Biometano emite até 2,5 vezes menos CO₂ do que eletricidade para veículos, aponta relatório

Estudo elaborado pela EPE, vinculada ao MME, considera ciclo de vida “do poço à roda” e mostra papel estratégico do biocombustível na transição energética e no alcance das metas do Programa Mover
Design sem nome - 2025-07-02T155938.658.png

– Foto: Ralf Geithe/Getty Images

O biometano vem se consolidando como uma alternativa limpa e promissora para descarbonizar o transporte rodoviário no Brasil. É o que aponta a nota técnica “Descarbonização do setor de transporte rodoviário – Intensidade de carbono das fontes de energia”, publicada pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE), vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME), que detalha os valores de intensidade de carbono das principais fontes energéticas utilizadas no setor, com base na metodologia de avaliação do ciclo de vida.

Produzido a partir da purificação do biogás gerado por resíduos agropecuários e urbanos, o biometano é um combustível renovável com potencial para abastecer veículos leves e pesados, aproveitando a infraestrutura existente do gás natural. O estudo da EPE mostra que o biometano pode ser produzido perto do local de consumo, o que facilita o uso por frotas de empresas e ajuda a levar energia para mais regiões do país.

A nota técnica foi elaborada para subsidiar as decisões do Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) na definição das metas do Programa Mover. A integração do programa a outras políticas públicas foi introduzida pela Lei do Combustível do Futuro (14.993/24), que amplia o uso de combustíveis sustentáveis e tecnologias de baixa emissão, promovendo a mobilidade de baixo carbono e a valorização da matriz energética nacional.

De acordo com o levantamento, o biometano apresentou uma intensidade de carbono de 8,35 gramas de dióxido de carbono equivalente por megajoule (gCO₂eq/MJ) em 2024, com expectativa de manutenção desse valor ao longo da próxima década. A estimativa foi baseada em certificações vigentes do Programa RenovaBio e reflete o desempenho ambiental de unidades que já operam com volume 100% elegível para geração de Créditos de Descarbonização (CBIOs).

.

Ainda em fase de expansão, o mercado nacional de biometano já conta com 12 unidades produtoras autorizadas pela ANP até abril de 2025. Se confirmados os investimentos em andamento, mais 35 usinas poderão entrar em operação até 2027, elevando a capacidade instalada para mais de 2,1 milhões de metros cúbicos por dia.

A publicação também apresenta as trajetórias estimadas de intensidade de carbono para outros combustíveis até 2034, como gasolina, diesel, etanol, biodiesel e eletricidade, considerando a evolução tecnológica e a adoção de boas práticas agrícolas e industriais. A análise foca no conceito poço-à-roda, que avalia as emissões de gases de efeito estufa desde a produção até o uso final dos combustíveis.

Confira a nota técnica completa aqui.

Assessoria Especial de Comunicação Social – MME

- Advertisement -








Vídeo Embutido


















Últimas Notícias


Veja outras notícias aqui ▼