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Novo leilão reverso do Ministério das Comunicações levará internet móvel a 128 localidades de difícil acesso e trechos de rodovias em 20 estados

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Com R$ 89 milhões em recursos, edital divulgado esta semana vai selecionar empresas para instalação de antenas e garantir mais conexão e inclusão digital no país
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Foto: Shizuo Alves/MCom

OMinistério das Comunicações, em parceria com a Seja Digital, vai levar internet móvel e telefonia a 128 localidades remotas do país e a trechos de rodovias em 20 estados. O edital do terceiro leilão reverso para instalação de Estações Rádio Base (ERBs) em áreas sem cobertura de telefonia móvel e internet banda larga foi divulgado nesta segunda-feira (7). Com R$ 89 milhões em recursos oriundos do saldo remanescente do leilão da faixa de 700 MHz, realizado em 2014, o Ministério quer cumprir metas de inclusão digital no país.

“Mapeamos várias regiões que precisam de política pública eficaz para promover a inclusão digital. São áreas remotas do país e trechos importantes de rodovias. As instalações de torres de celular podem melhorar significativamente o acesso à internet móvel, inclusive em áreas que atualmente não têm nenhum sinal, além de ampliar a cobertura 4G e 5G para a população”, disse Frederico de Siqueira Filho, ministro das Comunicações.

As 128 localidades contempladas estão distribuídas nos seguintes estados: Amapá, Bahia, Ceará, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Sergipe e Tocantins.

O terceiro leilão reverso acontecerá no dia 12 de agosto. O edital da Seja Digital, que vai selecionar empresas para operar nessas áreas remotas e trechos de rodovias, foi publicado nesta segunda-feira (7): www.sejadigital.com.br/leilao03. A iniciativa integra a política pública elaborada pelo Ministério das Comunicações para promover a inclusão digital da população em regiões desassistidas.

“Acreditamos que a terceira edição vai atrair ainda mais operadoras interessadas em expandir sua atuação, ampliando a cobertura de telefonia e internet móvel para novas regiões, incluindo trechos de rodovias, reforçando o compromisso com a inclusão digital no país”, afirma Fernando César Araújo, gestor do projeto pela Seja Digital.

O novo leilão seguirá o mesmo modelo das duas edições anteriores, realizadas em outubro de 2024 e março de 2025: lances únicos por localidade, sendo vencedora a proposta de menor valor. As empresas interessadas em participar devem cumprir os requisitos de habilitação e respeitar os prazos estabelecidos no edital para envio da documentação.

Os três leilões têm como objetivo utilizar o saldo remanescente de R$ 250 milhões disponíveis. Nos dois primeiros certames, foram investidos R$ 160 milhões. As localidades foram previamente determinadas pelo Ministério das Comunicações, que vem mapeando áreas remotas a serem incluídas digitalmente.

Leilão reverso

Na modalidade de leilão reverso, as operadoras podem escolher uma ou mais localidades da lista e realizar um lance único para cada uma, abaixo do valor máximo estipulado no edital. Serão vencedoras as empresas que solicitarem o menor valor de subsídio em cada localidade.

O Ministério das Comunicações é um dos integrantes do Grupo de Implantação da TV Digital (Gired). Além da pasta, o grupo reúne representantes da Anatel, dos radiodifusores e das operadoras, sendo responsável pelas diretrizes da Seja Digital/EAD.

Seja Digital

Entidade Administradora da Digitalização de Canais de TV e RTV, a Seja Digital (EAD) foi criada por determinação da Anatel, com a missão de implementar políticas públicas para os setores de radiodifusão e telecomunicações.

Entre os projetos já realizados, destacam-se a aceleração da adoção do sinal digital de TV e a expansão da banda larga móvel em diversas regiões do Brasil.

Texto: ASCOM | Ministério das Comunicações

Brasil e Índia firmam acordo para ampliar cooperação em energias renováveis

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Memorando de Entendimento foi assinado durante visita oficial do Primeiro-Ministro indiano, Narendra Modi, à Brasília
Brasil e Índia firmam acordo para ampliar cooperação em energias renováveis

Foto: Ricardo Stuckert/PR

O Ministério de Minas e Energia (MME) do Brasil e o Ministério de Energias Novas e Renováveis da Índia assinaram, nessa terça-feira (8/07), em Brasília, um Memorando de Entendimento com foco na cooperação bilateral em fontes renováveis de energia.

A assinatura do documento ocorreu durante a visita oficial ao Brasil do Primeiro-Ministro da Índia, Sr. Narendra Modi, e reforça o compromisso das duas nações com o desenvolvimento sustentável e a transição energética global. O acordo estabelece diretrizes para uma parceria estratégica entre Brasil e Índia, com foco em tecnologias limpas e políticas públicas voltadas à expansão das energias renováveis.

“A parceria com a Índia reforça o protagonismo do Brasil na transição energética global. Estamos unindo forças com uma nação estratégica para acelerar o desenvolvimento de tecnologias limpas, gerar empregos verdes e garantir segurança energética com responsabilidade ambiental. É a diplomacia da energia a serviço de um futuro mais sustentável”, afirmou Silveira.

Entre os temas prioritários estão energia solar, eólica, hidrelétrica, bioenergia, armazenamento de energia e hidrogênio de baixas emissões. O documento também prevê ações de capacitação técnica, intercâmbio de especialistas e promoção conjunta de pesquisas e projetos inovadores.

