A comarca de Colorado do Oeste finalizou nesta semana o 1º ciclo do Grupo Reflexivo e Responsabilizante para autores de violência doméstica e familiar contra a Mulher. A ação, realizada pelo Núcleo Psicossocial da Comarca, reuniu 25 homens que respondem processos por violência doméstica com o objetivo de garantir, por meio de uma abordagem especializada, a mudança de comportamento. Participaram dos grupos o psicólogo Thiago Carolino de Carvalho, Psicólogo e as assistentes sociais Simone Aparecida Reis Stein e Carla Cristina dos Reis da Silva.
Desde 2023, a comarca vem retomando ações de enfrentamento à violência por meio do projeto “Por elas, por nós” – uma iniciativa que, conta com apoio da juíza Míria do Nascimento de Souza, vem promovendo ao longo desses dois anos uma série de atividades voltadas à prevenção, responsabilização e promoção da cultura da paz.
A realização dos grupos reflexivos, conforme preconizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é uma estratégia transformadora, que visa não apenas à responsabilização, mas à reflexão crítica e mudança efetiva de comportamento por parte dos homens autores de violência. Esses espaços de escuta, diálogo e confronto ético de condutas têm demonstrado efeitos reais na redução da reincidência e na ressignificação de vínculos familiares e sociais.
A capacitação dos profissionais envolvidos, realizada em 2024 pelas Coordenadorias da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar e pela Coordenadoria Psicossocial, foi um marco importante neste processo. Com mais conhecimento, sensibilidade técnica e preparo ético, os profissionais da comarca puderam conduzir esse ciclo com excelência, proporcionando aos participantes uma vivência significativa e, muitas vezes, inédita.
O Tribunal de Justiça de Rondônia, por meio dessas formações e da valorização das práticas interdisciplinares, reafirma seu compromisso com a justiça restaurativa, a prevenção à violência e o fortalecimento das políticas públicas de proteção às mulheres.
“Este encerramento é também um recomeço — para os homens que aceitaram refletir, para os profissionais que seguem acreditando na potência da escuta, e para toda uma sociedade que deseja avançar em direção à equidade, ao respeito e à dignidade humana”, avaliou Luana Patrícia, chefe do NUPS.
Assessoria de Comunicação Institucional