Início Site Página 1057

SUS completa 30 anos com conquistas e desafios

0

Reconhecido como um dos maiores sistemas de saúde pública do mundo, o Sistema Único de Saúde (SUS) completa neste sábado (19) 30 anos. Na avaliação do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, o SUS se tornou essencial. “Não existe outra saída para o nosso país com relação à saúde, que não seja o Sistema Único de Saúde forte e eficiente”, disse. Os próximos 20 anos, acrescentou, já estão em elaboração pela pasta “Estamos montando ações estruturantes com projetos estratégicos em todas as áreas, como Saúde Digital, Projeto Genoma, entre outras, que estão sendo finalizadas”, disse o ministro.

Na avaliação do ministério, com a pandemia do novo coronavírus (covid-19), é possível constatar a força e importância do SUS, que atende cerca de 70% da população. Sob a gestão e união dos três entes – governo federal, estados e municípios – a pasta diz que foi possível garantir assistência aos pacientes infectados pela covid-19 e o atendimento daqueles que necessitam de tratamentos especializados.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, faz ressalvas sobre o enfrentamento da atual pandemia. Para ele, a resposta do SUS foi “de razoável para boa”. O médico exaltou o fato de muitos hospitais terem sido reequipados e as equipes de saúde recompostas nos últimos meses, mas levantou dúvidas se esses ganhos serão mantidos ou se voltarão ao estágio pré-pandemia.

Fernandes acrescentou que a resposta poderia ter sido mais eficiente se a atenção básica não tivesse perdido investimentos ao longo dos últimos anos. “Nesse período de pandemia, os profissionais estariam mais preparados para dar o primeiro atendimento e uma filtragem correta desses casos, não haveria necessidade dessa ida em massa para os serviços hospitalares”, avaliou.

Desafios

Entre os grandes desafios do SUS, na avaliação do próprio Ministério da Saúde, estão a oferta de serviços e a parte financeira. Em meio à demanda sempre crescente, especialistas da pasta admitem que o serviço precisa ser eficiente para atender em quantidade adequada e em tempo oportuno todas essas demandas e necessidades. Eles acreditam ainda que os recursos também precisam ser distribuídos de forma a alcançar o melhor resultado possível.

Alvo frequente de desvios por fraudadores, a responsabilidade com os recursos públicos também são desafiadores. “Precisamos ter efetividade, transparência e responsabilidade pelo recurso público, pois não estamos falando de dinheiro, estamos falando da saúde das pessoas”, defende o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.

Ganhos

Sobre a eficiência do SUS, o presidente da Associação Médica avaliou que em 30 anos de existência o sistema público de saúde conseguiu oferecer serviços de excelência em algumas áreas, mas ainda sofre com a precarização. Na avaliação do médico, é preciso investir mais na carreira dos profissionais de saúde e na atenção básica.

“Nós não podemos ficar apenas com essas ilhas de excelência em grandes centros, grandes capitais e regiões mais desenvolvidas. Nós temos que interiorizar o SUS”, defende Fernandes, ao falar dos desafios que a saúde pública ainda tem que enfrentar no país.

As unidades básicas de saúde e os médicos da família têm que ser também um dos focos dessa expansão, disse César Fernandes. “O que tem que ser fortalecido Brasil afora são as unidades básicas de saúde. É ali que o paciente chega, que se faz o primeiro atendimento, o diagnóstico e que se começa o tratamento”, destacou.

O médico ressalta a importância de também haver investimentos na carreira pública da classe. “A nossa questão não é falta de médicos, é construir possibilidades para que o jovem médico, bem formado, tenha atratividade para ir para os pequenos centros e as cidades mais longínquas. Temos que criar a figura do médico de Estado, assim como tem a carreira no Judiciário”, exemplificou.

Debaixo de muita chuva, Ji-Paraná e Atlético-AC ficam no empate no primeiro jogo da Série D

0
Com o resultado, Galo da BR e Galo Carijó somam um ponto na tabela do grupo 1

BRIGA DE GALOS
Fora de casa, o Atlético-AC começou bem no primeiro tempo, mas o Ji-Paraná impôs seu ritmo e apertou o Galo Carijó com um gol aos 30 minutos. Mesmo com o 1 a 0 do primeiro tempo, o time visitante entrou com força na segunda etapa de jogo e Willian empatou o jogo com gol de cabeça. Bate bola e tentativas de gols dos dois times definiu os minutos finais do jogo. Com o empate, cada time soma um ponto na tabela do grupo 1.

