Os desafios para a defesa ambiental de Rondônia são enormes, o estado, segundo dados do MapBiomas, tem mais de 55% de seu território composto por florestas, e extensas áreas protegidas por leis. Possui dois biomas: Floresta Amazônica e cerrado, exigindo muito esforço, estratégia e investimentos, para manter suas áreas sem danos ambientais, e mesmo assim destaca-se na defesa do meio ambiente, sendo o estado que mais reduz desmatamento na Amazônia, e conta com monitoramento geoespacial para essa missão.
Para o governador de Rondônia, Marcos Rocha, a vigilância contínua realizada pela gestão ambiental do governo do estado sobre áreas suscetíveis a danos ambientais tem se mostrado essencial como estratégia de prevenção, fiscalização e resposta rápida aos eventos críticos. ‘‘Com a tecnologia ajudando nossas equipes, os olhos do estado estão por toda a parte, para agir rápido, de forma precisa e inteligente na proteção do meio ambiente e a segurança da população’’, salientou.
Essa forma estratégica de lidar com os desafios ambientais, trouxe bons resultados. Rondônia lidera o combate ao desmatamento na Amazônia, com reduções de 69,5% entre agosto de 2023 e março de 2024. E de 43,3% entre agosto de 2024 e março de 2025. Os dados foram divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), através do Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter).
O titular da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Ambiental (Sedam), Marco Antônio Lagos, destacou que os resultados positivos motivam a busca por aperfeiçoamento e anuncia ações ainda mais contundentes após os extremos climáticos vivenciados em 2024 no Brasil. ‘‘Rondônia se prepara de forma reforçada para aproximação da estiagem de 2025 com um posicionamento ainda mais estratégico e tecnológico. O acompanhamento integrado do cenário ambiental do território rondoniense tem sido essencial para prevenção e mitigação de danos ambientais.’’.

Dados estratégicos norteiam ações preventivas contra crimes ambientais
INOVAÇÃO E TECNOLOGIAS
O monitoramento geoespacial em Rondônia é feito na Sala de Situação da Coordenadoria de Geociências (Cogeo), vinculada à Sedam. Lá, dados estratégicos norteiam ações preventivas contra crimes ambientais.
Segundo o coordenador do Cogeo, Joselânio Ferreira, a incorporação constante de tecnologias de análise geoespacial já apresenta ganhos operacionais. Em fase final de homologação, um novo sistema de análise em tempo quase real será lançado em breve.
‘‘Ele automatiza o processamento de imagens de satélite, cruza informações espaciais, climáticas, gera mapas, relatórios e alertas imediatos para gestores públicos e comunidades, agilizando decisões de conservação e manejo sustentável. Hoje, em teste fechado, a ferramenta notifica diariamente gestores de unidades de conservação sobre incêndios, supressões ou degradações em áreas de Unidade de Conservação’’, explicou o coordenador do Cogeo.
A Sedam, por meio do Geoportal (geoportal.sedam.ro.gov.br), também disponibiliza ao público e a instituições externas dados espaciais atualizados, ambos os sistemas são mantidos e desenvolvidos com tecnologia própria, com baixo custo, o que demonstra o poder do estado em inovação e tecnologia. E em cooperação com a Coordenadoria de Recursos Hídricos (Coreh), a Cogeo ainda publica boletins diários e relatórios mensais de ocorrências climáticas e ambientais, encaminhados à Defesa Civil e a órgãos parceiros, evidenciando uma gestão ambiental em constante evolução.