Polícia Civil deflagra operação para desarticular esquema de servidores fantasmas na Assembleia Legislativa de RO

Investigações apontam desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro envolvendo cargos comissionados e empréstimos consignados

Assembleia Legislativa de Rondônia – Alero – ALE-RO — Foto: Antônio Lucas

A Polícia Civil de Rondônia, por meio da 2ª Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco 2), integrante da DECCO, deflagrou nesta sexta-feira (17) a Operação Ouro de Areia, com o objetivo de desmantelar um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que afetava as finanças do Estado. A ação contou com o apoio do Ministério Público de Rondônia, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

De acordo com as investigações, dentro da Assembleia Legislativa de Rondônia (Alero) funcionava uma estrutura criminosa responsável por nomear servidores fantasmas para cargos comissionados. Um servidor público é apontado como o líder e articulador do grupo, responsável pelo recrutamento de pessoas, planejamento e execução das operações ilícitas.

Os investigadores apuraram que os servidores nomeados recebiam remuneração mensal como assessores parlamentares, mas há fortes indícios de que nunca exerceram qualquer função. Muitos continuaram a trabalhar em outros locais, enquanto os salários eram repassados, total ou parcialmente, aos integrantes da organização.

Além disso, os envolvidos teriam realizado empréstimos consignados junto ao Banco do Brasil, cujos valores eram rapidamente distribuídos entre os participantes do esquema criminoso.

A Justiça decretou a prisão preventiva do líder da organização, além de autorizar buscas e apreensões em oito endereços, incluindo residências e dependências da Alero. Também foram impostas medidas cautelares, como a suspensão de três servidores por 90 dias, e a proibição de acesso a repartições públicas e contato com vítimas e testemunhas.

O nome da operação faz alusão ao crime investigado: “ouro de areia” é uma falsificação que aparenta valor onde não existe. Da mesma forma, o esquema de servidores fantasmas criava uma ilusão de legitimidade — com nomeações, salários e documentos oficiais — para encobrir o desvio de recursos públicos e a prática de crimes de corrupção e lavagem de dinheiro.

Da redação do Rondônia em Pauta

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