E AGORA?
O Ji-Paraná viaja até Vilhena, em Rondônia, para encarar o Vilhenense e reviver as finais do Campeonato Rondoniense de 2019, no próximo sábado, 26. Já o Atlético-AC vai receber o Bragantino-PA, na Arena Acreana, também no sábado, 26.

PRIMEIRO TEMPO
Mesmo com muita chuva e com o campo encharcado,o Atlético-AC foi avançando para a área do Ji-Paraná e tetava converter e até chegou a explodir com uma bola na trave. A visibilidade foi ficando pior ao longo do jogo, já que a chuva ia aumentando, mas o time da casa tentou não se abater com o tempo fechado e marcou um gol aos 30 minutos de jogo. Kabrine, camisa 6 do Ji-Paraná, chutou e abriu o placar no Biancão. Destaque também para o goleiro Dida, do Atlético-AC, que fez grandes defesas.

SEGUNDO TEMPO
Com 1 minuto de jogo, Willian, camisa 9, recebeu a bola após cobrança de escanteio e empatou o jogo com um gol de cabeça. Com bastante chuva, os jogadores dos dois times tiveram dificuldades em impor o ritmo na partida. Aos 22 minutos, Fagner do Ji-Paraná brilhou no jogo, aplicando caneta no adversário, mas acabou perdendo a bola na linha de defesa para a zaga do Atlético-AC. Whattimen teve a chance de desempatar a partida aos 41 minutos, mas foi parado pela zaga do Galo Carijó. Os minutos finais foram com expectativas de desempate dois times, mas o duelo terminou no 1 a 1 no estádio Biancão.

Fonte: ge/Rondônia/FS
Autor: Redação ge (Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

Vilhenense sai na frente contra o Bragantino, mas sofre a virada no segundo tempo

0
Próximo desafio do Leão será no Portal da Amazônia contra o Ji-Paraná

O Vilhenense jogou na tarde deste domingo, 20, em Bragança-PA, contra o Bragantino pela rodada de abertura do Campeonato Brasileiro Série D e perdeu de virada por 3 a 1.

O time de Vilhena, que foi comandado pelo Preparador Físico Leonardo Coelho, já que o treinador Felipe Romário não viajou com a equipe, pois, segundo informações, seu exame de covid-19 teria dado positivo,  fez um bom primeiro tempo e foi para a intervalo a frente no placar.

Os dois principais lances do primeiro tempo foram a defesa do pênalti aos 13 minutos pelo goleiro Gil, evitando que o Tubarão abrisse o placar; é o gol do Leão aos 37 minutos. Edilsinho cobrou falta forte, o goleiro Axel deu rebote e Lucas Bahia colocou o Vilhenense em vantagem.

O Bragantino voltou do intervalo com três alterações que melhoraram a equipe. O Vilhenense se defendia e tentava aproveitar os contra-ataques.

A pressão do time da casa deu resultado e aos 10 minutos chegou ao empate com Canga. Aos 33 o árbitro viu mão na bola do defensor vilhenense e marcou pênalti. Canga cobrou e virou o jogo para o time paraense.

Aos 44 minutos Tukinha parou com falta um contra-ataque do Bragantino, recebeu o segundo amarelo, foi expulso e desfalca o Vilhenense na segunda rodada. Após a expulsão de Tukinha, o Bragantino ainda fez mais um. Túlio fechou a conta.

Pela segunda rodada, o Vilhenense recebe o Ji-Paraná no Estádio Portal da Amazônia, no sábado, dia 26. Já o Bragantino viaja até o Acre para encarar o Atlético Acreano.

Autor: Rogério Perucci/FS

Idoso de 94 anos morre em Vilhena vítima da Covid-19

0
Em todo o estado foram 3 óbitos registrados neste domingo

Vilhena voltou a registrar morte pela covid-19 após três dias sem ocorrência. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, a vítima era um homem de 94 anos, que morava no Parque São Paulo. Ele estava internado no UTI da Central de Atendimento à Covid-19 de Vilhena desde o dia 14 de setembro.
Com a morte anunciada hoje, o município já registrou 65 óbitos desde o início da pandemia. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 9 desses óbitos eram pacientes de outras cidades, mas que receberam tratamento na Central da Atendimento à Covid-19 de Vilhena.

