Itamaraty negocia importação de vacinas da Índia, diz Fiocruz

Mais cedo, Instituto disse que a Índia não iria permitir a exportação da vacina de Oxford produzidas no país asiático. Fiocruz anunciou compra de doses no domingo para início da vacinação no Brasil.

A Fiocruz disse na tarde desta segunda-feira (14) que o Ministério das Relações Exteriores está a frente das negociações relacionadas à importação das doses prontas das vacinas da Índia.

Depois da nota divulgada pela fundação, o Itamaraty também se manifestou. “As autoridades sanitárias de Brasil e Índia estão em contato para viabilizar a importação da vacina desenvolvida pela parceria AstraZeneca/Universidade de Oxford, fabricada pelo Serum Institute of India (SII). Como ocorreu em outras ocasiões, a Embaixada do Brasil em Nova Delhi está facilitando o diálogo entre as partes para a pronta conclusão das negociações”, diz o texto do Ministério das Relações Exteriores.

Neste domingo, o chefe do Instituto Serum, fabricante contratado para produzir 1 bilhão de doses da vacina de Oxford/AstraZeneca para países em desenvolvimento, disse que o governo indiano não vai permitir a exportação do imunizante deste tipo produzido no país asiático.

Esse é o mesmo fabricante que a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) anunciou, no domingo, ter fechado contrato para a aquisição de doses da vacina. Ainda não está claro como a decisão pode afetar as entregas.

A Fiocruz disse em nota que o Ministério das Relações Exteriores está a frente das negociações relacionadas à importação das doses prontas das vacinas da Índia. O G1 entrou em contato com o Itamaraty e, até a última atualização desta reportagem, não obteve resposta.

As exportações serão barradas até que a população mais vulnerável da Índia seja imunizada, disse o presidente do Instituto Serum, Adar Poonawalla, em entrevista à agência de notícias Associated Press. Ele disse também que a empresa foi impedida de vender suas doses para organizações privadas.

“Só podemos dar (as vacinas) para o governo da Índia no momento”, disse Poonawalla.

 

O presidente da fabricante disse em outra entrevista à agência Reuters que as exportações poderão ser feitas apenas depois de garantir 100 milhões de doses para o governo indiano – o que pode atrasar as entregas para outros países em até dois meses.

“O governo indiano só quer garantir que as pessoas mais vulneráveis ​​do país recebam primeiro – eu endosso e apoio totalmente essa decisão”, disse ele.

G1 entrou em contato com o Instituto Serum e com a Embaixada da Índia no Brasil e assim que tiver uma resposta sobre como as restrições podem afetar a importação brasileira atualizará nesta reportagem.

Por G1

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