Como parte da implementação do acordo, será criado um Grupo de Trabalho Conjunto responsável por coordenar iniciativas e fomentar o intercâmbio de informações, experiências e boas práticas entre os dois países. Com vigência inicial de cinco anos, o memorando fortalece a cooperação Sul-Sul e alinha Brasil e Índia aos esforços internacionais de combate às mudanças climáticas, impulsionando o uso de tecnologias sustentáveis e o fortalecimento da segurança energética.

Abate de bovinos bate recorde em junho e comercialização da soja futura avança

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Mato Grosso encerrou o mês de junho com dois destaques na economia agropecuária: o maior volume de abates bovinos já registrado para o período e o avanço da comercialização da safra futura de soja. Os dados são do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) e reforçam a relevância do estado como principal polo de produção agropecuária do país.

No setor pecuário, o estado encaminhou 613,15 mil cabeças de gado aos frigoríficos, número que representa uma alta de 0,20% em relação a maio e consolida um recorde para o mês de junho. O desempenho foi influenciado pelo atraso na saída de bois de pasto, provocado pela extensão das chuvas no primeiro semestre.

Outro ponto de atenção foi o aumento no abate de fêmeas, com crescimento de 8,11% na comparação com junho de 2024. Mesmo assim, a participação das vacas e novilhas no total abatido caiu para 52,66%, uma redução de 1,74 ponto percentual frente ao mês anterior. A tendência é de que, com a intensificação do uso de confinamento nos meses seguintes, o ritmo de abate de fêmeas recue.

Já no mercado da soja, o cenário é de recuperação gradual nas cotações e maior dinamismo na comercialização antecipada da safra 2025/26. O preço médio recebido pelos produtores em junho foi de R$ 112,22 por saca, alta de 1,43% sobre maio. Com isso, 17,5% da produção esperada já foi negociada, avanço mensal de 3,35 pontos percentuais.

Apesar da valorização no curto prazo, a cotação média da safra futura caiu 4,64%, chegando a R$ 106,73 por saca, o que trouxe cautela a parte dos produtores. Ainda assim, o aumento dos custos de produção e a necessidade de garantir margens mínimas têm sustentado o fluxo de contratos.

A oferta total de soja para a próxima temporada em Mato Grosso foi estimada em 48,55 milhões de toneladas, somando a produção projetada de 47,18 milhões com os estoques iniciais. Do lado da demanda, o consumo doméstico foi revisado para cima, alcançando 13,24 milhões de toneladas, impulsionado pela ampliação da mistura obrigatória de biodiesel.

As exportações permanecem previstas em 29,83 milhões de toneladas, e o estoque final deve alcançar 940 mil toneladas. Com isso, o balanço entre oferta e demanda segue tecnicamente equilibrado, refletindo uma conjuntura de estabilidade para o principal grão cultivado no estado.

Pensar Agro

Evento vai destacar a força da aviação agrícola no agro brasileiro

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Com a segunda maior frota do mundo e atuação em praticamente todas as culturas comerciais, a aviação agrícola brasileira tem se consolidado como um dos pilares técnicos do agronegócio. Mais do que uma atividade complementar, ela representa um elo estratégico entre tecnologia, produtividade e sustentabilidade na produção de alimentos, fibras e energia renovável.

Atualmente, o Brasil conta com cerca de 2,5 mil aeronaves agrícolas registradas, operando em uma área que ultrapassa 100 milhões de hectares por ano. O setor movimentou mais de R$ 8 bilhões em 2024, conforme projeções de entidades ligadas à aviação rural, e tem expectativa de crescimento próximo de 25% até 2027, impulsionado pelo aumento da demanda por precisão nas lavouras e pela ampliação da fronteira agrícola.

O equipamento é empregado principalmente na aplicação de defensivos, fertilizantes e semeadura de culturas de cobertura. Sua principal vantagem é a capacidade de cobrir grandes áreas em curto espaço de tempo, o que reduz perdas por pragas, doenças ou intempéries climáticas. Essa agilidade é essencial em lavouras como soja, milho, algodão, cana-de-açúcar, arroz, trigo e também em culturas permanentes como café, citros e eucalipto.

Além da velocidade, o setor investe fortemente em tecnologia de precisão, com sistemas embarcados de controle de vazão, georreferenciamento e mapeamento por imagens. Aeronaves tripuladas e drones trabalham de forma integrada com dados gerados por satélites e sensores no solo, contribuindo para uma agricultura mais racional e ambientalmente controlada.

Outro diferencial da aviação agrícola brasileira é sua crescente participação em ações ambientais, como o combate a incêndios florestais e a pulverização de áreas de preservação com insumos biológicos. Em estados como Mato Grosso, Tocantins e Pará, aviões agrícolas são frequentemente acionados em operações de controle de queimadas ou combate a focos de incêndio em áreas de difícil acesso.

Apesar da alta tecnificação, o setor ainda enfrenta desafios. Um deles é o desconhecimento sobre sua atuação, muitas vezes confundida com práticas irregulares. Para operar, os prestadores de serviços precisam estar homologados por órgãos federais e seguir rigorosas normas de segurança operacional e ambiental. Todas as aeronaves são registradas na Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), e as aplicações seguem padrões definidos pelo Ministério da Agricultura, com registro de rotas, volumes e produtos.

Em termos de distribuição, o Centro-Oeste lidera o uso da aviação agrícola, com destaque para Mato Grosso, que possui a maior frota em operação no país. Isso se deve à dimensão territorial, à concentração de grandes lavouras e à busca por janelas mais curtas de aplicação. O Sul do país também é forte usuário, especialmente em culturas como arroz irrigado, soja e tabaco.

