Atitudes individuais são fundamentais para controle do Covid-19, diz especialista

O colégio SESI-SENAI-IEL de Vilhena está engajado em ações com o objetivo de conscientizar a população, através da iniciativa “Papo com Especialista”, cujo objetivo é o foco em temas atuais e pertinentes, como a importância da prevenção contra o COVID-19, o abordado pela enfermeira, obstetrícia e fisioterapeuta formada pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), Neide Keiko Sumiya Ikino, que atualmente integra a equipe de Saúde da Família, da UBS Industrial, localizada em Vilhena.

 

Prevenção

 

A profissional, com experiência de mais de 30 anos, ressalta que para evitar a proliferação do Covid-19, a primeira atitude é a prevenção. “Parece simples, mas não é. Todos têm de usar máscara. Saiu de casa, usar máscara, e claro lavar bem as mãos e usar álcool gel. Neide atribui a resistência de algumas pessoas ao uso de máscara e ao isolamento social, ao fato de o coronavírus ser uma doença nova e muitos não acreditam em sua letalidade. “Inclusive, essas pessoas poderiam evitar o contágio, mas não evitam porque continuam fazendo aglomeração. Essa atitude colabora para a disseminação da doença. Importante lembrar que se alguém é diagnosticado com o vírus, e permanece em casa, seus objetos de uso pessoal devem ser usados apenas por ela, e deve se manter isolado dos demais”, explica.

 

 Orientações

 

Respeitar o isolamento social é uma orientação unânime de médicos, biólogos e outros especialistas. Evitar ou reduzir contato social é uma das medidas mais eficientes para minimizar a circulação do vírus, reduzir a incidência de episódios graves e, assim, não deixar o sistema de saúde entrar em colapso. Lavar as mãos direito, pois não adianta só passar uma água ou dar aquela ensaboada de leve. Usar a máscara, sobretudo ao se deslocar e se expor a locais com maior número de pessoas. Outro ponto: as máscaras também possuem prazo de validade. Se ficarem úmidas, é hora de trocar e jogar fora. Mas tem de ser no lixo.

 

Destaca que as barreiras sanitárias, como as realizadas em Vilhena, são deficientes. Ela participa dessas ações mesmo sendo do grupo de risco, ela tem 60 anos, mas sendo da área da saúde não é dispensada. “Não temos disponíveis, por exemplo, o termômetro infravermelho, que poderíamos usar a certa distanciada da pessoa. Para mim, é mais uma barreira educativa, e não preventiva. Para ser eficaz teriam de ser efetivas, no caso, as barreiras teriam de ser realizadas também à noite. Muitos que querem burlar a barreira, estão viajando à noite, inclusive com mais de cinco pessoas nos carros”, conta.

 

A Agência Estadual de Vigilância em Saúde (Agevisa) orientou os municípios rondonienses à realização de barreiras sanitárias para prevenção e controle do Covid-19, doença causada pelo coronavírus. As barreiras são realizadas em pontos estratégicos, pelas vigilâncias sanitárias estadual e municipais em conjunto com servidores remanejados de outras secretarias, Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e voluntários, para reforçar a vigilância nas portas de entrada das cidades. Os 17 municípios que mantêm essa vigilância abordaram um total de 6.160 pessoas. Em Porto Velho, a ação também é realizada no Aeroporto Internacional Governador Jorge Teixeira, em Porto Velho.

De acordo com a especialista, a prevenção na família poderia alcançar mais resultados se os agentes de saúde realizassem visitas às residências e condomínios com o objetivo de orientar às famílias, reforçando o uso do álcool gel e da máscara e outras atitudes preventivas, no entanto, esses profissionais estão nas barreiras. Por conta disso, às vezes as visitas são relegadas ao segundo plano, e as áreas de risco deveriam ter mais atenção. Existem vários tipos de problema, a falta de transporte, é uma delas, assim como o déficit no efetivo. Ela defende a necessidade das visitas e supervisões. “É fundamental que as pessoas tenham consciência de que a higiene é necessária. As visitas também podem acontecer virtualmente pelos agentes comunitários de saúde, profissionais importantíssimos”, disse.

 

A profissional afirma também que o desencontro de informações é prejudicial. As redes sociais têm exercido um papel positivo e outro negativo em meio à pandemia. Se por um lado ajudam a disseminar informações corretas e atualizar a população, por outro replicam conteúdos fajutos ou sem embasamento científico. A primeira regra em tempos de coronavírus é: verifique a origem do texto, do vídeo ou do áudio antes de acreditar ou sair compartilhando. Priorize o material elaborado pelo Ministério da Saúde e pelos veículos de comunicação qualificados. E desconfie de qualquer solução milagrosa. Na dúvida, não passe adiante.

 

“Tudo se resume a prevenção. Nada será igual a antes. Hoje precisamos nos cuidar e darmos mais valor à saúde e a vida. O mundo está ficando mais solidário, por conta da pandemia. Creio que a descoberta de uma vacina está próxima, mas mesmo assim a prevenção vai continuar”, finaliza.

 

Segundo a coordenadora Pedagógica do Colégio SESI-SENAI-IEL de Vilhena, Aline Luciana de Souza, a ideia do “Papo com especialista”, é disponibilizar informações sobre vários temas como saúde, influência dos jogos digitais nos jovens, economia, educação, dentre outros. “O público alvo não é apenas o funcionário, mas os pais, alunos, trabalhadores da indústria e comunidade em geral. O objetivo é informar, esclarecer e também conscientizar”, explica.

 

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