esterilização, farmácia básica e um auditório moderno, pensado para ações educativas e reuniões da equipe.

Conforme destacou o prefeito Flori Cordeiro, os investimentos realizados nas unidades de saúde do município, tanto na área urbana quanto na rural, equivalem, ao todo, à entrega de cinco novas UBS. “Esse esforço refletiu diretamente no acesso à saúde, já que o número de atendimentos dobrou em dois anos, passando de 130 mil em 2022 para 260 mil em 2024”, destacou.

Durante o período em que permaneceu interditada, os atendimentos da unidade foram remanejados para a Policlínica João Luís da Silva, no Centro. Com a reinauguração, os serviços retornam ao bairro São José, oferecendo mais conforto, acessibilidade e qualidade no atendimento à população local.

Além das autoridades municipais, o evento contou com a presença do governador de Rondônia, Coronel Marcos Rocha, senadores, deputados federais e estaduais, e representantes de diversos municípios do estado e moradores locais.

 

 

Assessoria

Post/MS

Jair Bolsonaro cancela agenda em Rondônia por orientação médica e entra em repouso durante julho

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Ex-presidente foi diagnosticado com esofagite intensa e gastrite moderada; compromissos em Cacoal, Ji-Paraná, Vilhena e São Miguel do Guaporé foram suspensos

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) cancelou os compromissos políticos que faria em Rondônia neste mês após ser submetido a uma consulta médica de urgência. A decisão foi anunciada nesta quarta-feira (2) por meio de suas redes sociais, após recomendação médica de repouso absoluto durante todo o mês de julho.

“Crise de soluços e vômitos tornaram-se constantes, fato que me impede até de falar”, escreveu Bolsonaro, de 70 anos, ao justificar a decisão. Os eventos cancelados incluem visitas a municípios como Cacoal, São Miguel do Guaporé, Ji-Paraná e Vilhena, previstas para ocorrer a partir do dia 9 de julho.

Segundo boletim médico divulgado pela equipe que o acompanha, novos exames apontaram um quadro de esofagite intensa e gastrite moderada. Bolsonaro também apresentou recentemente crises recorrentes de vômitos e soluços, além de ter sido diagnosticado com pneumonia no mês passado, após passar mal durante compromissos em Goiás.

Em abril, o ex-presidente passou por uma cirurgia de 12 horas para tratar aderências intestinais e reconstruir a parede abdominal — sequelas de procedimentos cirúrgicos anteriores, motivados pela facada que sofreu durante a campanha eleitoral de 2018.

De acordo com os médicos Cláudio Biroloni e Leandro Echenique, que assinam o comunicado médico, Bolsonaro permanecerá em repouso domiciliar e afastado de todas as agendas públicas e atividades partidárias por tempo indeterminado.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também se manifestou em apoio ao marido: “O Jair precisa deste tempo para se recuperar completamente. Tenho fé de que Deus o ajudará, e logo, logo ele estará 100% para retomar suas agendas de trabalho”, escreveu nas redes sociais.

Da redação do Rondônia em Pauta

Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricidade para veículos, aponta relatório

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Estudo elaborado pela EPE, vinculada ao MME, considera ciclo de vida “do poço à roda” e mostra papel estratégico do biocombustível na transição energética e no alcance das metas do Programa Mover
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– Foto: Ralf Geithe/Getty Images

O biometano vem se consolidando como uma alternativa limpa e promissora para descarbonizar o transporte rodoviário no Brasil. É o que aponta a nota técnica “Descarbonização do setor de transporte rodoviário – Intensidade de carbono das fontes de energia”, publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), que detalha os valores de intensidade de carbono das principais fontes energéticas utilizadas no setor, com base na metodologia de avaliação do ciclo de vida.

Produzido a partir da purificação do biogás gerado por resíduos agropecuários e urbanos, o biometano é um combustível renovável com potencial para abastecer veículos leves e pesados, aproveitando a infraestrutura existente do gás natural. O estudo da EPE mostra que o biometano pode ser produzido perto do local de consumo, o que facilita o uso por frotas de empresas e ajuda a levar energia para mais regiões do país.

