Filha denuncia abusos e ajuda na condenação de ex-vereador por estupro de vulnerável em RO: ‘Não deixaria acontecer com mais ninguém’
Anny Gaby Oliveira enviou uma carta ao Ministério Público de Rondônia contando sobre os próprios abusos e os outros crimes que o pai “exibia” como troféu. Sentença de um dos casos, de 17 anos e 9 meses, foi confirmada pela Justiça; outros processos seguem em sigilo.
Anny Gabriele Oliveira, de 39 anos, foi uma testemunha fundamental para que o próprio pai fosse condenado por estupro de vulnerável. Por meio de uma carta que enviou ao Ministério Público de Rondônia (MP-RO), a farmacêutica ajudou a desvendar os crimes que ele cometeu contra ela e outras crianças.
“Eu era uma testemunha muito crucial, porque ele relatava todos os casos que ele tinha. Tanto extra extraconjugal e com crianças. Ele oferecia pra mim como um troféu e como uma vitória. E também uma forma de me amedrontar”, conta Anny em um vídeo publicado nas redes sociais.
O ex-vereador Solivam Antonio de Oliveira Santana, pai de Anny, é procurado pela Justiça de Rondônia. Ele foi condenado a 17 anos e 9 meses de prisão por estupro de vulnerável. A sentença refere-se aos crimes cometidos contra Rodrigo Borges, de 25 anos, que foi abusado durante a infância.
“Bom, não preciso dar detalhes, mas eu acho que qualquer coisa que vocês imaginarem, ele fez. Isso me deixou uma merda na minha infância. Afetou tanto em relacionamentos, amizade e principalmente na minha relação com minha família”, disse o jovem.
Rodrigo e Anne decidiram compartilhar as próprias histórias nesta semana na tentativa de ajudar a capturar o réu, que fugiu antes de ser encontrado pela polícia.
Foi o próprio Rodrigo quem procurou a Polícia Civil e solicitou que a corporação divulgasse, nas redes sociais, a imagem de Solivam como foragido, junto com o mandado de prisão.
🔎Esconder um foragido da justiça, especialmente por crimes graves como estupro de vulnerável, é crime no Brasil e configura favorecimento pessoal, conforme o artigo 348 do Código Penal. Informações sobre o paradeiro de Solivam podem ser repassadas através dos números 197 e 190 ou no WhatsApp: (69) 98439-0102.
Cartaz de Procurado – Solivam Antonio de Oliveira — Foto: Polícia Civil/Divulgação