Cursos de extensão buscam promover o intercâmbio entre as diversas faixas etárias
Os trabalhos da comissão externa são guiados pela indicação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que, até 2030, estamos na Década do Envelhecimento Saudável.
“Deve-se ter um olhar para uma pessoa que envelhece em uma estrutura sociofamiliar que comporta plano de saúde, acesso a alimentação adequada e moradia digna e outro para a parcela expressiva da população que fica à mercê de seus familiares, precisando de cuidados para sua autonomia mínima, totalmente dependente para fazer suas necessidades básicas diárias”, comentou.
Relatora da comissão externa, a deputada Angela Amin (PP-SC) apontou “a necessidade de haver uma interlocução entre academia, poder público e sociedade civil” como um dos pilares para a promoção da qualidade de vida da população idosa. “Todos trabalhado de maneira harmônica.”
Universidade Criativa Idade
O debate de hoje trouxe uma experiência de aprendizagem ao longo da vida desenvolvida no município de Itajaí, no litoral catarinense. É a Universidade da Criativa Idade, que promove cursos de extensão em áreas como turismo, psicanálise e novas tecnologias.
A coordenadora do programa, Ana Paula Sohn, salientou que ampliar o conhecimento dos idosos melhora a autoestima deles, combate o preconceito e colabora para o intercâmbio entre as diversas faixas etárias.
“Nosso primeiro curso on-line foi ofertado em setembro de 2020, e tínhamos 32 alunos matriculados, entre 25 e 78 anos. No curso deste ano, foram 37 matriculados, entre 17 e 85 anos”, informou. “Ou seja, nós integramos gerações porque as pessoas se unem não por causa da idade; as pessoas se unem porque têm interesses em comum. No nosso caso, o interesse é na aprendizagem”, acrescentou.
Segundo Ana Paula, a demanda pela aprendizagem ao longo da vida deve aumentar cada vez mais, já que as previsões são de que, em 2035, a população brasileira com mais de 75 anos seja equivalente à parcela que terá até 14 anos.
Fonte: Agência Câmara de Notícias