A nota técnica foi elaborada para subsidiar as decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na definição das metas do Programa Mover. A integração do programa a outras políticas públicas foi introduzida pela Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que amplia o uso de combustíveis sustentáveis e tecnologias de baixa emissão, promovendo a mobilidade de baixo carbono e a valorização da matriz energética nacional.

De acordo com o levantamento, o biometano apresentou uma intensidade de carbono de 8,35 gramas de dióxido de carbono equivalente por megajoule (gCO₂eq/MJ) em 2024, com expectativa de manutenção desse valor ao longo da próxima década. A estimativa foi baseada em certificações vigentes do Programa RenovaBio e reflete o desempenho ambiental de unidades que já operam com volume 100% elegível para geração de Créditos de Descarbonização (CBIOs).

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Ainda em fase de expansão, o mercado nacional de biometano já conta com 12 unidades produtoras autorizadas pela ANP até abril de 2025. Se confirmados os investimentos em andamento, mais 35 usinas poderão entrar em operação até 2027, elevando a capacidade instalada para mais de 2,1 milhões de metros cúbicos por dia.

A publicação também apresenta as trajetórias estimadas de intensidade de carbono para outros combustíveis até 2034, como gasolina, diesel, etanol, biodiesel e eletricidade, considerando a evolução tecnológica e a adoção de boas práticas agrícolas e industriais. A análise foca no conceito poço-à-roda, que avalia as emissões de gases de efeito estufa desde a produção até o uso final dos combustíveis.

Confira a nota técnica completa aqui.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME

Brasil atinge 4,7 milhões de barris por dia e bate recorde na produção de petróleo e gás natural em maio

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Avanço foi impulsionado pela produção no pré-sal, que respondeu por quase 80% do total nacional
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– Foto: Luoman/Getty Images

O Brasil alcançou, em maio deste ano, os maiores volumes mensais já registrados na produção de petróleo e gás natural, segundo dados divulgados nessa terça-feira (1º/07) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). Somadas, as produções totais de petróleo e gás natural atingiram 4,76 milhões de barris de óleo equivalente por dia.

Os números representam um avanço significativo na capacidade nacional de produção de energia, reforçando o papel estratégico do país no cenário energético global. A produção de petróleo alcançou 3,67 milhões de barris por dia, enquanto a de gás natural chegou a 172,3 milhões de metros cúbicos por dia, números que também constituem um novo recorde para a produção total brasileira.

O destaque do mês foi novamente o pré-sal, com produção recorde de 3,80 milhões de boe/d. O volume representa 79,8% do total nacional e reflete um crescimento de 1,8% em relação a abril deste ano e de 14,8% na comparação com maio de 2024. A produção ocorreu em 163 poços, com 2,94 milhões de barris por dia de petróleo e 136,75 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural.

A eficiência do aproveitamento do gás natural também teve destaque, com 97,5% do volume produzido aproveitado. Foram disponibilizados ao mercado 55,41 milhões de metros cúbicos por dia, enquanto a queima foi de 4,29 milhões de metros cúbicos diários — redução de 13,9% em relação a abril.

Confira o Boletim Mensal da Produção de Petróleo e Gás Natural aqui.

*Com informações da ANP

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME

Bandeira Tarifária de julho permanece vermelha patamar 1

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Com a sinalização, as contas de energia elétrica seguem com adicional de R$ 4,46 a cada 100 kW/h consumidos

A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) informa nesta sexta-feira (27/6) o acionamento da Bandeira Vermelha, no patamar 1, para o mês de julho de 2025 – a mesma sinalização que ocorreu em junho. Isso significa que as contas de energia elétrica continuarão recebendo adicional de R$ 4,46 (quatro reais e quarenta e seis centavos) para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos.

A continuidade do cenário de afluências abaixo da média em todo o país reduz a geração de energia por hidrelétricas. Esse quadro tende a elevar os custos de geração de energia, devido à necessidade de acionamento de fontes mais onerosas para geração, como as usinas termelétricas.