Nos últimos anos, o setor também tem apostado na capacitação de operadores e técnicos, além da ampliação do uso de aeronaves remotamente pilotadas (drones), que atendem áreas menores ou aplicações localizadas, complementando o trabalho das aeronaves maiores.

EVENTO – Em meio a esse cenário de crescimento e valorização do setor, será lançado na próxima terça-feira (15.07), em Cuiabá, o Congresso da Aviação Agrícola 2025 (Congresso AvAg), que acontecerá em agosto no Aeroporto Executivo de Santo Antônio de Leverger (MT).

O lançamento oficial marcará a contagem regressiva de 35 dias para um dos maiores eventos do setor no mundo, reunindo fabricantes, operadores, pesquisadores e lideranças do agro. A programação inclui painéis sobre inovação, sustentabilidade, segurança operacional e regulamentação, além de mostra tecnológica e o inédito Leilão da Aviação Agrícola, com renda voltada à defesa institucional do segmento.

Fonte/Pensar Agro

SUS vai ofertar novos tratamentos para inibir progressão da endometriose e melhorar qualidade de vida das pacientes

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Mulheres com endometriose – condição ginecológica inflamatória crônica que ocasiona o crescimento do tecido que reveste o útero fora da cavidade uterina – vão contar com mais duas opções de tratamento de base hormonal no Sistema Único de Saúde (SUS). Recém-incorporados na rede pública pelo Ministério da Saúde, o Dispositivo Intrauterino Liberador de Levonogestrel (DIU-LNG) e o desogestrel trarão benefícios importantes para as pacientes. 

O DIU-LNG suprime o crescimento do tecido endometrial fora do útero, sendo uma opção para mulheres com contraindicação ao uso de contraceptivos orais combinados (COCs). A nova tecnologia pode melhorar a qualidade de vida das pacientes, uma vez que sua troca só é requerida a cada cinco anos, o que contribui para aumentar a adesão ao tratamento. 

Já o desogestrel pode reduzir a dor e dificultar a progressão da doença. Trata-se de um anticoncepcional hormonal que atua principalmente inibindo a ovulação. Ele age bloqueando a atividade hormonal, que impede o crescimento do endométrio fora do útero. Esse medicamento poderá ser usado como primeira linha de tratamento, ou seja, pode ser prescrito já na avaliação clínica até que o diagnóstico se confirme por meio de exames. 

“Mais do que inovação, estamos falando de garantir cuidado oportuno e eficaz para milhares de mulheres que convivem com a dor e o impacto da endometriose em seu dia a dia. A oferta desses dois tratamentos representa, acima de tudo, qualidade de vida para as pacientes e um avanço relevante na atualização tecnológica do SUS — fruto de um processo criterioso, conduzido com base nas melhores evidências científicas pela Conitec”, afirmou o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. 

O DIU-LNG e o desogestrel foram incorporados pelo Ministério da Saúde, por meio da Portaria SECTICS/MS N° 41/2025 e da Portaria SECTICS/MS N° 43/2025, depois de receberem recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Vale destacar que, para estarem disponíveis na rede pública de saúde, é necessário o cumprimento de etapas necessárias, como a atualização do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) da Endometriose. 

Atendimentos na Atenção Primária e Especializada 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres e meninas em idade reprodutiva no mundo todo, representando mais de 190 milhões de pessoas. No Brasil, o SUS oferece atendimento integral a pacientes com a doença, tendo registrado um aumento de 30% na assistência relacionada ao diagnóstico da endometriose na Atenção Primária na comparação entre 2022 (115.131 atendimentos) e 2024 (144.97). Nos dois últimos anos (2023-2024), foram mais de 260 mil atendimentos. 

Já na Atenção Especializada, o SUS registrou aumento de 70% no número de atendimentos por endometriose, passando de 31.729 em 2022 para 53.793 em 2024. Nos dois últimos anos (2023 e 2024), foram registrados 85,5 mil atendimentos. Também houve um aumento de 32% nas internações pela doença, que passaram de 14.795 em 2022 para 19.554 em 2024. No mesmo período (2023 e 2024), o total foi de 34,3 mil internações. 

Saiba o que o SUS já oferece  

Na rede pública de saúde, as mulheres contam com tratamento clínico e cirúrgico.  

No primeiro caso, é ofertada terapia hormonal, como o uso de progestágenos e medicamentos hormonais, como contraceptivos orais combinados (COCs) e análogos do hormônio liberador de gonadotrofinas (GnRH). Além disso, analgésicos e anti-inflamatórios podem ser utilizados para controle da dor. Vale destacar que as mulheres também contam com acompanhamento multidisciplinar. 

Nos casos em que a cirurgia é indicada, estão disponíveis procedimentos como videolaparoscopia, técnica minimamente invasiva para a remoção de focos de endometriose, também usada para diagnóstico quando necessário; a laparotomia, cirurgia aberta para casos mais complexos; e a histerectomia, que consiste na remoção do útero, sendo recomendada apenas em situações específicas e após avaliação criteriosa. 

Nas mulheres que têm a doença, o tecido semelhante ao endométrio (que reveste o útero) cresce fora do útero em órgãos como ovários, intestino e bexiga, o que causa reações inflamatórias. Cólica menstrual intensa, dor pélvica crônica, dor durante a relação sexual, infertilidade e queixas intestinais e urinárias com padrão cíclico estão entre os principais sintomas da endometriose. 