De acordo com o boletim divulgado hoje pela Saúde Municipal, 12 novos casos da doença foram confirmados neste último período; elevando para 3.471 o número de pessoas que tiveram diagnósticos positivos para a covid-19. Nos últimos sete dias foram 179; o que configura uma média móvel de 25,27 casos diários.

Ainda de acordo com os dados oficiais, há atualmente no município 318 casos ativos; enquanto é de 40% a taxa de ocupação dos leitos de UTI destinados aos pacientes com a covid-19.

Assim como ontem, não houve informe sobre novos pacientes curados, assim, permanece em 3.088 o número de pessoas curadas da doença; consolidando em 88,97% a taxa de cura no município.

NÚMERO DE RONDÔNIA
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, Rondônia registrou até hoje 62.863 casos confirmados. Foram 166 nas últimas 24 horas. Três óbitos foram registrados no mesmo período, elevando para 1.300 o número de mortes no Estado.

A Secretaria de Estado da Saúde informou também que há hoje no Estado 7.195 casos ativos; e que são 54.368 o número de pessoas que já se recuperaram da doença.

NÚMERO DO BRASIL
Segundo dados do Ministério da Saúde divulgados neste domingo, foram registrados 363 óbitos pela covid-19 nas últimas 24 horas. Somado aos números anteriores elevam para 136.895 mortes em todo o território nacional.

Ainda de acordo com o Ministério da Saúde, foram confirmados novos 16.389 casos da doença de ontem pra hoje. Desde o início da crie sanitária já são 4.544.629 casos confirmados da doença. Desse total, 3.81.227 pacientes já se recuperam da doença.

Semus -Vilhena / Sesau-RO / Ministério da Saúde

Covid-19: maioria dos estados segue sem aulas presenciais

0

Com um indício de queda nas curvas de mortes e casos por covid-19, um dos principais temas nos processos de reabertura econômica e flexibilização do isolamento nos estados tem sido a situação das aulas nas redes de ensino. Até o momento a maioria dos estados segue sem aulas presenciais.

As atividades pedagógicas presenciais reiniciaram primeiramente no estado do Amazonas, em agosto. Lá, a preocupação agora é com o monitoramento dos profissionais de educação e alunos, que vem ensejando uma disputa judicial entre professores e o governo estadual. A contenda também ocorre no Rio de Janeiro, em relação às aulas na rede privada.

No Rio Grande do Sul o calendário iniciou em setembro pela educação infantil, com previsão de término para novembro. No Pará, o governo autorizou aulas presenciais nas regiões classificadas nas bandeiras Amarela, Verde e Azul.

Rondônia adiou o início das aulas até o dia 3 de novembro. O Rio Grande do Norte suspendeu as aulas até o fim do ano. Em outros estados não há definição de data de retorno. Estão neste grupo Distrito Federal, Goiás, Pernambuco, Ceará, Alagoas, Maranhão, Bahia, Paraná, Mato Grosso, Acre e Roraima.

Contudo, em alguns estados foi decretado o retorno das atividades pedagógicas remotas. O governo de Mato Grosso havia determinado a volta nessa modalidade para a educação básica no início de agosto, mesma situação do Amapá. No estado, as aulas em casa foram permitidas também para os alunos da Universidade Estadual (Ueap).

No Tocantins, o ensino remoto foi definido para os alunos do ensino fundamental da rede estadual no dia 10 de setembro. Em Alagoas, a retomada por meio de aulas remotas ocorreu no dia 17 de setembro. Em Minas Gerais, foi autorizado o retorno das aulas práticas dos cursos de saúde apenas, que passaram a ser consideradas serviço essencial.

No Rio de Janeiro, a volta às aulas na rede particular está em disputa judicial, enquanto a região metropolitana teve piora nos indicadores de risco para covid-19 e pode retroceder na classificação.

Veja abaixo o levantamento completo:
(Clique nos estados para ver o conteúdo)

Região Norte

Homem é preso suspeito de armazenar e divulgar pornografia infantil

0

Um homem de 47 anos foi preso em flagrante na madrugada deste domingo (20) suspeito de armazenar conteúdo pornográfico em Porto Velho. De acordo com a Polícia Civil, ele também divulgava os materiais nas redes sociais. O caso será investigado.

Conforme o boletim de ocorrência, uma equipe da Polícia Militar (PM) do 5º Batalhão recebeu uma denúncia anônima, durante patrulhamento, informando que a casa do homem detido sempre era frequentada por crianças e que ele era suspeito de crime de pedofilia.

