A bocha adaptada foi o destaque da participação de Rondônia no 2º bloco das Paralimpíadas Escolares 2025, realizado de 18 a 28 de novembro, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. O estado competiu com sua maior delegação já registrada na modalidade, composta por 12 atletas, consolidando crescimento técnico e ampliando a representatividade rondoniense nas disputas nacionais.
O governador de Rondônia, Marcos Rocha, ressaltou que o desempenho dos atletas reforça a política de inclusão e do esporte educacional no estado. “Ver estudantes avançando em competições nacionais e internacionais reitera o compromisso do governo em ampliar oportunidades de desenvolvimento para a juventude rondoniense.”
Bocha adaptada foi o destaque da participação de Rondônia
Neste bloco, estudantes de diversos municípios integraram a equipe, entre eles Gabrielly Alves, 17 anos, da Escola Estadual Jean Piaget e atendida pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Espigão d’Oeste. A Apae é uma instituição civil sem fins lucrativos que atua na promoção do desenvolvimento integral de pessoas com deficiência intelectual, múltipla ou transtorno do espectro autista, oferecendo serviços de educação, saúde, assistência social e inclusão. Gabrielly tornou-se referência para os demais atletas após conquistar medalha de prata nos Jogos Parapan-Americanos de Jovens 2025, em Santiago, no Chile, onde avançou de forma expressiva nas fases classificatória e semifinal.
Entre os estreantes, Luís Felipe, de 11 anos, do distrito de Jaci-Paraná, estudante da Escola Cora Coralina, participou pela primeira vez das Paralimpíadas Escolares e garantiu a medalha de bronze, após seis meses de treino. Ele viajou de avião pela primeira vez ao lado da técnica Rita Ronise. Sua mãe, Alcione Souza afirmou que a experiência foi emocionante, destacando que é tudo incrível e ao mesmo tempo assustador, especialmente pela necessidade de manter a postura exigida pelas regras durante as partidas.
Evento aconteceu entre os dias 18 e 28 de novembro, em São Paulo
Outro destaque foi Daniel Toledo, 13 anos, de Cabixi, estudante da Escola José de Anchieta e atendido pela Apae de Cabixi. Com deficiência física, já foi ouro na bocha adaptada nas Paralimpíadas Escolares de 2024 e, em 2025, conquistou bronze. Daniel explicou que sua participação é diferente dos demais atletas porque compete jogando com os pés, o que exige adaptação técnica e determina sua forma particular de atuar, independentemente de medalhas. A estudante Gabrielly Vitória, de 13 anos,da escola Cernic, em Cacoal, também conquistou medalha na competição.
A mãe de Gabrielly Alves, Sueli Alves, relatou que estudou em casa para aprender técnicas e estratégias da bocha, buscando formas de acompanhar e treinar a filha com mais qualidade. Segundo ela, participar das competições e observar a evolução da filha representa uma conquista compartilhada com a família.
DESEMPENHO
O chefe da delegação rondoniense, Zairton Alves, destacou que o desempenho alcançado no 2º bloco reflete o amadurecimento da modalidade no estado. “O comprometimento dos atletas, técnicos e familiares ao longo das disputas, encerradas na sexta-feira, reafirma a consolidação do esporte paralímpico escolar em Rondônia.”