Ministério da Saúde

Com CNH Sem Barreiras, jovem de Vilhena realiza sonho de dirigir e fortalece inclusão em Rondônia

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O sonho de dirigir se tornou realidade para Fernanda Ketlin, de 18 anos, moradora de Vilhena. Pessoa com Deficiência, Fernanda foi aprovada nos exames teórico e prático com auxílio do programa “CNH Sem Barreiras”, lançado pelo governo de Rondônia, por meio do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-RO). A iniciativa, que entrou em vigor no início de abril de 2025, vem ampliando o acesso à Carteira Nacional de Habilitação (CNH) para pessoas com deficiência em todo estado.

Com o objetivo de promover inclusão social e igualdade de direitos, o programa oferece condições especiais para quem enfrenta barreiras físicas. Entre as medidas, estão a disponibilização gratuita de veículos adaptados às autoescolas, redução no valor do exame de aptidão física e mental, além do uso do ledor digital — recurso tecnológico que lê textos, beneficiando pessoas com deficiência visual, dislexia ou Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, o programa simboliza um passo fundamental rumo a uma sociedade mais justa e acessível. “Facilitar o acesso à habilitação é garantir direitos e oportunidades a todos. O governo do estado tem trabalhado para que todos tenham a oportunidade de conquistar sua habilitação, fomentando iniciativas que oportunizam mais autonomia, inclusão, respeito e cidadania”, ressaltou.

Fernanda Ketlin relatou a surpresa ao descobrir que só poderia conduzir veículos com adaptação, mas também o alívio de contar com o apoio do Detran-RO. “Eu achava que poderia fazer a habilitação com carro manual sem problema algum. Quando dei entrada na CNH descobri que eu só poderia dirigir carro com automatização. E o Detran tem carros disponibilizados para nós, que são adaptados. Graças a isso eu consegui a minha CNH. A inclusão social é muito gratificante”, declarou.

CNH SEM BARREIRAS

O Detran-RO adquiriu dois veículos adaptados que hoje atendem até 93% das limitações físicas dos candidatos. Os carros são utilizados gratuitamente nos Centros de Formação de Condutores (CFCs) credenciados no estado. Além disso, o ledor digital tornou as provas teóricas mais acessíveis às pessoas com dificuldades de leitura e interpretação.

Outra medida de destaque é a redução no custo do exame de aptidão física e mental para pessoas com deficiência, que passou de R$ 203,73 para R$ 107,23, uma economia de R$ 96,50. O diretor-geral do Detran-RO, Sandro Rocha, enfatizou que “essa redução no valor é uma forma concreta de ampliar o acesso e reafirmar o compromisso da gestão estadual com a cidadania. Mais do que investir em veículos e exames, estamos investindo em dignidade e oportunidades.”

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O Ministério Público de Rondônia (MPRO), por meio do Procurador-Geral de Justiça, Alexandre Jésus de Queiroz Santiago, e do Subprocurador-Geral de Justiça Jurídico, Ivanildo de Oliveira, participou do Encontro Executivo (EBC) da Amazon Web Services (AWS), nesta terça-feira (8/7), na sede da AWS Brasil em São Paulo-SP.

O evento, realizado em parceria com a Comissão de Planejamento Estratégico do Conselho Nacional do Ministério Público (CPE/CNMP) e o Grupo Nacional de Tecnologia da Informação do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais (GNTI/CNPG), teve como objetivo promover a transformação digital e a inovação nas organizações.

Transformação digital e inovação

O EBC é um programa exclusivo para líderes governamentais, empresariais e de tecnologia. Busca promover a transformação digital e a inovação. Durante o evento, os Procuradores-Gerais tiveram a oportunidade de aprofundar conhecimentos e trocar experiências. Eles também delinearam estratégias de inovação.

Os participantes puderam participar de discussões personalizadas sobre a jornada de transformação digital e inovação dos Ministérios Públicos com especialistas da AWS. Conheceram as soluções tecnológicas mais recentes e relevantes para projetos estratégicos. Além disso, interagiram com líderes de outras instituições governamentais para a troca de experiências e boas práticas.

Perspectiva global

O evento também permitiu explorar discussões exclusivas voltadas aos objetivos estratégicos e desafios da Rede Nacional de Inovação. Os participantes obtiveram uma perspectiva global sobre como a tecnologia em nuvem tem transformado governos e eventos de grande porte em todo o mundo.

O Encontro Executivo da AWS fez parte do segundo dia de eventos realizados em parceria com a CPE/CNMP e o GNTI/CNPG oportunizou ao MPRO e outras instituições aprimorarem suas práticas e adotarem novas tecnologias para melhor servir à sociedade.

Gerência de Comunicação Integrada (GCI)

CARTA ABERTA: Brasil em Alerta: quando a Justiça se transforma em Vingança, a democracia perde o “Sol da Liberdade”

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Por Daniel Oliveira da Paixão – Cacoal, Rondônia, Brasil

A todos os líderes democráticos, juristas, parlamentares e defensores da liberdade ao redor do mundo,

Escrevo-lhes não apenas como cidadão brasileiro, mas como alguém que acredita profundamente nos valores universais da justiça, da liberdade e da democracia. Escrevo porque a ordem democrática no Brasil está sob grave ameaça — e o mundo precisa saber.

O Brasil, há muito celebrado por sua vida cívica vibrante e estrutura constitucional, vive hoje um perigoso eclipse de sua democracia. E, ironicamente, essa crise não está sendo provocada por golpes militares ou ameaças externas, mas por aqueles que deveriam zelar pela lei: o nosso próprio Supremo Tribunal Federal (STF).