Na sequência, os policiais seguiram à casa do suspeito para apurar a denúncia. Os militares não encontraram crianças no local, mas acharam algumas revistas e DVD’s de cunho pornográfico.

Questionado sobre se o seu celular continha os materiais, o homem confirmou que os armazenava no aparelho e que teria recebido o conteúdo há poucos dias.

Os policiais, então, averiguaram o aparelho e de fato encontrado fotos e vídeos pornográficos. Após a abordagem, o suspeito foi encaminhado à Central de Flagrantes de Porto Velho, onde permanece à disposição da Justiça. Uma fiança de R$ 5 mil foi arbitrada.

Segundo o artigo 241 do Estatuto da Criança e do Adolescente, adquirir, possuir ou armazenar, por qualquer meio, fotografia, vídeo ou outra forma de registro que contenha cena de sexo explícito ou pornográfica envolvendo criança ou adolescente é crime. A pena é de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Jaqueline Cassol cobra recursos para ampliação do sistema de abastecimento de água de Cacoal

0

A deputada federal Jaqueline Cassol (PP-RO) cobrou, nessa quinta-feira, um posicionamento do Ministério do Desenvolvimento Regional quanto a liberação de recursos para a ampliação do sistema de abastecimento de água de Cacoal e para a implantação do sistema de esgotamento sanitário, no Distrito de Riozinho. A parlamentar participou de reunião online com o Secretário Nacional de Saneamento, Pedro Maranhão, e com o presidente do Serviço Autônomo de Agua e Esgoto (SAAE), Jadir Hentges e pediu agilidade nos processos.

Os recursos para a ampliação do abastecimento de Cacaol somam R$ 47 milhões, conquistados pelo ex-senador Ivo Cassol através do Programa de Aceleração ao Crescimento. O projeto foi aprovado em dezembro de 2018 e até agora somente um repasse de R$ 6,5 milhões foi feito pela Caixa Econômica Federal.

“O acesso à água potável é um direito fundamental do cidadão, afinal sem água não há vida e quanto mais tempo demorar para o Governo Federal liberar os recursos em sua totalidade, mais as pessoas terão de conviver com os problemas de abastecimento”, afirmou a deputada. “Agradeço ao senador Marcos Rogério que tem sido um grande parceiro nessa luta”, completou.

Jaqueline Cassol ressaltou que o projeto contempla a instalação mais cinco reservatórios por gravidade, o que elevará para 10,5 milhões de litros, quatro vezes mais que a capacidade atual.

DISTRITO DE RIOZINHO – A da rede de esgotamento sanitário do Distrito de Riozinho se arrasta desde 2015. O contrato de repasse, no valos de quase R$ 8 milhões, também foi conquistado pelo ex-senador Ivo Cassol e até então não houve liberação dos recursos. “Os processos estão morosos e não há justificativa para isso. Se o governo já aprovou o repasse, não há razão para atrasá-lo tanto”, cobrou a deputada.

Fonte: Assessoria de Imprensa

Guajará-Mirim: Mulher se pintou de negra para passar em concurso da PF

0

Ela foi denunciada em um perfil no Twitter por fraudes durante a entrevista do concurso.

Mulher Branca, Glaucielle da Silva Dias passou em concurso da Polícia Federal na cota destinada a candidatos negros.

Ela foi denunciada em um perfil no Twitter por fraudes durante a entrevista do concurso. Conforme o site Folha Impacto, ela pediu exoneração da Polícia Federal a descoberta.

Glaucielle Dias teria se trajado de negra para passar pela banca examinadora. O marido de Glaucielle Dias, que também pediu exoneração da PF, usou a conta do Instagram dela para se retratar sobre o caso.

No vídeo, ele informa que ela passou por todas as etapas que o concurso impõe, inclusive pela banca examinadora do sistema de cotas.

Ainda segundo o site, uma portaria de Nº 12.863, publicada no dia 24 de maio de 2020, promoveu Glaucielle para a função de Chefe do Núcleo de Operações de Delegacia de Polícia Federal em Guajará-Mirim, em Rondônia.

Após a denúncia, ela foi exonerada da função.

Fonte:  Topmidianews

Mega-Sena acumula e pagará R$ 43 milhões na quarta-feira

0

Ninguém acertou as seis dezenas da Mega-Sena sorteadas neste sábado (19), em São Paulo.

Eis os números sorteados: 17, 18, 35, 36, 47 e 52.

