Licitações de sete obras municipais foram fraudadas para favorecer empresas em troca de propina
As fraudes ocorreram em sete obras municipais em Ji-Paraná: revitalização do Parque Ecológico, ampliação do Centro de Educação Infantil Ariel Vieira Hilgert, reforma na escola Parque dos Pioneiros, construção da cozinha do hospital municipal, ampliação de Unidade Especializada em Saúde (Centro Diagnóstico por Imagem), ampliação da Unidade Especializada em Saúde Clínica Cirúrgica e contratação de empresa para construção de unidade básica de saúde porte II no Residencial Green Park.
As licitações eram direcionadas para empresas determinadas pela organização criminosa. Empresários de fora do esquema eram coagidos para desistirem da licitação ou dar a vitória fazendo proposta de “preço cheio”, ou seja, colocando valor muito próximo ao preço máximo que constava no edital da licitação.
Consta nas denúncias que Jair Marinho liderava o grupo, possuindo amplos poderes para assinar contratos e ordenar despesas, e assim prejudicava o pagamentos dos empresários que não colaboravam com a organização criminosa. Segundo o MPF, entre 2012 e 2016 o patrimônio de Jair Marinho se multiplicou por sete, evoluindo de pouco mais de R$ 101 mil para mais de R$ 709 mil. Só em 2014 ele teve aumento de patrimônio de mais de R$ 508 mil – crescimento inexplicável e incompatível com os rendimentos de secretário municipal.
Além dele, são réus o ex-presidente da Comissão Permanente de Licitação Jackson Júnior de Souza, o ex-presidente da Câmara de Vereadores Nilton Cézar Rios, o ex-vereador e servidor da prefeitura Valmir Xavier, o servidor da prefeitura e também ex-secretário municipal de Administração Nilton Leandro Motta dos Santos, os empresários Aníbal Severino da Silva, Antônio José Fuhrmann, Adão Dutra de Carvalho, Valentim Camilo e Renato Camilo e a servidora municipal Rosana David Dantas.
Fonte/MPF/RO