Sob o pretexto de proteger as instituições democráticas, o STF tem expandido seus poderes para além dos limites constitucionais. Tem atuado, ao mesmo tempo, como acusador, investigador e juiz — atropelando o devido processo legal e ignorando princípios básicos de imparcialidade. Em muitos casos, pessoas são julgadas e condenadas sem direito a uma defesa adequada, sem clareza das acusações e com base em imputações vagas, como “atos antidemocráticos”.

Isso não é Estado de Direito — é o domínio do poder sem freios.

A Corte transformou sua autoridade em instrumento político. O ex-presidente Jair Bolsonaro e inúmeros de seus apoiadores — inclusive manifestantes pacíficos — têm sido alvo de investigações, censura, bloqueio de bens e penas de prisão desproporcionais. Protestantes ligados aos eventos de 8 de janeiro de 2023 — muitos dos quais não cometeram atos de violência nem tinham qualquer plano organizado de golpe — foram sentenciados a mais de 15 anos de prisão. Isso não é justiça; é punição coletiva.

Ao mesmo tempo, esse mesmo rigor judicial não se aplica a movimentos de esquerda que destroem propriedades privadas, invadem terras, incendeiam caminhões ou atacam empresas do agronegócio, causando prejuízos milionários. Esses grupos, muitas vezes, são tratados com impunidade — ou penalizados simbolicamente. Tal padrão duplo corrói a confiança pública e deslegitima as instituições democráticas.

Um Judiciário que aplica a lei de forma seletiva torna-se, na prática, um ator político. E quando a Corte mais poderosa de um país pode prender, censurar e silenciar opositores sem freios ou contrapesos — a democracia já cruzou uma linha perigosa.

Até mesmo expressões públicas de opinião têm sido alvo de perseguição. Questionar as urnas eletrônicas, criticar o STF ou apenas compartilhar opiniões contrárias às narrativas oficiais têm sido tratados como ameaças à segurança nacional. A linha entre crime e opinião foi apagada — e o preço disso é pago com silêncio e medo.

Nós, brasileiros, já não vivemos sob a plena luz da liberdade democrática. O sol da liberdade — outrora proclamado com orgulho em nosso hino nacional — já não brilha sobre nosso horizonte político.

Não pedimos interferência, mas sim consciência internacional. As democracias precisam se responsabilizar mutuamente. Se o autoritarismo se instala sob a máscara da legalidade, então nenhuma sociedade democrática está verdadeiramente segura.

Este é um apelo por solidariedade, por vigilância e por verdade.

A comunidade internacional precisa saber: o Brasil não vive hoje uma democracia saudável. Está sob um regime de excessos judiciais, censura e perseguição política. E já passou da hora do mundo se manifestar.

A democracia não sobrevive quando a justiça vira vingança, e quando os tribunais servem ao poder — em vez do povo. Apelamos aos líderes globais para que prestem atenção, se posicionem e recordem ao Estado brasileiro que a legitimidade exige justiça, transparência e equilíbrio.

Que a história não registre que o mundo permaneceu em silêncio enquanto uma democracia apagava sua própria luz.

Com respeito e urgência,
Daniel Oliveira da Paixão
Cidadão brasileiro – defensor da liberdade, da justiça e dos valores democráticos

Envelhecimento da população impulsiona novas ações em defesa dos idosos

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Daqui a 45 anos, os brasileiros com mais de 60 anos deverão corresponder a cerca de 37,8% da população do país, ou 75,3 milhões de pessoas idosas. Essa projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) alerta que não há muito tempo para o Brasil adaptar suas políticas públicas ao envelhecimento acelerado da população. A Europa pode fazer isso em mais de um século. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), o Brasil já é a sexta nação com o maior número de idosos no mundo.

De olho nesse cenário, o Senado tem se preocupado em propor e aprovar projetos voltados à população idosa. No primeiro semestre, uma série de projetos foi votada, incluindo uma proposta de emenda à Constituição que autoriza estados e o Distrito Federal a instituírem normas complementares sobre o tema (PEC 81/2015). Em novembro do ano passado, foi criada a Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pessoa Idosa, com duas senadoras na condução: Damares Alves (Republicanos-DF) na presidência e Margareth Buzetti (PSD-MT) na secretaria-geral.

A preocupação com aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), prejudicados por fraudes superiores a R$ 6 bilhões, sustentou a proposta de uma CPMI, cujo requerimento foi lido pelo presidente do Congresso, Davi Alcolumbre, na terça-feira (17). Isso significa que a comissão parlamentar mista de inquérito já pode ser instalada assim que os seus integrantes forem designados e começar a trabalhar nas averiguações. O líder do governo no Congresso, senador Randolfe Rodrigues (PT-AP), disse que o Executivo espera que esse esforço do Congresso se some às investigações que já estão sendo feitas pela Polícia Federal e pela Controladoria-Geral da União (CGU).

Indicadores

O IBGE mostrou que, pela primeira vez, há mais idosos que jovens no Brasil. Essa mudança foi registrada pelo instituto em 2023, quando o percentual da população idosa de 15,6% ultrapassou os 14,8% dos que têm entre 15 e 24 anos. No período de 2000 a 2023, a proporção de idosos (60 anos ou mais) na população brasileira quase duplicou, subindo de 8,7% para 15,6%. Em pouco mais de duas décadas, a população com 60 anos ou mais passou de 15,2 milhões para 33 milhões de pessoas.

