Idaron realiza prospecção da praga Amaranthus palmeri, planta de rápida infestação que pode ameaçar a produção de soja

Em uma ação preventiva, a Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril (Idaron) realizou prospecção investigativa em todos os municípios do Cone Sul do estado, objetivando identificar se a praga Amaranthus palmeri está ocorrendo em Rondônia. Trata-se de uma planta daninha exótica classificada como praga quarentenária de difícil controle, de crescimento rápido e extremamente agressivo, que representa grave risco a produção de soja, podendo comprometer até 90% da safra.

A prospecção foi realizada entre os dias 2 e 5 deste mês de julho, por meio do Programa de Controle de Ferrugem Asiática da Soja (PROCFAS) que é vinculado à Gerência de Inspeção e Defesa Sanitária Vegetal da Idaron. “Não foi detectada nenhuma planta da Amaranthus palmeri, o que é muito importante, visto que ela é de crescimento rápido e já apresenta resistência aos herbicidas. Uma única planta pode produzir de 100 mil a 1 milhão de sementes e se for introduzida em solo rondoniense, os produtores podem ter grandes problemas”, destaca o gerente de defesa vegetal da Idaron, Jessé de Oliveira.

Como a dispersão das sementes ocorre por máquinas e implementos agrícolas, entre propriedades que cultivam algodão, soja e milho, a Idaron alerta os produtores quanto ao uso de maquinário utilizado em outros estados onde a praga está presente sem que seja realizada uma minuciosa limpeza e desinfecção do equipamento, dando sempre que possível, preferência para equipamentos novos. “A primeira ocorrência dessa praga no Brasil ocorreu em 2015, entre os municípios de Tapurah e Sorriso, no Mato Grosso, em plantio de algodão. Por isso o levantamento da Agência Idaron foi concentrado no Cone Sul”, informou o coordenador do PROCFAS, Rodrigo da Silva Guedes.

Ele explica que a presença da planta no campo dificulta a colheita da soja, bem como do milho, devido ao porte dela ser bem maior que as demais espécies de caruru, uma vez que, quanto mais velhas, as plantas ficam com o tronco mais lenhoso, o que danifica e até quebram as colheitadeiras.

Para o governador Marcos Rocha, a iniciativa é de extrema importância e conta com total apoio do executivo estadual, visto o risco que a planta daninha representa a uma das culturas de maior desempenho econômico na balança comercial do estado. “A soja, unida ao café e a produção bovina, é a menina dos olhos de nossa economia e deve ser protegida a qualquer custo”, acentuou Marcos Rocha.

Além do trabalho de prospecção, foi dada orientação aos responsáveis técnicos das propriedades sobre as características da erva daninha.

PROSPECÇÃO

Para realização do trabalho foram utilizados critérios técnicos, com prioridade às áreas produtoras de algodão, soja e milho, além de fazendas de confinamento de gado bovino, devido a dieta alimentar dos animais ser constituída na grande maioria das vezes de caroço de algodão. Nesse último caso, o risco reside na origem do caroço de algodão, que pode vir de áreas infestadas do Mato Grosso.

A investigação estendeu-se ainda a propriedades de soja que realizam permuta de máquinas e implementos agrícolas (semeadura e colheita) entre Rondônia e Mato Grosso. Ao todo, foram visitadas mais de 30 fazendas.

Rodrigo Guedes, que coordenou os trabalhos, explica que foram encontradas várias espécies diferentes de caruru, mas nenhuma da espécie Amaranthus palmeri. Na oportunidade também foram realizadas atividades de educação sanitária, com orientações aos responsáveis técnicos das propriedades e das lojas agropecuárias de Cerejeiras, onde também foram apresentadas as principais características para identificação da praga.

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