Ex-lateral diz que é sempre procurado para falar sobre a confusão de 1997

Em 1997, o ex-lateral Cafezinho se envolveu numa briga feia com Romário. Chute pra lá, chute pra cá, confusão generalizada em campo. A partida entre Madureira e Flamengo, pelo Campeonato Carioca, ficou marcada naquele ano.
A repercussão foi enorme, teve destaque na imprensa internacional, e até hoje a briga é lembrada. O alagoano trata com naturalidade o assunto e tem cada detalhe na cabeça.
Dias depois, Romário e Cafezinho se encontraram e escreveram mais um capítulo, desta vez com a presença especial de João Henrique, filho do ex-lateral. O garoto é sempre lembrado pelo recado que deu ao Baixinho. (veja no vídeo acima)
– Às vezes, nós comentamos. Hoje o meu filho mora em São Paulo e algumas vezes o pessoal do racha fica lembrando que ele pediu para o Romário não bater em mim. Ele comenta comigo porque isso ficou na história. O povo não vai esquecer nunca, principalmente ele, que era um menino. Isso fica guardado pra sempre – comentou Cafezinho.
Cafezinho contou que, depois da conversa amigável com Romário, encontrou o Baixinho anos depois, em São Januário.
– Depois daquele dia, eu encontrei com o Romário somente uma vez, lá no Vasco. O treinador, na época, era o Renato Gaúcho. Eu conversei um pouquinho com o Romário, mas não tocamos no assunto (da briga), não. Foi um cumprimento rápido. O Romário tem o jeito dele, mas é gente boa.
Cafezinho contou que o filho João Henrique iniciou a carreira de jogador, mas desistiu. Ele atuou nas divisões de base do Esporte, da Paraíba, no ASA, no CSA e no Comercial, que foi o último time dele.
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João Henrique, filho de Cafezinho, mandou recado para Romário: “Não bata no meu pai” — Foto: Reprodução/TV Globo
No futebol carioca, Cafezinho defendeu Bangu, Madeireira e Vasco, onde fez parte do elenco campeão brasileiro de 1997.
Perguntado sobre as mudanças do futebol e o comportamento dos jogadores, ele logo citou as provocações das feras que enfrentou quando esteve no Rio de Janeiro.
– Na minha época, os jogadores promoviam as partidas. Eles mandavam recados um para o outro: Romário, Edmundo, Renato Gaúcho, Túlio, Pantera. Provocações sadias. Era melhor, o clássico tinha motivação. Hoje, os jogadores estão muito calados. Os clássicos não “pegam fogo”.
Cafezinho, hoje com 54 anos, surgiu para o futebol em 1989, quando foi campeão alagoano pelo Capelense. Depois passou em Alagoas também por CRB, ASA, Corinthians-AL e CSA.
Encerrou carreira em 2005, no Bom Jesus-AL, após sofre uma grave lesão no joelho.
Globoesporte