Outro indicador que ilustra a mudança no padrão etário do país é a idade média da população, que era de 28,3 anos em 2000 e subiu para 35,5 anos em 2023. Para 2070, a idade média projetada da população brasileira é 48,4 anos. De acordo com o IBGE, a esperança de vida ao nascer subiu de 71,1 anos em 2000 para 76,4 anos em 2023, e deve chegar aos 83,9 anos em 2070. Muitos fatores contribuíram para essas alterações na composição etária do Brasil, desde o processo de industrialização com a atração de trabalhadores para as cidades, a inclusão da mulher no mercado de trabalho que colaborou para a queda na fecundidade, até a melhora nas condições de nutrição e saneamento básico, a ampliação do acesso a serviços de saúde e medicamentos, os avanços na ciência e a redução da mortalidade.

Propostas

A PEC 81/2015, aprovada por unanimidade no Plenário em maio, amplia a proteção aos idosos ao estender aos estados e ao Distrito Federal a competência para criar leis destinadas a essa população. Atualmente, esse poder cabe apenas à União. A matéria está em análise na Câmara dos Deputados.

O autor do texto, senador Wellington Fagundes (PL-MT), disse que a proposta abre caminho para mais investimentos em saúde preventiva, acessibilidade, combate à violência contra os idosos, programas de inclusão digital e apoio familiar.

— É muito urgente fortalecer a autonomia dos estados e do Distrito Federal e, se possível, dos municípios, para que eles possam criar leis específicas de proteção a toda a população idosa, respeitando as realidades regionais e ampliando o alcance das políticas públicas — afirmou Wellington.

Para o senador, o Parlamento deve se preocupar não só com o cuidado, mas também com o protagonismo da pessoa idosa.

— Precisamos sair da lógica apenas assistencialista e pensar no idoso como cidadão ativo, que tem direito à mobilidade, à cultura, à saúde mental e física e ao respeito.

Wellington também avalia como essencial criar oportunidades de trabalho para a população idosa. Ele afirmou ser necessário aproveitar a experiência deles para aumentar a produtividade do país.

— É nessa linha que o Senado pode e deve ser o motor dessa transformação, promovendo debates, garantindo orçamento e estimulando políticas públicas inovadoras para o envelhecimento saudável.

De acordo com consultores do Senado, um dos pontos favoráveis da proposta é estabelecer uma simetria com relação ao tratamento já conferido pela Constituição Federal a outros grupos vulneráveis, como pessoas com deficiência (PcD), crianças e jovens Ao incluir os idosos no conjunto de grupos que merecem atenção especial e proteção legal por meio de competência concorrente, a PEC reforça a coerência e o princípio da igualdade presentes no texto constitucional.

O senador Paulo Paim (PT-RS), autor do Estatuto da Pessoa Idosa (Lei 10.741, de 2003), também chama a atenção para as dificuldades enfrentadas pelos idosos para encontrar espaço no mercado de trabalho. Para Paim, é necessário investir em políticas públicas que promovam a diversidade etária nas empresas e reforçar a importância do conhecimento adquirido por pessoas a partir dos 60 anos.

— Toda forma de preconceito e discriminação deve ser transformada por meio da educação. Respeitar a pessoa idosa é respeitar o futuro de cada um. Uma sociedade que valoriza a pessoa idosa se desenvolve culturalmente e economicamente.

Um projeto do senador Chico Rodrigues (PSB-RR) concede incentivos fiscais com duração de cinco anos a empregadores que contratarem colaboradores com idade igual ou superior a 60 anos (PL 4.890/2019). Aprovado no Senado, o projeto está em análise na Câmara dos Deputados. Ele permite ao empregador deduzir dos 20% de Contribuição Patronal sobre a Folha de Pagamento (Lei 8.212, de 1991) o valor de um salário mínimo para cada semestre de contrato de trabalho vigente relativo ao empregado contratado que tiver idade igual ou superior a 60 anos.

Fraudes

O Senado tem dado atenção especial às constantes tentativas de golpes financeiros direcionadas a esse grupo. Com o objetivo de enfrentar esse problema, o senador Paim apresentou um projeto que torna obrigatória a assinatura física em contratos de empréstimo firmados por idosos (PL 74/2023). A proposta visa proteger esse público contra fraudes e assegurar que estejam plenamente cientes dos termos acordados. O projeto está em análise na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

A proposta também prevê a aplicação de multas às instituições financeiras que descumprirem a regra. Ela vale para contratos, serviços ou produtos da modalidade de consignação, como empréstimos, financiamentos, arrendamentos, hipotecas, aplicações financeiras, retiradas de dinheiro, investimentos duvidosos ou qualquer outro tipo de operação que possua natureza de crédito consignado.

— O objetivo principal é proteger essa parcela da população vulnerável da nossa sociedade contra a ação de grupos criminosos que agem com extrema crueldade e desumanidade, inclusive familiares [das vítimas].

Segundo Paim, auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) apontou que mais de 35 mil reclamações sobre empréstimos consignados foram registradas apenas em 2023.

— É urgente confiscar os bens dos envolvidos e cobrar a devolução imediata dos valores descontados de forma indevida — disse Paim.

O senador destacou que o envelhecimento traz desafios, como a pressão sobre os sistemas de saúde e previdência, aumentando a demanda por cuidados de longo prazo e tratamentos especializados. Paim também defende a Previdência Social, afirmando que o benefício é um pilar essencial do Estado e do bem-estar da população.

— Defendo uma Previdência Social como política pública essencial. Sem os benefícios, 42% da população estaria abaixo da linha da pobreza. Os repasses garantem uma rede de proteção que atinge não só aposentados e pensionistas, mas também, indiretamente, familiares e dependentes, sendo um dos principais instrumentos de combate à desigualdade no país. Isso significa que 30,5 milhões de pessoas, graças à nossa previdência, não estão em [condições] de miséria absoluta.