A Quina (cinco números acertados) teve 66 apostas ganhadoras, com R$ 44.296,26 para cada uma.

A Quadra (quatro números acertados) registrou 4.333 apostas ganhadoras, cabendo R$ 963,88 a cada uma delas. As informações são do site da Caixa Econômica Federal.

Produção de arroz em Rondônia alcança 139 mil toneladas na safra 2019/20

0

A produção de arroz no Estado de Rondônia (safra 2019/20) está em torno de 139 mil toneladas, em uma área plantada de mais de 42 mil hectares, sendo a maior da região Norte, seguida pelo Estado de Roraima que é de cerca de 70 mil toneladas. A produção interna de arroz atende apenas 34% da demanda estadual, sendo que 1% deste valor é exportado para a Bolívia, portanto, há um déficit de 67%, que são importados de outros estados da federação.

Na última semana, os brasileiros foram surpreendidos com o forte aumento do preço de vários alimentos essenciais da cesta básica, principalmente do arroz. Muitos ficaram sem entender o porquê do aumento, e agora especula-se em todo país os motivos da atual alta do preço do arroz nas prateleiras dos supermercados e comentam-se várias causas e vilões para justificar um aumento tão grande no alimento básico do brasileiro.

Gráfico de comportamento do preço da saca de arroz de 50 kg em real e em dólar no mercado brasileiro

De acordo com o economista da Secretaria de Estado da Agricultura (Seagri), Avenilson Trindade, a explicação da alta dos preços passa pela análise histórica da produção de arroz no mercado internacional e o impacto desta, no mercado brasileiro. “No mercado internacional houve o aumento do consumo, e com o avanço da pandemia do coronavírus, vários países exportadores de arroz suspenderam suas exportações, isso fez com que faltasse o produto no mercado internacional. Com isso, os países com ausência do produto buscaram comprar no mercado brasileiro. O Brasil  importa arroz do Uruguai, do Paraguai e da Argentina e esse fator fez com que faltasse arroz tanto no Brasil quanto no mercado internacional fazendo com que o preço subisse”, explicou o economista.

Tradicionalmente, a base dos preços é medida pela bolsa de Bangkok, da Tailândia, que nos últimos cinco anos atingiu o pico de US$ 564 dólares por tonelada, conforme aponta a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), motivados pela “retração da produção tailandesa, reflexo da intensa seca na safra de inverno”. Nos Estados Unidos (EUA) a produção também caiu aproximadamente 2 milhões de toneladas. Essas quedas proporcionaram preços internacionais mais altos que estimulam a exportação do produto, com recordes históricos de mais de 1 milhão de toneladas nos últimos oito meses do ano, com alta de 73%.

Vale ressaltar que, em função da pandemia do coronavírus (Covid-19), houve um aumento no consumo interno brasileiro, prejudicado pela diminuição dos estoques reguladores que, ainda conforme afirma a Conab “os estoques finais de arroz no Brasil, ao final do ano-safra 2019/20, serão os menores da série histórica”. Além disso, os produtores brasileiros foram desestimulados com a contínua desvalorização do produto no mercado internacional e o elevado custo da produção, como explicado anteriormente.

Gráfico com preços mensais da saca de 60 kg de arroz em Rondônia

Diante de tais fatores, o produto ficou menos disponível no mercado, supervalorizando o seu preço, e hoje chega a ser vendido pelos produtores brasileiros com um valor final de até R$110 a saca de 60 Kg, com alta de até 65% dependendo do estado. Conforme mostra no gráfico ao lado, produzido pela equipe Agrodados da Seagri, em Rondônia esse valor é de aproximadamente R$ 75 contabilizando uma alta de 44%, se comparado desde o início do ano até o mês de setembro de 2020, com base na pesquisa semanal de preços pago ao produtor realizada pela Entidade Autárquica de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RO).

O economista ressaltou que é normal acontecer o desiquilíbrio na economia entre oferta e demanda de qualquer produto e em qualquer mercado, porque a economia é cíclica, tem momentos de alta e baixa. “O que fica mais difícil prevê é quanto tempo vai durar esse momento de preços altos. O que pode ser feito para reduzir o preço é o consumidor começar a migrar para outros produtos concorrentes ou similares, que possibilitará a redução da demanda pelo arroz e com isso volta o equilíbrio da oferta. A outra opção é o aumento da produção do arroz no mercado interno, com isso vai aumentar a oferta, equilibrando novamente com a demanda e possibilitando a redução do preço”, disse.