Sobre as bandeiras tarifárias

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado pela ANEEL em 2015 para indicar, aos consumidores, os custos da geração de energia no Brasil. Ele reflete o custo variável da produção de energia, considerando fatores como a disponibilidade de recursos hídricos, o avanço das fontes renováveis, bem como o acionamento de fontes de geração mais caras como as termelétricas.

Com as bandeiras, o consumidor ganha um papel mais ativo na definição de sua conta de energia. Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta. Pela regra anterior, que previa o repasse somente nos reajustes tarifários anuais, o consumidor não tinha a informação de que a energia estava cara naquele momento e, portanto, não tinha um sinal para reagir a um preço mais alto.

Com o acionamento da bandeira vermelha patamar 1, a ANEEL reforça a importância da conscientização e do uso responsável da energia elétrica. A economia de energia também contribui para a preservação dos recursos naturais e para a sustentabilidade do setor elétrico como um todo.

 

 

 

Ministério de Minas e Energia

Ministério Público de Rondônia instaura procedimento para apurar as circunstâncias das mortes ocorridas durante atuação policial na capital

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O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO) instaurou procedimento investigatório com o objetivo de apurar as circunstâncias de uma ocorrência registrada em 2 de julho de 2025, em Porto Velho, durante ação policial que resultou na morte de indivíduos supostamente ligados à organização criminosa.

A investigação conduzida pelo MPRO visa atender às disposições da ADPF 635, do Supremo Tribunal Federal, e da Resolução nº 310/2025, do Conselho Nacional do Ministério Público, que estabelecem parâmetros para a atuação autônoma do Ministério Público nesses contextos, por meio do promotor de justiça com atribuições sobre a matéria com acompanhamento e auxílio do Grupo de Atuação Especial da Segurança Pública – GAESP.

A investigação do MPRO ocorre independentemente da instauração de procedimentos autônomos por outras instituições e contribui para que os atos sejam plenamente elucidados, garantindo, assim, a ordem jurídica e o legal desempenho das ações pelas polícias estatais.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

Brasil espera mobilização do Brics para resultados ambiciosos na COP30

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A reunião de cúpula do Brics, que será realizada no Rio de Janeiro esta semana, deve servir de espaço de construção para soluções mundiais e antecipar debates importantes que estarão em pauta daqui a alguns meses, em Belém, durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em novembro.

O Brasil espera que o Brics, grupo que reúne 11 países (Brasil, China, Rússia, Índia, África do Sul, Indonésia, Irã, Egito, Etiópia, Emirados Árabes e Arábia Saudita), se mobilize em favor de resultados ambiciosos para a COP30, com o cuidado de manter as metas e os princípios da Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável. O Brasil, defende uma nova liderança climática, baseada na solidariedade entre os povos, para gerar respostas eficazes e equitativas às mudanças climáticas.

Em maio deste ano, delegados dos países-membros dos Brics aprovaram documento, a ser considerado pelos líderes dessas nações durante a reunião de cúpula, com recomendações sobre financiamento climático. Segundo a secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, o documento aborda questões como reformas de bancos multilaterais, aumento do financiamento concessional (fornecido por grandes instituições financeiras, abaixo da taxa de mercado para apoiar países em desenvolvimento) e mobilização de capital privado.

O professor de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB), Antonio Jorge Ramalho da Rocha, acredita que a declaração final dos Brics terá uma ênfase na busca por financiamento da transição energética verde e no fortalecimento de arranjos multilaterais.

“Além disso, temas como o combate à desertificação, o cuidado com os oceanos e o enfrentamento da poluição de plásticos ganharão relevância. Mais importante do que propostas específicas será a defesa de um contexto multilateral voltado para o desenvolvimento sustentável e inclusivo”, avalia.