CPMI do INSS

O requerimento para a criação da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que vai investigar descontos ilegais nas folhas de benefício de segurados do INSS foi lido durante a sessão do Congresso Nacional na terça (17). O pedido de investigação foi apresentado pela senadora Damares e pela deputada Coronel Fernanda (PL-MT), com as assinaturas de 223 deputados e de 36 senadores.

O grupo deve ser formado por 15 deputados e 15 senadores titulares, com o mesmo número de suplentes. O prazo de funcionamento previsto é de 180 dias. A partir de agora, as bancadas e os blocos partidários precisam indicar os membros que farão parte da CPMI para que o colegiado possa ser instalado e comece os trabalhos.

Em maio, os senadores cobraram esclarecimentos sobre as fraudes e o andamento das investigações. A Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor (CTFC) recebeu o ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz Maciel, para tratar do assunto.

Os parlamentares foram unânimes em manifestar indignação contra o crime praticado pelas associações denunciadas e exigiram respeito às vítimas, transparência nas investigações, responsabilizar os culpados e agilidade no ressarcimento do dinheiro roubado. Também pediram que os mecanismos de segurança no INSS sejam reforçados para evitar novas fraudes.

A Frente Parlamentar Mista em Defesa da Pessoa Idosa também se manifestou sobre as fraudes. Em nota, o colegiado expressou preocupação com a ação ajuizada pelo governo no Supremo Tribunal Federal (STF), com o objetivo de frear os processos movidos por segurados prejudicados. Para a Frente, o pedido fere a Convenção Americana sobre Direitos Humanos, que garante a qualquer pessoa o direito de recorrer a um juiz ou tribunal competente para proteger seus direitos fundamentais.

“Tal medida dará conforto ao governo, mas em outra ponta vai penalizar o idoso que busca direito ao ressarcimento e reparação por dano moral, além de outros direitos, e o deixa sem alternativa além de aceitar uma eventual proposta apresentada em âmbito administrativo e pode atrasar o ressarcimento. Diante deste cenário, e como representantes das pessoas idosas no Congresso Nacional, reivindicamos a desistência por parte do governo dessa iniciativa e, em outra parte, que o STF não dê razão a tal pedido”, registra a nota.

A Frente Parlamentar, presidida por Damares, tem como finalidade ouvir a sociedade e propor medidas para promover a qualidade de vida das pessoas idosas. O plano de trabalho prevê a avaliação da atuação do Estado em relação à população idosa, conforme a Política Nacional do Idoso; a criação de formas institucionalizadas para articular e integrar as iniciativas e atividades da Frente com as ações do governo, de órgãos de classe e de entidades da sociedade civil; além da promoção de debates com especialistas e representantes sobre temas de interesse específico da pessoa idosa.

Punição

Para o senador Carlos Viana (Podemos-MG), é preciso responsabilizar as pessoas que cometem crimes contra os idosos. O parlamentar foi relator de uma proposta que aumenta as penas para os crimes de abandono de incapaz, maus-tratos e exposição a perigo à saúde e à integridade física ou psíquica do idoso (PL 4.626/2020). Já aprovado na Câmara e no Senado, o texto aguarda a sanção presidencial.

— Nós precisamos ter responsabilidade. O Brasil tem muitos direitos, mas também temos que ter muitas obrigações. E uma delas é cuidar dos idosos. Deixar crianças, ou mesmo mais velhos, em situação de exposição e de perigo, tem que ser algo punido pela lei, para que a gente evite casos graves.

Viana ressaltou que o país ainda não está preparado para lidar com o aumento no número de idosos. Segundo o senador, o Sistema Único de Saúde (SUS) não conta com um programa específico e bem estruturado para atender o tamanho da população com mais de 60 anos. Ele também afirmou que não há um orçamento prevendo que o Brasil vai gastar cada vez mais com a seguridade e necessidades específicas dos idosos, como remédios e tratamentos fisioterápicos.

— Nós temos que acordar para que, nos próximos dez anos, tenhamos um país mais amigável para aqueles que deram sua contribuição e que estão vivendo muito. Nós precisamos pensar em como ter seguridade, como ter um país mais equilibrado no futuro para todos eles — afirmou o senador.

Proteção

Um projeto de lei que amplia as prerrogativas das autoridades policiais para proteger pessoas idosas em situação de risco está tramitando na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PL 4.801/2023, do senador Ciro Nogueira (PP-PI), permite que a autoridade policial adote providências para cessar o risco.

O texto altera o Estatuto da Pessoa Idosa e determina que, ao tomar conhecimento de situação de risco contra a pessoa idosa, a autoridade policial deve adotar as providências cabíveis para cessar o risco, requisitar aos serviços públicos de saúde e assistência social a adoção das diligências necessárias à proteção e à defesa da pessoa idosa, e comunicar o fato ao Ministério Público, à Defensoria Pública e ao Conselho Municipal da Pessoa Idosa.

Além disso, se constatar que o fato é uma infração penal, o policial deve realizar a instauração de inquérito e notificar o Ministério Público e a autoridade competente. O texto também obriga as entidades de atendimento ao idoso a comunicarem ao Ministério Público e à polícia quando identificarem situação de risco ou infração penal contra a pessoa idosa, e prevê pena de reclusão de seis meses a um ano, além de multa, para quem impedir ou dificultar ato de autoridade policial.

Ciro também apresentou outro projeto para beneficiar a população idosa. O PL 4.798/2023 inclui programas de incentivo ao envelhecimento saudável entre as ações preventivas do SUS. O texto está em análise na Câmara dos Deputados.

