Como será o mercado global de açúcar na safra 2021/2022?

Produção global deve registrar crescimento de 3,4%, mas ainda será insuficiente para suprir o consumo

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A produção global de açúcar na safra 2021/2022 deve alcançar 186 milhões de toneladas, o que representa alta de 3,4% em relação ao período anterior, de acordo com estimativas da Diretoria de Agronegócio do Itaú BBA. O crescimento será puxado por Índia, Europa e Tailândia, que, ao lado do Brasil, são os maiores produtores mundiais do adoçante.

Entre outubro de 2021 e setembro de 2022 devem ser consumidas 186,7 toneladas do produto no mundo, em aumento de 1,1% se comparado ao período anterior, segundo o banco. Apesar de parecer uma estimativa conservadora, o Itaú BBA considera que os riscos de uma derrubada na demanda por conta da pandemia não podem ser descartados.

Dessa forma, o balanço global mostra déficit de 800 mil toneladas, sensível a qualquer mudança na safra dos principais países produtores, que podem reverter a tendência ou tornar o saldo negativo ainda maior. Com isso, a instituição financeira acredita que as cotações devem se manter firmes em Nova York ao longo de 2022, ainda que em patamares um pouco menores do que em 2021.

Tailândia

Preços mais atrativos do açúcar no mercado internacional devem ajudar a cana a recuperar áreas perdidas para culturas concorrentes na Tailândia. (Fonte: Shutterstock/TORWAISTUDIO/Reprodução)
Preços mais atrativos do açúcar no mercado internacional devem ajudar a cana a recuperar áreas perdidas para culturas concorrentes na Tailândia. (Fonte: Shutterstock/TORWAISTUDIO/Reprodução)

A Tailândia deve aumentar a produção de cana, revertendo a redução registrada nas últimas três temporadas. O país é um grande exportador de açúcar e já chegou a produzir 14,67 milhões de toneladas na safra 2017/2018, mas a cana perdeu a atratividade em comparação a outras localidades nos últimos anos. Para 2021/2022, a expectativa do Itaú BBA é que a produção tailandesa do adoçante atinja 9,9 milhões de toneladas, em crescimento de 33,8% se comparado com a safra 2020/2021.

Europa

A Europa enfrentou grandes problemas com produtividade por conta de um vírus amarelo nas plantações de beterraba, o que derrubou em quase 11% a produção da safra 2019/2020 em comparação com o ano anterior.

Na temporada 2021/2022, a expectativa do banco é que haja recuperação da produtividade, o que auxiliará o bloco Europa e Reino Unido a produzir 16,3 milhões de toneladas de açúcar, em alta de 5,8% se comparado com 2020/2021.

Índia

Produtividade de cana na Índia depende do volume de chuvas das monções. (Fonte: Shutterstock/PRASANNAPIX/Reprodução)
Produtividade de cana na Índia depende do volume de chuvas das monções. (Fonte: Shutterstock/PRASANNAPIX/Reprodução)

A Índia deve produzir 31 milhões de toneladas de açúcar em 2021/2022, mesmo com o aumento da fabricação de etanol. Os excelentes volumes de chuvas das monções em 2020 criaram boas condições para os indianos produzirem 30 milhões de toneladas do adoçante. No entanto, a estimativa pode ser reduzida, uma vez que é esperado que as precipitações de 2021 estejam dentro da normalidade devido à ausência do fenômeno La Niña.

Centro-Sul do Brasil

A região Centro-Sul do Brasil deverá ter produção menor em 2021/2022 após bater recorde na temporada anterior. Isso deve acontecer pelo menor volume de moagem de cana, consequência de uma pequena redução de área e pela queda de produtividade em função da longa estiagem de 2020.

O Itaú BBA estima que a produção de cana seja de 585 milhões de toneladas em 2021/2022, com queda de 3,4% se comparado com 2020/2021. O mix de açúcar é estimado em 46% pelo banco, o que levará a uma produção de 35,6 milhões de toneladas, em redução de 7,3% em comparação com a safra anterior.

Fonte: Diretoria de Agronegócio Itaú BBA.

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