Ex-vereador é preso por matar e ocultar cadáver de amante, em Ji-Paraná

A Polícia Civil de Ji-Paraná conseguiu elucidar um crime bárbaro, cruel e arquitetado com frieza, Obadias Ferreira da Silva, político que sempre se apresentou como evangélico, e agora avaliado pela polícia como um indivíduo sem rompante de emoção que no outro dia após assassinar Edilene Vieira da Silva se dirigiu até a casa de uma tia da vítima e a presenteou com uma televisão.

O ex-vereador já foi acusado de estupro de vulnerável, por ter supostamente se envolvido com uma criança de 11 anos até os 13, quando ela se tornou adolescente, mas para o infortúnio da sociedade ele foi absolvido e mais à frente virou um assassino confesso. Com Edilene ele sempre manteve relacionamento, inclusive quando ela se uniu a outro homem não conseguiu seguir em frente devido as investidas do pervertido.

E mais: a polícia afirmou que conseguiu identificar de seis a sete mulheres que mantiveram relacionamento extraconjugal com o ex-vereador e com nenhuma delas ele demonstra amor o algum afeto, respeito.

“Tecnicamente a gente pode dizer que as características comportamentais do investigado são muito similares a característica comportamental de um psicopata”, declarou o delegado Julio Cesar de Souza Ferreira, titular da Delegacia Especializada na Repressão a Extorsão, Roubos e Furtos, localizado no 2º Distrito.

Quando soube que a polícia encontrou a ossada de Edilene na chácara, a poucos metros de onde ele e a esposa tomavam café todas as manhãs, o ex-vereador Obadias tomou banho, almoçou e sua única preocupação foi de perguntar aos delegados se os buracos abertos em sua área de chácara pela retroescavadeira da prefeitura para localizar o corpo da vítima seriam devidamente tapados.

A polícia judiciária de Rondônia já tem indícios suficientes para enquadrar Obadias Ferreira da Silva pelos crimes de estelionato seguido de feminicídio, mas outros novos fatos podem surgir e ampliar as acusações contra o assassino confesso de uma vítima que tinha três filhos todos pequenos, dois deles que já perderam os pais e por isso serão órfãos de pai e mãe.

Sobre o desaparecimento de outras três ou quatro mulheres em Ji-Paraná, nas mesmas circunstâncias do caso de Edilene, que foi noticiado na imprensa da cidade colocando o ex-vereador sob suspeita, a Polícia Civil deixou claro que ainda não se aprofundou nesses fatos, mas no curso do inquérito que irá continuar em aberto, poderão surgir indícios e provas que alguma delas possam ter repassado dinheiro a ele ou outro fato contundente.

Edilene Vieira ajudou Obadias Ferreira a custear a construção da casa na chácara onde ela foi morta e enterrada em uma valeta aberta. A Polícia Civil levantou no decorrer das investigações que além de ter vendido sua a casa por R$ 30 mil, entre outubro de 2020 e a data em que desapareceu a vítima fez inúmeros empréstimos totalizando R$ 18 mil de endividamento parcelados.

A CONFISSÃO

O ex-vereador permaneceu até às 12 horas na chácara, e depois foi conduzido para a Delegacia Civil onde tomou banho, almoçou, para depois ser interrogado durante aproximadamente 3 horas e, inicialmente, continuou negando ter cometido o crime.

No entanto, nos autos do Inquérito Policial foram juntadas notas fiscais de compra material de construção e de cimento feitas por ela. O investigado disse em depoimento que matou em legítima defesa, e que o dinheiro que Edilene lhe repassava era de empréstimo. declarações que a polícia já sabia não ser verdadeira.

Diante das provas que a polícia apresentava a ele, o acusado decidiu confessar que mantinha relacionamento extraconjugal com a mulher de outubro de 2020 para cá. No entanto, no decorrer da investigação a polícia apurou que ele teria seduzido Edilene quando ela ainda era adolescente, a partir dos 13 anos de idade, razão pela qual a vítima nutria verdadeiro um amor pelo político.

Obadias afirmou em depoimento que usou as cordas de uma rede na varanda da chácara matar Edilene estrangulada, e apenas tentou justificar que se sentiu ameaçado ao ver a vítima colocar a mão de dentro da bolsa, na varanda da chácara. Outra provável mentira que o político tentou contar para a polícia é a de que tinha dito a Edilene que iria morar com sua família na casa da chácara e ela se revoltou, partindo pra cima dele.

Não sabia o político evangélico de mente doentia que, enquanto ele mentia na Delegacia, testemunhas informavam à polícia sobre novos fatos, inclusive que na noite anterior ao desaparecimento de Edilene ela gritou por socorro dentro de sua casa, e a desconfiança da vizinhança era de que o ex-vereador é quem estava na moradia dela. As luzes estavam apagadas.

Segundo revelou o delegado Julio Cesar Souza Ferreira na entrevista coletiva de ontem, na manhã seguinte ao desaparecimento de Edilene, em 14 de abril, o ex-vereador Obadias Ferreira foi a uma panificadora e comprou pão. Depois, se dirigiu até a casa do dono do caminhão, o freteiro que realizou a mudança dele da cidade para a chácara. Ele estava alegre e sorridente, como se nada tivesse ocorrido na madrugada anterior.

Ainda de acordo com a Polícia Civil, o objetivo inicial da investigação foi para apurar o possível crime de latrocínio seguido de ocultação de cadáver. “Trabalhamos com essa hipótese desde o início colhendo depoimentos e ouvindo pessoas. Soubemos que a vítima saiu da casa dela no dia 13 (abril) em uma motocicleta Honda, de cor preta, voltando e posteriormente saindo em veículo Fiat Uno de cor vermelha, com insulfilme nos vidros”, detalhou o delegado.

Depois, a vítima fez o último contato telefônico às 20:16 com a pessoa que estava comprando a sua casa. As torres de localização indicaram que o comprador se encontrava em frente à casa de Edilene, enquanto ela estava em trânsito, e dando a entender que se encontrava na companhia do ex-vereador Obadias Ferreira.

O sinal das torres de transmissão de telefonia de dados 3G mostrou que o aparelho celular de Edilene permaneceu na chácara até a manhã do dia 14 de abril. Nos dias 15, 16 e 17 de abril, quando a torre deixou de captar o sinal, o aparelho de Edilene continuava emitindo sinal da chácara.

“Em alguns desses momentos coincide de a torre do telefone emitir sinais de que o aparelho da vítima com o dispositivo do investigado e da esposa dele, indicando que eles estavam naquele local que é aquela chácara, isso depois da vítima desaparecida”, pontuou.

Depoimentos tomados pela polícia no curso das investigações e provas telefônicas deixaram claro que a vítima mantinha um relacionamento extraconjugal com o político onde ele prometia a ela que ambos se mudariam para a casa na chácara

A investigação inicial foi encorpada pela Delegacia Civil do 1º Distrito, sob o comando da equipe de investigadores coordenada pelo delegado Derli Gouveia, e depois o trabalho teve continuidade com a efetivação da DEIF que foi instalada em dezembro de 2020 no 2º Distrito de Ji-Paraná, onde ocorreu o desaparecimento de Edilene.

Fonte:Correio Central

- Advertisement -


Vídeo Embutido






















Últimas Notícias



Veja outras notícias aqui ▼