A iniciativa quer garantir que o SUS promova campanhas regulares para a adoção de hábitos saudáveis, prevenindo comportamentos — como sedentarismo, má alimentação e tabagismo — que podem levar ao surgimento de doenças crônicas e, consequentemente, ao aumento da demanda por atendimento e à incapacitação para o trabalho.

Outra proposta importante sobre o tema é a Convenção Interamericana sobre a Proteção dos Direitos Humanos dos Idosos, de 2015. Ela foi assinada pelos membros da Organização dos Estados Americanos (OEA) para promover, proteger e assegurar a plena inclusão, integração e participação da pessoa idosa na sociedade. Como é um tratado internacional, o Congresso Nacional ainda precisa ratificá-lo para que entre em vigor no Brasil. O texto está tramitando Câmara, na forma do Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 863/2017, e virá para o Senado em caso de aprovação.

Legislação

O Brasil já conta com leis que tratam especificamente das pessoas idosas.

  • 1994 – Lei 8.842

    Instituiu a Política Nacional do Idoso, com a criação do Conselho Nacional do Idoso. O principal objetivo da política é assegurar os direitos sociais do idoso, com a criação de condições para a promoção da autonomia, integração e participação efetiva na sociedade.

  • 2000 – Lei 10.048

    Estabeleceu atendimento prioritário às pessoas com deficiência física, idosos com idade igual ou superior a 60 anos, gestantes, lactantes e pessoas acompanhadas por crianças de colo em repartições públicas e empresas concessionárias de serviços públicos, instituições financeiras, logradouros, sanitários públicos e veículos de transporte coletivo.

  • 2003 – Lei 10.741

    Criou o Estatuto da Pessoa Idosa, que está prestes a completar 22 anos, assegurando que os direitos às pessoas com idade igual ou superior a 60 anos fossem regulados.

  • 2007 – Lei 11.551

    Instituiu o Programa Disque Idoso, destinado a atender denúncias de maus-tratos e violência contra as pessoas idosas.

  • 2017 – Lei 13.466

    Inclui no texto do Estatuto da Pessoa Idosa a garantia de prioridade máxima aos cidadãos com mais de 80 anos em relação aos demais idosos.

  • 2024 – Lei 14.878

    Foi sancionada a Política Nacional de Cuidado Integral às Pessoas com Doença de Alzheimer e Outras Demências. A norma estabelece as diretrizes da política de enfrentamento, como a capacitação dos profissionais de saúde para a prevenção, identificação e atendimento das demências e a integração dos serviços existentes.

  • 2024 – Lei 15.069

    Estabelece a Política Nacional de Cuidados. A lei prevê a garantia do direito ao cuidado e estabelece a corresponsabilidade social entre Estado, família, setor privado e sociedade civil. Entre os principais objetivos da lei está a integração de políticas públicas nas áreas de saúde, assistência social, trabalho, educação e direitos humanos, com a intenção de garantir acesso de qualidade ao cuidado.


Produção: Elisa Chagas
Edição: Cíntia Sasse
Infografia: Fernando Ribeiro e Diego Jimenez
Pesquisa de fotos: Ana Volpe
Edição de fotos e multimídia: Bernardo Ururahy
Foto de capa: Cecília Bastos/USP Imagens

Fonte: Agência Senado

Escola Progresso é premiada com laboratório de informática móvel

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Instituição se destacou entre milhares de participantes e recebeu estrutura tecnológica avaliada em mais de R$ 100 mil

A Escola Municipal Progresso, localizada na área rural de Vilhena, acabou de ser contemplada com um moderno laboratório de informática móvel, avaliado em mais de R$ 100 mil, como reconhecimento pelo excelente desempenho de seus alunos na Olimpíada do Tesouro Direto de Educação Financeira (Olitef) 2024. A premiação é fruto de uma iniciativa do Tesouro Nacional e da B3, empresa de investimentos, com apoio do Ministério da Educação (MEC). A ação visa fomentar a educação financeira nas escolas públicas de todo o país.

A Olitef é uma competição nacional gratuita voltada para estudantes do 6º ano do Ensino Fundamental ao 3º ano do Ensino Médio, com o objetivo de promover o conhecimento sobre finanças desde cedo. Em 2024, a olimpíada contou com a participação de milhares de estudantes de todo o Brasil, divididos em várias fases eliminatórias. A seleção dos premiados ocorreu a partir do desempenho nas provas teóricas e práticas, além de desafios aplicados em sala de aula.

Ao todo, 59 alunos da escola vilhenense participaram da competição, orientados por professores comprometidos com a temática da educação financeira. O esforço coletivo resultou em um excelente desempenho, com destaque para duas alunas que conquistaram medalhas, evidenciando o engajamento da instituição no desenvolvimento de competências essenciais para a formação cidadã.

O laboratório de informática entregue à escola é composto por: 01 câmara fotográfica semiprofissional; 18 notebooks Full HD com tela de 15.6”; 01 gabinete de recarga com capacidade para 24 notebooks, também utilizado para armazenamento e transporte; 01 conjunto de projetor com tela retrátil; 02 impressoras multifuncionais a jato de tinta colorida; 01 kit de Educação Financeira com 50 jogos educativos.

A entrega do laboratório representa não apenas um reconhecimento pelo desempenho na competição, mas também um importante investimento na infraestrutura da educação pública rural, ampliando as possibilidades de ensino e aprendizagem com o uso da tecnologia.

A escola Progresso se destaca, mais uma vez, como referência em qualidade educacional no campo, aliando inovação, compromisso pedagógico e resultados concretos para a comunidade escolar.