Para a professora Maureen Santos, coordenadora da Plataforma Socioambiental do grupo de estudos Brics Policy Center, seria uma grande vitória se a reunião fosse concluída com compromissos concretos de financiamentos climáticos comprometidos com uma transição justa.

“Seria maravilhoso, porque um dos grandes debates da COP30 é o framework de transição justa. Então, se o BRICS também já se adianta, fazendo compromisso nessa área já facilita”, afirma a professora.

Financiamento

De acordo com a professora, a reunião dos Brics acontece em um momento em que o Acordo de Paris, que completa uma década neste ano, se encontra em um momento de muita fragilidade. O tratado internacional, focado em ações para combater as alterações climáticas, foi adotado em 2015 na Conferência das Partes (COP21), em Paris. “A convenção do clima sofreu um baque muito grande com a saída dos Estados Unidos do Acordo de Paris”, destaca.

No mês passado, representantes dos países que compõem a Secretaria das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) se reuniram em Bonn, na Alemanha, em um encontro preparatório para a COP30. Uma das discussões principais girou em torno de como mobilizar, globalmente, o montante de US$ 1,3 trilhão em financiamento climático.

No encontro, países do G77 (grupo de países em desenvolvimento), liderados pela China, demandaram mais investimentos dos países desenvolvidos. Um dos artigos (9.1) do Acordo de Paris prevê que as nações mais ricas devem prover recursos financeiros para auxiliar aquelas em desenvolvimento em relação à mitigação e adaptação às mudanças climáticas.

“O grande tema das duas semanas [em Bonn] foi a questão do financiamento. A questão de os países do Norte apoiarem os países do Sul foi o tema central”, afirmou Maureen. Ela acredita que a cúpula do Brics pode ser um espaço para pensar inovações para este modelo de financiamento.

“O Brics acaba ficando um pouco na retranca porque ele não quer minar a negociação do ponto de vista de que os países desenvolvidos tomem primeiro a responsabilidade”, diz.

NDCs

Segundo Maureen, apenas 28 dos quase 200 signatários do Acordo entregaram, desde novembro do ano passado, suas revisões das NDCs, as chamadas contribuições nacionalmente determinadas. Elas apontam os compromissos de cada país para reduzir suas emissões de gases do efeito estufa e adaptarem-se aos impactos das mudanças climáticas.

Entre os Brics, apenas Brasil e Emirados Árabes apresentaram suas NDCs. “O Brics poderia funcionar como um espaço muito importante para pressionar esses países. A própria Índia não entregou, assim como a China e a Rússia. Então, se eles fizessem uma coisa simbólica também de se comprometer com a entrega dessas NDCs ou uma declaração final para salvar o acordo de Paris, seria muito importante”, aponta Maureen. Ela defende que seria um passo relevante se os Brics anunciassem também compromissos financeiros adicionais em conjunto.

Energia verde

O professor Jorge da Rocha destaca que alguns países do Brics têm na produção de combustíveis fósseis um componente importante de sua economia, como é o caso do próprio Brasil, da Arábia Saudita, do Irã, dos Emirados Árabes e da Rússia. Apesar disso, é uma posição oficial do grupo promover “transições energéticas justas, ordenadas e equitativas e reduzir as emissões de gases do efeito estufa”, como demonstrado no comunicado dos ministros de Energia dessas nações, em maio deste ano.

“A ideia é usar os recursos provenientes dessas fontes para financiar a ampliação da escala da capacidade de geração de energia verde e, gradualmente, usar o petróleo para fins distintos da produção de energia. É verdade que as economias não têm condições de ajustar-se rapidamente a um ambiente sem energia proveniente do carbono sem gerar inflação e crise econômica, mas também é verdade que, devido a seus competentes lobbies, a indústria de petróleo e gás se beneficia de pesados subsídios”, explica o professor da UnB.

Ele ressalta, no entanto, que a transição energética precisaria envolver a redução dos subsídios a essa indústria e direcionar os recursos para fontes de energia mais limpas. “A tendência, infelizmente, é que se adie uma vez mais esse processo”, afirma.

 

 

Agência Brasil