Regras para entrada de não vacinados no Brasil fizeram Ultimate mudar de ideia e adiar seu retorno ao país
O UFC pediu o cancelamento da reserva na Arena da Barra no início desta semana. A partir daí, passou a comunicar aos empresários dos lutadores escalados para o evento – ou que negociavam suas participações – que o card não seria mais no Brasil. O motivo informado pela organização era que a mudança se dava por “razões políticas”, sem explicações do que isso se tratava. Aos que insistiam, o máximo que escutavam era que a pandemia da Covid-19 estava por trás da decisão.
A reportagem foi atrás de mais detalhes para entender quais seriam as tais razões políticas, e descobriu que o motivo da desistência foi a exigência de 14 dias de quarentena para a entrada no Brasil de viajantes estrangeiros que não estão com a vacinação em dia. Isso poderia acarretar não apenas em problemas no casamento de lutas em casos de atletas que optaram por não se imunizar, mas também de funcionários do UFC. Sem uma solução para evitar que os não vacinados ficassem de quarentena, a companhia escolheu transferir o UFC 274 para os Estados Unidos, mesmo com duas disputas de cinturão envolvendo brasileiros já acordadas – Glover Teixeira x Jiri Prochazka, pelo título dos meio-pesados, e Charles do Bronx x Justin Gaethje, pelo cinturão dos leves.
O mesmo não ocorreu com o UFC Londres, marcado para 19 de março, pois a Inglaterra anunciou que, a partir do dia 11 de fevereiro, não será obrigatória a quarentena, mesmo para estrangeiros que não estejam vacinados. Bastará apresentar um exame PCR negativo para Covid-19 dois antes de viajar e outro na chegada no país.
A última vez que o Ultimate desembarcou no Brasil foi em março de 2020, quando Charles do Bronx venceu Kevin Lee na luta principal, no UFC Brasília. Na ocasião, a semana ficou marcada pelo início da pandemia da Covid-19 e, após o evento quase ser cancelado, acabou ocorrendo com portões fechados.
Por GE











