Cenário atual da febre amarela no Brasil é discutido por técnicos da vigilância em saúde

Evento ocorreu em Curitiba e teve como objetivo atualizar profissionais sobre a doença e analisar o contexto epidemiológico nacional

O Ministério da Saúde reuniu o Grupo de Modelagem de Febre Amarela (GRUMFA), nesta terça-feira (6), para uma Oficina de Atualização e Discussão dos Modelos de Risco de Febre Amarela e Definição de Áreas Prioritárias para as Ações de Vigilância e Imunização.

O evento ocorreu em Curitiba e teve como objetivo atualizar a situação epidemiológica da febre amarela, atualizar os dados de coberturas vacinais e de estoques de vacina, dados sobre a rede laboratorial para o diagnóstico da doença e de estoques de insumos laboratoriais, além de revisar estratégias de avaliação de risco e métodos utilizados na modelagem de dados, a fim de definir áreas prioritárias para ações de vigilância, prevenção e controle

Durante a abertura, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, destacou que “o ano de 2024 foi impactado pelo crescimento das arboviroses. Nesse panorama, o trabalho do grupo se torna ainda mais importante, para monitorar as possíveis mudanças e nos preparar para possíveis surtos de febre amarela no país”.

A oficina resultou em um relatório com a metodologia de trabalho utilizada para a análise de situação de saúde da febre amarela, com destaque para os períodos de monitoramento 2022/2023 e início de 2023/2024, com a finalidade de preparar a rede de serviços de saúde e obter propostas de ações regionais e nacionais. O material produzido também será um mecanismo de alerta, por meio da divulgação conjunta dos resultados em um boletim epidemiológico da SVSA.

Sobre o Grupo de Modelagem de Febre Amarela

O GRUMFA reúne profissionais e gestores dos serviços de saúde pública e pesquisadores de diversas áreas para orientar as demandas e buscar respostas para as questões prioritárias que permeiam o controle da febre amarela no país. O grupo tem trabalhado na melhoria da qualidade dos dados captados pelos serviços de vigilância e na aplicação de ferramentas de modelagem de dados que, entre outras iniciativas, resultaram na avaliação de risco baseada na favorabilidade dos municípios à transmissão do vírus amarílico e nas rotas favoráveis de dispersão (corredores ecológicos) nas regiões Sul, Centro-Oeste e Sudeste, as quais subsidiaram o planejamento e a execução de ações de vigilância e imunização, com importantes impactos nos indicadores da doença, sobretudo na redução do número de casos humanos.

Vacina contra febre amarela

A vacina é a principal ferramenta de prevenção da febre amarela e o Sistema Único de Saúde (SUS) oferta para toda população. Ela está disponível durante todo o ano nas unidades de saúde e deve ser administrada pelo menos 10 dias antes do deslocamento para áreas de risco, principalmente, para os indivíduos que são vacinados pela primeira vez. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de apenas uma dose durante toda a vida, medida que está de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O imunizante está entre os 13 das 16 principais vacinas de rotina do calendário infantil que teve aumento na cobertura vacinal em 2023 (70%), se comparado com os dados de 2022 (60,7%). 

João Vitor Moura
Ministério da Saúde

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