SAÚDE NO CAMPO
Conhecer sobre pragas na lavoura, saneamento, nutrição e doenças de animais é essencial para o sucesso no agronegócio. O Estadão Summit Agro traz as principais notícias e curiosidades sobre uso correto dos agrotóxicos e medicamentos no agronegócio, além de conteúdos sobre as principais pragas e doenças.
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A febre aftosa pode causar um prejuízo econômico significativo na produção de bovinos, suínos, caprinos, ovinos e outros animais. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) estima que a doença circule em cerca de 77% da população mundial de gado na África, no Oriente Médio, na Ásia e na América do Sul.
O Brasil é considerado área livre da febre aftosa desde 2018, mas depende de uma extensa campanha de imunização para ficar livre da doença. A campanha nacional deve abranger cerca de 170 milhões de bois e búfalos na maioria dos estados brasileiros, de acordo com informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Nos estados do Acre, Paraná, Rio Grande do Sul, Rondônia e Santa Catarina, além de 13 municípios do sul do Amazonas e cinco do norte do Mato Grosso, o Mapa proíbe a manutenção, a comercialização e o uso de vacina contra a febre aftosa, bem como o ingresso de animais vacinados de outras regiões, para garantir o status de áreas consideradas livres da febre aftosa sem a necessidade de vacinação.
Vacinação contra a febre aftosa no Brasil
Os produtores devem adquirir as vacinas apenas em revendas autorizadas. Desde a compra até a aplicação, inclusive no transporte, o produto precisa ser mantido em temperatura entre 2 °C e 8°C para garantir a eficácia da imunização.
A aplicação deve ser realizada com dose de 2 mililitros na lateral do pescoço de cada animal, utilizando sempre agulhas novas, podendo ser no músculo ou embaixo da pele. Preferencialmente, a vacina deve ser aplicada nas horas mais frescas do dia para facilitar a contenção dos animais.
Após a imunização, o pecuarista precisa entregar a Declaração de Vacinação, junto da nota fiscal de compra das vacinas, ao órgão estadual de defesa sanitária animal. Isso pode ser realizado pela internet ou, quando não for possível, em postos designados pelo serviço veterinário estadual dentro dos prazos estipulados.
Plano Estratégico para Erradicação

O Brasil tem uma estratégia para criar e manter condições sustentáveis a fim de garantir o status de país livre da febre aftosa e ampliar as zonas livres de febre aftosa sem vacinação. O Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa foi criado em 2017, alinhado ao Código Sanitário para os Animais Terrestres da OIE.
O programa espera eliminar a necessidade de vacinação contra a febre aftosa em todo o território brasileiro até 2023. Em todo o mundo, 68 países já alcançaram esse status, inclusive Chile, Peru, Suriname e Guiana na América do Sul.
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Fonte: Diretoria de Agronegócio Itaú BBA.